Mais de 97% do dinheiro em circulação no Brasil é digital, movimentado pela internet, aplicativos, sites de bancos e financeiras, existindo apenas em contas bancárias protegidas pelas instituições financeiras e pelo Banco Central.
O “Real digital” já existe há anos e provavelmente você usa no seu dia a dia: o próprio Pix é um “real digital”.
O foco do DREX deve ser no elemento revolucionário (e polêmico): a rastreabilidade (representada pelo "R"), que permite que o número de série de cada transação seja registrado e visível, representando a origem do dinheiro, quem transferiu, de onde foi transferido, quais as movimentações, etc.
Lembra dos números de série presente em cada cédula física?
Ele age como um código de identificação único para a nota, que demonstra a data de impressão, por exemplo.
Em filmes, observamos criminosos exigindo resgates em dinheiro vivo com notas não sequenciais, uma tática para complicar a rastreabilidade da procedência do dinheiro.
No contexto do DREX, essa numeração não apenas é registrada na transação, mas também permanece visível ao longo de todo o processo. Essa mudança é de grande importância, pois assegura que o destinatário do dinheiro tenha total conhecimento de sua origem.
Essa característica, não presente nas notas físicas,é o diferencial central do DREX e merece destaque na comunicação sobre essa nova moeda totalmente rastreável.
Vamos simplificar ainda mais: pense em uma nota de R$200 como uma aventureira equipada com um rastreador GPS supersecreto instalado pelo Banco Central no momento em que a nota nasceu na gráfica.
Agora, você tem a capacidade mágica de seguir os passos dessa nota ao longo de sua jornada, desvendando todos os lugares por onde ela passou até finalmente chegar até você.
É ai que está a a jogada genial: essa capacidade de rastrear e mapear os movimentos desta nota de R$ 200,00 volta no tempo, transformando-se numa super ferramenta contra crimes financeiros e enredos de lavagem de dinheiro, como se fosse uma investigação de detetive em um filme de espionagem.
E não estamos falando apenas de moeda digital, mas de uma verdadeira revolução que mexe com todo o cenário financeiro.
Afinal, quem ousaria gastar uma quantia de origem duvidosa em um refúgio fiscal quando cada passo desse dinheiro é como um segredo revelado?
É uma mudança que faz você repensar tudo, não é mesmo?
A explosão do conceito de criptoativos, liderado pelo Bitcoin, forçaram os governos mundiais a se renderem à famosa escalada blockchain.
O que é Blockchain?
Imagine a blockchain como um jogo de montar, onde cada operação se divide em pedacinhos que parecem quebra-cabeças espalhados.
Esses pedacinhos são entregues aos “juízes virtuais” da rede, uma espécie de time de árbitros digitais, que têm que bater o martelo e aprovar que a operação segua a adiante.
Quando todos deram o seu OK, os pedacinhos se encaixam como peças mágicas de um quebra-cabeça, completando a operação que segue rumo ao seu destino, tudo com um selo de aprovação garantido por uma rede ultra segura – uma rede tão rebelde que nem tem um centro!
A beleza disso?
Uma única pessoa não pode burlar essa dança digital, porque todos os outros juízes virtuais, que também são a turma da aprovação, disseram "sim, pode passar", cada juiz só consegue ver uma parte da dança. A possibilidade de fraude em todos os passos dos dançarinos é muito pequena.
Mas, a tecnologia que dá vida ao Drex não é exatamente uma blockchain é um “primo tecnológico”
Atualmente, o “ok” de aprovação para as transações financeiras é dos bancos. Com essa nova tecnologia, eles podem até tirar umas férias, porque a festa é no Drex agora.
Qual é a diferença entre Drex e Pix?
No Pix, as transferências são em reais e têm limites de segurança definidos pelo Banco Central e pelas instituições financeiras. No Drex, as transferências usam a mesma tecnologia do blockchain das criptomoedas, permitindo transações com valores maiores.
Contratos inteligentes digitais
Outra decorrência interessante e muito útil são os Contratos inteligentes Digitais, que são um pouco limitados pelo sistema financeiro brasileiro atual.
Imagine que estou comprando um imóvel e em um clique, o dinheiro voa para o bolso do vendedor assim que a propriedade estiver oficialmente registrada em meu nome, já que contrato inteligente possibilita essa agilidade e segurança.
Tudo isso acontece automaticamente, sem a necessidade de confiar cegamente em alguém ou depender de prazos das instituições bancárias.
É como se a tecnologia estivesse aparando as arestas da justiça.
Conclusão
A essência deste labirinto digital é uma pérola que parece estar se perdendo no meio das discussões da mídia.
O Drex é tipo um plano genial que poderia ter saído direto de um filme futurista.
E à medida que desbravamos esse enigma, desenterramos uma mina de oportunidades de uso ainda mais amplas: desde os contratos inteligentes que operam como mágicos modernos, até a caça aos delitos fiscais e, não menos importante, o olho atento do governo sobre as finanças de todos nós, brasileiros, já que cada movimento poderá ser rastreado como um rastro luminoso.
Até podemos continuar chamando de "Real digital" como insiste a grande mídia se quiser, só não se esqueça que ser "digital" aqui é como a cereja no topo do bolo – não é o bolo inteiro!
O que importa de verdade é a revolução que está acontecendo e muitos nem percebem.
Qual a sua opinião sobre o DREX? Deixe nos comentários!