É desestimulante, quando se precisa de um advogado, escutar críticas e opiniões sobre a conduta, em geral, dos advogados que militam na profissão no nosso país. A OAB por seu lado, desempenha papel de corporativismo para com os seus associados. Claro, que tem advogados que realmente desempenham sua função com honestidade, mas parece, que aos olhos da população, não é essa a visão preponderante. Quando se fala de contratar advogado, a maioria torce o nariz, já se precavendo, de possíveis problemas. O código de Ética dos advogados, diz claramente sobre o comportamento que o advogado deve ter diante do cliente, mas, raras vezes isso é posto em prática. O Código fala na obrigação do advogado colocar a par, o cliente, de tudo o que esta ou pode acontecer no desenrolar do processo e não se comportar como o grande sábio e que ele sabe o que deve fazer. Infelizmente, para quase tudo, que corre na justiça tem que ser a traves de advogado. Assisti numa audiência, algo, difícil de acreditar, uma advogada argumentando a favor do crime, lamentando o parecer do Juiz, a respeito do que é "enriquecimento ilícito". Muitas práticas dos advogados, são no mínimo desrespeito ao cliente, e a eles mesmos, como não dar recibo dos documentos que são a ele entregues. Confiança é algo que se pratica com o respeito mútuo. Numa circunstancia qualquer, no desenrolar do processo, o advogado perde prazo, ou negligencia procedimentos, de propósito ou não, e culpa o cliente de não ter entregue, por exemplo, documentos em tempo hábil para serem juntados ao processo. Fica a discussão de um contra o outro. Como o advogado "conhece as manhas" da coisa, sempre vai ter razão e o cliente leva o prejuízo. É comum a troca de advogados em razão de desentendimentos ou decepções do cliente. Já ouvi infinitamente, advogados se defenderem dizendo que "advogado é o meio e não o fim". Claro, todos sabemos que qualquer processo depende da visão do Juiz, sem dúvida, mas o sucesso do processo depende muito do procedimento do advogado, da maneira , do emprenho em defender o cliente. Num escritório de advogados associados, os processos são entregues a estagiários que sem prática, não sabem agir na presença do Juiz. nas audiências e o processo vai para o fracasso, porque a outra parte esta emprenhada em "ganhar", age com energia e convence o Juiz na decisão. É amplamente admissível que, quem entra num processo judicial, deseja, do advogado, a defesa e não um tratamento como se fosse uma prestação de serviços gratuito ou favor. De qualquer forma, o advogado é pago. Mesmo voluntário, porque o pagamento do voluntário é a oportunidade de experiência na sua vida profissional. Alguns advogados, mesmo firmando contratos com prazos de uma assistência "até o último grau", quando o processo demora em terminar, cobram novos honorários, mesmo já pagos o contratado. Inventam como "novo processo" e pedem dinheiro a mais. Se não se pagarem o que pedem, fazem corpo mole no andamento do processo e sem dúvida, por mais razões que tenha o cliente esta fadado a perder. Vingança? Alguns advogados condenam por antecipação o cliente, em vista de desacordos em honorários ou discrepâncias pessoais. Ocorre às vezes de advogado, que pegou a causa, responsabilizar outro advogado, para ter desculpas de cobrar novos honorários. Gostaria que se discutisse essa questão, com equilíbrio, educação e não com revanchismo e nem defesas ofensivas, como tenho visto neste Fórum. Acredito que, uma das funções deste Fórum, é essa, esclarecer e dirimir questões e dúvidas a respeito do que seja o "direito" e a "ética" no direito. Obrigado.

Respostas

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    Jeca Tatu... Quinta, 13 de março de 2014, 11h28min

    É intolerável ser intolerável. Só o ser humano pode tolerar, só os animais podem ser intolerantes.

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    advogado novato Quinta, 13 de março de 2014, 13h33min

    Como bem disse o sr. Adriano Reigotta em seu primeiro post:

    "O resto vem da natureza humana Sr. salve-se quem puder".

