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A devastação soviética

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23/04/2019 às 15:30
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Resumo: Este artigo tem como finalidade resgatar informações, expor e firmar a ideia de que o comunismo soviético e suas estirpes cometeram mais crimes contra os Direitos Humanos na História do que outros tipos de ideologias como o fascismo e o nazismo. O mundo moderno (globalizado) presenciou diversas formas de governo como ditaduras, governos de esquerdas e direitas, mas na verdade, na política, a única forma que impera é a vontade e interesses dos partidos políticos. Ficou mais do que provado que o socialismo/comunismo nunca funcionou e nunca funcionará em prol da sociedade, mas em prol de membros partidários e de uma minoria política. Hoje militantes da esquerda brasileira acusa cidadãos conservadores de serem “fascista” e defender a ditadura, mas afinal quem matou mais, o conservadorismo ou o martelo e foice?

Palavras-chave: Direitos Humanos, Comunismo, Genocídio, Socialismo.


O SURGIMENTO DA FOICE

A ideia de socialismo surgiu no século XIX através dos pensamentos de Karl Marx, cujas obras tentam expor as vantagens de um sistema justo em face do injusto, socialismo e capitalismo respectivamente. De acordo com a teoria socialista, todos os bens produzidos pela população deveriam ser consumidos pelos próprios trabalhadores, o que gera uma ideia de igualdade de produção e consumo, o contrario do capitalismo, onde o proletariado faz parte da força de trabalho que produz para a burguesia, não usufruindo do trabalho prestado materialmente.

Como conceito de socialismo, pode-se dizer que:

O Socialismo é um sistema político-econômico ou uma linha de pensamento criado no século XIX para confrontar o liberalismo e o capitalismo (...) propõe a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e divisão igualitária da renda. [1]

Muitos dizem que o socialismo é o caminho para o comunismo, este último nada mais é do que :

uma doutrina social segundo a qual se pode e deve restabelecer o que se chama "estado natural", em que todas as pessoas teriam o mesmo direito a tudo, mediante a abolição da propriedade privada. Nos séculos XIX e XX o termo foi usado para qualificar um movimento político.[2] (Grifo Nosso)

O capitalismo propõe uma economia liberal, valorização da propriedade privada, livre produção e consumo, enquanto o socialismo prega economia planificada (controlada pelo estado), socialização dos meios de produção, extinção de classes sociais. Em outras palavras, no Capitalismo há menos Estado, por outro lado, no Socialismo há mais Estado, um governo controlado pelo proletariado.

A ideia de socialismo surgiu no século XIX, com os seguintes principais pensadores:

  • Friedrich Engels nasceu aos 28 de novembro de 1820, na cidade de Barmem, sua formação era baseada na filosofia. Apesar de ser filho de um rico industrial, desde muito jovem já se preocupava com a realidade de miséria em que os trabalhadores das indústrias viviam, quando estudante já possuía ideias esquerdistas.[3]

  • Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como Sociologia, Política, Direito e Economia.[4]

O socialismo como conhecemos hoje tomou forma no início do século XX, antes da revolução russa que estourou em 1918, no final da primeira guerra mundial. O Símbolo que representa o comunismo é um martelo e uma foice cruzados em um fundo vermelho. A foice seria a representação da força dos camponeses enquanto o martelo seria a força dos trabalhadores industriais. O fundo vermelho representa o sangue dos trabalhadores e o ideal da revolução comunista.[5]

O Socialismo / Comunismo marxista são associados com a falta de liberdade individual, assim como manifestou Lenin de que “as pessoas não necessitam de liberdade (...) a liberdade é uma das formas da ditadura burguesa. Num Estado digno desse nome não existe liberdade. As pessoas anseiam pelo poder, mas o que diabos fariam se o tivessem?”[6].

Assim é verdade que nos anos 2000, os países considerados comunistas, como a Venezuela, Cuba, Coréia do Norte e China a liberdade individual e privada não é respeitada, não pode haver manifestação, há o controle total das redes de informações e internet e manipulação dos materiais didáticos.

