Ufólogo e jurista - pontos em comum
Me resta da vida apenas meditar, e nas minhas rápidas reflexões surge então a indagação: para que vieram ao mundo os ufólogos e os juristas. Ambos vendem revistas e livros, será apenas este o ponto em comum? Mais resumidamente explico.
Você vai, por exemplo, à cidade de Varginha, onde o episódio de aparição de ovni`s foi constatado. O ufólogo, embora cercado de evidências e relatos diversos, afirma: de fato era uma criatura estranha a descrita, mas não posso afirmar que se trata de um ser extra-terrestre; de fato haviam marcas no referido local deixadas por nave que ali teria pousado, mas não posso afirmar que seria uma nave extraterrestre.
Aí você diz que ficou com uma marca possivelmente deixada após uma abdução, e ele te diz: o trabalho de hipnose pode não ser conclusivo ou perfeito, porque a sugestibilidade pode distorcer as informações; então não há como de fato provar nada.
E neste lenga-lenga de "divirta-se com os fatos e compre meu livro, ou compre minha revista", vão seguindo adiante as indagações e os relatos de pessoas que não tem credibilidade (ou fantasmas), porque o que afirmam é de caráter meramente informal - as testemunhas.
Já quanto aos juristas, fica aqui a dúvida - será que desconhecem a realidade de nosso país? Desconhecem os procedimentos de juízes que vendem sentenças aliados com advogados, e abençoados pelo Conselho Nacional de Justiça (aquele que nada vê, nada fala e nada ouve)?
Será que algo do que eles escrevem pode ser aplicado na prática?
Com certeza não fui a única pessoa deste país lesada pelo Poder Judiciário, e não serei também a última; e minha voz apenas não ecoou na imprensa porque ainda aguardo posicionamento do Conselho Internacional de Direitos Humanos; mas deixo aqui aos nobres participantes deste espaço a reflexão:
Ufólogo ou jurista - compre um livro , mas sem a doce ilusão de que o trabalho literário deles soe como a tão esperada "mina do tesouro"; eles vão sempre estar dispostos a longas dissertações e estudos, para escrever e vender cada vez mais; já quanto ao efeito prático dos trabalhos literários, fica à cargo de cada situação e de cada indivíduo.