Bom dia pessoal,

Apesar de saber quais os procedimentos a seguir, gostaria de uma visão externa sobre o que aconteceu comigo na semana passada, e as chances de obter êxito no meu pleito.

Bom, sou do RS e fui até SC no final de semana passado para comprar um carro, encontrei a oferta em um site de carros, mandei um e-mail, recebi retorno, depois conversamos por telefone e o vendedor foi categórico ao dizer que não iria me arrepender ao fazer mais de 700km para ir buscar o veículo.

Fiz a viagem, olhei o carro, aparentemente tudo certo, paguei, já fiz todo o processo de transferência no mesmo dia deixando o veículo emplacado lá, já que minha família reside na região e ao retornar para minha cidade, 200km depois o carro que aparentemente estava em perfeitas condições, apesar do ano 2000, superaqueceu o motor.

Parei imediatamente no acostamento, no meio da serra as 5h da manhã, sem sequer saber onde estava. Por sorte o celular e GPS funcionaram e descobri que estava a 15km de uma cidade, esperei um pouco e voltei.. alguns testes feitos por um mecânico e segui viagem, o antigo proprietário do carro a todo o tempo dizendo que não era nada, que poderia seguir viagem novamente (ele é mecânico)... 200km mais tarde, novamente o motor ferveu.. depois desta, a cada 20, 30km eu parava, esperava um pouco, colocava agua e seguia viagem, até que cerca de 180 km antes da minha cidade a temperatura não baixou mais e tive que deixar o carro na rodoviária da cidade e pegar um ônibus.. uma viagem que normalmente faria em 11 horas de carro.. diante do inconveniente, fiz em 20.. saí as 3h da manha e cheguei as 23h em casa.

No dia seguinte contratei um guincho (R$ 400,00) e busquei o veículo, levei a um mecânico de confiança e ele após uns testes e depois desmontar o motor, constatou que havia queimado a junta do cabeçote, e não teria sido por conta da viagem, graças a Deus nada de mais grave, visto que fiz 400km cuidando a temperatura e preenchendo com agua.. o estrago poderia ter sido irreversível... o conserto deu R$ 600 e poucos + o guincho e passagem rodoviária para concluir a viagem, uns R$ 1.200,00.

Mandei tudo por e-mail ao antigo proprietário, juntamente com NFs e fotos e ele ainda ficou bravo comigo porque citei código de defesa do consumidor e artigos do código civil que versam sobre o tema, me ligou e chingou a vontade... que era para procurar os meus direitos e tudo mais...

A questão é... sei o caminho, procon, pequenas causas etc... mas fico na dúvida quanto às chances de ser reembolsado, ele sequer fez proposta... paguei um pouco abaixo da tabela fipe, mas o vício era oculto, durante a viagem apenas disse que se tivesse sido a bomba d´agua ele mandaria uns 100,00 que é o preço de custo da peça e o resto era comigo.. em momento algum disse, "fica tranquilo, veja o que aconteceu e depois te ajudo a pagar ou pago tudo...".

E aí pessoal, o que me dizem desta situação extremamente desagradável?

Desde já agradeço.

Respostas

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    P

    Paulo Damm Terça, 08 de abril de 2014, 10h55min

    Inicialmente, é forçoso salientar que não se trata de relação de consumo. Daí a norma aplicável à espécie é o Código Civil. Certamente trata-se de vício redibitório. A ação poderá ser proposta no Juizado Especial da cidade do vendedor. Em relação ao defeito, pelo pouco que entendo de mecânica, a junta do cabeçote queima em razão do aquecimento. No entanto, qual o motivo do aquecimento. Foi a bomba de água ? Pois bem, instrua a petição com todos os documentos. Procure um advogado ou defensor público. Neste caso, entendo cabível o pleito de dano moral tendo em vista a violação do Princípio da boa-fé, haja vista o vendedor ser mecânico.

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