Símbolo do Jus.com.br Jus.com.br

Quantas vezes o pai tem direito de ver o filho?

Agenda 07/12/2023 às 17:05

Se você quer saber quantas vezes o pai tem direito de ver o filho, continue a leitura deste artigo. Descubra todos os direitos do pai em relação ao filho, quantidade de visitas obrigatórias, guarda compartilhada e muito mais!

A legislação brasileira reconhece que é fundamental para o desenvolvimento saudável da criança ter um convívio adequado com ambos os genitores. Isso mesmo após o término da relação conjugal. Portanto, os direitos de visita ou convivência do pai com o filho são garantidos por lei.

O Código Civil brasileiro estabelece que a guarda dos filhos deve ser compartilhada entre pai e mãe. Salvo nos casos em que um dos genitores seja considerado incapaz ou haja algum tipo de acordo, ou decisão judicial que determine o contrário. Nesse sentido, o direito de visitas é assegurado ao genitor não guardião, que normalmente é o pai.

A Lei n.º 13.058/2014 trouxe alterações ao Código Civil, estabelecendo de forma mais clara o direito de convivência dos pais com os filhos. Assim, regulamentando a chamada guarda compartilhada. 

De acordo com essa lei, o genitor que não detém a guarda tem o direito de visitar o filho regularmente, sendo essas visitas consideradas parte da convivência familiar. Essas visitas podem ocorrer tanto nos fins de semana quanto durante a semana, e o período e a frequência podem ser determinados segundo as particularidades de cada caso.

É importante ressaltar que, caso não haja acordo entre os pais quanto às visitas, ou em situações de conflito, é possível recorrer ao Poder Judiciário para ser estabelecida uma regulamentação de visitas.

Nesses casos, o juiz irá considerar o melhor interesse da criança. Considerando fatores como a idade, a disponibilidade dos pais e a proximidade geográfica entre as residências.

Afinal, quantas vezes o pai tem direito de ver o filho?

Mas respondendo à pergunta deste artigo, não existe um número específico de vezes que o pai tem direito de ver o filho estabelecido em lei. A legislação brasileira busca privilegiar a convivência harmoniosa e constante entre o genitor não guardião e a criança, sempre considerando o melhor interesse do menor.

Portanto, o tempo e a frequência das visitas devem ser definidos segundo as necessidades e possibilidades das partes envolvidas. Dessa forma, sempre visando garantir o bem-estar do filho.

Quantos dias por mês o pai tem direito de ver o filho?

Não existe um número fixo de dias por mês estabelecido em lei que determine a quantidade exata de dias que um pai tem o direito de ver o filho no Brasil. O objetivo é sempre buscar um convívio adequado e saudável entre o genitor não guardião e a criança, considerando o melhor interesse do menor.

Em casos de guarda compartilhada, a convivência com o filho é dividida de forma equilibrada entre os pais. O tempo de convivência pode ser estabelecido conforme as particularidades de cada caso. Considerando fatores como a idade da criança, a disponibilidade dos pais, a proximidade geográfica entre os pais e outros aspectos relevantes.

No entanto, quando não há um acordo entre os pais ou em situações conflituosas, é possível recorrer por meio de uma ação na justiça, para ser estabelecida uma regulamentação de visitas.

Nesses casos, o juiz irá considerar o melhor interesse da criança e determinar a frequência e a duração das visitas, considerando as circunstâncias específicas do caso.

Portanto, é importante que os pais busquem um acordo ou, caso não seja possível, solicitem orientação jurídica para que a questão da visitação seja resolvida de maneira adequada. Sempre priorizando o bem-estar e o desenvolvimento saudável da criança.

O que mudou com a nova lei da guarda compartilhada?

A Lei n.º 13.058/2014 introduziu importantes alterações ao Código Civil brasileiro, especialmente no que diz respeito à guarda compartilhada. Antes dessa lei, a guarda compartilhada era apenas uma possibilidade, e a guarda unilateral (em que um dos genitores detém a guarda exclusiva) era a forma mais comum de estabelecer a responsabilidade parental.

Assine a nossa newsletter! Seja o primeiro a receber nossas novidades exclusivas e recentes diretamente em sua caixa de entrada.
Publique seus artigos

Com a nova lei, a guarda compartilhada passou a ser a regra, estabelecendo que, salvo em casos específicos em que um dos genitores seja considerado incapaz ou impróprio para exercer a guarda, deve-se buscar o compartilhamento das responsabilidades parentais. O objetivo é garantir que ambos os pais participem ativamente na criação e educação dos filhos, mesmo após o término da relação conjugal.

