Artigo Destaque dos editores

A metafísica da violência e a religião

Exibindo página 1 de 2
01/11/2013 às 08:09
Leia nesta página:

A religião traz em seu bojo a metafísica da violência, principalmente por impor valores, conceitos, dogmas e exercer seguramente o controle social. Trazem-se reflexões filosóficas de Gianni Vattimo e outros filósofos contemporâneos.

ResumoPor mais paradoxal que seja, a religião traz em seu bojo a metafísica da violência. Principalmente por impor valores, conceitos, dogmas e exercer seguramente o controle social. O texto aborda as reflexões filosóficas de Gianni Vattimo e outros filósofos contemporâneos e correlaciona a evolução da violência com as principais características da pós-modernidade.

Palavras-chave: Filosofia. Religião. Violência. Pós-modernidade.

 


A violência é tema central nas reflexões filosóficas de Gianni Vattimo[1] e a superação da metafísica especialmente e a anunciada por Heidegger.  A tentativa ética de superar a violência é o que tanto caracteriza o pensamento metafísico. E, no plano da religião, particularmente o cristianismo[2], Vattimo apontou uma moral sustentada em fundamentos metafísicos com firmes possibilidades de ir além da violência do cristianismo.

Relevante frisar que essa relação se dá a partir de uma ontologia[3] hermenêutica niilista, um pensamento que seguindo as ideias de Nietzsche e, principalmente, de Heidegger, que buscou superar a metafísica enquanto pensamento do fundamento.

Inegavelmente vivenciamos um momentum histórico sui generis onde se anuncia o rompimento dos principais paradigmas da era moderna, colocando em xeque seus grandes mitos: Deus, a razão e a ciência. Resumidamente, a metafísica foi destronada, a verdade tirada do alcance do real que esvaziado perde qualquer sentido pré-estabelecido.

Quando Nietzsche proclamou a morte de deus, decretou assim o fim das verdades absolutas, da metafísica e da crença na linearidade histórica do progresso. É o fim da moral universal, os valores já não existem em si, são apenas criações humanas, demasiadamente humanas. O bem e o mal já não mais existem e o homem se depara com a necessidade de se posicionar para além destes valores.

A famosa exclamação de Ivan Karamazov, personagem de Dostoiesvski: "Se Deus não existe, então, tudo é permitido!"[4] expôs abertamente a realidade complexa que representa o fim da metafísica, o fim da dualidade dimensional entre dádiva e fardo. Surge para a humanidade então a necesssidade de confrontar-se com o nada e assim o niilismo torna-se o objeto de reflexão cada vez mais inexorável.

Outra figura ocidental relevante e que muito contribuiu para a crise da modernidade foi Sigmund Freud com a psicanálise, ao afirmar categoricamente que o fator determinante da psiquê humana não é a racionalidade, mas sim, o inconsciente, o caótico, o irracional e fora do domínio.

Já Michel Foucault inverteu a relação entre saber e poder colocada bravamente pelo Iluminismo. Então, não se acreditará mais conforme foi na época das luzes, que o conhecimento leva necessariamente ao progresso e ao poder, mas por vias oblíquas e inversas, é aquele que detém o poder que vai construir o conhecimento e ditar, arbitrariamente, o que é a verdade, a fim obviamente de legitimar seu próprio poder. E, nisso temos a mais pura violência.

O poder produz o saber, não mais o inverso. A fenomenologia de Edmund Husserl e Martin Heidegger, fazendo vezes de ontologia crítica, mostrou que a verdade já não se encontra no objeto em si, como pretendiam os ontológicos clássicos, nem no sujeito que o apreende, como pretendem os subjetivistas românticos, mas no próprio fenômeno de compreensão.

A verdade passou a ser a própria relação sujeito-objeto, ou seja, a interação entre o objeto e a imagem que o sujeito constrói a partir do material que este objeto lhe fornece (envia) e que este apreende através dos sentidos. Uma relativização, portanto, do conhecimento, mesmo do conhecimento sensorial[5].

