Acredito que o curso de direito à distância poderia em muito contribuir para o enriquecimento da cultura jurídica, haja vista o fato de que o mundo virtual já nos oferece uma acervo de referências inesgotável do mundo acadêmico. Além do mais, a ciência jurídica não é uma ciência exata, precisa, com respostas prontas e acabadas, é uma ciência do constante debate, da hermenêutica. Não haverá formação jurídica qualitativa se o aprendiz estacionar no tempo, não acompanhar os avanços da modernidade, que são propagados com maior velocidade no mundo virtual. Não há mercado de trabalho tanto para os alunos de cursos ministrados à distância quanto para os presenciais, se o interesse do educando não estiver voltado para necessidade de aprender, de transformar, de evoluir. A ausência pode-se dar tanto em sala de aula quanto numa sala virtual. A tecnologia EAD é capaz de oferecer todos os mecanismos possíveis para fazer com que a educação à distância se torne mais prazerosa, com debates infindáveis acerca dos temas que permeiam a ciência jurídica, desde que todos os recursos possíveis tais como teleconferências, apresentação de vídeos, livros eletrônicos, julgamentos em tempo real, proposições de projetos e outros sejam explorados. A questão recai na metodologia a ser aplicada, na forma de cobrar resultados. Hoje, constata-se, inclusive, nas ciências médicas um grande avanço, que se deve, em grande parte, a troca de conhecimentos e de experiências no mundo da internet. Tenho vontade de ser um aluno do curso de direito à distância, mesmo porque economizaria tempo, ganharia tempo, ao evitar deslocamentos de horas indo e vindo para uma faculdade, além de poder desfrutar mais do convívio familiar e, sobretudo, de provar que se pode por meio do ensino à distância até mesmo tornar a ciência jurídica mais próxima da racionalidade. Esse fórum, por exemplo, abriu espaço para debater a questão, que talvez não teria a mesma dimensão se fosse realizado num local determinado, ainda que houvesse a divulgação do evento. Entendo que obter um diploma por meio de ensino presencial não significa estar preparado para aplicar os conhecimentos adquiridos, se é que foram adquiridos. Entendo que as habilidades de desenvolver projetos, elaborar artigos, debater temas polêmicas do mundo jurídico podem ser exploradas com maior intensidade por meio da internet, de maneira a despertar, inclusive, um novo olhar sobre o mesmo tema. Cabe ao cidadão, que se inscreve em qualquer curso ministrado por uma universidade, a consciência de seu papel como aprendiz. E o seu sucesso não se dará pela obtenção de um diploma seja por meio de ensino presencial seja pelo EAD, mas pela sua capacidade de saber aplicar seus conhecimentos acadêmicos e, no caso, das ciências jurídicas em questão, de ter a consciência, sobretudo, de que o direito é um aprendizado contínuo, em virtude de seu dinamismo, das mudanças tecnológicas que estão a exigir dos estudiosos do direito soluções para resolver ou pelo menos amenizar a situações de conflitos advindas da transformação social.