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Do amor à docência e da família Unicastelo

Agenda 03/04/2015 às 19:31

O texto aborda elogios a condução da universidade, explicitando o papel dos docentes na formação dos alunos.

“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.”

(RUI BARBOSA)

Entramos na faculdade com o medo em nossos olhos. Muitas vezes se observa que para muitos jovens é a primeira vez que saem efetivamente de casa, vez esta que ficara uma boa parte de sua vida convivendo com pessoas totalmente estranhas à sua normalidade.

A escolha do curso por si só já reflete a indecisão que muitos calouros ficam durante o período de escolha. Chegam à universidade totalmente crus, buscando uma orientação, e desde o início encontram tal acolhimento na figura do professor.

Figura esta tão importante aos dias atuais que despercebida torna-se sua titulação frente às novas mentes a serem descobertas e trabalhadas em torno de cada curso.

Como acadêmico do curso de Direito devo salientar que tal curso é avesso aos demais, não sendo preponderante ou orgulhoso, mas trata-se de um dos cursos mais reconhecidos e valorizados do Brasil, que possui uma alta taxa de desistência e não é à toa.

Advogar é uma arte, e desde o início, os estudantes de direito tem a tendência de travar debates acalorados sobre os mais diversos assuntos presentes em nossa sociedade. Não mister é observar que tal competição costuma afastar muito dos próprios acadêmicos dentro do ambiente familiar da sala de aula, pois as divergências nem sempre são entendidas apenas no mundo do direito, externando-se para o mundo exterior a ele.

Tais conflitos se resumem pela preponderância e pelas características individuais relatadas e vividas no aprendizado de cada um, pois a miscigenação decorrente dos mais variados tipos de culturas dentro da universidade é um dos fatores determinantes a qualidade de ensino.

Qualidade esta reconhecida em nossa instituição que devido a um trabalho de coordenação fabuloso exercido pelo atual coordenador do curso de Direito Jose Wamberto Zanquim Junior, fez com que o curso pela primeira vez na história ultrapassasse o número de matrículas de Administração. Tal procura pelo Direito não reflete apenas os novos anseios da sociedade, mas sim um trabalho magnífico de coordenação e valoração dos profissionais formadores, bem como um endomarketing partindo dos próprios bacharéis e ex-alunos da instituição.

Sob o manto da desconfiança na instituição houve muitas desistências ao longo do curso em decorrência de fatores como boatos e notícias falsas relativas à antiga administração e coordenação da Unicastelo, que foram vencidas aos poucos. E como todos bem sabem, confiança demora anos para ser conquistada e segundos para ser perdida. E quando perdida demora anos para ser recuperada novamente, momento este na qual a universidade encontra-se atualmente.

A confiança em uma instituição está muito além do corpo discente e docente de uma faculdade ou universidade. É preciso haver uma sinergia, uma integração total entre todos os membros e colaboradores da instituição de tal forma a buscar o processo de melhoria contínua baseada em resultados.

Resultados estes que foram alcançados com louvor durante a atual coordenação, já que o número de alunos formados nos últimos anos e que conseguiram atingir o objetivo primordial do curso de direito, que se traduz na obtenção da carteira da OAB foi extremamente alto.

Temos em nosso corpo discente os mais variados tipos de alunos, nas mais diversas profissões e condições financeiras. Temos também grandes diferenças entre eles nos quesitos dedicação ao curso, que não se traduzem por falhas do corpo docente de motivação aos alunos, mas sim as características pessoais de objetivos e focos, intrínsecas e inerentes a cada pessoa.

Como salientado acima, o número de aprovações tem sido cada vez maior e isso se deve a um grande trabalho de cooperação e sinergia de todos os colaboradores internos e externos da instituição. Para este sucesso, é imprescindível o trabalho muitas vezes não valorizado de pessoas como, por exemplo, o porteiro, a faxineira, a bibliotecária, a atendente da secretaria, etc.

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Pessoas estas consideradas invisíveis pela grande maioria dos alunos, que muitas vezes não sabem se quer o nome daqueles que nos recebem com um sorriso todos os dias ao adentrar a faculdade. Tais profissões são imprescindíveis para o sucesso acadêmico de toda a instituição, pois prestam relevante contribuição para a formação de todos, com suas pequenas ações que costumam não serem notadas no dia a dia.

Além disto, o clima organizacional torna-se um fator preponderante ao sucesso. Observamos principalmente em Universidades Federais e Estaduais que o corpo docente costuma ser altamente competitivo e graduado em títulos, convivendo em um ambiente acirrado, na qual a vaidade costuma sopesar as condições de ensino.

Tais resultados demonstram, por exemplo, que o curso de Direito cursado em universidades particulares tem obtido maior aprovação na OAB, em relação aos cursos oriundos de universidades públicas.

Não desmerecendo os professores que possuem altos títulos, cargos ou graduações, mas na formação acadêmica, a titularidade não basta. Ao se lidar com um corpo discente totalmente heterogêneo, provindo e oriundo das mais diversas classes sociais e obtendo os mais diversos tipos de pensamentos e objetivos, torna-se imprescindível a humanização das relações de ensino para com o aluno.

