Muito se ouve falar em educação ambiental, porém quando se trata de sua implementação, a ideia de fazê-la, são encontrados inúmeros obstáculos, independente de qual ambiente ela será realizada, se em órgãos públicos, empresas privadas, escolas ou até mesmo nas ruas, mas a maior dificuldade está justamente na mudança cultural que temos que realizar na cabeça das pessoas e não em determinado local.
Mas não se trata de uma missão impossível! A Educação Ambiental é mais do que uma teoria, é uma mudança cultural, mental, social e como é a infância a melhor fase para condicionar a mente ao que é certo e errado, o processo de aprendizagem da EA está mais fadado ao sucesso se implementado nesse período da vida.
A EA nas escolas pode ser inserida de forma lúdica, demonstrando às crianças que o uso de uma garrafinha permanente ao invés da descartável para beber água, contribui com o meio ambiente; que o lanche embalado em guardanapo de papel ao ser consumido, aquele papel pode ser jogado no lixo da coleta seletiva pois é reciclável.
Nessa fase de descobertas e curiosidades, os pequenos estão mais propensos à “comprar a idéia” de que estão fazendo o bem ajudando a conservar o meio ambiente mesmo com pouca idade, pois acreditam estar agindo como gente grande.
Em visitas à escolas que já contam com a coleta seletiva, verificamos que eles acham bonitinhos aqueles 'lixos coloridos' e é interessantíssimo perceber que as crianças param e soletram o que está escrito, para que serve cada um, pois querem jogar o lixo no lugar certo.
Em uma dessas oportunidades, surgiram questionamentos sobre como proceder com as turmas ainda não alfabetizadas. Simples, as crianças podem aprender a fazer a seleção de acordo com as cores primárias que já são conhecidas por eles: no azul podem jogar papel; no vermelho, plástico; no amarelo, metal e quando estiverem grandes, usarão também o verde, onde se jogam vidros.
Alterar a cultura de um grupo não é tarefa fácil, mas em se tratando de crianças, isso se torna leve e agradável, pois não há pré-julgamentos, nem manias de anos sobre como proceder, impondo dificuldades em alterar a forma como já faziam isso ou aquilo.
A ideia de plantar uma árvore já se tornou cultura nas escolas, mas além da aula de campo divertida, necessário se faz explicar a necessidade de aguá-la todos os dias para que cresça, a importância daquela sombra daqui há alguns anos, se for frutífera, o quanto aqueles frutos serão bem-vindos, aí sim estar-se-á praticando a educação ambiental.
Enfim, iniciado esse trabalho de conscientização, de respeito ao meio ambiente através da educação ambiental, poderemos sim acreditar que os hábitos adquiridos por essa geração, aliado às mudanças já conquistadas em relação a empresas públicas ou privadas nos dias atuais, realmente farão a diferença.
Fontes:
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?artigo_id=10267&n_link=revista_artigos_leitura
http://www.culturaambientalnasescolas.com.br/institucional/site/educacao-ambiental
http://fatea.br/seer/index.php/eccom/article/viewFile/403/259
http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/educacaoambiental/educacaoambiental_naescola.pdf