    Em resumo, não se trata de uma classe (advogados)desonesta, se trata da educação que este profissional recebeu/absorveu.

    Se o cidadão é desonesto, será desonesto como advogado, engenheiro, pedreiro, policial e etc.

    Cabe a você pesquisar sobre o profissional que está contratando.
    A maioria dos cliente escolhem seus advogados pelas seguintes qualificações:

    - Valor dos honorários, mais barato, no caso;
    - Advogado que não cobra honorários adiantado;
    - Advogado que diz o que o cliente QUER ESCUTAR (e não a realidade do fato, chances de procedência, etc.)

    Perdemos clientes constantemente quando não atendemos as qualificações supra, ou seja, somos honestos, éticos, mas o cliente não gostou (principalmente quando dizemos que "não tem direito") então procura outro profissional.
    Aí o cliente sai, contrata um outro qualquer e depois reclama do resultado.

    Natural do ser humano, só sabe apontar o erro do outro, reconhecer a própria merda perante os outros é difícil, muito mais fácil colocar toda culpa no outro.

    "Ah o advogado não entrega protocolo de entrega de documentos" Então exija oras, você não tem boca?

    É sempre o mesmo mimimi. Há profissionais desonestos em todas as áreas, bem como clientes ignorantes para todas elas também.

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    CIBELE LUNETTA Quinta, 13 de março de 2014, 17h13min

    Salve-se quem puder,

    Lamento muito por sua perda, como disse, representa uma vida inteira de trabalho...

    Entendo e compartilho de sua indignação quando o mesmo se deu por desleixo e/ou descaso, com sua causa.

    Infelizmente, é uma classe inteira que está "chamuscada" pela incidência de casos como o seu, sendo que, realmente, nem todos os profissionais são assim... É como procurar agulha no palheiro, uma hora você encontra uma...

    É compreensível que, aqueles advogados que agem com decência, respeito, honestidade, sintam-se ofendidos e tentem defender-se de tal mácula, e há neste Fórum, vários que parecem ser assim.

    Também já fui lesada em ação trabalhista, não sei se por incompetência ou conchavo (e tive 3 defensores diferentes, sucessivamente); parece que o fruto do trabalho é o que mais importa para o ser humano honesto, daí sua indignação, com a atuação desses "defensores".

    Você crê em DEUS, eu também. Algumas pessoas não gostam quando eu cito aqui que "a verdadeira JUSTIÇA está em DEUS", mas é a única imparcial, que não se corrompe, que não muda...

    Entregue a ELE toda essa situação, e as pessoas envolvidas, para que faça JUSTIÇA.

    Saudações.

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    Salve-se quem puder Sexta, 14 de março de 2014, 0h44min

