Este texto foi publicado no Jus no endereço https://jus.com.br/artigos/38258
Para ver outras publicações como esta, acesse https://jus.com.br

LER e DORT relacionados nas atividades de trabalho do profissional bombeiro militar

LER e DORT relacionados nas atividades de trabalho do profissional bombeiro militar

Publicado em . Elaborado em .

Consequências e relevâncias das funções desenvolvidas pelos profissionais bombeiros militares, e a relação destas com o desenvolvimento de LER / DORT (Lesões por Esforço Repetitivo/ Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho)

RESUMO

Todo trabalho que requer um esforço rotineiro, repetitivo e além de tudo, promove alterações nos aspectos físico, mental e emocional, tem-se que ser atribuído uma atenção maior e enfatizar o desenvolvimento de programas que eliminam os riscos dentro do ambiente de trabalho. Tais riscos podem gerar Lesões por Esforço Repetitivo e/ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Há funções que são mais propícias a estas afecções por consequência dos movimentos repetitivos durante o desempenho da função laboral, por exemplo os Bombeiros Militares. O trabalho de um bombeiro militar exige força, pressão, e também oferece riscos explícitos às suas condições vitais estáveis. Outro fator determinante em prejuízo à saúde é o estresse, o qual estes profissionais confrontam-se diariamente em suas atividades. Por isso a prevenção, diagnóstico preciso e tratamento adequado são princípios que devem ser envolvidos nas organizações.

Palavras-chave: Afecções; Bombeiros Militares; DORT; Estresse; LER; Trabalho.

ABSTRACT

Every job that requires a routine, repetitive stress and above all, causes changes to the physical, mental and emotional aspects, one has to be assigned greater attention and emphasize the development of programs that eliminate risks within the workplace. Such risks may cause Repetitive Strain Injuries and / or Work-Related Musculoskeletal Disorders. There are functions that are more prone to such diseases as a result of repetitive movements during the performance of the work function, for example, firefighters. The job of a firefighter requires military force, pressure, and also offers explicit risks to their stable vital conditions. Another determining factor in damage to health is stress, which these professionals are faced daily in their activities. So prevention, accurate diagnosis and proper treatment are principles that should be involved in organizations.

Keywords: Disorders; IRS; Military Firefighters; Stress; Work; WRMD.

INTRODUÇÃO

No contexto em questão, será tratado as consequências e relevâncias das funções desenvolvidas pelos profissionais bombeiros militares, e a relação destas com o desenvolvimento de LER / DORT (Lesões por Esforço Repetitivo/ Distúrbios Osteomusculares Relacionado ao Trabalho). Dores, falta de ânimo no trabalho, incapacidade de desempenhar as funções estabelecidas são alguns dos sintomas comumente a estas afecções.

Outro fator não menos relevante e provedor de diversas doenças que afetam trabalhadores é o estresse. Algumas atividades propiciam o aparecimento acelerado destes males, devido às exigências laborais, riscos provenientes do ambiente de trabalho, movimentos repetitivos, que geram pressão e/ou exigem força, atividades que induz a pressão psicológica, entre outros, são determinantes neste aspecto.

Para controlar, minimizar e eliminar estas variantes negativas é preciso empenhar-se em proporcionar melhores condições ao trabalhador para desempenhar sua função, detectar os riscos e perigos do local e desenvolver programas de ergonomia junto com os trabalhadores para solucionar estes aspectos negativos, entre outros.

Toda a concepção, definição e argumentação tocante a esta abordagem que relaciona tais variáveis com a profissão de bombeiro militar será apresentada no decorrer deste trabalho acadêmico.

1. LER/ DORT

Dores referentes ao trabalho são constantes desde os tempos mais remotos, e durante a Revolução Industrial, este problema ficou ainda mais evidente devido a um desequilíbrio das exigências das tarefas no trabalho e as capacidades funcionais individuais. (FULLER; MAENO; ROSSI; SALERNO)

Nos dias atuais, os trabalhadores têm enfrentado a questão problemática que é a Lesão pelo Esforço Repetitivo (LER), que pode ter como consequência a incapacidade total do ser humano.

No Brasil e no mundo, grande parte das organizações compartilha de uma política baseada na produção, que tende a aumentar e diminuir a mão de obra, levando a maximização considerável nas atividades do trabalho, com isso há a sobrecarga aos colaboradores empregados. Assim, o número de casos tende a elevar-se, ano a ano. (SANTOS, 2003)

Com esta problemática abrangente aos trabalhadores encontra-se o conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e articulações dos membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraços e braços) e com menor intensidade os membros inferiores e a coluna vertebral (pescoço, coluna torácica e lombar), relacionados com os ambientes e as organizações do trabalho, conhecidas como LER (SANTOS, 2003 apud BATTISTI, 2011).

Tem-se também como consequência ao colaborador o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT). Tal sigla complementa a definição da doença a distúrbios inflamatórios e/ou originários da compressão de nervos, consequentes de trabalho desempenhado.

Também existem as atividades que exigem do colaborador alto nível de concentração, ritmo laboral intenso, pressão advinda da chefia, punições e controle da produtividade, ambas relativas à parte psicológica da função. (SANTOS, 2003).