Observamos o comprometimento de determinados alunos com a instituição, quando mesmo podendo se utilizar de atestados médicos para realizar as provas em data posterior, veem a universidade realizar tais provas, sendo algumas vezes auxiliados por outros alunos devido as suas transitórias incapacidades físicas para realizar tais atividades, mas auxiliados de forma ética, de modo a não interferir no resultado intelectual que deve ser avaliado pelo docente.

Na Unicastelo, objeto deste artigo de estudo, evidencia-se que após um árduo trabalho da coordenação se chegou a tal clima organizacional de humanização entre o corpo discente e docente, havendo cooperação entre todos com foco em resultados.

Observa-se, por exemplo, em nosso corpo discente que temos alunos que ao prestarem provas concorridas de estágio, como, por exemplo, da Defensoria Pública e do Ministério Público, obtiveram lugares de destaque, se sobressaindo aos demais acadêmicos das faculdades e universidades da região no que tange ao curso de Direito.

Logicamente, tais resultados não se deram apenas pela organização e estrutura oferecida pela universidade, mas pela alta colaboração do corpo docente e principalmente e não menos salutar pelo esforço individual de cada um. Esforço pessoal que deve ser reconhecido, pois todos têm seus problemas individuais, profissionais e familiares fora da instituição.

Tais esforços não se resumem ao corpo discente, ou seja, os alunos. Estendem-se também aos nobres mestres e doutores de nossa instituição, que assim como nós também tem seus problemas pessoais e profissionais fora da instituição, mas envoltos sob o manto de oferecer a melhor qualidade de ensino, não deixam transparecer tais agonias aos alunos.

Poderia fazer a afirmação unânime de que todos os nossos mestres e doutores lecionam por amor. O amor de transmitir a sabedoria do Direito a cada aluno. E muitas vezes não sabemos reconhecer isto, devido ao nosso egocentrismo, de pensar que o mundo gira em torno de nós.

É mais fácil criticar, do que propor condições de melhorias. Mais fácil colocar a culpa pelos fracassos pessoais obtidos no outro, do que ter a hombridade de reconhecer os próprios erros. Essa característica é inerente ao ser humano e está intimamente ligada ao caráter de cada um.

Torna-se clara esta percepção ao avaliar que diferentemente das universidades públicas, o docente de universidades particulares geralmente não tem a chamada dedicação exclusiva ao ensino e pesquisa. Tal dedicação não é possível, pois nossos nobres mestres e doutores diferentemente das universidades públicas não recebem proventos adequados para se dedicar apenas a lecionar, tendo que ter no exercício da advocacia e de outras profissões a busca de seu sustento.

Isto se traduz na prática ao observar nossos nobres mestres e doutores que tem por unanimidade a adoção de uma segunda profissão. Tal verificação se torna ainda mais gritante quando comparado a destinação e valoração dos proventos oferecidos pelas universidades particulares no Brasil, frente aos proventos oferecidos em outros países que priorizam a educação, motivo este pelo qual, cada vez mais torna-se frequente a migração de profissionais gabaritados para outros países e para fora do Ensino Público e Privado no Brasil.

Obviamente o corpo discente é o maior capital de uma universidade, pois sem eles, simplesmente não existiria universidade, mas é de grande importância o nível dos professores que lecionam em tal instituição, sendo critério de avaliação do curso inclusive pelo MEC.

Mas há algo que o MEC, mesmo com suas frequentes visitas não é capaz de ver, que é o clima organizacional. O clima de amizade que se obteve entre os discentes e docentes ultrapassa as barreiras da universidade. Observa-se que o acesso aos professores e ao coordenador na atual gestão se tornou mais amplo, de forma a se evidenciar uma integração que visa dirimir conflitos internos, seja com uma explicação ou um simples conselho de como proceder em determinada demanda.

Não só de títulos vive uma universidade, pois se o fosse, os alunos de instituições públicas seriam os maiores exemplos da sociedade e sempre seriam os primeiros colocados em todos os concursos, situação esta que não se concretiza na realidade.

No Direito é preciso mais do que isso, é preciso integração, sinergia entre todos. Não basta formar os melhores profissionais com conteúdo acadêmico da teoria, se quando expostos a prática, tais alunos ficam perdidos. É preciso a sinergia entre a prática e a teoria, de modo que o aluno saia da universidade sem medos, preparado para o mercado de trabalho de forma a alcançar seus objetivos pessoais e profissionais. Além disto, é preciso lembrar que são seres humanos, e a própria sociedade que por muitas vezes foca em deixar um planeta melhor para nossos filhos, esquece-se de deixar filhos melhores para o planeta.

Muitos podem entender este texto como sendo um texto de alguém avesso às mudanças. E até assim poderia se considerar, pois quando se observa que há um trabalho de excelência sendo desenvolvido de forma a alcançar resultados, torna-se de primordial importância a manutenção de tal trabalho, devendo figurar como objetivo e desafio da futura gestão aperfeiçoar ainda mais este processo visando alcançar os resultados de forma mais acelerada e satisfatória para o bem da instituição como um todo.

