Fui diagnosticada sendo portadora de caimbra do escrivão, doença neorológica que progressivamente vai diminuindo a minha capacidade de escrever. O médico em que faço tratamento fez um relatório pedindo minha aposentadoria por invalidez, visto que esta doença não tem cura, porém os médico da perícia não conhecem esta doença e não me aposentam. Como posso contestar a decisão de médicos perítos. Alguém pode me ajudar?

Respostas

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    Fabiana Araújo Terça, 31 de março de 2009, 13h00min

    Boa tarde!
    Primeiramente, fiquei muito feliz em encontrar esse canal aqui, pra agragar pessoas com o mesmo problema. Acredito ser uma eficiente forma de melhorar a vida de todos que estão nessa batalha comum.
    Sou portadora de distonia (cãimbra do escrivão) desde a infância, dos primeiros anos escolares, o que não é muito comum.
    Fiquei muito bem impressionada com os pronunciamentos da Maristela, de Curitiba, e gostaria de dizer que, conforme a classificação dela, pertenço há um bom tempo, ao grupo 4 de pessoas portadoras de distonias, ou seja, aquelas que já se conscientizaram e levam a vida com isso "numa boa". Também, depois de 25 anos com o problema... inúmeros médicos, tratamentos, dificuldades de diagnóstico, 5 anos e meio de fisioterapia contínua....não era pra menos! rsrs. Agora, com toda essa parafernalha tecnologica, posso dizer que a vida está uma beleza, porque passei todo tempo de colégio e faculdade na base do lápis e caneta.
    O que gostaria de perguntar é, principalmente no caso da Maristela, que conseguiu prestar concurso publico, inclusive, na condição de portadora de deficiência, como conseguiu isso? Teve de passar por exames, com a emissão de algum laudo específico? Teve de fazer algum cadastro a respeito dessa "nova condição"?
    Por favor, se puderem me ajudar a respeito eu agradeço. 25 anos é muito tempo e eu, sinceramente, já passei da fase de querer sofrer com isso, e agora quero é ter meus direitos assegurados!
    Abraço a todos.

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    Maristela Zamoner Sexta, 24 de abril de 2009, 15h33min

    Oi Fabiana,
    Gosto de ver esta forma de encarar o problema, temos mesmo que nos municiar de toda parafernalha tecnológica que der. Minha digitação já começou a dar sinais de que vai sumir também, então, já estou pesquisando tradutores de voz para texto. O que não posso fazer é me entregar para uma aposentadoria enquanto meu cérebro funcionar. Ainda quero fazer um doutorado um dia, só tenho mestrado.
    Fiz minha inscrição como deficiente, enviando o laudo do meu neurologista afirmando que sou portadora de cãimbra do escrivão e que preciso de auxílio de computador para fazer a prova. Mas, me ofereceram uma pessoa para transcrever as respostas. Constrangedor, mas, fui assim mesmo. Afinal, era isto ou nada.
    Fui aprovada em primeiro lugar geral e insisti na vaga para deficiente para ser respeitada como tal - me oferecerem adaptação para trabalhar. Então, fui para o primeiro exame médico e fui muito, muito mal tratada por um médico do trabalho que dizia que a cãimbra do escrivão era causada pelo trabalho e deixou claro que achava que eu estava querendo me beneficiar ao me considerar deficiente, ele não sabia que eu era a primeira colocada e eu não quis recorrer a esta informação para resolver a situação. Ficamos em um impasse no consultório, eu afirmando que era deficiente e ele negando. Então, ele "se irritou" e chamou a médica chefe, que entrou na sala, me olhou, pergundou meu nome e quando eu respondi, ela perguntou de volta: "Você não tirou primeiro lugar?". Respondi que sim e o médico do trabalho mudou completamente de fisionomia. Então eu disse, que queria entrar como deficiente para ter respeito no trabalho. Daí situação se resolveu rapidinho. Assim, passou o primeiro momento. Depois, me mandaram para uma banca com 2 biólogos (meu cargo) e um neurologista (tive que pedir isto na consulta anterior porque queriam designar um ortopedista, pasme). A coisa foi um pouco melhor e "decidiram" que, apesar da deficiência, eu podia assumir o cargo. Dias depois, fui encaminhada para outra banca, com 2 neurologistas, com a finalidade de verificar se de fato eu era deficiente. Os dois me pediram para escrever. Achei um absurdo, imagine, é a mesma coisa que pedir para um cadeirante andar. Mas, pedi uma caneta, falei que era constrangedor e mandei ver. Com a mão toda torda, dura, apertando a caneta no papel, fazendo uma letra ilegível e balançando a cabeça involuntariamente. Pronto. Fui aprovada. Foi assim. Até hoje não consegui cópia de toda documentação gerada nestes três momentos. Mas, tenho uma declaração de aprovação como deficiente que anexada ao laudo do meu médico tem servido para outras pessoas como prova de que a cãimbra do escrivão é deficiência.
    Hoje estou aqui, meu estágio probatório acabou ontem! Feliz da vida já arquitetando uma transferência para um local onde trabalharei exclusivamente com pesquisa científica rs rs.
    Meu e-mail é: [email protected], fique à vontade caso queira conversar mais.
    Tenha um belo dia,
    Maristela