Com relação à manipulação de materiais didáticos, Orley José da Silva assim descreveu a situação no Brasil[7]:

busca-se alinhar e aparelhar ideologicamente universidades e escolas públicas, principalmente, com seus aproximados 56 milhões de estudantes. Isto com o objetivo de instrumentalizar essas mentes para a sustentação de um governo socialista que seja consensual e duradouro a ser implantado no país. Está em curso, pois, em nosso sistema de ensino público o plantio da semente revolucionária socialista inspirada em Gramsci para uma revolução que se pretende pacífica, caso não haja acidente de percurso. Para o cumprimento deste objetivo, trabalha-se na sociedade a construção hegemônica do ideal comunista por meio de estratégias discursivas que possibilitem a subjetivação dos sujeitos.

Ainda nos fundamentos da Escola Sem Partido[8], expressão usada para manifestar oposição ao ensino ideológico imposto na forma de lavagem cerebral (técnicas usadas pelos socialistas para uma revolução pacifista), a supressão da religião cristã e do modelo familiar tradicional é um dos alvos dos socialistas para se firmarem e criarem ativistas conforme teorias de Gramsci e Lenin:

Outra temática controversa é a insistência governamental na desconstrução dos conceitos de família tradicional e de heteronormatividade no material didático. Em abril de 2011, o MEC quis enviar recursos didáticos voltados à afirmação homossexual para 6.000 escolas de ensino médio. Tratava-se de um estojo composto de três vídeos contando histórias fictícias de relacionamento afetivo entre masculinos e femininos, acompanhados de um guia para orientação do professor. Apelidado na época de “kit gay”, o material foi elaborado pela organização não governamental Ecos – Comunicação em Sexualidade, em parceria com a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Em tese, serviria para combater o preconceito contra a pessoa homossexual na escola, mas foi entendido pelos seus opositores como indutor para a escolha de conduta sexual.

Essa forma de desconstrução e apoio revolucionário no íntimo das pessoas tem como base alguns dos itens do Decálogo de Lenin, supostamente escrito em 1913. O Decálogo de Lenin nada mais é do que alguns passos a serem tomados para a tomada do poder[9]:

1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual; 2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa; 3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais; 4. Destrua a confiança do povo em seus líderes; 5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo; 6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população; 7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País; 8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam; 9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa; 10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.

Hoje, os militantes do socialismo/comunismo defendem a honra de Lenin, Mao, Stalin e Gramsci (no Brasil o Lula, Marighela, Prestes, Olga, Lacerda e Che), buscam uma forma de sempre propagar a ideia “gloriosa” do socialismo e a utopia de que este sistema dá a população o senso de igualdade social e a divisão igualitária de bens. O líder comunista vira um Deus na terra, idolatrado e defendido, como exemplo o líder chinês Mao Tsé-Tung que hoje é cultuado e lembrado como “Grande Avô) na China.

Quem for oposto a este sistema serão hostilizados e de certa forma estigmatizados, atitudes estas que podem levar a um conflito civil em busca da legítima defesa. Os socialistas sempre se vitimizam perante os conflitos, esbravejando e acusando os opositores de diversas formas como se estes últimos fossem os reais inimigos de uma nação verdadeiramente democrática.


A REVOLUÇÃO RUSSA

A Rússia era um grande império que era administrado pelo Imperador (Czar) Nicolau II, do ramo Romanof. Nessa época o Império Russo era uma Monarquia Absolutista, o Imperador mantinha o controle e as principais decisões do governo e, mesmo sendo um Estado enorme geograficamente e com grande influência política na Europa, a Rússia era um país pobre comparada a outras monarquias europeias.

Um dos motivos para o início das desavenças entre a Monarquia e o proletariado é que, mesmo diante de tamanha deficiência de recursos que a população Russa vivia, a Monarquia sempre demonstrava riqueza e recursos, o que gerou um ar de insatisfação popular. Assim como no início da revolução industrial, muitas fábricas começaram a surgir na Rússia procurando mão de obra e expansão dos negócios. Neste diapasão, como de praxe em toda a Europa absolutista, o europeu trabalhava muito e ganhava pouco causando mais incômodo na população que já sofria com a pobreza.

