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Obsolescência programada ou a farra da mercadoria: questões ambientais e sociais

Agenda 22/02/2020 às 20:00

Entenda o que é obsolescência e como funciona o ciclo de consumo e da substituição de produtos que gera exacerbada necessidade de consumo. O documentário "Obsolescência programada", dirigido pela cineasta alemã Cosima Dannoritzer, traz reflexões sobre o tema.

O mundo é demasiado grande para satisfazer a necessidade de todos, mas sempre será pequeno para a avareza de alguns.

(Frase de Gandhi, citada por Serge Latouche, no documentário “Obsolescência Programada”)


INTRODUÇÃO

Serge Latouche, economista e filósofo francês (ator social do documentário de Cosima Dannoritzer) afirma que “não há um mundo ecológico e outro dos negócios”. Ele, que é crítico ferrenho do “sistema de crescimento econômico ilimitado”, argumenta no documentário e em seus escritos que um dos três pilares de sustentação deste sistema é a obsolescência programada. Latouche (2012) defende uma sociedade que produza menos e consuma menos como única maneira de frear a destruição do meio ambiente, que ameaça seriamente o futuro da humanidade.

É em razão disso que ele propõe “decrescimento”, que diz não significar uma volta “à Idade da Pedra” (o que também seria impossível), mas uma mudança radical de orientação. Não se trata de defender o crescimento negativo, mas um reordenamento de prioridades. A aposta no decrescimento é a aposta na saída da sociedade de consumo.

O autor reforça que a necessidade de consumir é alimentada a todo momento por um trio infalível: publicidade, crédito e obsolescência. São necessários “três ingredientes para que a sociedade de consumo possa prosseguir o seu circuito diabólico: a publicidade, que cria o desejo do consumidor, o crédito, que lhe fornece os meios, e a obsolescência acelerada e programada dos produtos, que renova a sua necessidade” (LATOUCHE, 2012, p. 30).

O crescimento rápido, impulsionado pela produção de mercadorias pouco duráveis, desenhadas e programadas para durarem pouco, é excludente. Há uma concentração de riquezas por empresas modernas “que controlam o arquipélago, relegando ao oceano todos aqueles que se tornam redundantes, devido à substituição do trabalho pelo capital, um padrão de crescimento concentrador e excludente.” (SACHS, 2003, p. 31-2).

O pensamento de Latouche está em sintonia com o pensamento de Sachs (2003, p. 13), para quem “crescimento econômico não significa desenvolvimento”, acredita que o crescimento é uma condição necessária, mas de forma alguma suficiente, muito menos é um objetivo em si mesmo. Na, verdade, o crescimento econômico só seria desenvolvimento se conseguisse alcançar a meta de uma vida melhor, mais feliz e mais completa para todos.

OBSOLESCÊNCIA E SEUS TIPOS

Segundo Layrargues (2005), a obsolescência ocorre quando um produto se torna ultrapassado ou desatualizado, apesar de poder continuar a ser usado. Neste sentido, a obsolescência se tornou programada, gerando a indução de consumo de produtos ainda utilizáveis. Este conceito tem sua manutenção em torno de um ciclo de consumo e da substituição de produtos. O novo torna-se ultrapassado e obsoleto em pouquíssimo tempo, o que gera uma maior necessidade de consumo pelas pessoas. 

Em seus estudos, Slade (2006) mostra os diferentes tipos de obsolescência programada, mas todos com o mesmo objetivo. Destaca-se, entre eles, a obsolescência funcional, a sistêmica, a de estilo e a por notificação.

A funcional é um tipo de obsolescência técnica em que as empresas introduzem uma nova tecnologia que substitui a anterior. Os produtos antigos não têm as mesmas capacidades ou funcionalidades que os novos, como o VHS e os DVDs; a sistêmica é a tentativa deliberada de criar um produto obsoleto, alterando o sistema em que é utilizado, de forma a tornar o seu uso continuado difícil, como o software incompatível com programas anteriores.

A obsolescência de estilo é impulsionada principalmente pelo design estético. Como um ciclo de moda, introduzindo novos projetos, e redirecionando ou interrompendo outros, um fabricante pode “montar” o ciclo de moda. Como os automóveis, que geram novos modelos anualmente, a indústria de vestuário, guiada pelo estilo, e as indústrias de telefonia móvel, com constantes aprimoramentos de recursos.

De notificação, quando o próprio produto informa ao usuário quando chega a hora de comprar um substituto. Como filtros de água que exibem um aviso de substituição depois de um tempo predefinido, e lâminas de barbear descartáveis que têm uma risca que muda de cor.

