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A logística reversa e suas funções econômica e ambiental

Agenda 28/02/2018 às 21:00

Este trabalho tem como mote conceituar a logística reversa e demonstrar, sucintamente, sua importância para as organizações e para o meio ambiente, cientificando que, por meio deste procedimento os impactos ambientais serão significantemente reduzidos.

INTRODUÇÃO

O planeta vive situação crítica no que diz respeito aos insumos que são retirados da natureza. O homem, principal responsável pela retirada desses insumos, não se preocupa em repor o que extrai. Como personagem principal, busca, a todo custo, soluções para esse problema ambiental que se arrasta há décadas. Os recursos do planeta são limitados, e como se não bastasse, a humanidade consome muito mais do que a natureza, sozinha, consegue repor.

O possível esgotamento dos recursos naturais aumenta a responsabilidade do homem em encontrar uma solução equilibrada para a retirada desses insumos. É nesse ínterim que surge o tão famigerado desenvolvimento sustentável ou, simplesmente, sustentabilidade, como alguns preferem. Neste modelo, o homem da geração atual consegue satisfazer suas necessidades sem comprometer as necessidades da geração futura.

Ainda muito atrasada na resolução deste problema, a humanidade se vê pressionada a encontrar, o mais rápido possível, uma solução equilibrada para sanar tal problema. E é nesse contexto que visualizamos o despontamento da logística reversa como um instrumento capaz de amenizar, em muito, os impactos ao meio ambiente, causados pelo homem, na sua excessiva retirada de insumos da natureza.

Contudo, vale observar que, além de fomentar a sustentabilidade, enfraquecendo o esgotamento dos insumos na natureza, a logística reversa também tem papel importante na economia. É através desse segmento da logística que surgem diversas empresas, sem contar as que visualizam o setor como uma excelente oportunidade de negócio e, sem hesitar, mudam de ramo ou, já no mesmo ramo, apenas se especializam na logística reversa.

A logística reversa aparece neste cenário como uma colaboradora na luta pela preservação do meio ambiente, proporcionando uma extração mais racional dos recursos naturais, formulando práticas para o reuso dos insumos, ao mesmo tempo em que gera emprego e renda para o país.

Na sequência, abordaremos o conceito e funções – ambiental e econômica - da logística reversa, abordando sua importância para o desenvolvimento sustentável e revelando os participantes envolvidos neste processo, bem como a progressão que a logística reversa pode patrocinar na economia brasileira.

DESENVOLVIMENTO

A logística reversa e sua função ambiental e econômica

Inicialmente, é de suma importância que, antes de falarmos sobre logística reversa, façamos primeiro, algumas considerações a respeito da logística propriamente dita, proporcionando ao leitor uma abordagem mais didática, com uma melhor assimilação do tema.

O que é logística?

Atualmente, muitas pessoas se equivocam em associar a logística ao transporte. Porém, logística não se resume apenas ao transporte, ela envolve muito mais processos. Esta é apenas uma das atividades que a logística cuida. Tal confusão, talvez se dê pelo fato de que o transporte é o processo mais visível da logística, sendo responsável pela entrega das mercadorias ao consumidor final.

Segundo João Severo Filho, a palavra logística é de origem francesa, do verbo loger, que na realidade significa alojar. É um termo de origem militar, e trata da arte de transportar, abastecer e alojar tropas. Com o passar do tempo, o significado foi se tornando mais amplo, passando a abranger outras áreas, como a gerência de estoques, armazenagem e movimentação de produtos.

Pela definição da CouncilofSupply Chain Management Professionals (CSCMP), principal associação mundial de profissionais de gestão de cadeias de abastecimento, a logística é a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. Hoje podemos afirmar com segurança que a logística acontece em todo o mundo, 24 horas por dia, sete dias por semana, durante 52 semanas por ano.

Com o avanço da tecnologia e da globalização, sobreveio um consumo exagerado de produtos e, consequentemente, um descarte acelerado desses mesmos produtos, o que fez surgir para as empresas a necessidade de se adequar aessa enorme demanda por produtos, cada vez mais, ao tempo e na conveniência de seus clientes.