Geralmente há pouca relevância com o trabalhador nas empresas. A maior preocupação destas está em geral, relacionada com novas tecnologias e equipamentos, minimização dos custos e elevação da produtividade. Como consequência disso tem-se a limitação dos trabalhadores relativos aos seus movimentos, criatividade e liberdade de expressão. (BATTISTI, 2011)

1.1. Etiologia de LER e DORT

LER e DORT não são definidas por uma única causa, há variáveis de diversos aspectos psicológicos, sociológicos tocantes a essas perturbações. Em sua matriz, LER e DORT permaneceram ativas como condições de trabalho. Com a crescente ocorrência em diversas áreas profissionais, nasceram outras vertentes explicativas, de seu vínculo com o trabalho, aparecendo explicações psicológicas do distúrbio, ou mesmo sua psiquiatrização. (VERTHEIN; MINAGO- GOMES, 2001 apud FILHO; JÚNIOR, 2004)

Atualmente considera-se que há multideterminações para LER e DORT, os fatores que aderem a sua ocorrência têm várias determinantes, psicológicas, sociológicos ou biológicos, não tendo a possibilidade proporcional de interação entre os aspectos citados. (SATO et al., 1993; LIMA; OLIVEIRA, 1995; DIAS, 1995;  KUORINKA; FORCIER, 1995; BAMMER; MARTIN, 1997; ARAÚJO et al., 1998; SETTIMI et al. 1998; BORGES 1999; BRASIL, 2000; 2001; ASSUNÇÃO; ALMEIDA, 2003 apud FILHO; JÚNIOR, 2004)

Dentro da vertente psicológica explica-se que as LER e DORT advindas de processos psíquicos, geralmente desvinculados das condições e da organização do trabalho ou da predisposição psíquica nativa de características da personalidade (FILHO; JÚNIOR 2004); assim a perspectiva da origem de LER e DORT está relacionada à intenção de fugir de problemas e traumas psicológicos, não diretamente ao ambiente de trabalho (BAMMER; MARTIN, 1997).

Considerando a subjetividade do processo de adoecimento, esta teoria desfaz a ligação com o trabalho, demonstrando que o portador do distúrbio é o próprio impulsionador, o sujeito já tem a natureza da predisposição a esse mal.

Outra teoria nascente da psicossociologia, da psicopatologia do trabalho e da ergonomia francesa, através de Araújo et al. 1998, processaram a relação entre o biológico, o psicológico e o social, assim a maneira que os processos sociais e as determinações gerais do contexto profissional e afetivo se acentuam no indivíduo (FILHO; JÚNIOR, 2004).

Características da personalidade como perfeccionismo, sendo de responsabilidade elevada, a busca exacerbada por reconhecimento (maximizando a produção e acelerando o ritmo de trabalho), atender às exigências de produção e de qualidade, levam para a contribuição do desenvolvimento dos distúrbios em estudo.

Na vertente sociológica tem-se os trabalhos referentes aos contextos socioeconômicos e cultural, os quais influenciam no surgimento das LER e DORT. Nesta perspectiva exaltam-se duas paralelas principais da pesquisa.

Em uma das paralelas tem-se que a LER e DORT são simulações que se definem, na maioria das vezes, como artifícios usados pelos trabalhadores no conflito social com os patrões, no aspecto do trabalho, buscando benefícios referentes a salário, autonomia, ritmo de produção, entre outros. Esta é uma questão que deve ser tratada cautelosamente, já que não tem como certificar de forma exata, a presença ou não da dor (SCARF; WILLCOR, 1984; TRELAND, 1986; BEL, 1989; OLIVEIRA, 1999).

Além da dificuldade de visualizar os benefícios ou ganhos secundários do colaborador com esta simulação, pois a vida de quem apresenta diagnóstico positivo de LER e DORT confronta-se com inúmeros preconceitos até mesmo da própria família, além de dificuldades de reinserirem-se profissional e socialmente.

Outra paralela são as doenças icitrogênicas, causadas por condicionamentos sociais específicos. Os defensores deste conceito não omitem a existência de um distúrbio, porém não aceitam o estabelecimento de uma conexão com as condições do trabalho (CLELAND, 1987; SPILLANE; DEVES, 1987; OLIVEIRA, 1999).

Esta teoria também defende a possibilidade de caracterização de uma dor padrão considerada um caso de LER e DORT. Esta situação é consequente do incentivo ou encorajamento de sindicatos e colegas de profissão ou de alguns profissionais da saúde.

Como intuito de conceder benefícios ou ganhos subsequentes aos trabalhadores, vertendo uma compensação monetária ao sofrimento ou incapacidade.

Ainda neste contexto, aborda-se a linha marxista do distúrbio. Onde as doenças surgem como consequência iminente e necessária da lógica de produção capitalista. LER e DORT são integrados como uma construção social, gerada pelo conflito de classes e de movimentos sociais dos trabalhadores (BAMMER; MARTIN, 1988; 1992).

Enfim, a vertente biológica é a qual concede aos fatores fisiopatológicos, biomecânicos, isto é, as determinações sobre a natureza das LER e DORT, sem considerar as variantes subjetivas e sociais, de distúrbio em questão (QUINTNER; ELVEY, 1991; COHEN et al. 1992; DENNETT; FRY, 1988). Diz respeito à teoria mais aceita pelos profissionais de saúde.

Define-se a lesão dos músculos ou nervos, oriundos dos movimentos repetitivos, o uso excessivo de força ou movimentos rápidos ou a combinação desses fatores.

A questão é que continuamente, há a ausência de sinais exatos que definem a doença, permitindo interpretações já descritas anteriormente, que omitem o distúrbio, o que sugere qualquer outra vertente (BAMMER; MARTIN; 1997).

2. FATORES DE RISCOS OCUPACIONAIS E AMBIENTAIS

Grande parte das doenças decorrentes do trabalho, sem contar os problemas físicos, consequentes da tensão, estresse e fadiga muscular, é recorrente das lesões por Esforços Repetitivos (LER). Esta afecção tem como consideração atual de epidemia do século e uma forma de minimizá-la ou eliminá-la é a prevenção. (SANTOS, 2003).

LER e DORT conferem para empresa obstáculos para o aspecto econômico, e aos profissionais que trabalham em funções que promovem esforços repetitivos, complicações de caráter tanto físico quanto psicológico.