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É fato que a obsolescência programada surgiu com a sociedade de consumo. Talvez por ser moralmente difícil de defendê-la, os empresários e os políticos não a aprovaram, abertamente, como obrigatória, em forma de lei. Mas o documentário informa, ou denuncia, que a partir dos anos 50, o marketing (e a publicidade) passou a criar estratégias de sedução do consumidor, sempre desejoso do último modelo. O designer norte americano Brook Stevens foi figura influente nesse trabalho subliminar de sedução ao implantar uma nova maneira de anunciar produtos com desenhos que instigavam os consumidores e os colocavam insatisfeitos com a aparência das coisas que possuíam.

Para Ortigoza e Cortez (2009, p. 22), a sociedade de consumo tem sua base no modo de vida urbano e está apoiada no sistema capitalista produtor de mercadorias. O espetáculo, o efêmero, a moda e a obsolescência impõem novas e consecutivas necessidades. Vivemos um tempo em que a produção de mercadorias não visa só atender à demanda, mas também criar a necessidade. Singer (1998) mostra que à medida que uma economia se abre ao comércio internacional, aumentam suas importações e exportações, “naturalmente” aumentando o consumo desenfreado de produtos. 

O DOCUMENTÁRIO: CONTEÚDO E FORMA

O filme faz ver que sem a obsolescência programada não haveria shopping centers, nem tantos designers, nem tantos arquitetos...  A obsolescência programada está inserida no modelo de negócio do crescimento ilimitado, em que se cria um produto novo a cada três minutos. O filme mostra que se, de fato, a felicidade dependesse do consumo, deveríamos ser todos muito felizes (os que podem consumir), pois nunca a humanidade consumiu tanto.

O documentário não fica na superfície do problema. Há muita pesquisa e precisão na busca de fatos fundamentais à compreensão da perversidade da obsolescência programada, como uma lâmpada em funcionamento, que acreditam ser a mais antiga do mundo, funcionando ininterruptamente desde o ano de 1901, e que completou no ano de 2001 seus 100 anos, data muito comemorada pelos habitantes da cidade. Tal lâmpada está instalada em um batalhão de bombeiros em Livermore, no estado da Califórnia, mas somente em 1972, ela foi encontrada e se falou de sua importância por causa do tempo de duração.

O documentário mostra que o primeiro cartel (clandestino) formado para implemento em grande escala da obsolescência programada foi em torno das lâmpadas. Trata-se do cartel Phoebus[1], formado pelos principais fabricantes de lâmpadas da Europa e dos Estados Unidos, criado exatamente para controlar o fabrico e venda de lâmpadas no mundo, deu seu primeiro e grande passo ao decidir que os fabricantes reduziriam de forma drástica a vida útil das lâmpadas.

O cartel Phoebus passou, de fato, a controlar a fabricação de lâmpadas em todo o mundo, a partir de 1925, e até punia os fabricantes que desobedecessem à política da obsolescência programada. A questão era: diminuir a vida das lâmpadas para aumentar as vendas. O padrão da indústria de 2.500 horas em 1924 passou para 1.000 horas a partir de 1940. Mas, paradoxalmente, o documentário mostra a lâmpada de Livermore, que, em 2001, completou 100 anos, e a lâmpada de Sheiby, Ohio, elaborada com um filamento muito resistente, cuja duração é de 25 anos.

O cartel Phoebus dissolveu-se por volta de 1939, devido ao aumento da concorrência externa e as questões ligadas à Segunda Guerra Mundial, mas o que parecia terminar em 1939 se adaptou e voltou mais forte na década de 1950, porque os grupos capitalistas passaram a trabalhar a mente das pessoas, criando projetos novos e gerando a necessidade do novo. A propensão para comprar as últimas novidades é, sem dúvida, uma grande força para o desenvolvimento de uma sociedade consumista.

Fato é que a cineasta, para realizar o seu documentário, viajou para vários países e empreendeu uma pesquisa com fontes fidedignas, buscando compreender o modo como se opera o conceito da obsolescência nas mentes das pessoas e o modelo pelo qual ele é operacionalizado. O conceito de obsolescência programada, que é a prática intencional da indústria de diminuir a durabilidade dos produtos, une-se a outras iniciativas que fomentam o consumo desnecessário, no atual momento em que vivemos.

Como diz o professor Lucchesi (2015), a produção franco-espanhola reúne conteúdo substancial e uma forma (codificação) adequada e sofisticada. O tom da peça fílmica é de denúncia, mas percebe-se uma sensibilidade no trato das cenas e imagens de cobertura, bem como na música que abre. As imagens de cobertura são todas contextualizadas, de modo que nada se “desperdiça” na e para a compreensão da mensagem.

