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O advogado e advogada exerce uma função social, mas não é reconhecido pelo judiciário

Agenda 19/07/2023 às 08:07

O advogado (a) exerce uma função social, mas não é reconhecido pelo judiciário

 

O advogado (a) e sua função social

 

Diante de tantas carências pelas quais passa o povo brasileiro, os advogados (as) vêm atuando como agentes de transformação social, promovendo a defesa intransigente dos direitos e da cidadania.

A profissão de advogado(as) adquiriu status constitucional. É indispensável à administração da justiça por prestar serviços públicos e exercer função social. No entanto, a advocacia sofre os desgastes decorrentes da ineficiência da Justiça causada pela falta de recursos, de infra-estrutura e de quadro funcional compatível com a demanda.

A justiça no Brasil ainda não se democratizou, distanciando ainda mais o advogado de sua missão de mitigar as desigualdades para o encontro de soluções justas.

O papel do advogado (as) também está relacionado à sua formação. Atualmente temos visto o desvirtuamento dos cursos de Direito, que estão mais voltados ao mercantilismo do que à formação do alunato.

A ordem dos Advogados do Brasil, através do Conselho Federal e das suas Seccionais, está vigilante no seu compromisso de zelar pela qualidade do ensino, porque isto implica em um profissional mais ético e preparado para atuar com maior competência garantindo justiça ao povo brasileiro.

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Como profissional da lei e do direito, o advogado (as) deve exercer sua profissão com independência. Tal condição pressupõe a liberdade, ou seja, não pode existir advocacia sem o exercício pleno da profissão.

O advogado (as) há de se empenhar com todas as suas energias para reforçar, em nosso país, o conceito da activae civitatis, ou seja, a cidadania ativa. Esta é a única maneira de construirmos uma sociedade altaneira, dinâmica, justa, próspera e solidamente comprometida com os ideais da liberdade, da justiça e do Direito.

O nobre exercício da advocacia está compromissado com a dignidade e a preservação dos direitos da pessoa humana. Por isso mesmo, cultivamos a inesgotável capacidade de nos indignarmos diante de realidades injustas. Aquele que acredita na Justiça, na verdade e no bem comum está agindo eticamente.

Há muito a sociedade brasileira clama contra a erosão de valores e cobra uma postura mais ética dos governantes, dos políticos, dos empresários, da imprensa e, porque não, dos advogados. Cabe-nos dar a resposta certa, contribuindo para construirmos uma sociedade melhor.

Como declara a Constituição Federal, o advogado(as)  é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. E um dos primeiros dispositivos do estatuto da Ordem dos Advogados estabelece que no seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.

O advogado encarna a vontade do cidadão que tem o direito de acesso ao Poder Judiciário para a defesa de suas pretensões. Toda e qualquer restrição ao pleno exercício dessa atividade traduz intolerável cerceamento não apenas profissional, mas também social. Num Estado Democrático de Direito, a atuação do advogado (as) é indispensável não somente no imenso quadro da administração da Justiça, como também no universo dinâmico das relações sociais.

 

Sobre o autor
Sergio Furquim

Possui graduação em Direito pela Universidade São Francisco (1984). Pós graduação em Direito Previdenciário Pela Escola Paulista de Direito Social (2014). Atou como presidente da 56ª Subseção da OAB/MG - Camanducaia, por 04 mandatos . Autor dos livros: Mensagens positivas e Artigos que refletem a realidade brasileira.Jamais deixe de lutar- Você é o construtor do seu futuro. Só consegue alcançar seu objetivo quem tem persistência- Mmorias do Advogado que luta por justiça.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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