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    Divanicio Albuquerque Pessoa Domingo, 26 de abril de 2009, 23h55min

    Olá, Maristela.
    Gostei muito das tuas discussões neste forum.
    Eu também tenho cãimbra do escrivão desde pequeno. Sou ambidestro e os depoimentos dados neste forum refletem a minha luta e sofrimento também.
    Apesar de tudo, estudei fui a luta e hoje tenho uma profissão. Antes eu achava que nunca ia conseguir entrar numa universidade devido ao problema.
    Estou fazendo uso de botox, uso um engrossador de borracha que ajudou um pouco. Mas são formas adaptativas e paliativas.
    Com 19 anos mais ou menos comecei a fazer yoga e depois tai chi chuan, o que me ajudou um pouco. Hoje ainda faço tai chi chuan com pouco frequência. O depoimento da Renata de Niteroi é parecido com meu sofrimento.
    Bom, hoje tenho 43 anos e percebi que de 3 anos prá cá a doença evoluiu um pouco. Não consigo digitar de forma legal com a mão direita. Uso muito o computador e desta forma o sofrimento por causa da limitação quer tomar conta de mim.
    Mas, temos que ir em frente.
    Sabe, passei muito tempo não aceitando o problema e hoje encontrar este forum e as comunidades no orkut é muito bom. Agente não se sente só com esta dificuldade.
    Admiro você pelos sucessos alcançados.
    Meu email é [email protected]

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    Daiane Alves Faria Terça, 28 de abril de 2009, 2h41min

    fui diagnosticada com caimbra do escrivão há alguns meses e meu caso está se complicando... perdi toda a escrita e apesar de tentar me adaptar digitando no trabalho, não tenho vinculo empregaticio e trabalho como autonoma, agora não sei o que fazer mas, preciso de uma classificação como deficiente fisico ou parcial para concorrer a vagas destinadas e adaptadas já que não consigo manter o mesmo ritmo de trabalho de pessoas que não possuem qualquer dificuldade. Não sei por onde começar e que tipo de classificação ou carterinha devo buscar, com quem devo brigar por estes direitos. Vc poderia me orientar?

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    Daniel de Oliveira Nunes Quarta, 29 de abril de 2009, 22h43min

    É gente, essa é mesmo uma deficiência ingrata né? Pega agente de surpresa, é de difícil diagnosticação e apesar da minha fé inabalável ainda não tem cura. Já passei pelos melhores neurologistas de Uberlândia e todos foram unânimes em afirmar. NÃO TEM CURA... Com relação ao diagnóstico, meu último neurologista me disse que é clínico, ou seja, a distonia não é detectada por exames, o diagnóstico é clínico, pelas características da distonia mesmo. A neuromiografia é feita somente pra descartar a hipótese da cãmbra do escrivão, além de ser um exame extremamente desagradável. Quem fez sabe do que estou falando. Realmente nossas dificuldades são muitas. No meu caso, perdi três anos do meu curso por conta da minha impossibilidade de escrever. Não conseguia realizar as provas e quando conseguia, a custa de muita dor, os professores não conseguiam ler o que havia escrito. Hoje conto com uma equipe de profissionais na faculdade que me acompanham e faço todas as minhas avaliações digitadas com monitoramento da coordenadora do projeto. Peço aqui a devida licença pra entrar na comunidade do orkut para trocarmos mais informações.
    Daniel Nunes