Além de que para curar tais doenças é dispensado um tratamento de longo prazo e custoso, com isso atitudes preventivas é o melhor investimento.

Com esta preocupação dentro das organizações intensificada pela apresentação de uma resolução referente à associação de abrangentes fatores de risco presentes no ambiente profissional e o aparecimento das reclamações musculoesqueléticas, em 2001 o Congresso Norte Americano propôs uma ação ergonômica, onde propunha a obrigatoriedade de intervenções padronizadas através de um documento.

Esta ação documental tinha como condição minimizar índices de sintomas e doenças de ambiente trabalhista. (SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA, 2004)

Com base nas conclusões deste documento, no tocante aos aspectos prejudiciais no ambiente de trabalho, argumentaram-se certos fatores de riscos ocupacionais e ambientais. (BATTISTI, 2011).

2.1. Fatores de Riscos Biomecânicos

Estes fatores persistem nos aspectos de trabalho ou tarefa que contribuem para estresse físico nos tecidos do sistema músculo esquelético, músculos, nervos, tendões, ligamentos, articulações, cartilagens, discos intervertebrais e vasos sanguíneos.

Segundo Serviço Social da Indústria (2004), de acordo com a definição da biomecânica, aos fatores de risco incluem-se repetição força, posturas inadequadas, vibração, estresse de contato e uso inadequado de movimentos de mãos, em particular o uso de pinça dos dedos em situações que é atribuída a força. (BATTISTI, 2011).

2.1.1. Força

É referido a esta ação a quantidade de esforço físico necessário para completar uma atividade ou movimento e a quantidade de peso nos músculos e outros tecidos, como resultado de forças aplicadas necessárias para executar uma tarefa, (NAHAS, 2003).

A força necessária aplicada na execução de uma atividade aumenta quando outros fatores de risco estão integrados. A exemplo quando é preciso realizar uma tarefa onde a velocidade dos movimentos aumenta ou quando a vibração está presente ou ainda quando a tarefa consente em posturas inadequadas.

2.1.2. Posturas Inadequadas

Postura é a posição corporal com características individuais mantidas pela atividade muscular contra a força da gravidade, relacionada com a personalidade e o emocional do ser humano. (COUTO, 2007).

Condições ergonômicas e postura inadequada frente aos centros de trabalho são tidas como determinantes críticas que condicionam lesões nos membros superiores. Lesões por traumas nos membros superiores são consequentes da junção inadequada que quatro fatores biomecânicos principais: força, postura incorreta dos membros superiores, repetição, vibração e estresse de contato. (COUTO, 2007).

2.2. Fatores de Riscos Organizacionais

São elementos não físicos do ambiente de trabalho, que atribuídos aos aspectos psicológicos do trabalhador, contribuem para a intensificação de tensão muscular e seus sintomas. (BATTISTI, 2011)

A ausência de pausas regulares, a ausência de rodízios e pagamentos dependentes de produtividade são fatores organizacionais do trabalho que contribuem para o prolongamento dos fatores biomecânicos. (MARTINS, 2005).

Trabalhos em turnos alternados também levam ao desequilíbrio nos sistemas do organismo humano, além de prejudicar os convívios sociais regulares, o que afeta a qualidade de vida.

Horas extras também auxiliam no aumento das tensões, pois aumenta o tempo de atividade do agente estressor, nesta condição o trabalhador já está cansado e incapaz de reagir apropriadamente. (MARTINS, 2005)

2.3. Fatores de Riscos Ambientais

Ruído, iluminação, presença de vapores ou gases, temperatura alta ou baixa e ventilação inapropriada são alguns fatores físicos relacionados ao ambiente de trabalho que contribuem para que o funcionário desencadeie dificuldade de atenção, posturas inadequadas e alterações do metabolismo. (LIMA, 2009).

No tocante ao trabalho de bombeiro, todos estes fatores de risco são vivenciados diariamente pelos oficiais bombeiros militares, já que suas funções exprimem atividades que promovem estresse, força, movimentos repetitivos e rápidos, contato com ruído, variações de temperatura e iluminação, entre outros.

Estes profissionais, bombeiros militares, têm constantes atribuições que podem desenfrear diagnósticos de LER e DORT.

3. DOENÇAS CONSEQUENTES DO TRABALHO

Há uma série de doenças que estão conceituadas nesta definição, como (BATTISTI, 2011):

- Tenossinovite: inflamação do tecido que reveste os tendões;

- Epincodilite: inflamação das estruturas do cotovelo;

- Bursite: inflamação das bursas, que são pequenas bolsas que situam entre os ossos e tendões das articulações do ombro;

- Miosites ou síndrome miofascial: inflamação dos músculos de forma isolada ou várias regiões do corpo;

- Síndrome do túnel do carpo: compressão do nervo mediano na altura do punho;

- Síndrome cervicobraquial: compressão dos nervos na coluna cervical;

- Síndrome desfiladeiro torácico: compressão do placo, na região da primeira costela, afetando nervos e vasos na região do ombro;

- Doença de queruain: inflamação da bainha do tendão do polegar;

- Cisto sinovial: tumoração esférica no tecido ao redor da articulação;

- Doenças do trabalhador: o aparecimento das LER / DORT como doenças do trabalhador estão relacionadas à maneira como o trabalho é organizado na sociedade.

3.1. Estresse e a organização Bombeiro Militar

Condizente com os profissionais da área de emergência, o estresse reflete de forma intensificada. Estudos definem que 85% dos profissionais desta área, vivenciam reações agudas de estresse, após trabalharem em incidentes críticos. (RAMIREZ, 2002).

Conceitua-se incidente crítico aquela situação que ocorre fora da faixa comum de experiência humana e cujo impacto causa reações emocionais fortes com capacidade potencial de interferir no profissional, tanto no momento do acidente, quanto mais tarde (RAMIREZ, 2002).