Como dito acima, muitas vezes criticamos e esquecemo-nos de parabenizar o trabalho feito dia a dia. Tais trabalhos demoram e não surgem do dia para a noite. Observemos por exemplo o atual núcleo jurídico da faculdade, que possui ampla divulgação frente à sociedade e também goza de ampla aceitação frente aos alunos. Tal instituto é um diferencial permanente da instituição, quando ao comparar com outras faculdades e universidades observa-se que muitos acadêmicos do Direito concluem o curso e tem grande dificuldade de passar no exame da OAB devido à dificuldade de elaborar uma peça processual adequada.

Para se chegar a melhor proposta de trabalho a ser oferecida no núcleo, não foi do dia para a noite. Foi preciso um trabalho técnico de se evidenciar qual a melhor proposta e didática para o aluno assimilar a prática forense. A própria criação do núcleo já se transformou numa barreira, pois uma ideia para se tornar prática e ser aceita pela administração da instituição é um processo burocrático e lento, composto de muitas fases.

Mas a excelência tornou-se prática e hoje observamos cada vez mais alunos frequentando o núcleo jurídico. Muitos deles frequentam devido ao estágio obrigatório, mas temos exemplos de alunos que frequentam simplesmente para buscar o conhecimento técnico forense que é transmitido durante o período que permanecem no núcleo jurídico.

Ao longo destes anos, outras melhorias foram observadas, como por exemplo, a integração com os demais cursos da instituição durante os jogos acadêmicos que possibilita também um avanço frente à sociedade, pois traz para a universidade uma maior integração.

O trote solidário é outra das conquistas acadêmicas, pois os novos e os atuais alunos têm aderido à proposta acolhedora do trote solidário que beneficia sempre uma instituição de caridade da região com mantimentos e produtos indispensáveis.

A realização das visitas técnicas pelos alunos é outra melhoria observada na atual coordenação, pois é cada vez mais frequente tais visitas e possibilitam ao aluno uma integração da teoria à prática, bem como a confraternização com os demais períodos de direito.

O primeiro júri simulado, que foi um sucesso tanto para a integração dos alunos de todos os períodos, quanto para a sociedade, que contou com o apoio do Juiz Presidente da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Descalvado, Dr. Rafael Pinheiro Guarisco, da ilustre representante do Ministério Público Dra. Mariana Fittipaldi e de professores convidados que ajudaram a abrilhantar ainda mais o evento.

Além disto, outros eventos como a Semana Jurídica e palestras aleatórias tem melhorado a cada ano, sendo trazido ao contato direto dos alunos de Direito, profissionais de renome e temas polêmicos da atualidade, reforçando o aprendizado jurídico.

Tais melhorias representam significativo avanço no ensino da universidade. Evidentemente, ainda há muita coisa pra melhorar, já relatada aos próprios alunos pelo coordenador, como mais modalidades nos jogos acadêmicos, propostas de melhoria na grade curricular do curso, propostas de maior integração do conteúdo acadêmico, aquisição de novos livros pela biblioteca, etc.

Ao longo desse tempo, seria despretensioso falar que só houve coisas boas. Infelizmente alguns professores de renome e gabarito, de didática exemplar e de notório saber jurídico acabaram se desvinculando da instituição, mas nem por isso deixaram de oferecer e contribuir com o conteúdo acadêmico dos alunos, tornando-se assim como os demais mestres que aqui lecionam verdadeiros exemplos a serem seguidos.

Por todas estas características, pode-se dizer que ao longo deste tempo fora construída gradativamente a denominada Família Unicastelo, que se constitui em um vínculo de harmonia entre discentes, docentes e demais colaboradores da instituição, prezando valores como respeito, ética, disciplina e humanização das relações interpessoais.

Concluindo, reforço meus protestos de elevada estima e consideração a atual gestão e coordenação do curso, que ao longo deste período esteve à frente de tais avanços significativos corroborando para meu aprendizado pessoal e dos demais colegas de curso. Aproveito a oportunidade para renovar meus protestos de apreço e respeito diante da nova coordenação do curso desejando-lhe prosperidade.

Sobre o autor
Diego Araujo Granjeiro

Possui MBA em Produção e Logística pela Faculdade de Tecnologia Ciências e Educação - SP (2009) e Pós-graduação em Marketing pela Faculdade de Tecnologia Ciências e Educação - SP (2010). Formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Tecnologia Ciências e Educação (FATECE) e Gestão Empresarial pela Faculdade Drummond de Andrade. Formado em Direito (Universidade Brasil). Pós graduado em Direito Trabalhista e Previdenciário (LEGALE). Atualmente é proprietário da empresa Gran Lunas, professor e advogado. Tem experiência em Administração com ênfase em Marketing, atuando nos seguintes temas: estratégia de negócios, licitações e contratos, sistemas de informação, Robótica e Matemática Computacional.

Informações sobre o texto

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