A guarda compartilhada significa que os pais devem tomar conjuntamente as decisões importantes sobre a vida da criança, como saúde, educação, religião, entre outros aspectos relevantes.

Além disso, a lei prevê que o tempo de convivência com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada e que ambos os genitores têm o direito e o dever de participar ativamente na vida da criança.

Vale ressaltar que, embora a guarda compartilhada seja a regra, a lei reconhece que existem situações em que esse tipo de guarda pode não ser adequado para o bem-estar da criança. Portanto, em casos excepcionais, o juiz pode determinar a guarda unilateral, desde que haja fundamentação adequada, sempre considerando o melhor interesse da criança.

Como funciona a guarda provisória?

A guarda provisória é uma medida judicial que visa assegurar a proteção e o bem-estar da criança durante o processo de decisão sobre a guarda definitiva.

Ela é aplicada em situações em que há uma disputa ou controvérsia em relação à guarda dos filhos, e é estabelecida temporariamente até que seja proferida uma decisão final.

A guarda provisória pode ser solicitada por um dos genitores ou por terceiros interessados, como avós ou outros parentes próximos, que acreditam que a criança esteja em situação de risco ou que a guarda unilateral do outro genitor não seja adequada.

Quando o juiz receber o pedido de guarda provisória, ele irá avaliar as circunstâncias e o melhor interesse da criança para decidir. Geralmente, o juiz considera fatores como o histórico de relacionamento dos pais com a criança, a estabilidade e capacidade de cuidado de cada um, e qualquer evidência de violência doméstica, abuso ou negligência.

A guarda provisória pode ser concedida a um dos genitores, estabelecendo a guarda unilateral provisória, ou pode ser atribuída a ambos os genitores, configurando uma guarda compartilhada provisória. O objetivo principal é garantir a segurança e o desenvolvimento saudável da criança enquanto se aguarda a decisão definitiva sobre a guarda.

É importante ressaltar que a guarda provisória não é uma decisão final e pode ser modificada durante o processo, caso surjam novas informações ou circunstâncias relevantes.

Justicia, a inteligência artificial do Jus Faça uma pergunta sobre este conteúdo:

Após a análise completa do caso, o juiz poderá proferir uma decisão definitiva sobre a guarda, considerando todos os elementos e o melhor interesse da criança.

Quanto tempo demora um processo de regulamentação de visitas?

O tempo necessário para a conclusão de um processo de regulamentação de visitas varia de acordo com vários fatores, como a complexidade do caso, a disponibilidade do Poder Judiciário em determinada localidade e a existência de acordos ou não entre as partes envolvidas.

Em alguns casos mais simples, em que os pais conseguem chegar a um acordo consensual sobre a regulamentação de visitas, o processo tende a ser mais rápido. 

Nesses casos, os pais podem apresentar um acordo por escrito ao juiz, por meio de uma petição apresentada pelo advogado, para que o juiz que avalie se o acordo atende ao melhor interesse da criança e, caso o juiz entenda que sim, ele homologará o acordo em uma decisão judicial. O tempo necessário para esse processo pode variar de algumas semanas a alguns meses, dependendo da agilidade do sistema judiciário local.

No entanto, em situações mais complexas em que os pais não conseguem chegar a um acordo ou há conflitos significativos, o processo pode levar mais tempo.

Nesses casos, é comum ser necessário realizar audiências, nas quais as partes apresentam seus argumentos e provas, e o juiz decide com base nas provas apresentadas e no depoimento das partes.

O tempo necessário para a conclusão desse tipo de processo pode variar de vários meses a até mesmo anos, dependendo da carga de trabalho do sistema judiciário, da complexidade do caso e de outros fatores.

Se você está passando por um processo de regulamentação de visitas ou está considerando iniciar um, é recomendado buscar orientação de um advogado especializado em Direito de Família. Um profissional qualificado poderá fornecer informações mais precisas e orientá-lo conforme as particularidades do seu caso.

Conclusão

Se você tem dúvidas em relação aos direitos do pai após o término da relação conjugal, é fortemente recomendado buscar orientação de um advogado especializado em Direito de Família para obter informações atualizadas e específicas para o seu caso.

Sobre o autor
Galvão & Silva Advocacia

O escritório Galvão & Silva Advocacia presta serviços jurídicos em várias áreas do Direito, tendo uma equipe devidamente especializada e apta a trabalhar desde questões mais simples, até casos complexos, que exigem o envolvimento de profissionais de diversas áreas. Nossa carteira de clientes compreende um grupo diversificado, o que nos força a ter uma equipe multidisciplinar, que atua em diversos segmentos, priorizando a ética em suas relações e a constante busca pela excelência na qualidade dos serviços.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!