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A educação aristocrática e o perfil do educador: um estudo sobre a filosofia de Nietzsche

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Agenda 29/10/2016 às 11:21

[1]          O caráter emancipatório da educação é, mutatis mutandis, semelhante à entidade jurídica, uma vez que torna o indivíduo apto para desempenhar determinada função. Assim como o processo emancipatório possibilidade ao menor de idade atuar civilmente como se maior fosse, a educação emancipatória prepara o educando à prática das atividades vitais, através do desenvolvimento de sua habilidade crítica, reflexiva e consciência social. Outro caráter implementador da emancipação educacional é a construção de um indivíduo autodidata, no sentido de que quanto mais se aprende, mais se aumenta o repertório sapiêntico, e consequentemente maior será sua capacidade de se autoeducar.

[2]          Nesse sentido, como citado pelo próprio Nietzsche: “o estudo nos transforma” (2000, p.153), dentre as práticas pedagógicas, a transformação causada pela educação pode ser entendida como os processos de aprimoramento passados pelos educando na aprendizagem. O processo educativo é aquele vivenciado a todo momento, onde o indivíduo cognoscente – aquele capaz de conhecer algo – apreende determinado conhecimento de um objeto cognoscível – aquele capaz de ser conhecido –. Este é um fenômeno que se dá pela percepção e sensação humana, onde a informação é processada psiquicamente e interpretada pela consciência. O homem quando apreende o novo conhecimento transforma-se, na medida em que se torna consciente de uma nova realidade. Como já citado, isto ocorre a todo instante. Cada nova experiência cotidiana, cada nova palavra aprendida pela criança, cada idioma estudado, em suma, tudo que é possível ser conhecido, torna-se um pequeno bloco nesta construção de um novo indivíduo.

[3]          A educação no sentido genérico é, destarte, aquele fenômeno prosaicamente observado pelo homem a todo instante. Neste sentido, as trivialidades apreendidas pelo homem, exemplo gratia, decorar uma receita ou tomar consciência do nome de alguém, são exemplos de conhecimentos vulgares. Neste diapasão, segundo a clássica classificação da gnoseologia – conhecimento vulgar, científico e filosófico –, preceitua Miguel Reale (1983): “o conhecimento vulgar, ou comum, que também se costuma impropriamente denominar de conhecimento empírico, (…) é o conhecimento que nos fornece a maior parte das noções de que nos valemos em nossa existência cotidiana” (p. 54). Desta forma, a educação lato sensu opõe-se ao conhecimento ensinado metodicamente nas instituições de ensino e nos seus respectivos meios – livros, apostilas, artigos e projetos.

[4]          Grosso modo, pode-se entender que a democratização da educação, como dito alhures, atualmente é confundida com a tentativa utópica de fazer com que todos os homens passem pelo mesmo processo educacional, na intenção de todos se tornarem emancipados intelectualmente. Segundo as ideias de Nietzsche (2007), não há como todos passarem pelo mesmo processo de aprendizagem e educação, pois cada indivíduo é diferente um do outro. As pessoas passam por processos diferentes, a mesma metodologia surte efeitos diferentes à cada indivíduo. A própria questão da aristocracia – que será apresentada posteriormente – mostra que a superioridade intelectual é um processo que depende muito mais de fatores internos que sociais. Ao avesso desde entendimento de democracia do ensino, o fomento às instituições de ensino pode ser entendido como uma realidade, maxime nos países subdesenvolvidos. A deficiência na educação pública brasileira, mormente nos Estados do nordeste e norte, é notória (SAVIANI, 2010). Neste sentido, implementar o ensino diz respeito à melhoria na qualidade da educação nas escolas públicas. Por exemplo, por meio da contratação de profissionais com uma sólida formação ou possibilitar que os educadores já existentes possam aprimorar seu conhecimento e sua metodologia de ensino, através da implementação de programas de formação continuada e aumento de seus salários.