    Sra. Cibele Luneta: obrigado pelas suas palavras. Isso se passou num escritório de advocacia, de fama, onde militam muitos colegas desses meliantes, falei apenas dos dois malas que me ludibriaram, desculpe a expressão, mas não poderia ser de outra maneira. E para ratificar a qualidade desses meliantes, um deles me disse: vai perder tudo! diz isso com tamanha satisfação que não tive resposta para ele. Minha derrota, foi a derrota deles, incompetentes, e ladrões. Não duvido, pelas palavras de um deles, de que, havia conchavo com a outra parte, é quase certeza. Mercenários de o mais baixo teor. Só olhei para o elemento e dei as costas. Perdi coisas materiais, mas não perdi minha dignidade, minha honestidade, ninguém poderá me chamar de ladrão, nem de mentiroso, nem de calhorda. Meus filhos terão sempre, a figura de seu pai, como um homem honrado e não um marginal. Não sei se terei tempo de começar tudo de novo, coragem tenho, de sobra. Já entreguei para Deus, sei que esses marginais, por mais psicopatas que sejam, não se livrarão do peso na consciência, nem, muito menos, serão felizes. Li as colocações do advogado novato, pela sua própria inexperiência e total regimentada teoria, sem conhecimento da vida, não vale a pena tentar entender sua eloquente defesa. Espero que ele, com seus altos honorários encontre clientes e não vá parar detrás de um balcão de vendas de roupas usadas, como muitos que conheço por ai. Só lamento que a "natureza humana" seja tão ampla no seu contexto, que a população já qualificou a raça dos advogados de forma tão clara, que não é um "advogado novato" que vai mudar esse conceito. Não gostaria, em outra situação, de falar dessa forma, mas não encontrei maneira mais leve. Se há profissionais desonestos em todas as áreas, não interessa, estamos aqui, num Fórum, onde se trata do Direito e não de qualquer profissão. Se ladrão tem profissão, não sei. Neste contexto todo, faço ressalva aos poucos e minguados advogados de boa índole. É como aquelas sábias palavras: "no creo en brujas, pero que las hay, las hay". alguém se lembra disso? Pois é. Vou repetir aqui as suas palavras: "Infelizmente, é uma classe inteira que está "chamuscada" pela incidência de casos como o seu, sendo que, realmente, nem todos os profissionais são assim... É como procurar agulha no palheiro, uma hora você encontra uma..." Haja palheiro e resignação para procurar alguém de boa índole, em quem se possa confiar. Não uso palavrões, como o advogado novato, não é necessário. Quando se tem educação, sinônimos, não faltam, como dizer:" É sempre o mesmo mimimi. Há profissionais desonestos em todas as áreas, bem como clientes ignorantes para todas elas também." Se esse senhor advogado novato, se julga no direito de me chamar de ignorante, afirmo, que, nem todas as coisas deste mundo conheço, mas trago de berço, educação primorosa, que em faculdade nenhuma se ensina. É essa educação, a bagagem mais valioso que um homem pode levar por todos os caminhos da vida e sempre será bem visto. como estamos comentando palavras de, provavelmente um a pessoa imberbe e fazendo jus à liberdade de expressão, tudo isso, passa em branco. Sra. Luneta, um abraço. Felicidades, que eu continuo feliz e buscando a perola tão preciosa que é a honestidade e dignidade humana.

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    Cirus IV Sexta, 14 de março de 2014, 8h55min

    Salve-se quem puder é da "minha natureza humana" emprestar meus ombros para o necessitado portanto chore bastante, mas tá na hora de seguir a vida, lamentos não o restituirá, então, bola pra frente por que atrás vem gente, a copa tá perto para fazer você esquecer suas dores um pouco.

    Ademã e vamos em frente....

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    advogado novato Sexta, 14 de março de 2014, 9h43min

    Percebe-se sua tamanha educação e experiência, não sabe nem sequer o que é um palavrão, afirmo-lhe que "mimimi" e "ignorante" não são palavrões.

    O sr. quer passar de coitado, mas ao mesmo tempo se acha um sabichão, onisciente. Quem é o sr. para julgar minha experiência? Nem sabe que idade eu tenho, não sabe pelo que passei em toda minha vida.

    Talvez sua educação não lhe permita interpretar meu nickname, mas eu lhe explico: quer dizer que sou novato como advogado, e não necessariamente como ser humano, mas longe de mim afirmar que tenho conhecimento e experiência suficiente para julgar tudo e a todos, nem sequer novatos e crianças, pois todos aprendem com todos.

    No mais, o sr., do alto da sua razão, já perdeu tempo demais aqui, por que ainda não foi representar os meliantes perante a OAB e/ou o Judiciário? Simplesmente dizer que eles fazem de tal forma que não é possível provar nada.... muito fácil.

    Voltando ao assunto palavrões, para encerrar: "raça de advogados", como o sr. mesmo escreveu, isso sim é uma ofensa, a mim e toda à classe, em que há pessoas honestas. Então sugiro que apague o seguinte trecho "Não uso palavrões, como o advogado novato, não é necessário. Quando se tem educação, sinônimos, não faltam, como dizer", estou sentido vergonha pelo senhor.