Vivemos em uma sociedade onde os avanços tecnológicos estão trazendo mais facilidades, possibilitando para que as empresas inovem e produzam em grande quantidade seus produtos, o que consequentemente aumenta a demanda, satisfazendo a necessidade de seus clientes, e as empresas procuram trazer seus produtos entregando-os na hora certa, no local certo (LEITE, 2003).

Assim, a logística tem por objetivo, tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários e no momento em que são desejados pelos clientes e consumidores. Para ilustrar este conceito, acompanhemos, abaixo, todas as atividades que a logística trabalha.

Figura 1. Fluxo da logística (Robson e Copacino, 1994)

Feitas as considerações necessárias sobre logística, passaremos a analisar agora um segmento deste ramo, objeto do nosso trabalho, a logística reversa.

Logística Reversa

Antes de adentrarmos propriamente na logística reversa, é necessária a compreensão do enorme crescimento de produtos inseridos no mercado nas ultimas décadas. Crescimento não apenas em uma única categoria de produtos, mas, nos mais diversos seguimentos. Esse crescimento atendeu as diversas expectativas do mercado mundial por produtos cada vez mais diversificados, especialmente os que atendessem às particularidades de cada organização.

Produtos e modelos que atendessem os mais diferentes nichos de clientes, em uma variedade de aspectos: cores, tamanhos, capacidades e propriedades específicas, tecnologia agregada, além de aspectos ainda mais íntimos como sexo, idade, etnia, tamanho e tipo de embalagens, etc.

Com a constante oferta de novos produtos e a respectiva necessidade de aquisição por parte do mercado, houve uma nítida redução no tempo de vida mercadológico e útil dos produtos anteriormente produzidos. Essa substituição vem em consequência de projetos mais sofisticados, concepção de único uso, pelo uso de materiais de pouca durabilidade, inviabilidade técnica e econômica de conserto, etc. (LEITE, 2009),

Ainda, segundo o professor Paulo Roberto Leite, como reflexo dessa expansão e substituição contínua, há quantidades maiores de produtos retornando ao ciclo de negócio na busca pela recuperação de valor, esses ainda novos, com pouco uso, já consumidos, com defeitos ou dentro da garantia, obsoletos ou com validade vencida. Produtos no fim de sua vida útil, em condições de reutilização ou aproveitamento de sua matéria prima e resíduos industriais, que não mais despertando interesse ao primeiro proprietário, retornam ao ciclo de negócio ou produtivo com objetivos idênticos, porém por caminhos diferentes.

Com o advento da globalização e da alta competitividade, as organizações visualizaram uma necessidade em atender a uma variedade de interesses sociais, ambientais e governamentais, para garantir seus negócios e assegurar sua lucratividade ao longo do tempo.

Contudo, satisfazer acionistas, clientes, fornecedores, funcionários, comunidade local, governo, sob diferentes perspectivas, seria praticamente impossível ignorando os reflexos negativos que o retorno de crescentes quantidades de produtos de pós-venda e de pós-consumo poderiam causar nas operações empresariais - e consequentemente na rentabilidade das empresas -, e a saturação dos sistemas tradicionais de disposição final (aterros sanitários, ferro-velho, etc.), o que pode provocar poluição por contaminação ou por excesso.

Para auxiliar nessa tarefa, surgiu uma ferramenta denominada logística reversa, a qual teve seus primeiros estudos revelados na nas décadas de 1970 e 1980, embora muitas práticas empresariais - que hoje podem ser entendidas como logística reversa - já existissem há muito tempo, inclusive no Brasil, como o retorno de garrafas de cerveja.

Na época, o foco principal era relacionado ao retorno de bens a serem processados em reciclagemde materiais. O tema ganhou uma melhor distinção no cenário empresarial a partir da década de 1990, como consequência do crescimento de volumes que passaram a integrar o mercado, pelos motivos já exposta acima.

