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Pesquisa com jovens menores de 18 anos visando constatar que estes praticaram atos antissociais.

Agenda 01/05/2021 às 16:09

Pesquisa que visou verificar a prática de condutas antissociais de adolescentes.

Realizamos uma pesquisa com 80 jovens do munícipio de Passira, cidade localizada no Nordeste Brasileiro, onde estes jovens foram entrevistados para se constatar se os mesmos praticaram no último ano algum comportamento antissocial.

Os jovens entrevistados possuem idades que variavam dos 15 aos 17 anos, e os mesmos foram entrevistados em colégios municipais bem como em logradouros públicos da citada cidade. Antes de realizarmos as entrevistas com os citados jovens obtivemos o consentimento dos seus pais ou responsáveis, e garantimos tanto aos jovens quanto aos pais ou responsáveis dos mesmos que estes teriam suas identidades mantidas em sigilo, o que resguarda a intimidade desses jovens e garante um grau maior de veracidade das informações prestadas. Os entrevistados foram jovens de ambos os sexos, sendo 42 destes (52,5%) do sexo feminino e 38 (47,5%) do sexo masculino.

Os comportamentos antissociais que visamos identificar nas entrevistas foram subdividas em cinco grupos, sendo eles: vandalismo, agressão, roubo (referente a crimes contra o patrimônio), comportamento contra as normas, e drogas, sendo que cada item da pesquisa o entrevistado deveria responder se praticou ou não alguns dos comportamentos indicados na pesquisa.

Entre os comportamentos de vandalismo haviam os seguintes comportamentos: quebrar vidraças das casas vazias; atear fogo em algo, uma lixeira, uma mesa, um carro; bater, quebrar ou arranhar carros e motos estacionados; abrir as portas dos táxis na estação de trem ou ônibus; quebrar uma janela; remover objetos ou dinheiro de máquinas de doces, telefones, etc.; danificar uma loja, tendo roubado algo ou não; danificar um bar, discoteca, etc.; andar em bando armando confusão ou provocando distúrbios; e bloquear fechaduras de lugares públicos.

Já os comportamentos agressivos que indagamos na pesquisa se referiam a: atacar alguém (um inimigo de uma gangue rival) em um lugar público sem uso de armas; brigar com alguém com golpes mútuos; dar uma surra em alguém em uma briga; agir violentamente contra o professor (ameaças, insultos); ameaçar ou assustar alguém com uma arma; dar um soco ou um chute em alguém; usar qualquer tipo de arma em uma briga; agredir um policial; incitar um distúrbio na rua; e agredir alguém tentando matar.

No que se refere aos comportamentos de roubo (ou de crimes contra o patrimônio) fora indagado se os jovens no último ano praticaram algumas dessas ações: roubar (ou furtar) objetos no interior de um carro; entrar em domicílio alheio e roubar (ou furtar) coisas sem ter planejado antecipadamente; participar de um roubo que implica o uso de força física; entrar na casa alheia com intenção de roubar (furtar); pegar algo de um colega de colégio sem a sua permissão; roubar (ou furtar) coisas de grandes estabelecimentos, supermercados, etc., enquanto abertos; roubar uma bicicleta; pegar (furtar) coisas dos bolsos das roupas que são deixados em mancebos; Pegar (furtar) coisas de lojas pequenas, enquanto abertas; participar de um roubo que implicou uso de arma; dar um puxão na bolsa de alguém; prender uma pessoa.

Acerca dos comportamentos contra as normas indagamos aos entrevistados se no último ano os mesmos praticaram os seguintes comportamentos: Viajar em transporte público sem bilhete ou tendo pago uma tarifa inferior; beber álcool nos bares antes da idade legal (no Brasil seria a idade de 18 anos); dirigir embriagado; embriagar-se com frequência; fugir de casa; passar a noite fora de casa sem permissão; cobrar por fazer um trabalho ilegal; ser expulso do colégio; matar aula.

