Trata-se da relação entre o lucro capitalista e a remuneração da força de trabalho pode ser entendida a partir do conceito de mais-valia (ou mais valor), caracterizando a exploração do trabalho no capitalismo, segundo a Teoria de Karl Marx e tendo como foco o excedente monetário. Conceitualmente, o trabalho abstrato não é uma invenção cerebrina, mas a representação ou reflexo no pensamento de uma propriedade social real, versando sobre o conceito de monetização — uso de um meio como fonte de lucro — significa o ato de transformar alguma coisa em fonte de renda, ou seja, dinheiro.
Trabalho abstrato é a propriedade que adquire o trabalho humano quando é destinada a produção de mercadorias e, por isso, somente existe na produção de mercadorias. Ocorre que, a ênfase na intensificação do trabalho significa dizer e abordar a produtividade do trabalho sem novo investimento de capital e condições dignas para que o funcionário possa exercer o seu labor com segurança e dignidade, tal insuficiência de equipamentos visa única e exclusivamente o excedente monetário.
A mais-valia absoluta é caracterizada pelo aumento do uso de mão de obra para aumentar a produção de bens sem aumentar o custo de produção. Traduzindo: os salários dos trabalhadores não aumentarão, mas será necessária maior capacidade de produção. Contudo, a mais-valia relativa surge quando o progresso tecnológico leva ao aumento da produção de bens e não representa progresso para os trabalhadores.
Entende-se que, a lei da mais-valia explica como o proprietário dos meios de produção extrai e se apropria do excedente produzido pelo trabalhador, pagando-lhe apenas parte de seu tempo de trabalho. Marx determinava o valor de uso de um produto com base no custo das matérias-primas usadas para produzir a mercadoria e no valor agregado do trabalho usado no processamento. A produção que excede o que é necessário para pagar os salários é coletada pelo capitalismo e a sua finalidade sempre será o lucro (excedente monetário).
Além disso, deve-se, portanto, atentar para o fetichismo da mercadoria, ou seja, a crença de que as relações sociais envolvidas na produção não são relações de homem para homem, mas relações econômicas entre dinheiro e mercadorias negociadas no mercado. Assim, o fetichismo da mercadoria muda o aspecto subjetivo da meta, dando ênfase numa relação social entre pessoas, mediada por coisas. Dessa forma, evidenciando que, o resultado é uma relação direta entre as coisas e não as pessoas.
Por conseguinte, destacam-se as relações de consumo e consumismo, o estímulo aos padrões de vida em desacordo com o meio ambiente, sustentabilidade e pautas sociais. Cada dia mais o ser humano está sendo influenciado a ser consumista. A concretização das relações sociais no desenvolvimento econômico e político do sistema capitalista gira entorno da ideia que podemos identificar os conceitos de alienação, fetichismo e reificação.