Desta forma, é clara a relação entre estresse e saúde. Anular as matrizes de estresse e minimizar a atividade dos agentes estressores confere otimização do bem estar com relação à qualidade de vida do ser humano.

Para contornar estresse são sugeridos exercícios físicos, ioga, meditação e relaxamento. (RAMIREZ, 2002).

3.2. Síndrome de Bunnout

Síndrome de Burnout pode ter como definição ser uma das precursoras mais relevantes do estresse profissional e tem por características exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e sensibilidade com relação a quase tudo e todos geralmente esta última é consequência de uma defesa emocional.

Burnout é uma composição de burn (queima) e out (exterior), supondo desta forma que o indivíduo que desenvolve esse estresse consome-se física e emocionalmente, apresentando um comportamento agressivo e irritadiço.

Esta síndrome tem referência a um tipo de estresse ocupacional e institucional, que acomete com mais frequência profissionais que com relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando a função é considerada de ajuda. Porém ela não é um estresse comum.

Os sintomas associados a esta síndrome tem consequências bastante sérias.

Originalmente foi observado o desenvolvimento desta síndrome em áreas exclusivamente relativas a um contato interpessoal mais preciso (médicos, psicanalistas, carcereiros, assistentes sociais, comerciários, professores, atendentes públicos, enfermeiros, funcionários de departamento pessoal, telemarketing e bombeiros).

Mas atualmente as pesquisas abrangem a todos os profissionais que se relacionam ativamente com pessoas, que auxiliam e/ ou solucionam problemas de outras pessoas, que cumprem técnicas e métodos mais precisos, onde a função dentro da organização de trabalho está continuamente submetida a avaliações.

Essa doença acomete ao indivíduo perda de grande parte do interesse em relação ao trabalho, fazendo com que as ações não promovem mais importância e que atitudes de esforço pessoal são inúteis. Isso deve-se a reação à tensão emocional crônica consequente do contato direto, exacerbado e estressante com o trabalho.

O desenvolvimento desta doença associa-se a aspectos como pouca autonomia no desempenho profissional; problemas de relacionamento com chefes, colegas de trabalho ou clientes, confronto entre trabalho e família, sensação de desqualificação e falta de cooperação da equipe.

3.2.1. Características da Síndrome de Burnout:

- Sua evolução é gradativa, e varia com intensidade diversificada;

- Esta síndrome é percebida pelas pessoas que convivem com o paciente, já que quem a desenvolve tende a negar os sintomas;

- Há uma fase irreversível onde o indivíduo fica impossibilitado de exercer sua função de trabalho.

Este grau mais sério atinge de 5 a 10% dos pacientes, e é recorrente em médicos.

Níveis de manifestação durante a evolução da síndrome:

1º- Nível: falta de vontade, ânimo ou prazer de trabalhar. Dores nas costas, pescoço e coluna.

2º Nível: inicia-se o declínio do relacionamento com os outros. Também existe a possibilidade de sensação de perseguição, aumento da ausência no trabalho e rotatividade de empregos.

3º Nível: diminuição notável da capacidade ocupacional. Possivelmente há o aparecimento de doenças psicossomáticas, como alergias, psoríase, picos de hipertensão, entre outros.

Ainda neste nível dedica-se a automedicação, que inicialmente apresenta resultado, mas seguidamente exige doses mais elevadas, e observa-se um aumento na ingestão alcoólica.

4º Nível: é caracterizado por alcoolismo, drogadicção, ideias ou tentativas de suicídio,

Paralelamente surgem doenças mais graves, como câncer, acidentes cardiovasculares, entre outros. No desenvolver deste nível, ou anterior a ele, em períodos prévios, é indicado afastar-se do trabalho.

Essa síndrome adquire diversas consequências negativas a quem desenvolve depreciando suas relações pessoais, organizacionais, alterando seu físico, psíquico, social e mental.

Além de prejudicar o indivíduo como um todo, pode levá-lo a um estado irreversível.

3.3. PAIR

Definiu e caracterizou-se a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR) com relação ao trabalho, com objetividade de demonstrar o posicionamento oficial da comunidade científica brasileira sobre o assunto, através do Comitê Nacional de Ruído e Conservação Auditiva, órgão interdisciplinar composto por membros indicados pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho. (ANAMT) e pelas Sociedades brasileiras de Acústica, (SObrAC) Fonoaudiologia (SBFa) e Otorrinolaringologia (SBORL).

A PAIR relacionada ao trabalho, em contrapartida ao trauma acústico, é um declínio gradativo da acuidade auditiva, consequente da exposição contínua a níveis altos de ruído.

PAIR tem como características principais:

- É sempre neurossensorial, em decorrência do dano causado ás células do órgão de Corti;

- A PAIR é irreversível, quando uma vez adquirida, e geralmente igual bilateralmente;

- Dificilmente gera a perda auditiva profunda, em razão de não ultrapassar os 40 dB NA baixas frequências, e os 75 dB NA em altas frequências;

- Apresenta-se inicial e predominantemente em frequências de 6,4 ou 3 KHz, já que estas necessitam de mais tempo para serem comprometidas;

- Portadores de PAIR pode demonstrar intolerância a sons intensos, zumbidos, além de ter complicação na inteligibilidade da fala, por consequência do processo de comunicação.

- Quando anulada a exposição ao ruído intenso, a progressão da PAIR não tem mais ocorrência;

- A condição da PAIR tem influência de fatores principais como: caraterísticas físicas do ruído (tipo, aspecto e nível de pressão sonora) tempo de exposição e suscetibilidade individual.

- O ouvido não se torna mais suscetível a exposições de ruídos intensos vindouros por causa da PAIR. Conforme os limiares auditivos elevam, a progressão da perda fica mais lenta.

