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Bilionário perde R$ 512 milhões investindo em Bitcoins

Conforme noticiado pelo Wall Street Journal, o bilionário Masayoshi Son, fundador do Softbank Group e um dos homens mais ricos do Japão, perdeu mais de 130 milhões de dólares aplicando em Bitcoin

Agenda 30/04/2019 às 14:55

A maioria dos países já reconheceu que as criptomoedas são uma realidade e sua circulação deve estar cada vez mais presente em nosso cotidiano, podendo se tornar uma excelente opção de investimento. Chegou a hora do Brasil também perceber isto.

De acordo com o Wall Street Journal, em matéria publicada em 23 de abril de 2019, o bilionário japonês, Masayoshi Son, perdeu mais de US$ 130 milhões (R$ 512 milhões), após comprar bitcoins no final de 2017, (quando a criptomoeda estava valendo aproximadamente US$ 20 mil) e vendê-las poucos meses depois, no início de 2018, quando a moeda sofreu grande desvalorização.

 

Son é conhecido por ser fundador do Softbank Group e um grande investidor do mercado de tecnologia, além de figurar na lista dos homens mais ricos do Japão. Segundo a empresa Bloomber, Masayoshi Son está em 55º lugar dentre os mais ricos do mundo, com um patrimônio estimado em US$ 18,8 bilhões.

 

O bilionário também ficou conhecido quando decidiu investir na empresa Alibaba, após 5 minutos de conversa com Jack Ma, fundador desta empresa. É também investidor da Uber, WeWork, entre outras.

 

Ao analisar estes investimentos, o Dr. Luiz Augusto Filizzola D’Urso, que é Presidente da Comissão Nacional de Estudos dos Cibercrimes da ABRACRIM, aponta que “efetivamente é muito arriscado investir em criptomoedas, conforme comprovado neste caso, pois além do risco de eventual desvalorização, ainda existe a insegurança em razão da falta de regulamentação destas criptomoedas, especialmente em nosso país”.

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D’Urso, que também é Coordenador e Professor do Curso de Direito Digital da FMU, abaliza que “a insegurança neste tipo de investimento é colossal, quase inversamente proporcional à hipervalorização das bitcoins no final de 2017. Podemos, por exemplo, ter futuramente no Brasil, um cenário de proibição total da comercialização das bitcoins, como ocorreu em alguns países, o que geraria enormes complicações a todos os possuidores desta criptomoeda”.

 

Defensor da regulamentação das moedas digitais, D’Urso acredita que, com a regulamentação, a insegurança diminuiria muito e a reação seria o crescimento dos investimentos em criptomoedas, além da sua popularização para uso diário, ocasionando um reflexo direto nos investimentos de empresas estrangeiras no Brasil.

Já com relação à valorização das criptomoedas, o especialista em Direito Digital afirma que “a regulamentação seria um passo importante, especialmente diante de vários exemplos de indivíduos que lucraram quantias milionárias investindo em criptomoedas. Todavia, enquanto o Brasil não regulamentá-las o risco permanece elevado”.

 

“A maioria dos países já reconheceu que as criptomoedas são uma realidade e sua circulação deve estar cada vez mais presente em nosso cotidiano, podendo se tornar uma excelente opção de investimento. Chegou a hora do Brasil também perceber isto”, finaliza Luiz Augusto D’Urso.

 

 


Matéria do WSJ: https://www.wsj.com/articles/softbank-founder-masayoshi-son-lost-130-million-on-bitcoin-11556017200

Sobre o autor
Luiz Augusto Filizzola D'Urso

Advogado especialista em Cibercrimes e Direito Digital, Professor de Direito Digital no MBA de Inteligência e Negócios Digitais da FGV, Coordenador e Professor do Curso de Direito Digital da FMU. Presidente da Comissão Nacional de Cibercrimes da ABRACRIM. Conselheiro da Digital Law Academy. Coautor do Livro Advocacia 5.0. Professor em diversos cursos de Direito Digital e Cibercrimes em todo o país. Coordenador da Cartilha "Todos contras as Fake News" da Câmara Municipal de SP. Pós-Graduado pela Universidade de Castilla-La Mancha (Espanha). Pós-graduado pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (Portugal). Pós-Graduado em Direito Digital e Compliance pelo Instituto de Direito Damásio e Ibmec - SP. Auditor no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) do Futebol do Estado de São Paulo. Membro do Grupo de Estudos de Direito Digital da FIESP. Membro do IBCCRIM e integra o escritório D’Urso e Borges Advogados Associados. Instagram: @luizaugustodurso

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