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Inteligência artificial traz evolução digital ao sistema judiciário

Agenda 20/01/2020 às 16:39

Tribunal de Justiça de São Paulo disponibiliza sistema de chatbot para atendimento ao usuário

Faz muito tempo que a gente vê nos filmes a revolução das máquinas, com os computadores substituindo todas as atividades humanas. Equipamentos individuais voar, carros elétricos, casa robótica outras ideias ainda estão um pouco distante do público geral, mas algumas coisas já são realidade.

Por exemplo, aplicar um sistema de atendimento inteligente que permita conversar com um robô e ele responder algo que não foi programado, mas que ele aprendeu com o uso da inteligência artificial, seja por voz ou texto, já é realidade.

Estou falando do atendimento realizado por plataformas de chatbots, que interagem com os usuários, sem deixá-los esperando muito tempo na URA ou mesmo nas filas dos sistemas online.

Hum, mas o que é chatbot?

Trata-se de um sistema de computador (software) que conversa e interage com o consumidor de uma forma tão natural quanto um humano. É possível personalizar a voz, o sotaque e outras características para que pareça o mais natural possível.

Algumas das vantagens que este tipo de tecnologia permitem são:

Hum, entendi, mas como isso vai interferir no meu dia a dia ou para os clientes do meu escritório?

É até normal que você não saiba como criar um chatbot, já que a sua área profissional é outra. Porém, não quer dizer que não terá contato com este tipo de tecnologia.

Este tipo de ferramenta já é comum em diversas empresas e foi incorporada também pelo Ministério da Educação (MEC) para orientar os candidatos do Enem, mas recentemente foi introduzida no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Com o nome de Judi, o robô de atendimento virtual do TJSP atua para eliminar dúvidas sobre ações processuais de pequenas causas e também sobre documentos e outros procedimentos jurídicos.

“O Tribunal tem buscado consistentemente inovar na forma como interage com o cidadão e com o profissional da área jurídica e a implantação da Judi é um passo muito importante nessa jornada de transformação que visa trazer mais agilidade, eficiência e produtividade para a Justiça paulista”, afirma a juíza Paula Lopes Gomes, assessora da Presidência.

Judi começou a operar, em sistema de testes, no dia 10 de outubro de 2019. Logo de cara, ele ficou disponível para apenas 10% dos visitantes do site do TJSP e a disponibilidade aumentou com o passar dos dias.

Foi apenas em 17 de dezembro, uma semana antes do Natal, que o tribunal oficializou o lançamento do serviço para todos os consumidores.

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Hoje o sistema de chabot do tribunal auxilia em assuntos do Juizados Especiais Cíveis, mas o objetivo é que ele amplie a sua área de atuação com o passar dos meses.

“O cidadão continuará tendo de ir ao Juizado, mas a ideia é que, com a ajuda inicial da Judi, a triagem seja mais assertiva e ele já compareça ao local com as documentações necessárias para dar entrada na causa”, afirma a juíza.

Como isso vai modificar o meu dia a dia?

Como o objetivo de democratizar o acesso à justiça, o trabalho do Judi servirá como forma de aprendizado para o consumidor comum, evitando a busca por advogados em questões mais simples.

Isso deve reduzir a demanda para quem trata de casos pequenos. Porém, pode servir de base também para que consumidores insatisfeitos busquem a Justiça, com o apoio de um advogado, para solucionar questões de consumo, trabalho ou outras divergências contratuais.

Ou seja, vai ser mais comum que clientes procurem ajuda nos escritórios já com uma base formulada de seus questionamentos, economizando o tempo de cada advogado. Aqui temos outra vantagem, economia de tempo dos dois lados.

No futuro, o cliente não precisará ligar constantemente para saber o andamento de determinada ação. Com o serviço do Judi, bastará ele entrar no sistema e informar os dados pessoais para receber as atualizações.

Contudo, este último cenário ainda não é realidade, mas já é possível imaginá-lo.

Era da inteligência artificial

Em um momento em que conversar com o celular e outros equipamentos já é realidade, o atendimento virtual dos tribunais precisava evoluir. O software usado aprende de acordo com o uso e vai ampliando as respostas com sistema próprio de aprendizado.

Em breve, o chatbot estará ainda mais inteligente e assertivo, procedimentos normais no início de qualquer atividade.

Sobre o autor
Mayk Souza

Colaborador e editor em seolovers.com.br , risw.com.br e oirio.com.br

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Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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