- Em frequências de 3,4 e 6 kHz nos 10 a 15 anos iniciais de exposição a PAIR na maioria das vezes chega ao nível máximo. Em situações estáveis de ruído.

O profissional bombeiro militar está periodicamente exposto a ruídos fatoriais da PAIR, devido à proximidade com sirenes, ruídos internos e externos em condições de emergência.

4. PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO

Para controlar os fatores que interferem no desenvolvimento de LER e DORT, as organizações devem atentar-se a alguns elementos para promover um bom programa de prevenção; ao qual abrange:

- Investigação de indicadores de problemas de LER e DORT em ambientes de trabalho, os quais podem ser reclamações frequentes de dores pelos trabalhadores, trabalhos que conferem movimentos repetitivos ou aplicação de forças;

- Compromisso por parte da gerência e direção, para idealizar a prevenção e a participação dos colaboradores para a resolução de problemas.

- Qualificar os funcionários, considerando a gerência, em relação a LER e DORT, assim poderão avaliar riscos potenciais nos ambientes de trabalho;

- Coleta de dados conforme a análise das atividades nos locais de trabalho, para visionar as condições laborais, prejudiciais, inclusive a análise de estatísticas médicas da frequência de reclamações de dores de LER e DORT;

- Compreender os controles executados para contornar os riscos de lesões por esforços repetitivos, e analisar e acompanhar a implantação destes controles;

- Desenvolvimento de um sistema eficiente e eficaz de comunicação da detecção e tratamento precoce das afecções e a incapacidade para o trabalho;

- Planejar novos ambientes de trabalho ou novas funções, operações e processos que evitam situações de trabalho, que promovem riscos aos funcionários;

- Identificar e eliminar riscos que está sendo submetido, dentro ou fora do trabalho. Se alguém do mesmo ambiente de trabalho sente dores com determinada frequência executando as mesmas atividades, pode ser um alerta de que riscos existam e outros podem desenvolver a mesma afecção;

- Fazer pequenas pausas rápidas em qualquer atividade que seja de repetitividade extrema ou postura inadequada ao longo prazo. No decorrer dessas pausas deve ser feitos alguns alongamentos em áreas do corpo que estiverem promovendo a função.

- Atentar para sempre permanecer em uma boa postura, além de adequar o ambiente de trabalho conforme as características físicas e a atividade em execução;

- Não fazer força e pressão em excesso, repetitivamente e frequentes nas atividades;

- Cuidar da qualidade de vida, corpo e mente.

No dia a dia de trabalho dos bombeiros militares, eles estão sempre em contato com movimentos repetitivos, postura inadequada, força ou pressão.

Portanto, esta é uma função que deve ter controle, acompanhamento e análise continuamente, para que não ocorram afecções constantes nestes profissionais, e consequente incapacidade de exercer as funções referentes a esta atividade.

Procuram-se analisar, identificar e tratar estas afecções da melhor maneira possível, antes de agrupá-las em uma única sigla LER e DORT, para gerar um diagnóstico enfático e um tratamento mais preciso.

Para diagnosticar um caso de LER e DORT faz-se necessário coletar informações por equipes de saúde, onde devem atender a questões como históricos de queixas presentes diariamente, questionamento referente aos diversos aparelhos; comportamentos e hábitos relevantes; antecedentes familiares; anamnese ocupacional; exame físico geral e específico; exames complementares e/ou avaliação especializada, se preciso; investigação do local e atividade de trabalho in loco, se necessitar.

Exames médicos relativos à prevenção da saúde que diagnosticam antecipadamente ou relativos a doenças ocupacionais, deve-se condicionar procedimentos relacionados na NOB nº- 14/04 – Saúde Ocupacional; exame médico ocupacional; exame médico admissional; exame médico periódico; exame médico para cursos e estágios; exame de inspeção aos acidentados e portadores de doenças ocupacionais; programa de imunização; medidas profiláticas para controles pós exposição contra agentes agressores específicos nos serviços de Bombeiro; estudo dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho; programas educacionais de prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.( CB - PMESP; 2006)

Embora o Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, não tenha em seu efetivo, empregados regidos pela CLT, preocupa-se em seguir as normas e legislações originais do Ministério do Trabalho, a exemplo a NR – Normas Regulamentadoras do Capítulo V,  Título II  da Consolidação das  Leis do Trabalho, referentes á Segurança e Medicina do Trabalho, aprovada pela Portaria do Ministério do Trabalho nº 3.214 de 08 de Junho de 1978.

Com isso, o MTE considera que para conferir êxito no resultado deste trabalho é preciso uma ação integrada, do Corpo de Bombeiros como organização e dos Bombeiros como colaboradores.

5. QUALIDADE DE VIDA

Qualidade de vida (QV) define-se como o sentimento positivo geral e entusiasmo pela vida, sem que ocorra fadiga nas atividades rotineiras (BARBANTI, 1990).

É uma noção eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social e ambiental e a própria estética existencial (BUSS; HARTZ; MINAYO; 2000)

Qualidade de vida é uma forma de definir bem estar pleno em todos os aspectos da vida de um indivíduo.

Bem estar define-se como o resultado da avaliação subjetiva individual, formado pela integração harmoniosa dos componentes mentais, físicos, espirituais e emocionais e sendo o bem estar, como um todo, sempre maior que as partes que o compõe. (NAHAS, 2003)

É um modo de ser ou estar em perfeita satisfação física ou moral que proporciona conforto ao indivíduo. (BARBANTI, 1990).

Além de bem estar, a saúde é um dos fatores que implica na QV, e deve ser continuamente controlada e acompanhada para manter o bem estar, e não apenas quando estiver fragilizada, sendo melhor a prevenção do que tratamento quando descobre-se doenças já avançadas por falta de ações preventivas. Há relação entre QV, sociedade, saúde e bem estar.

