A Revolução Industrial deu início à formação das grandes organizações corporativas, que literalmente invadiram os espaços da sociedade e tomaram de assalto a vida de todos nós.
Alguém se imagina independente de uma grande empresa nos dias de hoje? Olhe ao redor de si, desde aquilo que você veste ou come, passando pela simples escova de dentes que você usa diariamente, ou ainda, mais do que nunca, as muitas tecnologias a seu dispor que fazem sua vida mais acelerada – as grandes organizações empresariais ditam tudo!
Isso para ficarmos apenas entre a empresa e sua relação com o consumo. As organizações, todavia, trouxeram mais do que isso.
O Trabalho e seu significado para a vida do homem foram afetados diretamente pela existência dessa entidade social que, na definição clássica do Hoauiss, “serve à realização de ações de interesse social, político, administrativo etc”.
Esse tal novo “significado para a vida do homem” e da sociedade veio a reboque, além dos benefícios ressaltados pelos defensores do Capitalismo, veio a reboque também dos inúmeros abusos cometidos pelas entidades empresariais lá atrás, em seu nascedouro, bem no começo da Revolução Industrial, empurrando as ciências sociais – a Sociologia e a Psicologia, em especial – a se debruçarem sobre os problemas e as questões de cunho filosófico que inquietaram tantas mentes no século XIX e fomentaram revoluções por todos os continentes.
Essas convulsões sociais denunciaram que a empresa, afinal de contas, não era tão boazinha assim quanto parecia ser, ao menos para o trabalhador – e foi nessa hora que a Justiça do Trabalho se agigantou! E a crítica aqui não faz referência ao sistema capitalista, gerado em sistemas democráticos, que por sua vez criam instituições fortes para o enfrentamento da sanha e da voracidade empresarial.
A Justiça do Trabalho é uma dessas instituições, e para os dias de hoje sua importância não arrefeceu em nada!
Entregue às mãos pesadas do arbítrio e dos imperativos da empresa, o indivíduo se recolhe e se intimida, diminui-se, desorienta-se – não fosse a mão providencial da Justiça Laboral, que de forma redentora põe freios às ações abusivas das grandes organizações.
O homem, no mundo do trabalho, definitivamente não está só!
Loas à Justiça Trabalhista!