Vejo que a maioria das respostas sugere certa suspeita quanto à intenção de interdição.
Meu caso é o de nora, cujos filhos não têm interesse em cuidar da mãe ou por motivo de trabalho não param em casa (caso do meu marido que viaja cinco dias por semana) e um que só se aproxima dela para usufruir de sua pensão.
Minha sogra tem 55 anos, é bipolar maníaca depressiva. Morava no RS onde possuía qualidade de vida e convívio social com pessoas que lhe assistiam a qualquer hora.
Seu filho caçula mora em Florianópolis e não é chegado ao 'trabalho' vive de pequenos expedientes nem sempre lícitos.
Minha sogra possui uma boa pensão e tem alguns processos da justiça do trabalho por receber. Então esse filho a convidou para passar alguns dias com ele, pois o mesmo havia sido largado pela esposa. Ela veio e foi induzida por ele a vender seus moveis no RS e vir morar em SC. Feito isso ela passou a cuidar do pagamento de aluguel, água, luz, combustível e todas as despesas de ambos.
Passado um mês de estadia dela aqui comecei a notar algumas situações: certa vez ela me ligou pedindo auxilio para comprar alimentos, pois há três dias não comia nada, chegando a minha casa seu estado físico era lamentável. Magra e abatida, com sinais de transtorno. Tentei levar ao PSF, mas ela não aceitou. Fiz as compras e ela voltou para casa.
Passado mais alguns dias, em altas horas da noite ela ligou pedindo para dormir na minha casa, pois havia sido ameaçada pelo filho. Deixei-a vir e chamei-o para conversar ele alegou que ela estava doente.
Providenciei os medicamentos e ela quis voltar para casa.
Novamente ao chegar à época de seu pagamento da pensão ela me procurou pedindo auxílio financeiro, alegando que o filho havia gasto sua pensão. Meu marido ao conversar com o irmão ouviu como resposta que ele não havia gasto nada e sim que ela havia gasto com bobagens seu salário.
No inicio de dezembro ela retornou ao RS (sem que o filho que mora com ela soubesse) e recebeu 21 mil reais de uma revisão salarial.
Ao chegar a casa ele tomou sua bolsa e revistou a procura de extratos, confirmando que ela havia recebido a revisão salarial passou a exigir que ela desse a ele, nesse momento ela passa a apresentar sérios sintomas do TBPMD, ele lhe tomou o cartão do banco e ela veio para minha casa sem me relatar nada que ocorreu. Passei duas semanas com ela tentando levá-la ao medico ou via SAMU levar a um hospital sem nem auxilio do SUS ou qualquer um dos órgãos onde fui buscar auxilio (ministério publico, procuradoria geral, defensoria publica, SUS, etc.).
Apos doze dias de tentativas, no dia 24/12/2010 consegui levá-la ao hospital Psiquiátrico onde ela foi internada.
Saliento que o filho ficou com seu cartão do banco enquanto ela estava em minha casa, usando-o de forma agressiva diariamente sem prestar auxilio algum a sua mãe.
Sendo que ele penas a levou ao hospital mas chegando La voltou e deixo meu marido sozinho sem auxiliar em nada.
Fomos então informados por sua vizinha que ele estava usando o cartão de sua mãe, comprando carro, roupas, fazendo festas com amigos, etc.
Consegui bloquear o cartão dela e assim ele ficou revoltado vindo a nossa casa pra fazer ameaças.
No período em que ela esteve hospitalizada meu marido ficou responsável por ela, indo diariamente ao hospital. Não temos carro e usamos o transporte coletivo de nossa casa ao hospital são mais de 70 km de distancia, nunca esse irmão nos auxiliou a ir ate La.
E poucas vezes foi visitá-la. Quando ela recebeu alta pedimos que ele nos levasse ate la, mas ele foi sozinho retirando-a do hospital sem dar nenhuma informação de onde havia levado e sem atender nossas ligações nem de outras pessoas da família ou amigos.
Três dias apos uma ligação de uma mulher nos exigia que devolvêssemos os documentos dela por essa pessoa iria nos denunciar por abandono de incapaz (esses documentos fora entregues ao meu marido quando ela de baixa no hospital).
Chocados fomos a DP onde devolvemos a bolsa com documentos as vista de testemunhas policiais e onde minha sogra e a pessoa que nos ligou ficaram cientes da ficha extensas de BOs que constavam o nome dele. Mesmo assim ele ficou perante o delegado encarregado de cuidar dela a pedido dela mesma.
NOTEM AGORA O QUE SUCEDEU: com ela medicada e com os documentos, ele a levou ao banco, desbloqueou a conta, fez o saque da pensão e dois dias depois fomos novamente comunicados por uma amiga dele que ela havia desaparecido, horas depois ela chegou em nossa casa visivelmente transtornada. Fomos a todos os meios possíveis em busca de internação sem conseguir auxilio medico.
Pergunto: isto é ou não um caso de interdição? Fui clara o bastante para demonstrar a preocupação com a saúde física e mental dela? Saliento que trabalhamos muito e nunca necessitamos de auxilio algum de pessoa alguma . Apenas buscamos uma solução para esse problema. Obrigado.