[5]          O adjetivo melhores não incide, em absoluto, em qualquer tipo de preconceito ou etnocentrismo. Em aderência aos próprios escritos deixados por Nietzsche, a questão da superioridade de determinados indivíduos em uma sociedade é um processo natural e inerente à condição dos seres humanos. Para este homem melhor e hierarquicamente superior, Nietzsche dá o nome de Aristocrata, enquanto que os homens que não estão insertos neste grupo de superioridade intelectual, representam o rebanho – ou seja, a mediocridade coletiva.            Pode-se entender, mormente em uma perspectiva marxista, que o aspecto que torna a desigualdade funesta aos olhos do telespectador é justamente a possibilidade de dominação destes homem superiores. Sem embargo, o próprio Nietzsche (2007) preceitua à respeito desta consequência de dominação da elite aristocrática perante o coletivo. Entretanto, consoante sua própria ideia, compreende-se que este fenômeno é inevitável e não deve ser analisado como pernicioso. Uma vez que o pacífico nivelamento intelectual e produtivo de cada indivíduo representaria uma estagnação intelectual, uma vez que todos estariam mergulhas na famigerada mediocridade coletiva.

[6]          Em relação essa dicotomia desenvolvida pela filosofia de Nietzsche, a respeito dos graus de intelectualidade desenvolvidos e vivenciados pelos homens, não obsta asseverar que esta não representa, em absoluto, uma classificação derradeira e finalista. Tão pouco, o legado nietzschiano limita-se à estas duas classificações. Entretanto, o presente trabalho utiliza-se apenas da análise destes dois elementos sociais: aristocrata e rebanho, tratados como seres relativamente opostos. Sobre essa filosofia, como lhe é própria do espólio nietzschiano, não existe um desencadeamento lógico, conclusões definitivas e classificações exatas. Como apontado pelo próprio Rogério Miranda de Almeida (2005), sapientíssimo estudioso e comentador do filósofo alemão, a análise do tributo nietzschiano é paradoxal. O grande exemplo de sua linguagem inovadora é a preleção em formato aforístico, o que demonstra inicialmente uma falta de lógica no desencadeamento de ideias. É bem verdade que a literatura de Nietzsche apresenta um plexo próprio, sua obra deve ser analisada de forma ampla para ser compreendida. Então, por ser um autor tão enigmático e contraditório, atribuir-lhe classificações e conceitos, a priori, tão derradeiros parece um grande equívoco ou, pelo menos, uma leviandade. Além disto, como é próprio do campo filosófico, as análises deste conhecimento necessitam de um certo devaneio para serem compreendidas, introspectadas e interpretadas com a máxima universalidade. Não obstante, pela própria incapacidade e inviabilidade de se produzir uma análise com a devida complexidade, faz-se necessário reforçar que este trabalho se aterá a uma análise mais sucinta dos aspectos da educação aristocrática e dos apontamentos nietzschiano. 

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[7]          O homem é necessariamente um animal social, este fato pode ser demonstrado no próprio necessidade de sobrevivência. Ao nascer o desenvolvimento da criança já está necessariamente associado aos cuidados de pelo menos uma pessoa. Diferentemente dos insetos e répteis, o bebê humano precisa ser minimamente alimentado. As hostilidades do mundo, sobretudo nos períodos remotos da história, eram melhores enfrentadas quando se estava em um grupo maior. Assim sendo, a configuração das sociedades e as relações humanas na modernidade podem ser entendidas por  esta disposição inata.

[8]          A moral é um tema trivial na filosofia de Nietzsche, mormente nas obras Para além de bem e de mal e Genealogia da Moral. Segundo ele, a moral é criada pela própria sociedade, ou seja, representa uma construção coletiva de valores, que limita e orienta o comportamento humano. Semelhante as normas legais, o conhecimento da moral se incorpora nos sujeitos, tornado-se intuitivo. Este valores morais podem se tornar nefastos ao homem na medida em que são utilizados de forma absolutamente submissa e irracional. O rebanho se caracteriza por esta submissão em relação aos valores ditados pela moral. Enquanto que o aristocrata, ao invés de seguir os valores impostos pela sociedade, utiliza-se da revaloração para reconstruir e criar novos valores para si.