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    advogado novato Sexta, 14 de março de 2014, 10h19min

    Sr. Salve-se quem puder, eu encerro minha "participação" no seu debate por aqui.

    Não tive nem tenho interesse em medir forças/razão com o sr.

    O que basta para o presente tópico, na minha opinião é, educação vem de família, se o cidadão é desonesto, vai ser desonesto em qualquer profissão, basta haver oportunidade. A faculdade de direito não ensina a desonestidade.

    Eu lamento pela sua experiência negativa quando mais precisava de um resultado positivo. Só posso lhe desejar o melhor e torcer pelo sr., bem como reiterar minha sugestão de representar os meliantes perante a OAB e/ou Poder Judiciário.

    A moral e a ética são inerentes à personalidade de cada pessoa, apesar de isto ser óbvio temos que ficar repetindo, e por essa razão eu fico puto (agora sim um palavrão) com tópicos desta natureza.

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    Jeca Tatu... Sexta, 14 de março de 2014, 15h33min

    Eu ofereço gratuitamente algumas CARPIDEIRAS pra chorar...

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    Salve-se quem puder Sábado, 15 de março de 2014, 18h47min

    Advogado Novato; Quando falei da sua inexperiência, me referi justamente ao tempo de formação. A OAB é o sindicato dos advogados, la encontram razões quem não as tem, o próprios filiados. Um "colega" dos meliantes, da OAB, em principio se condoeu, quando soube de quem se tratava, mudou de ideia e disse que estava "tudo bem". Isso, porque eu me dirigi ao Presidente da secional e por tabela foi, cópia do processo parar nas mãos do dito cujo, que mandou "encadernar" todo, um total de mais de três mil páginas, para depois ouvir às suas conclusões. Na própria defensoria pública, quando aparecia o nome do escritório dos meliantes, mudaram de opinião,é desconcertante. Sondei outros advogados, nenhum se interessou, porque quando tomaram conhecimento de quem se tratava, disseram: " ha não, contra aqueles? Não ..." Mas, ouvi dessas mesmas pessoas " nossa, mas é muita injustiça". Não quero aqui, passar por "coitado", pelo contrário, gostaria que o caso servisse de exemplo de prevenção para outras pessoas que por acaso, estivessem ou viessem a passar por situação semelhante. Eu não usaria de "deboche" como um outro senhor ai usou "Eu ofereço gratuitamente algumas CARPIDEIRAS pra chorar..." Não é por ai,,embora haja uma parcela de mágoa, não vou negar, espero que esse senhor não venha passar por situações semelhantes ou piores. A vida é cheia de surpresas. ai sim, se ele achar conveniente contrate as carpideiras, alias, esse senhor deve ser bem maduro já, porque nem mais isso existe, me parece, é coisa do tempo de Dom Pedro II. Lamento. Suponho que este espaço, não é para se digladiar, nem tomar partido, e sim, para ventilar o que esta errado. Não adianta ficar perdendo tempo elogiando o que é obvio e sim apontar o que merece se aprimorar. "A moral e a ética são inerentes à personalidade de cada pessoa, apesar de isto ser óbvio temos que ficar repetindo, e por essa razão eu fico puto (agora sim um palavrão) com tópicos desta natureza." A moral e á ética, são e sempre serão de formação. Ninguém nasce ético e nem moralmente perfeito, é uma questão de educação. Se em casa não se praticam esses princípios e nem na faculdade não se mencionam como itens necessários ao desempenho da profissão, certamente estarão admitindo o contrário. A ética e a moral são essenciais em todos os momentos da vida, não só profissionalmente, até no ambiente familiar. Se um pai, mãe, irmão, abusa de um outro membro da família, estará sem dúvida fora do comportamento ético e moral. Só como exemplo. E como disse, não tive a intenção de me digladiar com ninguém, mas já que o senhor da por encerrada sua participação. Voltando ao assunto palavrões, para encerrar: "raça de advogados", como o sr. mesmo escreveu, "isso sim é uma ofensa, a mim e toda à classe, em que há pessoas honestas. Disse raça de advogados e repito, mas o senhor não atentou para o que eu disse e a Sra. Luneta também citou: em toda regra há exceções e se sentiu-se ofendido, pode crer que não foi a intenção de ofender quem não esta inserido nesse contexto, já que desconheço "No mais, o sr., do alto da sua razão,..." essa posição ai referida.
    Entendo que o homem, moral e eticamente considerado como tal, não se deva, em momento algum, se considerar "coitado". No meu entendimento não cabe essa razão. Agora sim, eu diria, que, de seu alto pedestal, ter-se referido a minha pessoa de alguma forma, creia, me sinto lisonjeado, tristeza é não conhecer sua biografia, que poderia servir como guia no meu caminho pela vida. Creia, desde os meus setenta e dois anos, de algumas experiências, boas e negativas, ainda tenho o direito de ser respeitado e não me sinto aleijado, nem acovardado
    para continuar a luta. Em tempo, estou tentando patentear uma "urna funerária" com gavetas, para vende-la aos ladrões que usurpam os bens alheios. Se isso acontecer, certamente farei bons negócios e assim poderei ajudar às milhares de pessoas que precisam de um grão de arroz no prato do almoço de cada dia. Um abraço.

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    Salve-se quem puder Sábado, 15 de março de 2014, 19h08min

    Sr. Adriano Reigota: "É intolerável ser intolerável. Só o ser humano pode tolerar, só os animais podem ser intolerantes."
    Se o senhor ainda não sabe, somos animais, só que nos consideramos "racionais", até que ponto não sei. Quanto ao intolerável, queria eu que o senhor se colocasse no lugar de quem está vivendo o problema, e ai sim, diga alguma coisa.
    Eu não tenho coragem de dizer "ser humano", me precavo de dizer isso. "Ser? Alguma coisa de superior? Onde? Quando? Quem disse e afirma isso? O homem é o maior predador da natureza, do planeta em que vivemos. Isso é superioridade? Eu diria que isso é irracionalismo, definitivamente. Cadê a superioridade, do sujeito que não reconhece suas próprias atitudes e sempre se acha com a razão? Desde os primórdios, repito, desde os tempos da Mesopotâmia, quando Deus disse a Moisés que fosse para a terra prometida, tenta-se encontrar regras para o comportamento humano dentro da sociedade. Os outros animais, que não o homem, não precisam de Códigos, existem pelo instinto, e eles se respeitam uns aos outros e coexistem. É o bicho homem que acaba com eles. É como aquele ditado "cada macaco no seu galho". Mas o bicho homem acha que não é assim. Como a própria história da humanidade conta, os abusados, os tiranos, fazendo de servis e escravos, aos seus semelhantes, acreditando ser superiores. Onde estaria essa superioridade? Se sempre o humano foi um saco podre, que come, defeca, fede, igual que o resto. Pior que os animais irracionais. Cadê a superioridade? A cor é também motivo disso? Se assim não fosse, o homem não teria perdido tanto tempo inventando, perfumes, banhos disto, banho de aquilo, pasta de dentes, sabonetes para disfarçar sua própria condição: saco podre. Dentre todos os homens, só Cristo, na figura de homem, pode-se considerar perfeito, à imagem do Pai, seu, nosso Criador. E não há como desvincular essa realidade, por mais ateu e cético que se considere. Na pior ora, sempre há um pensamento de piedade: "Senhor, me ajude"! Um abraço.

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    Jeca Tatu... Domingo, 16 de março de 2014, 8h39min

    O mundo vivo é constituído por uma enorme variedade de organismos. Para estudar e compreender tamanha variedade, foi necessário agrupar os organismos de acordo com as suas características comuns, ou seja, classifica-los.
    Geralmente classifica-se os organismos vivos com base em semelhanças, sejam elas morfológicas, de modo de vida, de utilidade prática, periculosidade para o Homem, etc. Mesmo actualmente, povos que vivem em estreito contacto com a natureza utilizam este tipo de critérios de classificação.
    Deste modo, a classificação é um meio de tornar inteligível a complexidade do mundo vivo, agrupando os organismos em categorias, segundo critérios preestabelecidos.
    Os seres humanos podem ser considerados um enorme sucesso ecológico, devendo ser o animal de grandes dimensões mais abundante na Terra. Os únicos que se podem aproximar de nós são os que domesticamos (vacas, galinhas, porcos e ovelhas) ou os que dependem dos habitats por nós criados (pardais e ratos, por exemplo).

    Será por isso surpreendente notar que o nosso sucesso se deve a uma série de quase falhanços dignos de filme de suspense: somos grandes primatas, um grupo que quase se extinguiu há 15 M.a. em competição com os macacos, mais eficientes. Somos primatas, um grupo de mamíferos que quase se extinguiu há 45 M.a. em competição com os roedores, mais eficientes. Somos tetrápodes sinapsídeos, um grupo de répteis que quase se extinguiu há 200 M.a. em competição com os dinossáurios, mais eficientes. Somos descendentes de peixes com patas, que quase se extinguiram há 360 M.a., em competição com peixes de barbatanas, mais eficientes. E, por último, mas não menos espantoso, somos cordados, um grupo que sobreviveu mesmo à justa no Câmbrico, em competição com os artrópodes, brilhantemente bem sucedidos como se sabe ....

    E no entanto, eis o nosso sucesso ecológico sem comparação!

    Há cerca de 200 M.a., no início da era Mesozóica – a era dos répteis -, quando surgiram os primeiros dinossáurios, aparece pela primeira vez indicação da presença dos mamíferos.

    Estes primeiros mamíferos, actualmente considerados descendentes de répteis terapsídeos, apenas deixaram para a posteridade pedaços de crânios, dentes e mandíbulas mas tal foi o suficiente para obter muitas informações sobre esses animais:

    eram animais pequenos, do tamanho de ratos actuais;

    apresentavam dentes afiados, logo deveriam ser carnívoros. No entanto, devido ao seu tamanho, pensa-se que se alimentariam principalmente de insectos e vermes, ovos de répteis, etc.;

    eram homeotérmicos, facto que pode ser deduzido da presença de palato (céu da boca) ósseo a separar a boca do nariz nos crânios. Esta característica existe nos organismos que respiram continuamente, mesmo quando se alimentam, o que é típico de organismos com elevados gastos energéticos, como os homeotérmicos. Este facto permitia-lhes manterem-se activos de noite e ao entardecer;

    eram animais nocturnos, dado o elevado tamanho das órbitas;

    teriam uma audição apurada pois o ouvido apresentava três ossos, enquanto os répteis apenas têm dois.

    Até há cerca de 65 M.a. os mamíferos continuaram a sua existência nocturna discreta, até que os dinossauros se extinguiram. A libertação de tão grande número de nichos ecológicos provocou uma explosiva radiação adaptativa, surgindo em muito pouco tempo, do ponto de vista geológico, todas as principais ordens de mamíferos actuais: monotrématos, marsupiais e placentários. Por este motivo, a era Cenozóica é designada a era dos mamíferos.

    Ordem Primata Os primatas constituem um grupo diversificado, que forma estruturas sociais complexas. A separação dos continentes, principalmente da Eurásia e da América, levou a duas grandes linhas evolutivas de primatas: símios do novo mundo (platirrineos) e símios do velho mundo (catarrineos). Deste último grupo, com evolução em África, surgiu o ramo antropomórfico.

    Estes animais vivem geralmente em florestas tropicais, onde os seus membros hábeis e preênseis são uma boa adaptação à vida nas árvores. Em algumas espécies a cauda também é preênsil.

    Os cientistas consideram a existência de cerce de 200 espécies de primatas, mas, com o desenvolvimento dos estudos conservacionistas, muitas outras têm vindo a ser descritas desde 1990.

    A variedade de primatas é facilmente reconhecida quando se observa um lémur-rato com 35 g e um gorila com mais de 200 Kg. No entanto, existem características mais ou menos comuns, como a presença de unhas e cauda (excepto nos antropomorfos).

    Com excepção de algumas espécies de cetáceos, é nos primatas superiores que o cérebro é tão maior relativamente ao corpo, facto considerado um sinal de inteligência. Os hemisférios cerebrais, que tratam a informação sensorial e coordenam as respostas motoras, são muito desenvolvidos, permitindo uma visão apurada (fundamental para saltos precisos entre ramos).

    Os primatas estão em sério risco pois as suas populações estão em rápido declínio devido à destruição de habitat e à caça ilegal de espécies protegidas (gorilas e orangutangos, por exemplo). Os primatas são também muito utilizados em pesquisas médicas e espaciais, devido à sua proximidade genética com o Homem.

    O que distingue os primatas das outras ordens de mamíferos ?

    A evolução de insectívoro a primata provocou algumas adaptações importantes:

    Adaptação à vida arborícola – a vida arborícola é característica de todos os primatas, excepto o Homem, sendo um meio eficaz de evitar ataques de predadores. Este facto verifica-se mesmo em primatas que durante o dia vivem no solo, pois à noite dormem em ninhos nas árvores. Para que possam viver deste modo várias estruturas se desenvolveram:

    dedos preênseis - os primatas são, comparativamente, pouco especializados, pois as suas extremidades ainda se assemelham às dos mamíferos primitivos, ou seja, às dos répteis. Esses antigos mamíferos apresentavam sempre cinco dedos separados em cada membro, mas a maioria evoluiu para extremidades melhor adaptadas a correr, saltar, capturar a presa, cavar ou nadar. Apenas os primatas mantêm o padrão primitivo, acrescentando um polegar oponível, tanto nos membros anteriores como posteriores.

    unhas - os dedos não apresentam garras, o que facilita a protecção das polpas tácteis das pontas dos dedos e facilita o acto de agarrar.

    articulações com grande mobilidade – as articulações do punho, cotovelo, ombro, anca e pescoço são particularmente móveis, o que torna os primatas animais muito ágeis. A nível do membro anterior, os primatas mantiveram outros aspectos considerados primitivos:

    a estrutura quadrúpede básica tem no membro anterior dois ossos (rádio e cúbito) mas apenas os primatas mantiveram a capacidade de fazer girar o rádio (o osso do lado do polegar) sobre o cúbito, levando á capacidade de girar a mão sem que exista movimento do cotovelo ou do braço - pronação. Outra importante capacidade mantida pelos primatas, a este nível, é a possibilidade de rodar a mão para cima e para baixo, a nível do pulso - supinação;

    articulação do "ombro" – a maioria dos mamíferos perdeu a capacidade de rodar o braço para o lado a nível do "ombro", apenas conseguem rodar para a frente e para trás mas os primatas conseguem-no o que é fundamental para quem salta de ramo em ramo com segurança.

    visão estereoscópica – as órbitas frontais permitem uma visão binocular, pelo menos em grande parte do campo de visão, o que favorece a percepção de profundidade e o cálculo de distâncias, para uma movimentação mais segura.

    Este facto levou a um predomínio do sentido da visão sobre todos os restantes sentidos, levando ao característico achatamento da face, consequência da redução das mucosas olfactivas.

    Adaptação à vida em sociedade – tirando orangutangos e algumas espécies de lémures e gálagos, todos os primatas levam uma vida em grupo. Estes grupos ou bandos são frequentemente formados por várias fêmeas e um ou dois machos adultos. Estes grupos podem atingir algumas centenas de indivíduos, podendo subdividir-se.

    Algumas espécies, quase todas de macacos do Novo Mundo, formam casais monogâmicos. Estas sociedades são mantidas por comportamentos característicos, como o catar comunitário.

    A vida em sociedade tem a grande vantagem da protecção do grupo e a facilidade de transmissão de conhecimentos. A sociabilidade dos primatas tem surgido como resultado de características biológicas, como a existência de um único filho por gestação, com um prolongado período de crescimento pós-natal, durante o qual aprende, para disso fazer uso mais tarde.

    O predomínio da visão sobre o olfacto também favorece o comportamento social.

    Desenvolvimento das faculdades mentais – o desenvolvimento progressivo de faculdades mentais corresponde á existência de uma face maior em relação ao crânio e de um maior encéfalo, em relação ao corpo. Os gorilas apresentam um encéfalo com 500cm3 e o Homem apresenta 1400cm3.

    Adaptação a uma alimentação omnívora – os primatas têm uma alimentação variada, embora os mais pequenos sejam predominantemente insectívoros, enquanto os maiores se alimentam de frutos, sementes e pequenos animais. Apenas os társios são exclusivamente carnívoros.

    Deste modo, há uma redução dos músculos da mastigação, bem como das cristas de inserção dos músculos no crânio. Os dentes molares apresentam tubérculos e a arcada dentária passa de uma forma em V para uma forma em U.

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    Salve-se quem puder Domingo, 16 de março de 2014, 23h03min

    Sr. Adriano Reigotta: Por favor, qual foi o site de "busca" que o senhor consultou? Extensa demais para se compenetrar, talvez se interesse um biólogo.

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    Clair Stella Carlini Domingo, 22 de junho de 2014, 0h38min

    Fui acusada sem provas, de calunia, injuria e difamação; de roubo de 40 mil reais; mas foram crimes praticados pelo amigo da própria vitima. Mas o acusadores, por interesse financeiro nos bens de meu convivente, achou conveniente me acusar, para separar o casal de idosos. Fizeram até um BO e IP contra minha honra. Forjaram até um ação de despejo com cobrança de aluguel, enganando a própria justiça para me expulsar de minha casa onde convivia com o locador há cinco anos. Os acusadores deram meu endereço indevido na inicial, impedindo de ser intimada a esclarecer as acusações. E o endereço indevido, continua sem correção. Tenho 76 anos e não respeitaram meus direitos constitucionais de defesa.Contratei três advogados, u de cada vez, pára me defender, desde Novembro de 2011, mas só exigiram o pagamento adiantado, mas pouquíssimo fizeram e não me dão satisfações das ações. O q. fariam no meu lugar ? Devo processar esses advogados, por ineficiência e falta de ética?

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    José Mauro Fialho Quinta, 28 de maio de 2015, 9h57min

    Você ai... Se precisar de um advogado pesquise muito , más muiiiiiiiito. Estou com um processo de acidente de trabalho nas mãos de um família de advogados (5) tramitando há 32 anos, é um verdadeiro INFERNO e o mais interessante: Já recorri a OABs, ouvidorias, STs enfim, SE VOCÊ CAIR NAS MÃOS DE UM ADVOGADO(A) RUIM VOCÊ ESTÁ FERRADO, nim-guém vai se meter, me sinto estuprado no Carandiru, aja visto que agora em 2015 fiquei sabendo que o INSS havia me concedido auxílio acidente de 1983 à 1993 quando aposentei por tempo de serviço, más quando procuro ajuda e digo que nunca recebi esse auxílio mensal e vitalício (direito adquirido lei 8.213/91) todos sem exceção mandam que eu procure minha advogada. É um beco sem saída.As leis não se cumprem.

Essa dúvida já foi fechada, você pode criar uma pergunta semelhante.