A partir daí, houve uma maior difusão das principais ideias e um estudo mais aprofundado por parte dos agentes das cadeias de suprimentos sobre as possibilidades estratégicas e oportunidades empresariais através da aplicação da logística reversa, o que possibilitou importantes avanços nessa área e fez com que ela ganhasse um maior espaço nos hábitos empresariais brasileiros.

Conceito

Alogística reversa é um termo bastante genérico e significa em seu sentido mais amplo, todas as operações relacionadas com a reutilização de produtos e materiais, englobando todas as atividades logísticas de coletar, desmontar e processar produtos e/ou materiais e peças usadas a fim de assegurar uma recuperação sustentável (LEITE, 2003).

Também conhecida como logística verde, a logística reversa, vem se tornando um fator muito importante e indispensável para as empresas, uma vez que, mais produtos estão sendo inseridos no mercado a todo momento, e com os avanços da tecnologia, esses mesmos produtos que são lançados rapidamente no mercado também são descartados na mesma velocidade.

Em termos simples, a logística reversa nada mais é do que o processo de planejar, implementar e controlar de forma eficiente o fluxo da matéria-prima, do estoque em giro e dos produtos acabados e seus fluxos de informações, desde o ponto de consumo até o ponto de origem, com o intuito de reutilizar ou refugar (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1998).

Existem, ainda, outras definições que são aceitas para a logística reversa, dentre as quais, vejamos a seguinte: “processo pelo qual as empresas podem se tornar ambientalmente mais eficientes, através da reciclagem, reuso e redução dos materiais utilizados (Carter e Ellram, 1998). ”

Apesar da maioria da população e das empresas brasileiras não conhecerem, existe uma lei em vigor no país, desde agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS, a qual aposta na logística reversa como a ponte para o seu efetivo cumprimento. Essa lei trás, inclusive, a definição de logística reversa como sendo, o instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

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Resumindo, podemos afirmar que a logística reversa transporta, separa e destina os resíduos no sentido contrário, isto é, do consumidor final para as indústrias. Esta ação que além de tudo, demonstra respeito ao meio ambiente e é um dos meios acessórios mais eficazes para o caminho firme rumo à sustentabilidade.

Essa sustentabilidade tão defendida nos dias atuais, vê na logística reversa um forte aliado para sua materialização. Para aclarar um pouco mais o que foi levantado, vejamos, a seguir, como funciona o fluxo da logística reversa do lixo eletrônico, com todos os seus passos.

Figura 2. Fluxograma da logística reversa do lixo eletrônico (http://fateclog.blogspot.com.br)

Para efetivar a logística reversa, é necessário por em prática os seguintes processos:

  1. Coleta

          Abrange todas as atividades necessárias para o recolhimento de um produto usado. Em geral inclui a compra, transporte e estocagem dos materiais recolhidos. Em alguns casos existe a imposição legal para a coleta de produtos, como por exemplo, as embalagens de agrotóxicos no Brasil ou os produtos eletroeletrônicos na Holanda;

  1. Inspeção/Triagem

Nesta fase, conhecemos se o produto pode realmente ser reutilizado e qual será o processo para isto. Lógico que, se o produto não for reaproveitado conheceremos também qual será a sua melhor destinação final. Desmontagem, teste, separação e armazenagem, são algumas das atividades realizadas nesta etapa do processo;

  1. Reprocessamento

Tem como objetivo a transformação de um produto usado, de diversas formas, incluindo reciclagem, reparação e remanufatura, transformando-o em um item reutilizável. Pode também envolver as atividades de limpeza, substituição ou remontagem;

  1. Disposição Final

A disposição final é necessária quando um produto não pode ser reutilizado seja por motivos técnicos seja por motivos econômicos. No processo de triagem podem ser identificados itens que necessitariam de uma quantidade excessiva de reparos, produtos com pouco potencial de vendas, obsoletos ou produtos perigosos;

  1. Redistribuição

Aqui a tarefa é direcionar o produto a um mercado potencial e entrega-lo fisicamente aos seus novos consumidores. Vendas, transportes e armazenagem, são as atividades envolvidas nesta fase.