Com essa insatisfação popular e as ideias prévias de Marx e Engels, a utopia do socialismo tomou forma, uma fantasia criada pelo proletariado e definitivamente moldada por Vladimir Lenin que sonhava em liderar uma revolução ‘prezando’ a igualdade social, extinguindo as classes sociais (burguesia e proletariado). Com esses acontecimentos, surgiu o Partido Operário Social-Democrata Russo fundado por Vladimir Lenin. Este partido foi logo proibido e considerado ilegal pelo Czar. Com essa proibição, Lenin fugiu para a Europa Ocidental passando a estudar e se organizar para elaborar estratégias para a ascendência a qualquer custo do socialismo e com isso o partido de Lenin foi dividido em duas categorias[10]:

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Bolcheviques: sob a liderança de Vladimir Lenin, acreditavam que o governo deveria ser diretamente controlado pelos trabalhadores. Com isso, a revolução proletária seria a responsável direta pelas transformações que modernizariam a economia Russa e daria fim aos contrates sociais que marcavam o país.

Mencheviques: designava a facção que realizava uma interpretação ortodoxa dos conteúdos do pensamento marxista. Liderados por Georgy Plekanov e Yuly Martov, os mencheviques acreditavam que a burguesia deveria liderar a nova república a ser constituída após a queda do Czar Nicolau II. Dessa forma, as forças produtivas seriam devidamente ampliadas para que uma revolução socialista acontecesse décadas mais tarde.

Desta maneira, pode-se dizer que os Bolcheviques eram os radicais, desejavam a ditadura do proletariado para ascender mais rápido ao poder inclusive com o uso da violência.

Após a guerra Russo – Japonesa, que foi considerada uma derrota para a Rússia, a população foi manifestar em São Petersburgo com diversos temas de manifestação, como forma de sufocar essa manifestação, a guarda imperial (que não foi mandada pelo Czar), abriu fogo contra as pessoas, onde centenas foram mortas. Essa mágoa perpetrada pela guarda marcou o início da revolução de 1905, praticamente um ensaio para 1917. A pressão gerada por este conflito levou o Czar a abandonar a forma absolutista de Monarquia para uma Monarquia Constitucional, com a criação do parlamento (DUMA) e gerando mais democracia no Império.

Com a liberação de partidos políticos na Rússia, Lênin retorna a Rússia e juntamente com Josef Stallin cometem crimes como roubo a banco[11] para poder financiar o partido leninista. Com isso Lenin fugiu novamente para a Europa para evitar uma prisão.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, o Czar Nicolau decidiu entrar no conflito por apoiar a Sérvia politicamente, foi um dos erros que levou a ascendência total dos comunistas na Rússia[12]:

Embora a Rússia tenha entrado na guerra, sua situação interna não era das mais favoráveis: constantes crises de fome, superexploração dos trabalhadores (urbanos e rurais), assim como movimentos que contestavam o poder do czar. Nos campos de batalha a situação dos combatentes russos não era melhor, pois os soldados eram obrigados a racionar munição e sofriam com a superioridade bélica dos inimigos – a Rússia não tinha condições financeiras para manter seus soldados na guerra (...). A entrada da Rússia na guerra serviu para acirrar os ânimos entre os opositores do regime czarista. Em 1917 estoura a chamada Revolução Russa e, em outubro deste mesmo ano, após a subida dos bolcheviques ao poder, a Rússia finalmente deixa a guerra.

Como resultado parcial da guerra, a inflação subiu, os trabalhadores ganhavam menos ainda e o pouco que tinham era somado para o esforço de guerra. Outra manifestação foi criada em 1917 e desta vez a guarda imperial se alinhou com os manifestantes e em março de 1917 Nicolau II renunciou ao trono, que logo foi substituído pelo governo provisório da DUMA, o parlamento russo.