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    Fabiano_1 Terça, 12 de maio de 2009, 15h41min

    Apesar de ter feito varios exames inclusive a Eletroneuromiografia, a aplicação de toxina butolinica não alterou em nada , nem nos meses da aplicação, ainda continuo tendo contrações involuntarias no dedo indicador da mão direita, não sei certamente se tenho a distonia alias nenhum medico afirmou "nada" ate agora. Mas se terei que conviver com isto o que posso fazer para não deixar que isto se torne progressivo????? Lendo tantos relatos neste forum, fiquei um pouco desanimado.

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    gizely Domingo, 17 de maio de 2009, 23h16min

    Olá, fui diagnósticada há pouco tempo. Ainda não fiz nenhum tipo de tratamento, pois na minha cidade não existe especialista. Um neurologista da minha cidade me encaminhou para tratamento em Brasilia-DF. Alguém sabe dizer se é possível conseguir encostar pelo INSS, pois não estou conseguindo trabalhar?

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    Fabiana Araújo Segunda, 18 de maio de 2009, 13h51min

    Bom dia, pessoal. Gostaria de saber se alguém já conseguiu registro especial como portador de deficiência junto ao Detran? Sim, porque a distonia gera certa dificuldade para a troca de marchas no carro, devido aos espasmos involuntários, então acredito que o uso de veículo automático seria interessante, não? Alguém já consguiu isso?

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    Alda Lucia Sexta, 29 de maio de 2009, 21h26min

    Boa noite, pessoal!

    Fui diagnosticada pouco mais de 10 anos atrás, mas a peregrinação para chegar ao diagnóstico foi grande.
    A mão não obedecia meus comandos por nada. Queria escrever, mas nada!
    Minha letra que sempre foi bonita, ficava ilegível.
    Fui a váaaaarios médicos e cada um com um diagnóstico diferente.
    Para minha extrema sorte, uma amiga que na época estava fazendo especialização em fisiatria e trabalhava com um médico expert em cãimbra do escrivão, foi quem diagnosticou.
    A eleltroneuromiografia não detecta essa doença a não ser que seja realizado com a mão em movimento, ou seja, escrevendo.
    Cheguei a fazer botox, mas resolve apenas por 6 meses, sendo que uns 2 meses a mão fica totalmente "relaxada"....
    Ainda continuei procurando uns médicos, mas numa das vezes em que fui fazer um exame, o médico foi categórico em dizer que não tem cura. É uma questão de neurotransmissor, meu cérebro manda uma informação e minha mão não reconhece essa informação.
    O jeito então é aprender a conviver com isso. Fácil não é e fica cada vez mais difícil.
    Ainda trabalho, mas evito escrever. Mas a digitação é um pouco complicada.
    Não quero piedade dos outros e ninguém onde trabalho sabe do meu problema. Poucos amigos também.
    Essa doença é antiga e se antes as pessoas conviviam com isso, pq não podemos tb conviver?
    Achei ótimo esse fórum para troca de idéias e temores.
    Um exemplo de força foi ver certa vez um menino com apenas uma perna que fazia coisas que ninguém imaginaria que ele fosse capaz:
    Andar de bicicleta - pasmen mas ele anda de bicicleta
    Jogar bola - e ainda jogava com pessoas "normais" de igual para igual
    Meu irmão sempre falou dele, mas só acreditei quando vi com meus próprios olhos.
    Então porque se sentir diminuida simplesmente por termos mãos, mas termos nossas limitações?
    Mas temos nossos direitos e temos realmente que saber quais são e correr atrás deles.

    Um beijo e muita força para todos nós.