Acerca do uso de drogas (nesse caso nos referimos a drogas ilegais), indagamos se no último ano os entrevistados cometeram alguns dos seguintes comportamentos: poder ser capaz de localizar o vendedor de drogas facilmente; usar drogas em grupo com os amigos; ser hospitalizado por abusar das drogas; ter síndrome de abstinência de uma droga; ter problemas médicos pelo uso de drogas; perder amigos por consumir drogas; perder o emprego ou ser expulso do colégio por causa de drogas; pedir ajuda a alguém por causa das drogas; participar em atos ilegais para conseguir drogas; e ser detido por portar drogas.

Agora passemos aos resultados obtidos, primeiramente tratando dos comportamentos que constituem atos de vandalismo (conforme tabela 1). No que diz respeito a quebrar as vidraças de casas vazias (ou abandonadas) 17 entrevistados (21,25% do total de entrevistados) afirmaram que tiveram esse comportamento no último ano, sendo que destes 11 entrevistados eram do sexo masculino (28,9% dos homens entrevistados) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres participantes).

Indagado aos entrevistados se estes no último ano atearam fogo em algo, como uma lixeira, uma mesa, um carro ou etc., 15 participantes (18,75% do total de entrevistados) afirmaram que sim, sendo estes 8 participantes do sexo masculino (21% do total de homens) e 7 (16,6% do total de mulheres) eram do sexo feminino.

Quanto ao comportamento de bater, quebrar ou arranhar carros e motos, 16 participantes (20% do total de entrevistados) afirmaram que cometeram esse comportamento, onde 11 destes eram do sexo masculino (28,9% do total de homens) e 5 (11,9% do total de mulheres) eram do sexo feminino.

Perguntado se os entrevistados já abriram as portas de táxis em estações de metro ou ônibus, 7 destes (8,75% do total de entrevistados) afirmaram que já cometeram essa ação, sendo que 4 deles eram do sexo masculino (10,5% do total de homens) e 3 (7,1% do total de mulheres) eram do sexo feminino.

Quanto à ação de quebrar uma janela no último ano, 24 entrevistados (30% do total) afirmaram que cometeram essa ação, onde 15 destes eram do sexo masculino (39,4% do total de homens) e 9 eram do sexo feminino (21,4% do total de mulheres).

 Referente ao comportamento de remover objetos ou dinheiro de máquinas de doces, telefones e etc., 13 entrevistados (16,25% do total) afirmaram que já cometeram esse tipo de comportamento, onde 9 desses eram do sexo masculino (23,6% do total dos homens) e 4 eram do sexo feminino (9,5% do total de mulheres).

Quanto a danificar uma loja, tendo roubado (ou furtado) algo ou não, 12 entrevistados (15% do total) afirmaram que tiveram esse comportamento no último ano, sendo que 7 desses eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

No que se refere a danificar um bar, discoteca, etc., 17 entrevistados (21,25% do total) afirmaram que cometeram essa ação no último ano, onde 9 destes eram do sexo masculino (23,6% do total de homens) e 8 eram do sexo feminino (19% do total de mulheres).

Indagado se os entrevistados no último ano andaram em bando armando confusão ou provocando distúrbios 14 destes (17,5% do total de entrevistados) afirmaram que sim, sendo que 10 destes eram do sexo masculino (26,3% do total de homens) e 4 eram do sexo feminino (9,5% do total de mulheres.

Por fim, no que concerne ao vandalismo, fora indagado aos entrevistados se os mesmos no último ano bloquearam as fechaduras de lugares públicos, onde 14 entrevistados (17,5% do total) afirmaram que sim, sendo que destes 8 eram do sexo masculino (21% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

TABELA 1 VANDALISMO.

Total

Homem

Mulher

1.Quebrar as vidraças das casas vazias.

