Me resta da vida apenas meditar, e nas minhas rápidas reflexões surge então a indagação: para que vieram ao mundo os ufólogos e os juristas. Ambos vendem revistas e livros, será apenas este o ponto em comum? Mais resumidamente explico.

Você vai, por exemplo, à cidade de Varginha, onde o episódio de aparição de ovni`s foi constatado. O ufólogo, embora cercado de evidências e relatos diversos, afirma: de fato era uma criatura estranha a descrita, mas não posso afirmar que se trata de um ser extra-terrestre; de fato haviam marcas no referido local deixadas por nave que ali teria pousado, mas não posso afirmar que seria uma nave extraterrestre.

Aí você diz que ficou com uma marca possivelmente deixada após uma abdução, e ele te diz: o trabalho de hipnose pode não ser conclusivo ou perfeito, porque a sugestibilidade pode distorcer as informações; então não há como de fato provar nada.

E neste lenga-lenga de "divirta-se com os fatos e compre meu livro, ou compre minha revista", vão seguindo adiante as indagações e os relatos de pessoas que não tem credibilidade (ou fantasmas), porque o que afirmam é de caráter meramente informal - as testemunhas.

Já quanto aos juristas, fica aqui a dúvida - será que desconhecem a realidade de nosso país? Desconhecem os procedimentos de juízes que vendem sentenças aliados com advogados, e abençoados pelo Conselho Nacional de Justiça (aquele que nada vê, nada fala e nada ouve)?

Será que algo do que eles escrevem pode ser aplicado na prática?

Com certeza não fui a única pessoa deste país lesada pelo Poder Judiciário, e não serei também a última; e minha voz apenas não ecoou na imprensa porque ainda aguardo posicionamento do Conselho Internacional de Direitos Humanos; mas deixo aqui aos nobres participantes deste espaço a reflexão:

Ufólogo ou jurista - compre um livro , mas sem a doce ilusão de que o trabalho literário deles soe como a tão esperada "mina do tesouro"; eles vão sempre estar dispostos a longas dissertações e estudos, para escrever e vender cada vez mais; já quanto ao efeito prático dos trabalhos literários, fica à cargo de cada situação e de cada indivíduo.

Respostas

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    Consultor ! Segunda, 10 de dezembro de 2012, 14h18min

    Prefira poesias, sonetos, poemas, romances, ..., e até contos ... terá leitura bem mais agradável !!!

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    Elisete Almeida Segunda, 10 de dezembro de 2012, 15h21min

    "Só sei que nada sei", tudo o que sei é que vou morrer; quando, como e onde, isto já não sei.

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    S

    SATX Segunda, 10 de dezembro de 2012, 16h00min

    Não me resta mais paciência para adentrar no mundo fictício dos poetas, além do que já passei da idade cronológica e biológica de ter interesse por sonetos, poemas, romances e contos.

    O que urge no momento é resgatar meus direitos de cidadã; ainda resta uma carta na manga com ação do Ministério Público, mas desconfio que vão prevaricar.

    Os juristas - que me perdoem - precisam de um pouco mais de malícia, astúcia e inteligência para prever situações onde o cidadão possa fazer valer seus direitos.

    Se não compete ao Conselho Nacional de Justiça a "nulidade de sentenças judiciais"; e advogados agem dissimuladamente a favor da parte que detem maior poder econômico, perdem o prazo propositadamente para entrar com ação rescisória; caberia então a existência de meios legais a uma instituição que se autointitula defensora da moralidade e do cidadão, que não fôsse apenas o de elaborar relatórios e definir metas.

    Deixo meu apelo sincero - ampliem os poderes do Conselho Nacional de Justiça.

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    .ISS Segunda, 10 de dezembro de 2012, 18h53min

    Sugiro que junte algumas milhares de assinaturas e proponha uma lei criando o òrgão fiscalizador do Conselho Nacional de Justiça.

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    S

    SATX Segunda, 10 de dezembro de 2012, 22h35min

    Seguindo esta linha de raciocínio, após a criação deste orgão, partiríamos também da premissa de que seria necessário um outro orgão para fiscalizar o orgão fiscalizador; e assim por diante.

    É muita despesa com fiscalização sem saber se haverá de fato o retorno do qual a sociedade necessita.

    Os juristas assumem aí um papel de importância de dimensões magnânimas; ou eles assumem o controle do país através da elaboração de leis que protegem o cidadão de fato e que permitam que se cumpra a correção de distorções do Poder Judiciário, ou então serão meros vendedores de livros, assim como os ufólogos.

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    F

    francisco de Assis Temperini Domingo, 23 de dezembro de 2012, 21h28min

    SASR:

    No ambito do direito administrativo ( concursos públicos) existe o controle jurisdicional nos feitos; em alguns cartórios judiciais ha ingerência de serventuários na aplicação das Normas da Corregedoria e juizes prevariacam; no CNJ o corporativismo é aberrador; no congresso nacional ha muitos políticos advogados, a instituição avocou as sucumbências processuais que pertenciam ao cidadão, a seus pares.

    Todos " ELES " tem pleno conhecimento do que fazem, mas contam com a ignorancia da maioria.

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