[9]          Aqui não se utiliza do vocábulo intelectual no sentido heraclítico. O conceito de intelecto se baseia na própria etimologia latina do vocábulo, qual seja: intellectus, a capacidade de entender e compreender. Destarte, esta classificação que se utiliza da intelectualidade como divisor de águas deve ser apreciada como uma capacidade idiossincrática. O que diferencia os indivíduos em gregários e aristocratas – se é que eles podem ser divididos – está no seu desenvolvimento crítico, reflexivo, emancipatório e transformador, isto é, sua capacidade de compreender o conhecimento. Neste diapasão, a intelectualidade que trata a ideia de rebanho e aristocracia representa seu sentido mais amplo, a açambarcar todos os liames da capacidade humana de lidar com o meio social e o ambiente onde vive. Em outras palavras, este sentido de capacidade intelectual representa a própria consciência do homem, sua compreensão sobre si mesmo e sobre todo o universo. Entretanto, não se reduz aqui o intelecto enquanto um aprimoramento da educação formal – por meio de títulos acadêmicos e formações profissionais. O desenvolvimento intelectual aristocrático que se assevera é aquele representado pela própria concepção de filósofo, aquele indivíduo capaz de refletir sobre as mais pertinentes questões do mundo, sempre preocupado em buscar respostas – mesmo que estas respostas resultem em infindáveis novas perguntas.

[10]         A ideia de aristocracia, aqui asseverada, está de acordo com as ideias filosóficas de Nietzsche. Não obsta ressaltar que em nada deve ser confundida com uma classificação ou conceitualização em nível sócio-econômico. Ou seja, não se fala, por hora, da aristocracia na concepção histórica, sociológica e política: aquela que se opõe aos escravos e plebeus do período clássico ou aos proletários da modernidade. É bem verdade que quando se fala em aristocracia, fala-se também em hierarquia, em elitismo e dominação. Esta concepção é consoante à própria etimologia grega do vocábulo supracitado. Entrementes, este aristocrata nietzschiano, que se menciona no presente texto, não representa necessariamente uma elite econômica, mas uma elite intelectual. Como tal representação elitista, não se pode negar sua dominação em relação à casta inferior – que neste caso não representa a plebe ou a classe proletária –, ou seja, a sociedade de rebanho.

[11]        A educação formal é fruto das demandas da modernidade, como mencionado alhures, sem embargo, deve-se ressaltar que os aristocratas não se limitam aos bancos catedráticos e às bibliotecas empoeiras. A aristocracia talvez não esteja apenas nos homens que se destacaram na história. Por toda humanidade grandes gênios das artes, da filosofia e da teologia, não possuíam qualquer título acadêmica e não deixaram de ser homens de excelência. Sobre a crítica ao ensino formal, muito interessante foi a citação de José Saramago em seu discurso de premiação do Nobel literário em 1998: “o homem mais sábio que conheci em toda minha vida, não sabia ler nem escrever” (NOBEL PRIZE, 2011).

[12]         Desbravando uma trilha mais crientificista, não obsta analisar brevemente estes aspectos relativos ao desenvolvimento do indivíduo. Admitindo-se que a aristocracia nietzschiana representa um caráter intelectual – ou, pelos menos, seja influenciado fortemente por este –,  não se pode olvidar de mencionar que esta intelectualidade é reflexo da própria maturação psicológica. A respeito da maturação, assevera Bee (2003) que este conceito representa um processo universal vivenciado por todos os seres humanos. Especificamente em relação a inteligência, o processo maturacional é influenciado por dois fatores básico, quais sejam, a genética e o ambiente. Neste sentido, o desenvolvimento da inteligência – para ela, sinônimo de intelectualidade – depende primeiramente da herança genética, são os genes que darão a criança capacidade para desenvolver sua inteligência de forma sadia. A oligofrenia é um exemplo de fator genético impeditivo deste desenvolvimento, em outro extremo, a superdotação ou genialidade também é influenciada pelo menos grupo de genes. Evidentemente que somado à predisposição da herança genética, o ambiente molda o indivíduo com base nestes fatores pré-existentes. Em suma, o indivíduo que recebe grande estímulo ambiental na escola, por exemplo, poderá valer-se de seu potencial. O que se discuti na psicologia é até que ponto esta capacidade intelectual é influenciada pelo ambiente. Do ponto de vista orgânico e psicológico da inteligência – e consequentemente da intelectualidade –, apresentam-se inúmeros os fatores que propiciam o desenvolvimento sadio da criança: a alimentação, a educação, o ambiente familiar, escolar, a classe econômica e social. Entretanto, quando se fala em indivíduo saudável, fala-se em uma média de salubridade pré-determinado, ou seja, na área médica e psicológica existe um conceito estabelecido aprioristicamente sobre o que seria uma pessoa saudável e o que seria uma pessoa não saudável. Porém, quando se fala em aristocracia, o que se analisa é uma categoria intelectualmente muito superior de indivíduo. Em súmula, o que se faz necessário ressaltar é que primeiramente, ao analisar o desenvolvimento ou surgimento do aristocrata, deve-se ter em mente que estes fatores depende da própria pré-disposição genética à inteligência – o que envolveria um vasto campo de análise a respeito da orgânica –, além disto, a própria influência do meio é extremamente relevante neste processo. A respeito do ambiente, como ressalta Bee (2003), a educação – em todo seu âmbito – é o aspecto de maior relevância em todo este desenvolvimento. Seria impensável o surgimento de tal excelência sem a fusão dos precedentes biológicos com a influência ambiental.