Superadas todas essas fases, veremos, então, a logística reversa cumprindo o seu propósito. Contudo, é de bom alvitre ressaltar, que, antes de pôr em prática a logística reversa, alguns fatores deverão ser observados para atestar a viabilidade do processo reverso, tais como as funções econômica e ambiental da logística reversa.

A importância da logística reversa

Rogers e Tibben-Lembke (1998) apresentaram exemplos da importância da logística reversa, como nas empresas varejistas, as quais obtiveram 25% de seus lucros derivados da melhor gestão da sua logística reversa. Depois de cumprida a função de uso do produto, seu valor em princípio se extinguiria. No entanto, com a logística reversa, esse conceito de valor residual, como sendo aquele valor ainda possível de ser recuperado, mesmo após a extinção de sua função, ganha novos traços.

As duas extremidades da cadeia de suprimento são favorecidas, isto é, tanto o consumidor, ao inserir ou facilitar a inserção de materiais descartados no fluxo reverso satisfaz a sua consciência ecológica e possibilita a recuperação de parcela do valor pago pelo produto quanto o fabricante, uma vez que produzirá novos produtos com significativa redução de custos e insumos.

Não apenas essas as duas extremidades da cadeia de suprimentos se beneficiam com esse fluxo reverso, mas a cadeia como um todo,uma vez que sua operação possibilita novas oportunidades de negócio e inserção no mercado de trabalho de uma parcela marginalizada da sociedade.

Assim, no fluxo reverso, decide-se o que fazer com cada produto. Começando por identificaros produtos, avaliar o seu estado, decidir qual o modo de recuperação mais adequado e, após a recuperação, reintroduzi-lo na cadeia de abastecimento. Esses produtos, peças ou materiais recuperados, não precisam necessariamente entrar na mesma cadeia de abastecimento de onde foram originados.

Ao se adotar tal postura, os ganhos financeiros e logísticos são apenas um dos benefícios que a logística reversa é capaz de proporcionar. Adicione-se nesse contexto os ganhos com a imagem institucional que é proporcionada às companhias, o que culmina em atrair a preferência dos clientes que possuem um senso de responsabilidade ambiental mais apurado, tendo em vista que, o valor agregado a um produto é aquele valor percebido pelo cliente que está disposto a pagar por ele.

Logo, empresas, consumidores, governo, enfim, a sociedade como um todo, se beneficiam com a implementação da logística reversa, pois, a tão almejadaqualidade de vida que a humanidade busca, hoje em dia, ganha o auxílio desta ferramenta que é importantíssima,sobretudo, para o meio ambiente, atualmente o mais prejudicado com na sociedade capitalismo em que vivemos.

A Logística Reversa e sua função econômica

Consoante explica o professor Paulo Roberto Leite, a cadeia logística de suprimentos, tanto direta quanto reversa, é constituída por elos, ou seja, fornecedores, produtores, cooperativas, distribuidores, operadores logísticos, consumidores, etc. Todos esses colaboradores buscam obter uma rentabilidade satisfatória em retorno à sua respectiva função dentro da cadeia de suprimentos.

No caso dos agentes da cadeia inversa, constituída pela coleta de pós-consumo, processamentos diversos de agrupamento e separação, reciclagem ou remanufatura industrial e reintegração ao ciclo produtivo ou de negócios por meio de um produto aceito pelo mercado, essa rentabilidade deve ser sempre alcançada por todos os agentes da cadeia reversa para que exista, além da motivação e interesse por estes em se manter no negócio, o fluxo financeiro correspondente aos esforços e custos inerentes ao processo e aos valores agregados aos produtos a serem reaproveitados, para que esses possam manter a continuidade de suas funções.

Esmiuçando a colocação do professor, a falta da rentabilidade esperada geralmente resulta em uma característica estrutural negativa para o mercado de produtos de pós-consumo. Quando um desses elos se vê obrigado a tomar a decisão de interromper ou abandonar suas atividades por falta de recursos financeiros, a dinâmica da cadeia é quebrada, ou seja, o fluxo inverso até então existente fica prejudicado, desfalcado pela ausência desse agente.