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    Fernanda Tavares Da Quarta, 08 de julho de 2009, 17h23min

    Oláa...
    Não sei nem como começar a escrever . Depois de 6 anos encontrei este fórum com tantos depoimentos, que me fizeram chorar muito. Cada linha que li de cada pessoa descreve tudo que passei e que passo. É muito dificl ser diagnosticada com a cãimbra do escrivão com 19 anos, no segundo ano de faculdade,e ninguém entendendo o problema, perguntando e comentando a maneira de escrever.
    Fui em um neurologista em Curitiba e ele não falo nada a mais que vocês já sabem.
    A verdade é que tenho medo de enfrentar essa deficiência, há 6 anos que fujo dela. Trabalho com a minha família, porque tenho medo de enfrentar um não em uma seleção de emprego, ou até mesmo explicar essa deficiência. Sou formada em jornalismo e tenho meus sonhos, meus objetivos e tudo que mais quero é trabalhar na minha área, usar tudo que um dia aprendi e posso mostrar independente desse problema.
    E toda vez que penso na cãimbra e tento lidar com essa idéia caio em uma tristeza enorme, sem forças, como estou agora.
    Li em um dos depoimentos e concordo que hoje existem vários meios de tecnologia que auxilixam a gente nesse problema.
    Anotei o email de algumas pessoas que colocaram aqui no fórum p conversar mais sobre isso.
    Não converso com ninguém sobre este assunto. Gostaria de uma indicação de algum médico em Curitiba mesmo ou São Paulo que eu possa ir. Sei que vou escutar a mesma coisa, mas gostaria de um atestado, um laudo, pois tenho projetos profissionais e acho que só vou conseguir ser aceita em algum lugar tendo uma prova do problema.
    A última vez que fui em um neuro foi quando fui diagnosticada.
    Mesmo sendo uma coisa difícil de aceitar é muito bom saber que o problema não é só comigo e que posso compartilhar esse problema com outros portadores.

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    Divanicio Albuquerque Pessoa Quarta, 15 de julho de 2009, 23h49min

    Oi, Fernanda
    Esta doença realmente maltrata muito qualquer um que a tenha. Eu entendo bem você, porque não é fácil querer escrever e não conseguir; a mão entorta, emperra e a letra é feia, etc. A sensação é de impotência, desespero, raiva, angustia depressiva...
    Ás vezes eu penso em como foi que eu conseguir estudar e ter uma profissao, me auto sustentar. Não foi fácil. Tem choro, desespero, etc.
    Eu vou fazer minha 3ª aplicação de botox amanhã. Não tenho muita esperança.
    Eu usando um engrossador de borracha q peguei no Sarah(hospital) em Brasília.
    Comprei tbm uma caneta ergométrica chamada Ringpen. São recursos paliativos.
    A minha está troncha prá caramba. Não estou conseguindo digitar com facilidade e nem tapouco pegar no mouse.
    Escrever e digitar tornaram-se coisas ruins e traumatizantes prá mim... No passado eu desenvolvi uma fobia social devido a isto. Mas, superei.
    Na tentativa de me ajudar fiz muitas coisas: uma delas foi a yoga, tai-chi-chuan - que pratico até hoje - e o karatê. Estas práticas me harmonizam e evitaram a piora de forma mais rápida da doença.
    No orkut, temos uma comunidade chamada caimbra do escrivão. Participe conosco.
    [email protected]

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    Katy Valadares Quinta, 16 de julho de 2009, 0h10min

    como eu encontro esta comunidade, pq meu marido tb tem distinia muscular

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    Katy Valadares Quinta, 16 de julho de 2009, 0h22min

    caro colega adriano ,o unico tratamento q conheço seria aplicação de botox ,não sei em q cidade vc mora mas ,um bom lugar para se tratar seria na santa casa de misericordia n a estação sta cecilia em são paulo,o exma q meu marido fez para diagnosticar a doença foi o eletroneuromiografia ,

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    Katy Valadares Quinta, 16 de julho de 2009, 0h47min

    qula é o nome da comunidade no orkut para q possamos conversar ?

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    Divanicio Albuquerque Pessoa Sábado, 22 de agosto de 2009, 12h09min

    Gente,

    A comunidade no orkut é caimbra do escrivão e meu perfil é D & A Pessoa. Podem me add, pois é importante que todos nós que temos esse problema devemos nos unir e compartilhar as dores e experiências.

