Diante das inúmeras carências enfrentadas pelo povo brasileiro, os advogados têm atuado como agentes de transformação social, promovendo a defesa intransigente dos direitos e da cidadania.
A profissão de advogado adquiriu status constitucional, sendo considerada indispensável à administração da justiça por prestar serviços públicos e exercer uma função social. No entanto, a advocacia sofre os desgastes decorrentes da ineficiência da Justiça, causada pela falta de recursos, infraestrutura e de um quadro funcional compatível com a demanda.
A justiça no Brasil ainda não se democratizou, o que distancia ainda mais o advogado de sua missão de mitigar as desigualdades e buscar soluções justas.
O papel do advogado também está diretamente relacionado à sua formação. Atualmente, observa-se o desvirtuamento dos cursos de Direito, que têm se voltado mais ao mercantilismo do que à formação ética e técnica dos alunos.
A Ordem dos Advogados do Brasil, por meio do Conselho Federal e de suas Seccionais, mantém-se vigilante em seu compromisso de zelar pela qualidade do ensino jurídico. Essa preocupação é essencial, pois a formação de profissionais éticos e preparados reflete diretamente na garantia de justiça para o povo brasileiro.
Como profissional da lei e do Direito, o advogado deve exercer sua profissão com independência. Tal condição pressupõe liberdade, ou seja, não é possível advocacia plena sem o exercício livre da profissão.
O advogado deve empenhar-se com todas as suas energias para reforçar, em nosso país, o conceito da activae civitatis, ou seja, a cidadania ativa. Essa é a única maneira de construirmos uma sociedade altaneira, dinâmica, justa, próspera e solidamente comprometida com os ideais de liberdade, justiça e Direito.
O nobre exercício da advocacia está intrinsecamente ligado à dignidade e à preservação dos direitos da pessoa humana. Por isso, cultivamos a inesgotável capacidade de nos indignarmos diante de realidades injustas. Aquele que acredita na justiça, na verdade e no bem comum age eticamente.
Há muito, a sociedade brasileira clama contra a erosão de valores e exige uma postura mais ética dos governantes, políticos, empresários, da imprensa e, por que não, também dos advogados. Cabe a nós, advogados, dar a resposta certa, contribuindo para a construção de uma sociedade melhor.
Como declara a Constituição Federal, o advogado é indispensável à administração da Justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. Além disso, um dos primeiros dispositivos do Estatuto da Ordem dos Advogados estabelece que, no seu ministério privado, o advogado presta serviço público e exerce função social.
O advogado encarna a vontade do cidadão que busca o direito de acesso ao Poder Judiciário para a defesa de suas pretensões. Qualquer restrição ao pleno exercício dessa atividade configura um intolerável cerceamento, não apenas profissional, mas também social. Em um Estado Democrático de Direito, a atuação do advogado é indispensável, tanto no amplo contexto da administração da Justiça quanto no universo dinâmico das relações sociais.