[13]         O próprio Nietzsche, quando ainda criança já se manifestação a respeito de questões filosóficas, como lembrado por ele mesmo no seguinte trecho: “de fato, já quando era um garoto de treze anos me perseguia o problema da origem do bem e do mal” (NIETZSCHE, 2007, p. 9).

[14]         Apud (BIESTA, 2009, p. 364). This may well have been the reason why Sigmund Freud identified education as one of the three “impossible professions” - the other two being goverment and psychanalysis - “in which one can be sure beforehand of achieving unsatisfying results”. But whereas some would see the weakness of education as something that ought to be overcome, I wish to argue that the weakness of education is actually something that belongs to education and is proper to it. This means that, if we fail to acknowledge the fundamental weakness of education, we run the risk of forgetting what may well matter most in our education endeavors.

[15]         A própria tentativa de objetivar a subjetividade humana já se demonstrou tanto leviana quanto nefasta nos últimos séculos (FIGUEIREDO; SANTI, 2007). O mito do Leito de Procusto mostra esta dificuldade. Segundo a mitologia grega, um ladrão chamado Procusto habitava uma floresta, todos que passavam por sua morada eram convidados a pernoitar. Em sua casa havia um quarto de hóspedes e uma cama, onde convidados eram amarrados. Evidentemente nenhum convidado tinha o tamanho exato da cama, então Procusto tinha duas soluções: se o hóspede era menor que a cama, ele era esticado; se fosse maior, as partes que sobravam eram cortadas. O processo sádico realizado por Procusto é uma metáfora bastante elucidante ao modo como a filosofia e a ciência se constituem. Determinar um conceito e desenvolver uma teoria nada mais é que descrever um objeto, atribuindo-lhes determinadas características e negando-lhes outras. Ao delimitar elas características a análise fica a mercê da limitada percepção e capacidade humana, o que levaria ao funesto fim das vítimas de Procusto. O cientista e o filósofo devem estar atentos a esta questão. No tocante ao tema, esta ressalva faz-se necessária pela própria demanda do artigo em se tentar traçar um perfil para o educador aristocrático.

[16]        Aqui, conhecimento universal não se confunde com conhecimento geral. A generalidade é um atributo da ciência. Conhecimento filosófico é o universal, pois ele não está preocupado com as minúcias. O conhecimento científica, que se preocupa com a particularidade, é o saber pontual e específico. A generalidade da ciência se dá pelo fato de as leis serem gerais, até serem refutadas por outras novas.

[17]         Nietzsche vai contra aquela ideia maquiavélica de educação pautada pelo medo. Segundo Maquiavel (2001), o homem que detém o poder – neste caso isto vale ao educador em relação ao educando, uma vez que aquele detém o poder do conhecimento – só alcança o respeito de seus subalternos através do medo e do amor. Não obstante, mais importante que ser amado é ser temido, uma vez que o amor é um sentimento demasiadamente volúvel em relação ao medo.