 No documentário se verifica a ampla utilização de imagens de arquivo, seja de documentos referenciais, seja de filmes conhecidos como “A morte do caixeiro viajante”, de Arthur Miller. As imagens de arquivo mostram que a cineasta em sua pesquisa não economizou esforços com a finalidade de compor um documentário conteudisticamente forte e artisticamente bom. Tais imagens se mesclam com as imagens filmadas pela cineasta, em vários espaços e em vários países, produzindo mais verossimilhança.

Tais imagens, intercaladas com entrevistas e outras imagens, confere leveza ao documentário, que se inicia com o personagem Marcos (ator social) que procura conserto para a sua impressora. O personagem sai de um carro verde, entra no elevador e chega ao escritório, onde está a sua impressora que não funciona.

O documentário é “costurado” pela voz de uma narradora, que não relata o tempo todo, mas que entra no momento necessário de articulação de um assunto com o outro, ou para demarcar alternâncias temporais. Trata-se de uma narradora que tem conhecimentos de todos os fatos e dados, mas que não atua como entrevistadora. Percebe-se que há entrevistas, mas as respostas aparecem no filme naturalmente, isto é, sem ser enunciadas ou marcadas como entrevista.

Marcos percorre várias lojas especializadas do produto (da marca Epson) e todos os funcionários o aconselham a comprar outra impressora, já que o conserto seria mais caro que uma nova. A cena inicial é muito importante porque, durante todo o documentário, aparecem cenas do personagem procurando uma maneira de consertar a sua impressora. Ele e a narradora são presentes em todo o filme. O personagem, ao descobrir o chip da obsolescência programada (um contador que determina o número de cópias que a impressora poderá tirar) começa, a buscar, pela internet, pessoas em igual situação e a procurar uma maneira de resolver o problema. Descobre um fabricante de um chip “destravador” na Rússia, já no final do documentário, e com ele (o chip) consegue pôr a impressora para funcionar.

A importância do personagem está no fato de lutar e perseverar contra o modelo da obsolescência. Assim que ele conserta a sua impressora, o filme termina. A palavra FIM do documentário é impressa em sua máquina consertada.

O filme também traz exemplo de obsolescência com os produtos fabricados a partir da fibra de nylon, como as meias femininas, em cujos “primórdios”, em 1940, a Dupont as fabricavam tão resistentes, que não rasgavam, nem desfiavam. Os trabalhadores fabricantes de fios tiveram que começar do zero para conseguir elaborar uma fibra frágil. O resultado é que hoje as meias são praticamente descartáveis, porque são produzidas com fios de baixíssima qualidade.

Em 1927, Bernard Linchon tentou aprovar uma lei da obsolescência programada obrigatória nos Estados Unidos, momento em que a economia estava com dificuldades, e que já era um prenúncio da grande depressão de 1929. Ele defendia que a obsolescência programada ajudaria o país sair da crise. Em 1928, uma revista norte americana muito influente publicou: “um artigo que não se desgasta é uma tragédia para os negócios”.

A Obsolescência programada denunciada pelo filme leva a outro fator muito grave. Trata-se da acumulação desastrosa de lixo de toda natureza, que os países altamente consumidores começam a exportar para os países pobres. Há cenas de uma quantidade enorme de lixo exportado para o país africano, Gana. Tal lixo foi depositado às margens de um rio, antes, de água cristalina e navegável, hoje contaminado e quase morto pela quantidade de entulho eletrônico obsoleto.

Latouche também diz que uma economia não pode crescer infinitamente em um planeta com recursos finitos. A obsolescência programada traz sérios problemas sociais e ambientais. Cada nova produção exige mais consumo de recursos naturais, como água, minérios e árvores. O professor da Universidade de Weimar, Krajewski (ator social do filme) mostra que a outra face da obsolescência programada se vincula à qualidade dos produtos, antes fabricados para serem reutilizados e consertados, mas no atual modelo são produzidos para serem substituídos o mais rápido possível.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se dizer que o documentário, com roteiro muito bem elaborado e com o somatório de recursos utilizados, produz dinamicidade à narrativa, além do equilíbrio entre texto, imagens filmadas pela cineasta, imagens de arquivo e entrevistas. Destaque para as locações em países diferentes.

A utilização de imagens de arquivo (muitas imagens em preto e branco) produziu efeitos policromáticos (em cores e tons variados + preto e branco). A linguagem do documentário “abriga uma estética de codificação conceitual, em razões de variadas proposições críticas. Há também uma codificação histórica, na medida em que o filme narra a evolução da obsolescência programada e, ainda uma codificação factual, por focar em um tema. Neste sentido, o filme também soube contemplar numa mesma codificação os três formatos.