Fatores que alteram a saúde e prejudica o bem estar e a QV têm sido pesquisados por órgãos de saúde, pesquisadores, centros de pesquisa e empresas públicas e privadas, com o intuito de controlar riscos e minimizar efeitos de aspectos negativos.

5.1. Qualidade de Vida no Trabalho

É a gestão dinâmica e contingencial de fatores físicos tecnológicos e sociopsicológicos que afetam a cultura e renovam o clima organizacional, refletindo-se no bem estar das empresas. (FERNANDES, 1996)

Desde a antiguidade há a preocupação de adequar o trabalho às condições do trabalhador para efetivar as atividades.

Atualmente as modificações têm alicerces em fatos históricos, em civilizações arcaicas já tinha-se a preocupação com o bem estar do trabalhador e desenvolveram-se procedimentos, processos e teorias para aplicá-los nas atividades e minimizar problemas gerados pelo trabalho.

Durante a Revolução do Industrial, com um número elevado de trabalhadores em fábricas, estradas de ferro e máquina a vapor em locais sem nenhuma infraestrutura; que resultava em surtos e doenças.

No final do século XVIII eclodiram os primeiros movimentos opostos às condições pelas quais passaram os trabalhadores.

No início do século XIX organizaram-se os primeiros sindicatos, para assegurar melhores condições de trabalho.

A expressão Qualidade de Vida foi utilizada por Richard Walton (Petroski, 2005).

Foi criada e dividida uma estrutura em oito categorias que relacionam as questões prioritárias da QVT:

- Salário compatível ao tempo que o trabalhador passa executando suas junções laborais;

- Padronizar as horas de trabalho e diminuir os riscos à saúde do trabalhador;

- Dedicar ao trabalhador autonomia e utilização das diversas habilidades;

- Oportunidade de crescimento progressivo, implementando planos de carreira;

- Induz relacionamento agradável entre empregado e empregador, através da exibição de suas ideias e sentimentos;

- Definir regras nítidas entre empregado e empregador intensifica QVT, por meio da igualdade de direitos e oportunidades iguais no trabalho em todos os aspectos.

- Cautela com custos sociais e psicológicos originários do excesso de horas trabalhadas, viagens e transferências constantes. Estas variáveis implicam no desgaste físico emocional e prejudica a vida em família; e

- Defesa da autoestima dos trabalhadores e capacidade de promover melhores condições de carreira e reconhecimento do trabalho no interior da organização. Empresas que se interessam com sua auto imagem, converte isso em auto estima e auto imagem dos seus colaboradores.

Durante a Revolução Industrial várias modificações aconteceram mundialmente, e no século XX o desenvolvimento teve base em teorias e métodos; nesta época em questão, através da administração científica.

Esta base padronizava a mão de obra, priorizava a eficiência da produtividade, divisão de tarefas, hierarquias rigorosas. Com isso, apresentou-se mais evidentemente pontos negativos que positivos.

QVT é a aplicação concreta de uma filosofia humanista, através de técnicas participativas, que objetivam alterar os aspectos do trabalho, criando uma nova realidade organizacional, favorável tanto para a empresa como para os empregados.

Para as empresas atuais o assunto QVT não limita apenas em concernir melhores salários e condições humanas no ambiente laboral. Apesar de serem essenciais esses dois aspectos, este contexto já tornou-se padrão nas organizações atualmente.

Portanto, na contemporaneidade para as empresas terem destaque no tocante a QVT é preciso avançar em atividades relacionadas a recursos para cuidados dos filhos, serviços de recolocação do empregado e aconselhamento de carreira, entre outros.

6. ATIVIDADES ENVOLVENTES NO TRABALHO DO PROFISSIONAL BOMBEIRO MILITAR

Quando o profissional bombeiro não está atendendo ocorrências, encontra-se quase na maior parte do período no quartel, em atividade de instrução ou em alguma atividade administrativa.

A atividade administrativa entrelaça uma série de variantes que podem gerar algum mal à saúde e à segurança dos envolvidos. Tem-se por principal e que todos os indivíduos lidam é o estresse.

É o estresse o fator presente em 80% de todas as mortes não traumáticas. (CB - PMESP, 2006)

Este fator aumenta a pressão sanguínea e deprecia o sistema imunológico, consequenciando em uma taxa de doenças provenientes de ataques cardíacos, diabetes e câncer.

Bombeiros que trabalham em funções administrativas o estresse é uma preocupação relevante por diversos motivos. Pois exige intensa demanda intelectual e psicológica, além de exercer grande reponsabilidade.

A preocupação também vem de outra matriz, pois trabalhos de alta pressão são atrativos de pessoas de personalidade tipo A, isto é, altamente competitivas, enérgicas, agressivas, autoconfiantes, idealistas, perfeccionistas. Estudos têm demonstrado que muitos bombeiros são desta personalidade (CB - PMESP, 2006).

Por ironia, são tais características responsáveis por formar homens e mulheres, excelentes bombeiros, além de tornarem- os vulneráveis aos problemas relativos ao estresse.

Estudos demonstram que socorristas tendem ao maior índice de divórcio, alcoolismo e suicídio, em relação à população geral, é de suma importância os socorristas reconhecerem as fontes de estresse. (CB - PMESP, 2006)

6.1. Ergonomia Proativa ou de Concepção.

Entende-se por ergonomia (ergon- trabalho livre; nomos- lei), determinantes das atividades relevantes ao trabalho e ao ambiente em que ele é desenvolvido.

A ergonomia proativa conceitua-se no planejamento de novos ambientes ou funções laborais e tem por objetivo evitar problemas antes que ocorra.

O contexto de proativa abrange uma gama de determinantes norteantes e devem ser implementadas no planejamento de novas funções, novos locais laborais, novos procedimentos ou aquisição de novos equipamentos.

