Ainda que o pai ou a mãe do formando sejam profissionais de fotografia/filmagem, naquele momento da cerimônia eles não estão ali ostentando essa condição, mas estão como convidados, tal qual os outros pais e mães que não são profissonais, devendo todos, sem exceção, se submeter às mesmas regras.
Nem tudo se resolve apenas pela legalidade estrita. Há alguns casos, como esse, em que o interesse da maioria, de não ver o registro da cerimônia comprometido por conta de todo mundo achar que pode registrar o evento de qualquer modo e sem organização, certamente prevalece.
Partindo desse mesmo raciocínio é que a faculdade já estabelece de antemão o tipo de vestimenta a ser usada pelos convidados no dia da solenidade. Seria o caos se cada um pudesse ir vestido do modo como quisesse (uns de terno, outros de bermuda) sem que haja qualquer ilegalidade nisso.
Como já foi dito antes, a colação de grau é uma solenidade pública. A própria expressão "solenidade" diz sobre algo que se reveste de forma solene, de formalidade, forma, padrão. Se é algo formal, padronizado, há de se estabelecer regras para que o padrão da cerimônia não seja comprometido.
Quando colei grau, as mensagens a serem lidas pelos oradores da turma deveriam ser aprovadas previamente pela faculdade, inclusive com tempo cronometrado, para que não houvesse risco de alguém falar alguma coisa fora de contexto ou que não tivesse pertinência, ou ainda extrapolar o tempo.
Nesse caso, alguém poderia querer dizer que a faculdade estaria tolhendo o direito de expressão dos formandos. Mas querer chegar na colação, frente a uma "platéia" de pais, convidados, reitores e falar do churrasco da turma, do colega que caiu porque bebeu demais, como vi gente querendo fazer, é demais também...