O resultado é o desequilíbrio entre os fluxos diretos e reversos na oferta e demanda dos produtos de pós-consumo, prejudicando assim todos os outros agentes da cadeia, o que culminará a logística reversa não rendendo o lucro esperado.

Segundo esse mesmo professor - hoje presidente e idealizador do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CLRB), alogística reversa sempre existiu nas empresas, só que limitada a duas áreas: a dos produtos que retornam sem serem consumidos seja por pequenos defeitos ou por terem se tornado obsoletos no mercado e a dos que foram consumidos, que cumpriram sua vida útil, mas deixaram resíduos utilizáveis.

Dito isto, podemos afirmar que, apesar da logística reversa sempre ter existido, as empresas se limitavam a utilizá-la apenas quando identificassem alguma espécie de lucro na adoção deste processo, ou seja, de acordo com sua conveniência.

Atualmente, o cenário mudou. Com a Politica Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS) - Lei 12.305, de 2010 -, aprovada após longos 21 anos tramitando no Congresso Nacional, as empresas agora não poderão mais realizar a logística reversa a seu livre arbítrio. Essa lei obriga produtores, distribuidores e importadores a se responsabilizarem por todo ciclo dos seus produtos, sejam eles eletrodomésticos, lâmpadas, embalagens, pilhas, celulares, baterias, etc. Eles terão que se responsabilizar por fazer esse produto voltar, separar e dar um destino final para ele.

Ao contrário de ser uma pedra no sapato das empresas, a logística reversa – espinha dorsal da PNRS - trás ganhos à empresa, de forma a aumentar os serviços aos clientes, fortalecendo cada vez mais a cadeia de valor da empresa e reforça mais as vantagens competitivas, deixando os clientes mais satisfeitos com o serviço prestado. Assim, pode ser usada como colaboradora para maximizar os lucros das empresas.

Além dos lucros que a logística reversa gera para as empresas, também agrega outros valores, como o ambiental, logístico e legal às empresas que a adotam.

Em suma, a logística reversa é um novo mercado que começa a ser vislumbrado por empresas nacionais e estrangeiras. São nichos que vão desde campanhas publicitárias de educação ambiental dos consumidores, passam pela ampliação da indústria de reciclagem e alcançam a prestação de serviços para as seis cadeias produtivas que foram priorizadas na lei dos resíduos sólidos, e que obrigatoriamente deverão ter um sistema de logística reversa, são elas: agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso; pilhas e baterias; pneus; óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Consoante dados do Conselho de Logística Reversa do Brasil (CRLV) e da Associação Brasileira de Logística (Aslog), a logística reversa já movimenta atualmente no país cerca de 20 bilhões de dólares por ano. Esse valor poderia ser maior, se o volume de empresas preocupadas com o reuso de materiais aumentasse. Hoje, apenas 5% (cinco por certo) das companhias instaladas no Brasil têm essa preocupação. Além disso, somente 10% dos produtos vendidos retornam para serem total ou parcialmente reutilizados. Nada obstante o fluxo logístico reverso já ser praticado por parte das empresas brasileiras, para a maioria dos segmentos o gerenciamento de resíduos pós-consumo é novidade.

Sem dúvida é um mercado promissor. É o que se tira da revista Exame, edição de março do ano em curso. A referida edição trás entrevista com o empresário Adalberto Panzan, proprietário da empresa ADS Micrologística, fundada em 1998. No início, ele prestava consultoria para empresas que precisavam melhorar seus processos logísticos. Em 2006, Panzan foi procurado por um amigo que estava montando um projeto para recolher pilhas e baterias de aparelhos eletrônicos descartados. O projeto vingou e em 2011, a ADS Micrologística se especializou em projetos de logística reversa, como esse tipo de atividade é conhecido.

O empresário encontrou uma oportunidade de negócios com o aumento das exigências da legislação ambiental. Sua empresa vem crescendo à medida que ajuda grandes companhias a recolher produtos usados e resíduos de fabricação e transportá-los até o local adequado para tratamento e reciclagem. Em 2013, a empresa deverá faturar dois milhões de reais, ou seja, 25% (vinte e cinco por cento) a mais que no ano passado.