Considerando um programa de ergonomia ou preventivo, a diretoria da organização define que nenhum local de trabalho, partes, materiais, ambientes ou equipamentos devem ser alterados ou adquiridos sem análise precisa dos possíveis riscos de LER e DORT consequentes da utilização.

Para efetuar a compra de novos equipamentos ou o planejamento de maneira eficiente e eficaz, os profissionais que responsabilizam-se com esta atividade devem conhecer riscos de  LER e DORT e as formas de controlá-los.

As relevâncias ergonômicas devem ser a base das decisões relacionadas aos novos processos de trabalho, ambientes e equipamentos.

CONCLUSÃO

Considerando os fatores relevantes desta pesquisa, compreende-se que Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são afecções que comprometem de maneira complexa e abrangente profissionais que atuam em locais de trabalho que oferecem riscos, onde os bombeiros militares têm maior suscetibilidade a tais fatores oriundos do ambiente.

Com isso, o controle dos riscos relativos às atividades desempenhadas deve ter prioridade por parte da organização, onde os trabalhadores estão inseridos, assim segurança e qualidade estarão em conjunto oferecendo confiança aos funcionários.

 Para que isso ocorra, deve-se averiguar os riscos, analisá-los, confrontar com os aspectos que implicam ao trabalhador, e junto com os profissionais desenvolver programas ergonômicos que auxiliem na dispersão e aniquilação de riscos e perigos provenientes do ambiente de trabalho.

Em referência a este contexto, conclui-se que qualidade no trabalho e na vida dos profissionais reflete diretamente na saúde, e no desempenho em suas tarefas. Trabalhadores reconhecidos produzem mais e melhor, assim a organização produz lucrativamente e isso gera uma retribuição financeira ao corpo laborativo.

BIBLIOGRAFIA

ARAÚJO, J.N.G.; LIMA, M.E.A., LIMA, F.P.A. (Orgs.) LER: Dimensões Ergonômicas, Psicológicas e Sociais. Belo Horizonte, 1998.

ASSUNÇÃO, A. A.; ALMEIDA, I. M. Doenças Osteomusculares Relacionadas com o Trabalho: Membro Superior e Pescoço. In: MENDES, R. (Org) Patologia do trabalho. São Paulo, 2003. P. 1501-39.

BAMMER, G. MARTIN, B; When Experts Disagree. In: DON RANNEY, M.D. (Org.) Chronic Musculoskeletal Injuries in the Workplace. Philadelphia, 1997. P. 101-13. W. B. Saunders Company.

BARBANTI, V. J. Aptidão Física: um Convite à Saúde. São Paulo, 1990. Manole dois.

BATTISTI, H. H. A Ginástica Laboral como Ferramenta para Melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho dos Bombeiros Militares do Estado de Santa Catarina. Florianópolis, 2011. Disponível em: <http://biblioteca.cbm.sc.gov.br/biblioteca/dmdocuments/CFO_2011_Heloisa.pdf>. Acesso em: 26. Mar. 2015.

BELL, D. S. Repetition Strain Injury: an Iatrogenic Epidemic of Simulated Injury. Austrália, 1989. P. 280-4. V. 151. Med. J.

BORGES, L. H. Sociabilidade, Sofrimento psíquico e LER em Processos de Trabalho Repetitivo: Estudo de Caixas Bancários. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1999.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Protocolo de Investigação, Diagnóstico, Tratamento e Prevenção de Lesão por Esforço Repetitivo: Distúrbios osteomusculares relacionados ao Trabalho. Brasília, 2000. Ministério da Saúde.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Lesões por Esforços repetitivos (LER): Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Brasília, 2001. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas.

BUSS, P. M.; HARTZ, Z. M. de A.; MINAYO, M. C. de S. Qualidade de Vida e Saúde: um Debate Necessário. Rio de Janeiro, 2000. P. 7-18. Revista Ciência e Saúde Coletiva.

CCC; PMESP (Corpo de Bombeiros, Polícia Militar do Estado de São Paulo). Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros – 36. Segurança no Serviço de Bombeiros. São Paulo, 2006. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAeouEAI/mtb-36-seguranca-no-servico-bombeiros?part=2>. Acesso em : 22. Mar. 2015.

CLELAND, L. G. RSI: a Model of Social Iatrogenia. Austrália, 1987. P. 236-9. Nº 7,  V. 147 Med. J.

COHEN, M. L.; ARROYO, J. F.; CHAMPION, G. D.; BROWNE, C. D. In Search of the Pathogenesis of Refractory Cervicobranchial Pain Syndrome: a Desconstruction of the RSI Phenomenon.. Austrália, 1992. P. 432-6. V.156. Med. J.

COUTO, H. A. Ergonomia aplicada ao trabalho: Conteúdo Básico. Guia Prático. Belo Horizonte, 2007. Ergo.

DENNETT, X.; FRY, H. J. H. Overuse Syndrome: a Muscle Biopsy Study. Lancet, 1988. P. 905-8. V.1,

DIAS, M. D. A. Saúde do trabalhador: uma questão de cidadania: estudo de caso com portadores de Lesões por Esforços Repetitivos (LER). 1995. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo.

FERNANDEZ, E. Qualidade de Vida no Trabalho. Como Medir para Melhorar. Salvador, 1996. Casa da Qualidade.

FILHO, L. G. C.; JÚNIOR, A. P. LER/ DORT: Multifatorialidade Etiológica e Modelos Explicativos. Sergipe, 2004. Disponível em: < http://www.scielosp.org/pdf/icse/v8n14/v8n14a08.pdf>. Acesso em: 22. Mar. 2015.