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    José Geraldo S Sexta, 28 de agosto de 2009, 2h33min

    Olá colegas! Boa noite a todos!

    Há algum tempo descobri este fórum e entrei em contato com alguns dos participantes, entre eles Maristela, Renata, Sílvio, etc... Todos temos interesses em comum, tratamento se possível da doença e apoio para darmos prosseguimento ás nossas vidas. No meu caso, o problema foi diagnosticado a 3 ou 4 anos, no 1 primeiro ano foi terrível, vi logo que não seria brincadeira. Agora, já não tenho mais vergonha de ser incapaz de escrever, ou de comentar o fato com as pessoas, mesmo vendo em seus olhos que elas não acreditam, acham que é preguiça, falam que não vêem nada na minha mão, ou outras piadinhas. Mas aprendi a conviver com isso, pois até em minha família, ou pessoas ligadas a área de saúde não acreditam, como vou querer que pessoas que não me conhece ou tem contato no dia a dia acredite. Mas pelo menos estou mais tranqüilo, mais sereno, sem contudo, deixar de acreditar quem sabe numa cura ou em um tratamento mais eficaz que o tal do botox. Também estou um pouco cansado, sou de Minas Gerais e já passei por vários hospitais (NOT - Núcleo de Ortopedia e Traumatologia, Hospital Mater Dei, Hospital Ortopédico da Serra, Hospital Felício Rocho, Hospital Madre Tereza, Hospital Semper, e atualmente estou em tratamento no hospital das Clínicas de Minas Gerais), passei também por vários médicos e clínicas particulares (ortopedistas, neurologistas, fisiatras, clínicos, particulares e também no INSS), nada deu resultado, fiz também, 1 ano de terapia ocupacional, fisioterapia, acupultura, procurei ajuda até com um charlatão, que dizia curar com um tal de BODYTALK SISTEM,rsrsrsrsrs. No acompanhamento/tratamento no hospital das clínicas, está marcada a aplicação de botox, mas ainda não estou completamente decidido.
    Vamos falar agora de trabalho e prosseguimento de nossas vidas, pois quanto mais ficarmos parados, pior, no final voltarei a falar de uma possível VELHA NOVIDADE, que talvez possa ser utilizada no tratamento da câimbra ou distonia. Tenho acompanhado o PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 439, de autoria do Senador Arthur Virgilio, que inclui a câimbra do escrivão, na lei que regulamenta quem se enquadra como sendo portador de necessidades especiais, como deficiência física, mais infelizmente, continua parado no senado. Precisamos mandar e-mail, cartas e ect, pressionando para que seja aprovado o tal projeto. Pois quando da inscrição em concurso público, normalmente as bancas aceitam o laudo que o candidato manda, o problema é depois na hora da perícia, alegam não constar na Lei, como foi o meu caso, aprovado no 2º lugar no TER-MG 2008/2009 (contabilidade), fui reprovado na perícia médica e desclassificado. VAMOS LÁ GALERA, VAMOS PRESSIONAR O SENADO PARA A PROVAÇÃO DESTE PROJETO DE LEI 439.
    Agora, vou falar de uma coisa que pelo que li e pesquisei na Internet e também depoimento de uma fisiatra, poderá ser um caminho para o tratamento futuro deste nosso problema. MAS MUITA ATENÇÃO! NÃO FAÇAM BOBAGEM! Primeiro, precisamos pesquisar, e se alguém tiver um parente médico ou um médico amigo, mais próximo, para poder nos ajudar, pois falei com 2 neurologistas que me acompanham, mas não consegui nada, um mais novo disse já ter ouvido falar e acredita que mais no futuro pode ser, outro, o especialista, mais velho, interrompeu a minha fala dizendo que é coisa velha ultrapassada e que não dá resultado, e que operar a cabeça deixando um eletrodo lá dentro com uma ponta para fora, é coisa de louco.
    DETALHES:
    1º Esse médico cobra R$400,00 (quatrocentos reais por consulta) e R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais) por aplicação do botox. Em nenhum momento falei de cirurgia.
    O que cheguei a pesquisar através da Internet e também de um contato com uma fisiatra, que segundo ela, é pioneira neste tipo de tratamento aqui em Minas Gerais, e que teria trazido isto da USP SP, é o chamado EMT – Estimulação Magnética Transcraniana. Essa EMT segundo li em alguns trabalhos de psiquiatras estudantes da USP, quando foi testada a muito tempo atrás, para tratamento exclusivo de pessoas com depressão, realmente era preciso uma pequena cirurgia, onde parece que era introduzido um eletrodo na cabeça, que emitia algumas ondas magnéticas ao centro do cérebro para estimulação. Mas com o desenvolvimento de vários remédios (drogas) que a princípio davam um resultado fantástico no tratamento da depressão, deixou-se de lado o EMT, que parece estar sendo retomado agora, pois estão descobrindo que muitos daqueles remédios causam outros graves problemas, efeitos colaterais, dependências e muitos são aumentados a dosagem até não fazer efeito mais benigno. Este EMT – Estimulação Magnética Transcraniana, hoje em dia é utilizado para tratar Parkinson, pessoas com depressão, pessoas que sofreram AVC (derrame) e segundo a Dra Marília Benevoluto, provavelmente dará um bom resultado no tratamento da distonia, através da estimulação no córtex. Segundo a Dra Marília, é um tratamento como outro qualquer, você vai, deita de lado numa poutrona, e ela vem com o aparelho que tem formato de um oito deitado, colocando-o sobre o lado da sua cabeça que ficou para cima, sem corte, sem raspar o cabelo e principalmente sem dor ou efeito colateral.
    Mas pessoal! Juízo! Pesquisem em outras fontes. Quem tiver médicos ou outras pessoas realmente responsáveis. USP SP, CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA E OUTROS ÓRGÃOS.
    Vamos ter esperança sim, mas vamos devagar, nada de fazer bobagem.
    Vou deixar meu e-mail abaixo, para contato, tanto se positivo ou negativo, quem sabe alguém já ouviu falar.
    Um Grande Abraço a Todos! Vamos em frente! Com ou sem cura/amenização do sofrimento, temos que tocar o barco!

    [email protected]

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    José Geraldo S Quarta, 23 de setembro de 2009, 21h27min

    Caros colegas, será que agora vai andar este projeto de LEI 439 DO SENADO?

    PARECER N° , DE 2009
    Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS,
    sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 439,
    de 2008, de autoria do Senador Arthur Virgílio,
    que acrescenta dispositivos à Lei nº 7.853, de 24
    de outubro de 1989, para incluir as definições de
    deficiência e estabelecer que a síndrome do
    escrivão constitui modalidade de deficiência
    física.
    RELATOR: Senador FLÁVIO ARNS
    I – RELATÓRIO
    O Projeto de Lei do Senado (PLS) nº 439, de 2008, em exame nesta
    Comissão, altera a Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989, que, entre outras
    determinações, trata do apoio às pessoas com deficiência e da
    Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
    Deficiência (CORDE).
    Em apenas um artigo, o PLS nº 439, de 2008, busca trazer, para a
    referida lei, definições consolidadas em regulamento – no caso, o Decreto
    nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999 –, com o objetivo de nelas incluir a
    síndrome do escrivão.
    A proposta foi encaminhada a esta Comissão para avaliação e,
    posteriormente, deverá seguir à Comissão de Direitos Humanos e
    Legislação Participativa (CDH), para decisão em caráter terminativo.
    Ao projeto, não foram apresentadas emendas.
    II – ANÁLISE
    A síndrome do escrivão – também conhecida como câimbra do
    escrivão – caracteriza-se por contrações musculares involuntárias da
    musculatura dos membros superiores usados no ato de escrever. Apesar de
    normalmente permitir o controle motor normal ao realizar outro tipo de
    atividade, a síndrome ocasiona perda do controle das mãos para a escrita,
    sendo muitas vezes bastante dolorosa. Essa distonia focal da mão
    compromete a qualidade de vida dos indivíduos por ela acometidos e não
    tem mostrado, até hoje, resposta adequada a tratamentos.
    Quando acometidas dessa distonia, algumas pessoas apresentam
    alterações anatômicas ou morfológicas desfavoráveis para exercer a
    atividade profissional e necessitam de reforço muscular adicional para
    estabilizar a articulação. Esses indivíduos, muitas vezes, têm redução
    efetiva e acentuada da capacidade de integração social e, também, da
    capacidade de desempenho de função ou atividade laboral.
    Assim, entendemos que a legislação vigente deve ser aperfeiçoada
    para beneficiar a pessoa acometida pela síndrome do escrivão, razão pela
    qual julgamos que a alteração proposta pelo PLS nº 439, de 2008, é
    meritória.
    Consideramos, entretanto, que cabem alterações na Proposição, no
    sentido de que o rol de tipos de deficiências seja incorporado ao corpo da
    Lei, uma vez que se encontra, atualmente, no decreto que a regulamenta.
    Entendemos que essa alteração conferirá maior segurança jurídica aos
    cidadãos a quem a Lei se destina.
    III - VOTO
    Em vista do exposto, o voto é pela aprovação do Projeto de
    Lei do Senado nº 439, de 2008, com as seguintes emendas:
    EMENDA Nº. – CDH
    Dê-se à ementa do Projeto de Lei do Senado nº 439, de 2008, a
    seguinte redação:
    “Acrescenta dispositivo à Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, que dispõe
    sobre pessoas portadoras de deficiência, para incluir a definição de pessoa
    com deficiência para efeito da Lei.” (NR)
    EMENDA Nº. – CDH
    Dê-se ao art. 1º do Projeto de Lei do Senado nº 439, de 2008, a
    seguinte redação:
    “Art. 1º Acrescente-se o seguinte Art. 1º-A à Lei nº 7.853, de 24 de outubro
    de 1989:
    Art. 1º-A Para os fins desta lei, considera-se deficiência toda restrição
    física, mental ou sensorial, de natureza permanente, que limita a
    capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária
    ou atividade remunerada, dificultando sua inserção social, enquadrada
    2
    em uma das seguintes categorias:
    I - Deficiência Física:
    a) alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do
    corpo humano, acarretando comprometimento da função
    física, apresentando-se sob a forma de paraplegia,
    paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia,
    tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia,
    ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia
    cerebral, nanismo, membros ou face com deformidade
    congênita ou adquirida; transtorno de movimento decorrente
    da síndrome do escrivão;
    b) lesão cerebral traumática: compreendida como uma lesão
    adquirida, causada por força física externa, resultando em
    deficiência funcional total ou parcial ou deficiência
    psicomotora, ou ambas, e que comprometem o
    desenvolvimento e/o desempenho social da pessoa.
    II - Deficiência Auditiva: perda bilateral, parcial ou total média de
    41 dB (quarenta e um decibéis) ou mais, aferida por audiograma
    nas freqüências de 500HZ, 1.000HZ, 2.000Hz e 3.000Hz; a perda
    unilateral total.
    III - Deficiência Visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual
    ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção
    óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,5 e
    0,05 no melhor olho e com a melhor correção óptica; os casos
    nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os
    olhos for igual ou menor que 60º; a ocorrência simultânea de
    qualquer uma das condições anteriores; a visão monocular.
    IV - Deficiência Mental: funcionamento intelectual
    significativamente inferior à média, com manifestação no período
    de desenvolvimento humano e limitações associadas a duas ou
    mais áreas de habilidades adaptativas, tais como:
    a) comunicação;
    b) cuidado pessoal;
    c) habilidades sociais;
    d) utilização dos recursos da comunidade;
    e) saúde e segurança;
    f) habilidades acadêmicas;
    g) lazer;
    h) trabalho.
    V – Surdo-cegueira: compreende a perda concomitante da audição
    e da visão, cuja combinação causa dificuldades severas de
    comunicação e compreensão das informações, prejudicando as
    atividades educacionais, vocacionais, sociais e de lazer,
    necessitando de atendimentos específicos, distintos de iniciativas
    organizadas para pessoas com surdez ou cegueira.
    VI - Autismo: comprometimento global do desenvolvimento, que
    se manifesta tipicamente antes dos três anos, acarretando
    dificuldades de comunicação e de comportamento, caracterizandose
    freqüentemente por ausência de relação, movimentos
    estereotipados, atividades repetitivas, respostas mecânicas,
    3
    resistência a mudanças nas rotinas diárias ou no ambiente e a
    experiências sensoriais.
    VI - Transtornos globais do desenvolvimento - caracterizados por
    alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e
    modalidades de comunicação e por um repertório de interesses e
    atividades restrito, estereotipado e repetitivo, constituindo
    característica global do funcionamento da pessoa, em todas as
    ocasiões.
    VII - Condutas Típicas: comprometimento psicossocial, com
    características específicas ou combinadas, de síndromes e quadros
    psicológicos, neurológicos e/ou psiquiátricos, que causam atrasos
    no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau
    que requeira atenção e cuidados específicos.
    VIII - Deficiência Múltipla: associação de duas ou mais
    deficiências, cuja combinação acarreta comprometimentos no
    desenvolvimento global e desempenho funcional da pessoa e que
    não podem ser atendidas em uma só área de deficiência.
    § 1º Considera-se também deficiência a incapacidade
    conceituada e tipificada pela Classificação Internacional de
    Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF.
    § 2º Entende-se como deficiência permanente aquela definida
    em uma das categorias dos incisos deste artigo e que se
    estabilizou durante um período de tempo suficiente para não
    permitir recuperação ou ter probabilidade de que se altere,
    apesar de novos tratamentos.
    § 3º As categorias e suas definições expressas nos incisos
    deste artigo não excluem outras decorrentes de normas
    regulamentares a serem estabelecidas pelo Poder Executivo,
    ouvido o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência.
    ”(NR)
    Sala da Comissão,
    , Presidente
    , Relator
    4

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    D

    Divanicio Albuquerque Pessoa Domingo, 25 de outubro de 2009, 20h28min

    José Geraldo,
    Gostei muito da tua colaboração, sobretudo com relação ao PLS de Artur Virgilio. Vamos ficar atentos e enviar email para o referido senador.
    Eu estou com muitas dificuldade para escrever, pegar no mouse e digitar. Esta doença/dificiência é terrível e embarassadora.
    Eu tenho colocado alguma coisa sobre tal deficiência no meu blog: alguns artigos e alguns links interessantes.
    O blog é: divanpessoa.spaces.live.com

    Um abração,
    Divanicio

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    L

    Lucidia Marques Sábado, 09 de janeiro de 2010, 10h51min

    Caros participantes desse forum,
    Alguem ja teve aguma experiencia com o medicamento BACLOFENO?
    Gostaria de ver comentários sobre isso.
    bjus

    Lucídia Marques

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    H

    H. Segunda, 23 de agosto de 2010, 23h34min

    Interessante esse forum, encontrei após dar um google em "dificuldade em segurar caneta"...

    Tenho minhas dúvidas sobre esse diagnóstico, gostaria que me esclarecessem alguns pontos. Sei que diagnósticos não saem pela internet, mas o fato é que tive uma empenhadura da caneta diferente desde novo, acho que por ser canhoto e uma professora do primário que não viu nada demais na forma de eu escrever... bem, na metade da minha faculdade comecei realmente com muita dor no antebraço e uma postura "em garra" ao segurar a caneta. Achei que era pelo jeito de eu escrever desde criança. A partir de então alterno muito entre formas de escrever, sempre sendo meia boca minha caligrafia e rapidez na escrita, e experimentando também alguma dor e contraçao da mao em volta da caneta, mas nada comparado com os relatos daqui. O difícil é que nunca me adaptei a uma forma de escrever e vira e mexe tenho que sentar e treinar um novo tipo. Isso ja faz uns 5,6 anos, estou na minha segunda pós e às vezes é embaraçoso verem a forma que escrevo. Recentemente fui fechar uma viagem numa agência e ao preencher alguns formulários comecei a ficar nervoso com a atenção sobre minha escrita que no final das contas não podia nem assinar um cheque. Foi td no cartão, rs.

    Vejo relatos bem mais severos dessa distonia, não sei bem se existem pessoas no fórum com casos parecidos com o meu, talvez o que eu apresente não seja uma doença mas alguma dificuldade na escrita apenas, que piora tb com algum grau de ansiedade. Gostaria de opiniões a respeito.

    Abs!

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