Após um período de tranquilidade para o governo provisório, Lenin e Trotsky retornaram para Rússia e seus discursos inflamados foi o estopim para o Outubro Vermelho, uma revolução orquestrada com o intuito de impor, finalmente, o comunismo bolchevique no poder russo.

Como forma de política social de distribuição de riquezas, Lenin logo ordenou que fazendas fossem obrigatoriamente divididas (pois não existe propriedade privada no socialismo) em diversos pedaços de terras para que a população urbana fosse logo enviada para lá e produzir alimentos. Porém, as pessoas que moravam na cidade não tinham experiência no campo e com isso a produção de alimentos caiu drasticamente.

Essas medidas de estatização das indústrias, controle do campo e na produção e, ainda, distribuição dos alimentos gerou uma onde de fome na Rússia, onde 05 milhões de pessoas morreram e foram afetadas outras 30 milhões de pessoas[13].


AS PRIMEIRAS VÍTIMAS “OFICIAIS” DO COMUNISMO

Após um breve intervalo de paz, a Guerra Civil Russa tomou lugar. Um dos acontecimentos que marcou o início da revolução comunista foi a chacina da Família Imperial Russa, os “Romanov”, em 17 de julho de 1918. A queda da Monarquia na Russia não teve participação popular (assim como no Brasil) e sim uma disputa de poderes entre bolcheviques e mencheviques, que terminou com a conquista dos primeiros ao poder da Rússia e logo trataram de prender a Família Imperial para evitar um possível resgate. Depois dos assassinatos, a Imperador Russo e sua família foram enterrados em uma cova não identificada na floresta em Yekaterinburg.

Como toda política socialista, os tribunais de julgamento são imparciais e julgam “acusados” de acordo com a conveniência do momento e opositores eram presos ou deportados (assim como foi no Brasil), mas decidiram executar todos, conforme julgamento manifestado por Yakov Yurovsky[14]:

Nikolai Alexandrovich, diante do fato que seus parentes continuam seu ataque contra a Rússia Soviética, o Comitê Executivo de Ural decidiu executá-lo"

E ainda, na matéria consultada em “Aventuras na História” no canal UOL, o autor ainda completou acerca da execução:

(...) imediatamente, o pelotão começou a atirar. Cada um tinha um nome de quem seria seu alvo, inclusive as crianças, mas a coisa logo descendeu ao caos porque a fumaça das armas tornou impossível ver qualquer coisa. A porta foi aberta e, quando a fumaça baixou, perceberam que os cinco filhos - a mais velha, Olga, com 22, o mais jovem, Alexei, com 13 - ainda estavam vivos. A ordem foi então matá-los com baionetas e o cabo dos fuzis. Quando isso não funcionou, mais tiros foram disparados.

A crueldade das execuções, claro, foi negado pelo regime soviético. Não há registros de que na época do apogeu comunista na Rússia, o regime soviético tenha reconhecido esta barbárie:

Durante o regime socialista na URSS, ninguém se atreveu a investigar a morte dos Romanov. Ou melhor, quase ninguém. Em 1979, dois curiosos russos – os amigos Alexander Avdonin e Gueli Riabov – encontraram sinais de uma cova suspeita nos arredores da Casa Ipatiev. Escavaram o local e retiraram de lá cinco ossadas que pareciam ser de integrantes da família real. Temerosos de que a descoberta fizesse a ira do Estado soviético cair sobre suas cabeças, eles recolocaram os ossos no lugar. Com o fim da URSS, em 1989, as ossadas foram novamente exumadas e submetidas a testes de DNA, que comprovaram: aqueles eram mesmo os restos mortais do czar Nicolau II, da imperatriz Alexandra e das filhas Olga, Tatiana e Anastásia.