Vê-se, por tudo que foi discutido que o propósito do documentário é denunciar a perversidade do processo da obsolescência programada, que é uma face fundamental do sistema de acumulação capitalista da chamada era pós-industrial, cujos mandatários dos meios de produção transferiram para os objetos os mesmos princípios que norteiam as nossas vidas, ou seja: nascem com um código que determina o tempo de vida útil.

Tal processo instaurou também a perversão da ética, uma vez que a lógica qualitativa sobrepõe à lógica qualitativa. Dessa perversão, segundo Lucchesi (2015), também não escapou a esfera do saber. O conhecimento foi transformado em refém e cúmplice da “morte programada”, pois são cientistas e técnicos, que criam novos produtos regulados para viverem mais ou menos. Desde a Revolução Industrial, a relação entre consumo, indivíduo e sociedade tem gerado grandes impactos ambientais, uma das principais discussões sobre o assunto busca entender e explicar como o novo modo de produção transforma e afeta a sociedade moderna.

Apesar da gravidade do problema, o documentário deixa uma mensagem de esperança, mas pontua que é preciso lutar. Como pensa Latouche, o filme termina mostrando atitudes coletivas revertendo situações complicadas, mas, para tanto, é necessária a força de grupos emergentes da sociedade civil: como o jovem americano que conseguiu, por meio da internet, reunir pessoas e fazer a poderosa Apple recuar e aumentar a vida dos ipods; como o personagem de Gana que começa a denunciar o recebimento de lixo, a denunciar que Gana não pode ser a lixeira dos países desenvolvidos; como o personagem Marcos (que poderia ser qualquer outro) que, por meio de uma rede de pessoas com o mesmo problema, consegue, pela internet, encontrar o chip “destravador” da impressora Epson.

As imagens de cobertura são todas contextualizadas, de modo que nada se “desperdiça” na e para a compreensão da mensagem.


REFERÊNCIAS

DANNORITZER, Cosima. Documentário: “Obsolescência Programada”. Produção franco-espanhola, 2010.

LAYRARGUES, Philippe Pomier. O cinismo da reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental. In

LOUREIRO, Carlos Frederico B; LAYRARGUES, Philippe P; CASTRO, Ronaldo S. (orgs). Educação Ambiental: repensando o espaço da cidadania. 3ª. ed. São Paulo: Cortez, 2005.

LATOUCHE, Serge. O decrescimento como condição de uma sociedade convivial.

Cadernos IHU ideias- Instituto Humanistas. UNISINOS n° 56, ano 4, 2006.

__________O pequeno tratado do decrescimento sereno. Reimp. Lisboa: Edições 70, 2012.

LUCCHESI, Ivo. “A história da obsolescência programada”. Texto recebido em sala de aula, entregue pelo professor LUCCHESI.  Em 08 de abril 2015.

ORTIGOZA, Silvia Aparecida Guarniere; CORTEZ, Ana Tereza C. Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009.

SACHS, I. Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.

SLADE, G. Made to break: technology and obsolescence in America. Harvard University Press, 2006

SINGER, Paul. Aprender Economia. São Paulo: Brasiliense, 1988.


[1] Fundado por renomados empresários representantes de grupos poderosos como Osram, Philips, Tungsram, Associated Electrical Industries, CompagniedesLampes, International General Electric, e GE GroupOverseas.

Sobre o autor
Reis Friede

Desembargador Federal, Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (biênio 2019/21), Mestre e Doutor em Direito e Professor Adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Graduação em Engenharia pela Universidade Santa Úrsula (1991), graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1985), graduação em Administração - Faculdades Integradas Cândido Mendes - Ipanema (1991), graduação em Direito pela Faculdade de Direito Cândido Mendes - Ipanema (1982), graduação em Arquitetura pela Universidade Santa Úrsula (1982), mestrado em Direito Político pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1988), mestrado em Direito pela Universidade Gama Filho (1989) e doutorado em Direito Político pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991). Atualmente é professor permanente do Programa de Mestrado em Desenvolvimento Local - MDL do Centro Universitário Augusto Motta - UNISUAM, professor conferencista da Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro, professor emérito da Escola de Comando e Estado Maior do Exército. Diretor do Centro Cultural da Justiça Federal (CCJF). Desembargador Federal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região -, atuando principalmente nos seguintes temas: estado, soberania, defesa, CT&I, processo e meio ambiente.

Como citar este texto (NBR 6023:2018 ABNT)

FRIEDE, Reis. Obsolescência programada ou a farra da mercadoria: questões ambientais e sociais. Revista Jus Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 25, n. 6079, 22 fev. 2020. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/79685. Acesso em: 22 dez. 2024.

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