Firma também a crise do positivismo e do modelo tradicional das ciências naturais com a teoria da incerteza do físico alemão Heisenberg. Pois tentando compreender e prever o comportamento dos elétrons no interior do átomo, o alemão descobriu que era impossível determinar com exatidão a posição e velocidade da particular, ou seja, a determinação conjunto do momento e posição de uma partícula, necessariamente, contém erros nunca menores que a constante de Planck[6].

No âmbito macroscópio esses erros podem ser desprezíveis, mas para o estudo de partículas atômicas são de suma importância. E tais descobertas de Planck, este foi um dos marcos iniciais do surgimento da Mecânica Quântica, que, até então incompatível com os modelos da física de Newton e com a teoria da relatividade geral de Einstein, fez com que a física deixasse de ser a “ciência das verdades” para se tornar apenas uma “ciência das possibilidades”.

A falta de linearidade nos fenômenos trouxe a célebre assertiva de Lorenz sobre o chamado "efeito borboleta[7]" que afirma que o bater de asas de borboleta em um lado do globo terrestre pode desencadear uma reação que pode enfim gerar um furacão do outro lado do globo terrestre.

Também o estudo dos fractais que seriam figuras não geométricas aparentemente caóticas, ou pelo menos, não-euclidianas, buscando encontrar nestes padrões de repetição, é outro marco desta nova matemática que se abre no contexto extenso de incertezas.

Questão mais curiosa, é a do "Paradoxo de Banach-Tarski" que comprovou matematicamente a possibilidade de se dividir uma esfera sólida tridimensional em número finito de pedaços, mais precisamente em cinco partes, e, com tais pedaços, construir duas novas esferas de dimensões idênticas à original.

Foi a mais nítida prova de que mesmo a mais pura das ciências que é a matemática, não traz a descrição real dos fenômenos, já que o feito que os matemáticos demonstraram através de cálculos atinge resultado completamente contra-intuitutivo, sendo algo impossível de ser concretizado na realidade.

Esse cataclismo cultural é fomentador de violência, pois com a crise moral e a relativização de todos os valores, tornou-se intangível cogitar em direitos naturais universais, imutáveis no espaço e no tempo.

A hermenêutica pelo menos segundo Vattimo é ontológica porque se constrói pelo sentido do ser, trabalhada inicialmente na obra “Ser e Tempo[9]” onde se questionou a própria história do ser, de caráter niilista[10] porque, se compreende sempre como uma interpretação fraca e nada mais que isso.

O que a tradição metafísica chama de “fato” ou “realidade” é uma interpretação que só encontra sentido a partir desta própria, da sua tradição.

Para Vattimo, essa superação não deriva de uma suposta constatação teórica da metafísica como um erro na tradição filosófica ocidental que deva ser substituído por uma forma mais autêntica ou mais correta, de uma suposta impossibilidade de sustentá-la diante de outros saberes, como por exemplo, a racionalidade científica.

Refletir na superação da metafísica tem firmes motivações éticas. Ou seja, a hermenêutica que pretende ser ontológica e niilista mas suscita uma legítima preocupação ética. Assim, a superação da metafísica ocorre por motivação ética. E, para Vattimo e, ainda para outros filósofos contemporâneos existe uma relação mais próxima entre a metafísica e a violência, e que caracteriza a metafísica como um pensamento violento.

As motivações originais da revolução heideggeriana contra a metafísica podem sustentar o caráter ético-político, mais do que teórico, e que rejeitam a metafísica  como o pensamento do ser como presença e objetividade na medida em que a enxergam principalmente como pensamento violento.

Uma das noções de ciência dentro da tradição metafísica é a de que esta nasce da definição da especificidade de seu objeto pela descoberta da substância que caracteriza os entes que a constituem(onde é possível já cogitar em princípios). Portanto, a metafísica se afirma como a ciência do ser, entretanto, com uma dimensão mais universal que as demais ciências por entender que seu objeto é aquilo que supostamente caracteriza todos os entes.

A crítica de Heidegger vai à direção de que o ser não é uma característica dos entes, mas nestes se torna visível. O esquecimento da diferença entre ser e ente fez com que o ser fosse concebido como simples presença[11], ou melhor, como algo estável que pode ser apreendido, decifrado e manipulado. A presencialidade do ser implica num pretenso acesso à verdade.

A verdade do ser é aquela que se dá na objetividade, na obviedade, e contra a qual não há argumento, dessa forma, silencia o diálogo e outorga poder absoluto às doutrinas religiosas ou políticas e àqueles que nestas se apoiam.

In litteris, pondera Vattimo: “é enquanto pensamento da presença peremptória do ser – como fundamento último diante do qual é possível apenas calar-se e, talvez, sentir admiração que a metafísica configura-se como pensamento violento: o fundamento, se se dá na evidência, incontroversa e que não deixa mais espaço para perguntas posteriores, é como uma autoridade que cala e impõe sem “dar explicações”.

A ontologia hermenêutica, ao menos da maneira que aparece nos textos de Vattimo, só é possível em sua dimensão niilista a partir do desvelamento da diferença entre o ser e o ente, da compreensão de que o ser não é algo estável, mas apenas evento (ereignis[12]) e que assim não há um fundamento no qual seja possível afirmar uma verdade como única ou objetivamente superior as outras verdades.

Toda tentativa de compreender ou explicar algo implica sempre numa interpretação e, essa por não se colocar como absoluta não exclui outras possibilidades de compreensão que favorece a superação de um tipo de violência, a imposição de certa verdade, de um dogma, de uma forma correta de agir ou pensar, de uma fé, uma ideologia, etc.

O imposto pode por sua vez fundamentar outros tipos de violência, além de ser propriamente um tipo de violência. A pluralidade de interpretações não produz necessariamente violência se o intérprete ou a comunidade de intérpretes levam a sério a vocação niilista da hermenêutica, ou seja, a afirmação fraca de que não existem fatos, mas apenas interpretações[13].

Por outro lado, são as interpretações que não se reconhecem como tais que, como na tradição, entendem as outras interpretações apenas como enganos ou erros e esses dão lugar à luta violenta. Até porque se as outras interpretações são “erros” devem ser suprimidas em nome da única verdade.

A superação da metafísica, e, consequentemente, de sua violência, só pode ser pensada como movimento dentro da própria metafísica. Um rompimento, como o ultrapassamento de algo que não tem sentido ou como o descartar de um pensamento falso é um tipo de violência, pois se dá como a imposição de uma verdade mais autêntica.

Assine a nossa newsletter! Seja o primeiro a receber nossas novidades exclusivas e recentes diretamente em sua caixa de entrada.
Publique seus artigos

Essa superação só pode ser ocorrer finalmente como um desvelar da essência da metafísica e para isso é necessário recorrer a uma expressão heideggeriana tão cara ao pensamento de Vattimo: verwindung[14] que difere de ueberwindung, por apontar um tipo de superação que não rompe com aquele que é superado, que não indica um ultrapassar, antes se constitui como um retrocesso.

Essa interpretação é possível a partir de dois caminhos dentro de seu significado lexical: a ideia de recuperação de uma doença (no sentido de resignação) e de distorção, o que aponta para a compreensão de uma ligação indissolúvel do pensamento com a metafísica, em que, ao mesmo tempo que busca superá-la.

O conceito e significado de verwindung aproxima-se do verbo italiano rimetterse, que além de relacionar-se à recuperação de uma doença, tem o sentido de “remeter algo a si mesmo”, também aponta para essa impossibilidade de pensar a superação da metafísica de fora desta.

Nesse sentido, para Heidegger, e também segundo Vattimo, só é possível superar a metafísica rememorando sua trajetória para que, dessa forma, se verifique a sua essência, o esquecimento do ser.

Em verdade, a metafísica não pode ser superada verdadeiramente e sim, aceita, aprofundada e distorcida. A superação da metafísica e, ipso facto, da violência só pode ser pensada como um movimento dentro da própria metafísica. Pois se dá como a imposição de uma verdade mais autêntica.

Nesse sentido a partir da moral cristã, que se torna violenta quando ligada a certo fundamentalismo metafísico. No ensaio “Violência, metafísica, cristianismo” o pensador italiano ressalta que a violência do discurso religioso[15] decorre de sua dependência da metafísica e cita como exemplo o posicionamento[16] da Igreja Católica Romana em relação à sexualidade, mais especificamente, do uso bendito da sexualidade no matrimônio. O fundamentalismo se refere a compreensão comum na história do pensamento de uma necessidade de fundamentação.

E nisso resulta a condenação à homossexualidade[17] e às relações sexuais não matrimoniais. Em outros textos Vattimo se referiu também à proibição do uso de métodos contraceptivos e ao loci da mulher perante a Igreja. E tais posicionamentos são justificados com base no “direito natural”, ou seja, na existência de leis eternas às quais os homens estão submetidos e que determinam sua natureza de agir no mundo.

A lei natural parte da ideia metafísica de fundamento, de que há uma verdade do ser na qual o homem, o cristianismo e o cosmos estão submetidos. A moral cristã[18] em diversos momentos é sustentada por essas leis naturais. O discurso da Igreja redunda por se tornar violento por impor ao fiel ou seguidor e até mesmo ao não religioso uma maneira de viver no mundo determinada por uma necessária essência.

Esse encontro entre a moral cristã e o direito natural, segundo o Vattimo, teve início no encontro do cristianismo com a filosofia, em especial o platonismo e neoplatonismo, e a ideia de que o ideal da natureza humana se dá em sua elevação ao princípio primeiro que foi traduzido posteriormente nas ideias de perfeição e verdade em detrimento do amor ao próximo conforme anunciado nos Evangelhos.

É nesse sentido que deve ser compreendida a seguinte afirmação: “É violência metafísica, de forma geral, toda a identificação que predominou nos ensinamentos tradicionais da Igreja, entre lei e natureza”.

O que para o cristianismo não é necessariamente violento, principalmente em seus primeiros textos, mas somente a partir de seu encontro com um pensamento essencialmente violento, conforme o próprio Vattimo apontou, principalmente quando a metafísica se revela como “ciência do ser enquanto ser”, isto é, como saber os princípios primeiros.

As razões e as circunstâncias dessa aliança são várias, a começar pela responsabilidade que a Igreja herdou como único poder, também temporal, num mundo perturbado pela dissolução do império romano.

É importante observar que a secularização não é a perda da influência da religião[19] na sociedade, descrédito das instituições religiosas ou privatização da religião, mas num processo de enfraquecimento das estruturas fortes da razão metafísica, o que implica ao mesmo tempo nas possibilidades niilistas da hermenêutica e na possibilidade de se pensar a moral cristã desvinculada do direito natural.

A crítica à metafísica põe em crise a compreensão de que existem princípios naturais a partir dos quais o mundo deve ser regido. Se os referidos princípios deixaram de fazer sentido, a moral cristã deixa de ser impositiva ou normativa e, consequentemente, violenta. Secularização, sob tal perspectiva, não significa a negação da religião, mas novas possibilidades de superação da violência do discurso religioso[20].

A secularização[21] como fato positivo significa que a dissolução das estruturas sagradas da sociedade cristã, a passagem de uma ética da autonomia para a laicidade do Estado, a uma literalidade menos rígida na interpretação de dogmas e dos preceitos, e que não deve ser entendida como decréscimo ou despedida do cristianismo, mas como uma realização mais plena de sua verdade, seria um redimensionamento dos traços naturais da divindade.

É possível compreender a reencarnação[22] como esvaziamento de Deus de sua divindade, no âmbito da secularização, como salvação, não no sentido de sacrifício de um deus que se torna homem para morrer pelos outros homens, mas como momento que inaugura o esvaziamento ou enfraquecimento do fundamento e, ipso facto, de sua violência.

A superação da violência contida na imagem de Deus como ser absoluto e transcendente. Vattimo relaciona o pensamento de Heidegger às teses de René Girard[23] sobre a morte de Jesus e o fim do ciclo de violência sacrificial.

Para Girard as relações entre os indivíduos são permeadas pelo desejo que surge das necessidades ou do próprio indivíduo, mas do outro. Esse desejo manifesta-se na forma de violência. E nesse caos se estabelece um sacrifício onde a vítima morre em substituição à morte de todos.

Assim, a violência é ao mesmo tempo instrumento, objeto e sujeito universal de todos os desejos, precisa ser canalizada para a violência expiatória. O ciclo vicioso da violência recíproca, totalmente destrutiva, é então substituído pela violência ritual, criativa e protetora. A divindade estabelece normas que os indivíduos devem aceitar para que a violência se restrinja ao sacrifício.

Diferentemente da teologia do sacrifício[24] que tanto serviu de base para a leitura dos evangelhos em quase toda a evolução da igreja afirmando que o sentido da morte de Jesus seria o de expiar os pecados da humanidade, compensar a Deus pelos erros do povo com a vida, é possível cogitar, a partir de Girard, uma leitura não sacrificial dos evangelhos. Jesus vem revelar ao mundo e liquidar o nexo entre a violência e o sagrado.

A violência do cristianismo[25] é proveniente do mecanismo vitimário e equivale ao objetivo metafísico. E tal interpretação está ligada as estruturas de poder. É nesse sentido que Vattimo afirma que a violência no cristianismo se mantém e predomina até quando ele estiver ligado à tradição metafísica em vários modos.

Nesse sentido, fugindo da interpretação sacrificial, Vattimo alega que Jesus não morreu para a remissão dos pecados da humanidade, ou de outra forma continuaria preso à lógica do sacrifício. Jesus se entregou livremente para provavelmente servir de exemplo de salvação na kénosis[26].

O reencontro niilista do cristianismo é possível encontrar indo além de Girard[27], admitindo que o sagrado natural é violento não só enquanto mecanismo vitimário supõe uma divindade sedenta de vingança, mas também enquanto atribui a essa divindade todas as características de onipotência, absolutismo, eternidade e transcendência em relação ao homem (e que são atributos naturais da teologia e, também por aquelas que se consideram preâmbulos da fé cristã). O Deus violento de Girard[28] é, em suma, nesta perspectiva, o Deus da metafísica.

A interpretação das teses de Girard[29] a partir da kénosis tem como objetivo a secularização da ideia de forte Deus, do Deus absoluto, cuja morte Nietzsche[30] anunciou pela boca do louco. A violência metafísica se manifesta na concepção de Deus forte porque a partir deste se criam morais opressoras e comportamentos exclusivistas.

Em nome de Deus, guerras e inquisições e muitas outras atrocidades[31] foram cometidas. Mas somente em nome de um Deus absoluto. Somente através da tolerância e da admissão da pluralidade de interpretações poderemos romper a metafísica da violência.

Assuntos relacionados
Sobre a autora
Gisele Leite

Professora universitária por mais de duas décadas. Mestre em Direito, mestre em Filosofia. Doutora em Direito. Pesquisadora-Chefe do Instituto Nacional de Pesquisas Jurídicas. Articulista das revistas e sites jurídicos renomados. Consultora do IPAE.<br>

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

LEITE, Gisele. A metafísica da violência e a religião. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3775, 1 nov. 2013. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/25646. Acesso em: 29 mar. 2024.

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!
Publique seus artigos