No sítio eletrônico do History Channel[15], uma matéria mais detalhada respalda esses acontecimentos e que indiretamente, a trágica morte da Família Imperial Russa foi um assassinato pelo bem dos interesses partidários, e que feririam os Direitos Humanos, se caso a declaração de1948 existisse naquele tempo:

Em Yekaterinburg, na Rússia, o czar Nicolau II e a sua família foram executados em um dia como este, no ano de 1918, pelos bolcheviques - assim chamados os integrantes da facção do Partido Operário Social-Democrata Russo liderada por Vladimir Lênin -, fato que deu fim a três séculos de governo da Dinastia Romanov (...) os radicais socialistas bolcheviques, liderados por Lênin, tomaram o poder na Rússia e formaram um governo provisório (...) As autoridades locais receberam ordens para evitar um resgate dos Romanov, e, depois de uma reunião secreta, uma sentença de morte foi passada para a família imperial.

No canal “TV Imperial” localizado no Streaming Youtube, há a exposição de 10 fatos sobre covarde assassinato[16] cometido pela ditadura soviética:

Autorização: A ordem para a chacina dos Romanov foi dada pelos Sovietes locais, não há provas de que Lenin e líderes em Moscou tivessem interesse em assassinar a Família Imperial. Porem, sovietes locais receberam um telegrama da capital ordenando a execução do monarca mas não da família inteira.

O Motivo Oficial: o extermínio era necessário, pois regimentos do “exército branco” que era a favor do Império se aproximavam e o governo mencionou uma conspiração contrarrevolucionária com o intuito de liberar o Monarca, mas não foi identificado nenhum sinal dessa conspiração que seria uma tentativa de libertar o Monarca.

Outra Bandeira: Após saírem da Sibéria, de onde estavam após serem transferidos pelo governo russo, e após o levante bolchevique foram levados para Yekaterinburg. Essa viagem foi feita usando uma bandeira japonesa, da missão japonesa da Cruz Vermelha para evitar linchamento de revolucionários comunistas.

Dois Enterros: Ao porão da casa Ipatiev, a Família foi alinhada de frente ao pelotão de fuzilamento, os membros que sobreviveram foram mortos por baionetas e foram escondidos em uma mina, depois foram atirados em uma vala, onde jogaram ácido e atearam fogo para diminuírem as chances de identificação.

O Destino: Inicialmente, os soviéticos relataram apenas a morte do Imperador e que os demais membros da Família teriam fugido. Em 1920, os assassinos relataram os detalhes da execução.

Sem Comoção: Infelizmente, o público Russo não se comoveu com a execução do Czar, o único que manifestou oposição ao ato cometido foi o líder da Igreja Ortodoxa (mas vale lembrar que qualquer manifestação em favor dos Romanov eram duramente reprimidos).

A Investigação: A pedido da Igreja Ortodoxa, a processo de investigação foi reaberto em 2015 que queria confirmar a identidade dos restos mortais da Família, pois desde 2009 os Romanov foram canonizados pela Igreja local. Os restos mortais foram localizados em 1991.

O Sangue Real: Como uma forma de comparar o DNA, foi preciso usar o sangue do marido da Sua Alteza Real Elizabeth II, pois ele era parente da Czarina Alexandra.

Ainda não Descansam: Os restos foram transferidos para a Fortaleza de Pedro e Paulo, em 1998, e como processo de identificação, os restos de Alexei e Maria ainda não estão enterrados (até a data de 19 de julho de 2018), estando desrespeitosamentre no arquivo estatal da Rússia.

Portadores da Paixão: A casa onde ocorreu a chacina foi demolida e no lugar foi construída a Igreja do Sangue.

Sobre o autor
Eloi Henrique Ghidetti Duarte

Bacharel em Direito; Pós graduado em Direito Internacional; Fluência em inglês e experiência em ministrar aulas para jovens e adultos, agindo na elaboração de conteúdo, aplicação de avaliações e uso da tecnologia para o aprendizado. Serviço de intérprete e apoio de visitantes estrangeiros com dialeto inglês. Habilidade em analisar e revisar contratos comerciais para empresas, e, na elaboração de relatórios jurídicos no acompanhamento de processos. Monarquista e estudioso sobre o Império do Brasil registrado ao Círculo Monárquico Brasileiro e à Casa Imperial do Brasil.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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