No próximo dia 6 de outubro de 2024, o Brasil assistirá ao primeiro turno das eleições municipais, um evento democrático de grande relevância, onde mais de 155 milhões de eleitores estão aptos a comparecer às urnas para escolher prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em 5.569 municípios. Segundo dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o perfil do eleitorado apresenta uma série de características que poderão influenciar de maneira significativa os resultados desse pleito municipal.
O eleitorado brasileiro é composto majoritariamente por mulheres, representando 52,4% dos votantes, totalizando 81.806.914 eleitores. Este dado reflete a potencial influência feminina nas decisões eleitorais, principalmente porque, apesar da crescente participação política, a representatividade de candidatas ainda não alcança o desejado. Os homens, por sua vez, correspondem a 47,5% do total, com 74.076.997 eleitores, enquanto 28.790 votantes não informaram o gênero, compondo 0,2% do eleitorado.
Em termos regionais, a distribuição do eleitorado revela uma concentração marcante no Sudeste, que abriga 43% dos eleitores, totalizando 66.906.335. A região Nordeste vem em seguida com 27,8% (43.302.692), o Sul com 14,7% (22.969.108), o Norte com 8,3% (12.987.166), e o Centro-Oeste com 6% (9.747.397). Esse padrão de distribuição regional destaca a importância estratégica do Sudeste, particularmente São Paulo, que continua a ser o maior colégio eleitoral do país, com 34.403.609 eleitores, ou 22% do total nacional. A capital paulista sozinha conta com mais de 9,3 milhões de eleitores.
Contrastando com a representatividade de São Paulo, o município de Borá, também no estado paulista, registra o menor número de eleitores do país, com apenas 1.094 votantes. Além de São Paulo, os estados de Minas Gerais (16.469.155 eleitores) e Rio de Janeiro (13.033.928 eleitores) completam a lista dos maiores colégios eleitorais, respondendo por 10,5% e 8,36% do eleitorado nacional, respectivamente.
Entre os estados com o menor número de eleitores estão Roraima (380.803), Amapá (570.248), e Acre (612.448), que juntos representam apenas 1% do eleitorado nacional. Em termos de obrigatoriedade de voto, o TSE informa que 135.386.443 eleitores são obrigados a votar, sendo que a maior parte deste grupo se encontra na faixa etária de 45 a 59 anos, somando 38.883.736 eleitores. O eleitorado jovem, entre 18 e 24 anos, conta com 18.030.328 eleitores, representando quase 12% do total.
Observa-se também um crescimento expressivo no eleitorado jovem, com um aumento de 78% em relação às eleições municipais de 2020, além de um incremento no número de eleitores acima de 70 anos, que passou de 13.508.088 em 2020 para 15.208.667 em 2024, representando 9% dos votantes.
Outra característica relevante do eleitorado é o aumento de eleitores com deficiência, que agora somam mais de 1.451.846 pessoas, um crescimento de 25% nos últimos quatro anos. Além disso, 41.537 eleitores utilizarão o nome social nas urnas, mostrando um avanço na inclusão social.
Quanto ao nível de escolaridade, a maioria dos eleitores possui ensino médio completo, enquanto 10,2 milhões de eleitores são analfabetos. O TSE também destaca que 82% do eleitorado já possui impressões digitais cadastradas, o que facilitará o processo de votação biométrica, especialmente nas 4.244 cidades onde mais de 90% dos eleitores estão aptos a votar dessa forma.
Esses dados revelam a complexidade e a diversidade do eleitorado brasileiro, que terá um papel crucial na definição do futuro político dos municípios em 2024. A representatividade das mulheres, o aumento da participação dos jovens, e a inclusão de eleitores com deficiência são fatores que podem moldar os resultados das eleições e influenciar o rumo das políticas públicas no país.