Outro exemplo de sucesso é o da empresa Greca Asfaltos, situada em Araucária, região metropolitana de Curitiba, no Paraná. A empresa produz asfalto ecologicamente correto, feito de pneus velhos. É o famigerado asfalto borracha, o qual tem vida útil 40% (quarenta por cento) maior do que o asfalto convencional. Hoje a empresa tem clientes no Paraná, Santa Catarina, São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Por mês vende quatrocentas toneladas do produto, quantidade que pode pavimentar oitenta quilômetros de rodovias.

Além dessas empresas especializadas em logística reversa, tem também as empresas que a praticam com intuito de reduzir seus custos, reaproveitando material descartado. É o caso da Natura. A empresa é uma das principais referências nessa área com o seu programa de logística reversa, que compreende uma série de estudos e ações para monitorar o ciclo de vida das embalagens recicláveis de seus cremes, xampus e maquiagens. O projeto consiste em utilizar a logística já existente para retirar de circulação essas embalagens e materiais de divulgação já usados, para encaminhá-los à reciclagem.

Outro exemplo muito interessante é do Mc Donald's. O mesmo óleo que frita as batatas, nuggets e tortinhas do McDonald's, vai movimentar os veículos que levam os alimentos às unidades da rede de fast-food em São Paulo. A Arcos Dourados, empresa que controla a rede americana de lanchonetes na América Latina desde 2007, e sua operadora logística Martin-Brower, passaram 18 meses desenvolvendo e testando um projeto para reutilizar o óleo de fritura no transporte e permitir a economia de combustível.

É a logística reversa e sua contribuição para o aquecimento da economia do país. Além de gerar lucros para as empresas, para a implantação da logística reversa é necessária a criação de novos postos de trabalho, para o recolhimento, a separação, a reutilização e para dar um destino final dos produtos descartados, permitindo, com isso, a reutilização destes materiais como insumos em outros, ou no mesmo segmento.

Com efeito, a economia da logística reversa, além de fomentar o mercado formal, também promove o mercado informal. Por exemplo, no caso do asfalto borracha acima citado, que precisa de mão de obra para recolher os pneus velhos das ruas e repassá-los às indústrias.

A Logística Reversa e sua função ambiental

Com a busca cotidiana pela melhoria do nível de vida, sobretudo nos países industrializados, tem-se verificado um aumento cada vez maior dos resíduos, em número e em quantidade, (FLEISCHNANN, 1997), os resíduos eram eliminados por intermédio da deposição em aterros, incineração ou, simplesmente, jogados fora, sem quaisquer cuidados adicionais.

Gerou-se uma crescente demanda - especialmente por bens de consumo - responsável pelo lançamento anual de milhares de toneladas de resíduos no meio ambiente, que vão de embalagens plásticas de produtos de uso doméstico à sucateadas  de carros ou a aviões antigos.

Esses resíduos ou produtos impróprios podem seguir três destinos diferentes: ir para um local de descarte seguro, como aterros sanitários e depósitos específicos, um destino não seguro sendo lançado na natureza poluindo o ambiente, ou por fim, voltar a uma cadeia de distribuição reversa. Em outras palavras, o destino dos produtos descartados poderá ser a reciclagem do produto, o seu reprocessamento e devolução ao mercado, ou ainda, se não tiver mais nenhuma possibilidade de ser reaproveitado, o descarte em algum depósito definitivo na forma de lixo.

Porém, com os problemas de poluição ambiental, os aterros superlotados e a escassez de incineradoras em número e capacidade, aflorou-se a necessidade de empreender esforços no sentido de reintegrar os resíduos nos processos produtivos originais, tendo em vista a minimização das substancias descartadas na natureza bem como a redução do consumo de recursos naturais. A reintegração dos resíduos nos processos produtivos permite um desenvolvimento mais sustentável, reduzindo o risco para as gerações futuras.

O Brasil, como um país emergente, está entre as nações que mais produzem lixo no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), em estudo divulgado em maio de 2012, a taxa de crescimento de resíduos sólidos é duas vezes maior que a taxa de crescimento da população.

De acordo com reportagem exibida no dia 23 de fevereiro deste ano, pelo jornal matinal da Rede Globo, Bom Dia Brasil, nosso país é hoje o terceiro do mundo que mais joga televisores fora. Também vão para o lixo, todos os anos, quase noventa e sete mil toneladas de computadores e mais de duas mil toneladas de celulares.

Infelizmente, a cultura do nosso povo é de descartar o lixo em qualquer lugar, e de qualquer maneira. Não é raro, garrafas pet - material que leva incontáveis anos para se decompor na natureza - aparecerem boiando em rios ou dividindo a paisagem de muitas das nossas cidades, em aterros ou lixões. De acordo com a PNRS, já mencionada acima, esses aterros e lixões estão com os dias contados. Uma das metas da política de resíduos sólidos é acabar com todos os lixões e aterros sanitários até 2014, até lá todos os municípios do país deverão implantar políticas municipais de gestão de resíduos sólidos, fazendo com que o lixo tenha uma destinação adequada.

É nesse contexto que surge o grande problema. Como colocar em prática essas políticas? A PNRS, fala em responsabilidade compartilhada, isto é, sociedade, governo e iniciativa privada, todos serão responsáveis pela destinação adequada dos resíduos. Preocupado com a temática e buscando definir critérios mais rígidos para o descarte dos eletroeletrônicos, o governo publicou no Diário Oficial da União de 13/2/2013, o Edital de Chamamento nº 01/2013, convocando fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos eletroeletrônicos e seus componentes a apresentar ideias para reciclar, pelo menos, 17% (dezessete por cento) de tudo o que produzirem.

A solução para o problema acima formulado começa a se desenhar com a logística reversa. Alguns setores já sabem e já utilizam a logística reversa, para ajudar a limpar o meio ambiente. Exemplo disso, temos na indústria do pet, que conseguiu consolidar uma cadeia de logística reversa muito eficiente, resgatando o material do meio ambiente, pagando um bom preço por ele, e logo depois o direciona para várias outras indústrias que irão utilizá-lo em diversos outros produtos, como afirma o gerente de relações de mercado da Associação Brasileira da Indústria do Pet (Abipet), Hermes Contesine.

 Outro grande problema que o meio ambiente enfrenta atualmente, é não conseguir mais, sozinho, repor tudo que o homem extrai da natureza. E o ser humano, poderia prestar o auxílio necessário, não fosse a falta de vontade e, principalmente, a falta de consciência.

O cenário pode ser analisado como uma equação matemática, que não tem nada de complicado, pelo contrario, é bastante simples. Ora, de onde só se retira sem repor o que foi extraído, o resultado, mais cedo ou mais tarde, sem dúvida, é o esgotamento.

Desse modo, temos mais uma situação em que a logística reversa pode assistir ao meio ambiente. É com o simples fato de evitar que o homem retire da natureza, de maneira descontrolada, os insumos necessários para seus produtos. À medida que a logística reversa disponibiliza novamente os insumos para reuso do que antes era descartado, propicia ao meio ambiente mais fôlego para se recuperar do que já lhe foi diminuído.

O futuro do planeta, incontestavelmente, depende da logística reversa. Há alguns parágrafos acima, foi mencionado o asfalto ecologicamente correto. Pois, além do asfalto, existe, também, o jeans ecologicamente correto. Isso mesmo, para os que não sabiam, pasme-se, existe e é fabricado aqui no Brasil.

Uma pequena empresa de Maringá, no Paraná, criou um jeans que, além de ecológico, é de luxo. O material é composto por 50% (cinquenta por cento) de fios de seda, e os outros 50% (cinquenta por cento), de garrafas pet e de algodão. Segundo o dono da empresa O Casulo Feliz - fabricante do jeans ecológico, Gustavo Rocha, a intenção é unir o luxo da seda com a sustentabilidade do pet e o tradicional jeans e criar um produto reciclado e preocupado com o meio ambiente.

Assim, como no exemplo do asfalto feito com pneus velhos, que outrora eram jogados no meio ambiente - sem qualquer cautela, com o jeans ecológico a sistemática é a mesma. Nos dois exemplos, a logística reversa trabalha de maneira idêntica. Recolhe os resíduos do meio ambiente, possibilitando que sejam reaproveitados, o que, automaticamente, diminui a retirada de mais insumos da natureza e evita sua contaminação e degradação.

Alguns resíduos, descartados em lixo comum, ou até mesmo na rede de esgoto, contaminam a água e o solo, podendo, ainda, provocar intoxicação em pessoas e animais. É o caso dos remédios. São resíduos que, além de perigosos para a saúde, são tóxicos para o meio ambiente.

O Distrito Federal e Estado do Paraná, cientes desse enorme perigo, saíram na frente em relação aos outros estados brasileiros. Ambos editaram leis que criam a logística reversa dos medicamentos em desuso. A norma prevê que as farmácias devolvam o produto ao fabricante para que possa ser destruído de forma segura.

A partir dessa lei, fabricantes, comerciantes e consumidores ficam responsáveis pelo descarte correto dos produtos. O fluxo da logística reversa dos medicamentos é o seguinte: o consumidor entregar o remédio vencido para os estabelecimentos que o comercializam ou distribuem - farmácias e postos de saúde, por exemplo -, e posteriormente são repassados para os fabricantes/importadores que se responsabilizam pela destinação final, aplicável a cada caso.

Com efeito, a logística reversa de medicamentos é inédita no país. É vista como modelo e, com certeza, servirá de referência para outros estados brasileiros, tendo em vista os benefícios que pode trazer ao meio ambiente. Portanto, não resta dúvida que a logística reversa evita a degradação do meio ambiente, servindo de auxilio à sociedade que procura se tornar sustentável.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A legislação ambiental, de certa forma, vem forçando as empresas a se responsabilizarem não só pela entrega dos produtos, mas também pelo recolhimento do que é descartado pelos clientes/consumidores. Logo, o modelo ideal de desenvolvimento sustentável está longe de ser alcançado pela humanidade, apesar das várias iniciativas já adotadas, e de outras tantas que acontecem a todo o momento.

A logística reversa assegura o reaproveitamento dos produtos descartados, com o intuito de reduzir a extração dos recursos naturais. Ressalte-se, ademais, que, praticar a logística reversa é evitar a contaminação do meio ambiente pelos resíduos descartados de forma inadequada.

Frise-se, que, atualmente a execução da logística reversa no ambiente empresarial não é mais uma questão opcional das empresas, como outrora. As empresas devem sim implementá-la, atendendo o disposto na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A grande vantagem da logística reversa é fomentar a limpeza do meio ambiente e, embora toda empresa vise o lucro, a logística reversa trás sim esse lucro, e junto com ele, também, a melhoria na imagem da empresa junto às concorrentes e à sociedade em geral.

Sublinhe-se, por fim, que,da mesma forma que nos exemplos citados neste trabalho, a todo instante em inumeráveis segmentos da sociedade, existe logística reversa funcionando, de forma a possibilitar lucro para as empresas e, principalmente, um alívio providencial para o meio ambiente.

REFERÊNCIAS

A lei da logística reversa de medicamentos do Distrito Federal. Disponível em: <http://www.cl.df.gov.br/web/guest/leis-distritais> Acesso em 7.5.13.

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A logística reversa e a sustentabilidade empresarial. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/semead/13semead/resultado/trabalhosPDF/521.pdf> Acesso em 25.5.13

As 50 empresas do bem. Disponível em: <http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/53459_AS+50+EMPRESAS+DO+BEM> Acesso em 5.5.13.

BOWERSOX, Donald J. e CLOSS, David J. Logística Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. 1ª ed. reimp. São Paulo, Atlas, 2007.

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Sobre o autor
Francisco Marcos S. Cavalcante

Graduado em Administração de Empresas pela Faculdade Latino Americana de Educação (FLATED); Graduando em Direito, pela Faculdade Luciano Feijão – FLF; Auxiliar Judiciário no TJCE, desde 2004.

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