[1]A globalização é um termo elaborado na década de 1980 para descrever o processo de intensificação da integração econômica e política internacional, marcado pelo avanço nos sistemas de transporte e de comunicação. Por se caracterizar por um fenômeno de caráter mundial, muitos autores preferem utilizar o termo mundialização. Muitos autores utilizam o termo “Aldeia Global” para se referir à globalização, pois ela não se limita aos planos políticos e eco mundialização nômicos, ocorrendo também no âmbito da cultura. O geógrafo e economista David Harvey, em sua obra “A condição pós-moderna”, utiliza-se de um conceito específico para se referir ao aumento da velocidade nas trocas comerciais e de informações: a compressão espaço-tempo. Isso porque, com os avanços nos meios de transporte, as grandes distâncias deixaram, ou estão deixando de ser um obstáculo. Ao mesmo tempo, os avanços nos meios de comunicação também “encurtaram” o tempo, o que se levava vários dias ou semanas para ser noticiado, hoje é conhecido pelo mundo todo em pouquíssimos segundos.
[2]A diferença brutal entre a metanarrativa político-filosófica que fundamenta a autoridade do conhecimento científico e as outras metanarrativas anteriores à modernidade seria que estas últimas se centravam na ideia de redescobrir ou retomar a verdade original. Já a metanarrativa filosófica é teleológica, depende da ideia de um itinerário para algum alvo final. A recente história dos séculos XIX e XX se percebeu que o progresso científico por si mesmo não é garantia de melhoria das condições de vida, podendo até se transformar em destruição, como foi nas duas guerras mundiais. E mesmo quando existe o progresso, esse não é para todos, eis que a realidade gritante diferencia os países ricos dos pobres.
[3]As principais vulnerabilidades do mundo contemporâneo incluem mudanças climáticas, segurança cibernética, desigualdade econômica, crises de saúde, conflitos armados, escassez de recursos, migração forçada, extremismo, desinformação e riscos tecnológicos. A vulnerabilidade pode ser definida como uma situação em que o meio físico está vulnerável às pressões humanas. Geralmente, estão presentes três fatores: exposição ao risco; incapacidade de reação; e dificuldade de adaptação diante da materialização do risco.
[4]A partir da crise monopolista que começa a mostrar sinais de recessão generalizada em 1974-1975, o capital monopolista busca saídas para a substituição do padrão de acumulação “fordista-keneysiano” por um outro padrão de acumulação, “flexível”, que implica, necessariamente, um correspondente modo de regulamentação, este entendido como ação interventiva do Estado. Também o Estado experimenta um considerável redimensionamento cuja mudança mais visível é o “encolhimento” de sua ação reguladora. Esta redução do Estado correspondente às exigências do novo padrão de acumulação flexibilizado. Anderson (1996) ao analisar esta redução como uma característica do neoliberalismo a classifica como “uma relação teórica e política veemente contra o Estado intervencionista e de bem-estar”. É, portanto, no bojo de profundas modificações econômicas, políticas e culturais que se situa a chamada crise do Estado-Nação.
[5]O termo “Terceiro Mundo” foi oficialmente adotado pela primeira vez durante a reunião de países asiáticos e africanos, em abril de 1955, na Conferência de Bandung, em Java, na Indonésia. Ele definia os países que se pretendiam não-alinhados às duas superpotências da época: EUA e URSS. Terceiro Mundo: fazem parte desse grupo os países que possuem economia subdesenvolvida ou em desenvolvimento, geralmente nações localizadas na América Latina, África e Ásia. O criador da expressão foi o economista francês Alfred Sauvy, a mesma foi emitida pela primeira vez no ano de 1952.
[6]Os efeitos nocivos para a saúde humana por conta das mudanças no ambiente são muitos e graves: as mudanças climáticas; a acidificação dos oceanos; a degradação dos solos; a escassez de água; a sobre-exploração da pesca e a perda de biodiversidade;
[7]O Estado moderno, entendido como o Estado dotado de um poder próprio independente de quaisquer outros poderes, surge, então, na segunda metade do século XV na França, na Inglaterra e na Espanha. A primeira característica do Estado moderno se revela como sendo a autonomia, isto é, uma plena soberania do Estado, a qual não permite que sua autoridade dependa de nenhuma outra. A segunda característica, por sua vez, é a distinção entre o Estado e a sociedade civil, que se evidencia no século XVII, com a ascensão da burguesia na Inglaterra. O Estado, pois, se difere da sociedade civil, embora seja a expressão desta. Como terceira característica que diferencia o Estado moderno do modelo de Estado na Idade Média, apresenta-se o Estado medieval, que se caracteriza por ser propriedade do senhor, que é dono do território e de tudo que se encontra nele; no Estado moderno, ao contrário, existe uma identificação absoluta entre o Estado e o monarca, o qual representa a soberania estatal.
[8]Os padrões determinados pela sociedade de consumidores trazem impactos negativos ao ser humano enquanto ator social. Nesse sentido, por meio do método dedutivo e da técnica bibliográfica, discorre-se sobre o fato de o consumo ser um novo valor social e analisa-se quem seriam as vítimas colaterais da atual sociedade de consumo. Assim, ao verificar que as ações humanas estão sendo orientadas por mandamentos consumistas, reconhece-se a importância de uma educação para o consumo consciente e sustentável como pressuposto para aperfeiçoar um desenvolvimento humano mais responsável, pautado na igualdade e justiça social.