FULLER, R.; MAENO, M; ROSSI, D. A. G.; SALERNO, V. Lesões por Esforços Repetitivos (LER), Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho. Brasília, 2006.  Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_ler_dort.pdf>. Acesso em: 22. Mar. 2015.

IRELAND, D. C. R. Repetitive Strain Injury. Aust. Fam. Physician, 1986. P. 415-8.V. 15.

KUORINKA, I.; FORCIER, L. (Eds) Work Related Muskuloskeletal Disorders (WMSDs): a Reference Book for Prevention. London, 1995. Taylor & Francis.

LIMA, V. Efeitos de um Programa de Exercícios Físicos no Local de Trabalho sobre a Flexibilidade e Percepção de Dor Muscoesquelética em Trabalhadores de Escritório. Dissertação (Curso de Pós Graduação em Medicina) – Universidade de São Paulo. São Paulo, 2009.

LIMA, A. B.; OLIVEIRA, F. Abordagem Psicossocial da L.E.R.: Ideologia da Culpabilização e Grupos de Qualidade de Vida. In: CODO, W.; ALMEIDA, M.C. (Orgs) L.E.R.: Diagnóstico, Tratamento e Prevenção: uma Abordagem Interdisciplinar. Petrópolis, 1995. P. 136-59. Vozes.

MACIEL, R. H. Prevenção da Ler/ DORT: O que a Ergonomia pode Oferecer. Cadernos de Saúde do Trabalhador. São Paulo, 2000.

MARTINS, C. de O. Repercussão de um Projeto de Ginástica Laboral na Qualidade de Vida de trabalhadores de escritório. Tese (Curso de Pós Graduação em Engenharia de Produção – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2005.

NAHAS, M. V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida: Conceitos e Sugestões para um Estilo de Vida Ativo. Londrina, 2003. Midiograf.

OLIVEIRA, J.T. LER: Lesão por Esforços Repetitivos. Um Conceito Falho e Prejudicial. Arq. Neuro-psiquiatrico, 1999. P. 126-31. . V. 57, Nº 1.

PETROSKI, E. C. Qualidade de Vida no Trabalho e suas Relações com Estresse. Nível de Atividade Física e Risco Coronariano de Professores Universitários. Tese (Curso de Pós Graduação em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2005.

QUINTNER, J. ; ELVEY, R. The Neurogenic Hypothesis of RSI. In: BAMMER, G. (Eds) Discussion Papers on the Pathology of Work-related Neck and Upper Limb Disorders and the Implications for Diagnosis and Treatment. Canberra: National Centre for Epidemiology and Population Health, Australian National University, 1991. Working Paper 24.

RAMIREZ, D. C. Stresse no Cotidiano de Trabalho de Bombeiros de Santa Catarina: Entre as atividades profissionais e a exigência das organização. Dissertação (Curso de Pós Graduação em Engenharia) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2002.

SANTOS, G. V. dos. Apresentação, Análise e Avaliação de Resultados da Aplicação de um Modelo de Projeto de Ginástica Laboral. Caso CEFET-PR, Unidade de Curitiba. Dissertação (Curso de Pós Graduação em Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, 2003.

SATO, L.; ARAÚJO, M. D.; UDIHARA, M. L.; FRANCO, M.; NICOTERA, F. N.; DALDON, M. T.; SETTIMI, M. M.;SILVESTRE, M. P. Atividade em Grupo com Portadores de LER e Achados sobre a Dimensão Psicossocial. 1993. p.49-62. Rev. Bras. Saúde Ocup., v.21, Nº 79.

SCARF, G. E.; WILCOX, D. Alleged Work-related Injuries. Austrália, 198. P. 765, 1984. V.141. Med. J.

SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA. Caderno Técnico-Didático: Programa Ginástica na  Empresa. SESI-SC. Florianópolis, 2004. 1 ed.

SETTIMI, M. M.; TOLEDO, L. F.; PAPARELLI, R.; SANTANA FILHO, W. R.; SILVA, J. A.; COSTA, R.O.; FREIRE, R. T.; GARBIN, A. C.; NEVES, J. R.; ARAÚJO, W.; PATTA, C. A.; MULLER, E.; LIMA, P. S. L. Lesões por Esforços Repetitivos / Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho: Abordagem Interdisciplinar. 1998. P. 149-53. Rev. Rede Esp., ed. esp.

SINAAEJF (Sindicato de Auxiliares de Administração Escolar de Juiz de Fora). Doenças. Disponível em: <http://www.sinaaejf.org.br/site/?ctr=doencas>. Acesso em: 22. Mar. 2015.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. LER/ DORT- Cartilha para Pacientes. São Paulo, 2011. Disponível em: <http://www.reumatologia.com.br/PDFs/Cartilha%20Ler%20Dort.pdf>. Acesso em: 22. Mar. 2015.

SPILLANE, R.; DEVES, L. RSI: Pain, Pretense or Patienthood? J. Ind. Relat. 1987. P. 41-8 V. 29.

 VERTHEIN, M. A. R.; MINAYO-GOMES, C. As Armadilhas: Bases Discursivas da Neuropsiquiatrização das LER. 2001. P. 457-70. V. 6.  Nº 2. Ciênc. Saúde Col.

[1] Fábio Loureiro Teodoro, Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Publica pela Academia de Policia Militar do Barro Branco; Oficial da Policia Militar do Estado de São Paulo com a patente de Capitão; Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Bandeirante de São Paulo; Pós Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade de Guarulhos. ([email protected])


Autor

  • Fabio Loureiro Teodoro

    Bacharel em Ciências Policiais de Segurança e Ordem Publica pela Academia de Policia Militar do Barro Branco; Oficial da Policia Militar do Estado de São Paulo com a patente de Capitão; Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Bandeirante de São Paulo; Pós Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho pela Universidade de Guarulhos.

    Textos publicados pelo autor

    Fale com o autor


Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelo autor. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi.