Símbolo do Jus.com.br Jus.com.br

O capitalismo na crise emissionista

Agenda 26/05/2020 às 15:01

A pandemia desequilibrou oferta e consumo, causando danos ao sistema econômico. A falta de respeito à legalidade é o nó capital que declina o sistema.

Até a pandemia o mundo vivia num frágil equilíbrio de oferta e consumo em diversos setores tendo todos eles um núcleo fundamental da geração de empregos dignos e compatibilizados com o papel prazeroso e pessoal de cada um em troca de uma cota de subsistência com um excesso razoável para as permutas que nos satisfazem desde os primórdios do escambo.

Evidente que a segregação, em certo ponto até pela lei natural da contrariedade de seu seguimento sobre o risco de morte, causaria danos ao sistema, com a perda do capital de giro e a margem de lucro, a queda de arrecadação de impostos, o desemprego num mundo aonde é imprescindível a estabilidade pelas fortes concentrações humanas em reino de pedra e pelo forte amalgama da moeda que se enfraquece;

Além do titulo de bolsa, aonde títulos reais acionários são tratados como bilhetes de aposta, sem qualquer respeito a integralização do capital e igualdade entre os grupos de acionistas, a moeda também é um titulo societário, porem que representa o estado público e comum a todos.

Quando vemos governantes em discórdia, os poderes manifestados como se fosse uma orquestra disritmia, pessoas que já estavam morrendo de fome e doenças caídas na rua, sem duvidas a famigerada corrupção, isto ataca profundamente o nosso intimo ancestral, quando é melhor não julgarmos o fato, para não entendermos que nossa moeda comum vale menos.

Assine a nossa newsletter! Seja o primeiro a receber nossas novidades exclusivas e recentes diretamente em sua caixa de entrada.
Publique seus artigos

No caso do mercado acionário a lei também é clara no sentido da integralização do capital num prazo de dois anos, ainda que negociadas as ações, e isto é totalmente corrompido pela especulação diária do jogo de burla a lei, agora em conjunto com o Estado que passa a participar com suas megas sociedades anônimas;

Evidente que a crise se entubaria no mercado de capitais que é um sistema de reunião em ideias e ideais comuns imprescindível ao nosso desenvolvimento, porém só se estas mesmas leis fossem respeitadas e não com constantes criações de formulas e nomes administrativos para burlar a igualdade dos sócios que mesmo diante de uma perda instantânea e por fatos momentâneos, estaria com seu capital garantido num prazo de dois anos, quando caso contrário não é possível sequer em falar em lucros e dividendos;

Aqui que reside o nó capital do sistema que declina: A falta de respeito a legalidade que submete a todos como um embolo na igualdade de direitos, e não havendo certeza quanto ao futuro demonstrar-se-á com maior e inequívoca clareza o vicio da jogatina empresarial muito mais voltada a uma excitação da perda ou ganho diário do que efetivamente estar observando a um empreendimento e negocio jurídico comum.

Seja na emissão de moedas, seja na emissão de títulos ou qualquer outra promessa, esta diferencia em muito da crise de superprodução de 1929, aonde esta evidenciou a crise nos papeis empresariais, aonde aqui temos um excesso de papeis e promessas, pactos e tratados descumpridos, somado de uma situação virulenta que danificou irremediavelmente a economia como era. Só resta sabe se depois disto vamos respeitar bem a lei ou continuaremos a criar contos de fadas. 

Sobre o autor
Cassio Montenegro

Bacharel - Universidad Empresarial – Costa Rica. Concursado no V Exame da Ordem dos Advogados do Brasil.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!