[18]        Segundo Nietzsche (2000), os valores são criados ao alvedrio da elite e incorporados pela sociedade, ou seja, os valores são introduzidos na sociedade pelas castas superiores e obedecidos pelo rebanho. Esta elite nem sempre representa a aristocracia tratada neste trabalho, uma vez que aqui trata-se apenas do aristocracismo intelectual, ela pode representar também os detentores do poder, os governantes e os religiosos, por exemplo. Em suma, é o próprio homem que conscientemente cria seus valores segundo suas necessidades e anseios. A este respeito, tendo em vista que os valores são incorporados pela elite, discute-se na filosofia de Nietzsche até que ponto os aristocratas tem autonomia sobre estes valores, em outras palavras, em que medida os aristocratas estão imunes à influência dos valores de o que é bom e o que é mal. De acordo com esta filosofia, o aristocrata teria capacidade de criar seus próprio valores, ou seja, revalorar os valores sociais. Não obstando ressaltar que revalorar diferencia-se de revalorizar. Enquanto revalorar representa dar um novo valor aos já existentes, revalorizar significa utilizar-se dos mesmo valores de uma forma nova.

[19]         A respeito do sentimento de piedade entre os gregos, Nietzsche (2000) em seu ducentésimo primeiro aforismo cita que na Grécia Antiga o que se entende hoje como altruísmo – elogiar alguém, exempli gratia –, não era visto como algo bom nem mal, o amor ao próximo era secundário e convencional, muito próximo ao temor ao próximo. É provável que a educação aristocrática aponte mais para um fenômeno de individualidade, onde o que se busca é o aproveitamento para benefício próprio, uma vez que o sentimento de amor ao próximo representa uma ilusão. Não obstante, arguir que o aristocrata age primeiramente a pensar em si, não deve ser interpretado como algo funesto. Levando-se em consideração os próprios princípios ulpiânicos – honeste vivere, neminem laedere, suum cuique tribuere (BITTAR; ALMEIDA, 2002) –, o pensamento individualista do aristocrata não pode ser interpretado como algo desonestidade ou lesivo ao direito alheio, por mais subjetivo que represente esta ideia.

[20]         A democracia deve ser entendido a como igualdade de acesso às instituições de ensino, ou seja, dar oportunidade à todos de estudar. Algo absolutamente louvável, uma vez que todos devem ter os mesmos direitos. Não obstante, esta democracia do ensino não deve ser confundida com a conotação que esta recebe: nivelamento intelectual. Em alusão a própria ideia de aristocracia e rebanho, tornar todos os homens igualmente críticos significa deixá-los igualmente ignorante. 

Sobre o autor
Felipe Adaid

Advogado e consultor jurídico em Direito Penal e Direito Penal Empresarial no Said & Said Advogados Associados. Foi Diretor de Gerenciamento Habitacional da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação e Primeiro Secretário do Conselho de Habitação do Município da Valinhos, SP. Mestre em Educação e Políticas Públicas pela PUC Campinas. Ingressou em primeiro lugar no mestrado e foi contemplado com a bolsa CAPES durante os dois anos de curso. Cursou disciplinas de pós-graduação na Unicamp. É especializando em Direito Penal, Processo Penal e Criminologia, pela PUC Campinas. Na graduação, tem 5 semestres de créditos no cursos de Psicologia, também pela PUC Campinas. Durante a graduação de Direito também foi bolsista de iniciação científica, CNPq, e foi monitor em diversas disciplinas, tanto no curso de Direito como no curso de Psicologia. Foi membro do grupo de pesquisa Direito à Educação do Programa de Pós-Graduação da PUC Campinas. É corretor de revistas científicas pedagógicas e jurídicas. É autor de 11 livros, sendo 3 ainda em fase de pré-lançamento, e organizador de outros 10 livros, além da autoria de 44 capítulos de livros publicados no Brasil, no Chile e em Portugal. É autor de mais de 100 publicações científicas, entre artigos científicos, resenhas e anais, nacionais e internacionais. Ademais, também escreve periodicamente ensaios e artigos para jornais e blogs. No âmbito acadêmico, suas principais bases teóricas são: Foucault, Lacan, Freud, Dewey e Nietzsche. Por fim, tem interesse sobre os seguintes temas: Direito, Direito Penal, Criminologia, Psicologia, Psicologia Forense, Psicanálise, Sexualidade, Educação e Filosofia.

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