 17 N - 21,25%

11 N – 28,9%

  1. N – 14,2%

2.Atear fogo em algo: uma lixeira, uma mesa, um carro...

15 N – 18,75%

8 N – 21%

7 N – 16,6%

3.Bater, quebrar ou arranhar carros e motos estacionados.

16 N – 20%

11 N – 28,9%

5 N – 11,9%

4.Abrir as portas dos táxis na estação de trem ou ônibus.

7N – 8,75%

4 N – 10,5%

3 N – 7,1%

5.Quebrar uma janela.

24 N – 30%

15 N – 39,4%

9 N – 21,4%

6.Remover objetos ou dinheiro de máquinas de doces, telefones, etc.

13 N – 16,25%

9 N – 23,6%

4 N – 9,5%

7.Danificar uma loja, tendo roubado algo ou não.

12 N – 15%

7 N – 18,4%

5 N – 11,9%

8.Danificar um bar, discoteca, etc.

17 N – 21,25%

9 N – 23,6%

8 N – 19%

9.Andar em bando armando confusão ou provocando distúrbios.

14 N – 17,5%

10 N – 26,3%

4 N – 9,5%

10.Bloquear as fechaduras de lugares públicos.

14 N – 17,5%

8 N – 21%

6 N – 14,2%

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Agora vamos expor os dados referentes aos comportamentos agressivos (tabela 2), em primeiro lugar fora indagado aos entrevistados se os mesmos no último ano atacaram alguém (um inimigo de uma gangue rival) em um lugar público e sem uso de armas, onde 18 entrevistados (22,5% do total de entrevistados) afirmaram que sim, sendo que destes 11 eram do sexo masculino (28,9% do total de homens) e 7 eram do sexo feminino (16,6% do total de mulheres).

Ao ser perguntado aos entrevistados se no último ano os mesmos brigaram com alguém com golpes mútuos, 30 destes (37,5% do total de entrevistados) afirmaram que sim, sendo 21 destes do sexo masculino (55,2% do total de homens) e 9 eram do sexo feminino (21,4% do total de mulheres).

Indagado se no último ano os entrevistados deram uma surra em alguém durante uma briga, 27 entrevistados (33,75% do total) afirmaram que sim, onde 16 destes eram do sexo masculino (42,1% do total de homens) e 11 eram do sexo feminino (26,1% do total de mulheres).

Perguntado se no último ano os entrevistados agiram violentamente contra um professor (fazendo uso de ameaças ou insultos), 16 dos entrevistados afirmaram que sim (20% do total de entrevistados), sendo que destes 9 eram do sexo masculino (23,6% do total de homens) e 7 eram do sexo feminino (16,6%  do total de mulheres).

Em seguida se perguntou se no último ano os entrevistados ameaçaram ou assustaram alguém fazendo uso de uma arma (que poderia ser tanto uma arma própria, exemplo um revolver, como uma arma imprópria, como uma faca), onde 12 entrevistados (15% do total de entrevistados) afirmaram que cometeram esse ato, onde 7 desses eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 5 eram do sexo masculino (11,9% do total de mulheres).

Fora perguntado se no último ano os entrevistados deram um soco ou um chute em alguém, sendo que 41 entrevistados (51,25% do total de entrevistados) afirmaram que sim, onde 25 desses eram do sexo masculino (65,7% do total de homens) e 16 eram do sexo feminino (38% do total de mulheres).

Perguntado se no último ano os entrevistados usaram algum tipo de arma (própria ou imprópria) durante uma briga, 12 participantes (15% do total) afirmaram que sim, sendo 7 desses eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

Quando perguntado aos entrevistados se estes no último ano agrediram um policial, 12 desses afirmaram que sim (15% do total), onde 7 desses eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

Indagado se os entrevistados no último ano incitaram distúrbios na rua, 10 desses (12,5% do total) confirmaram que praticaram essa ação, sendo que desse total 7 eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 3 eram do sexo feminino (7,1% do total de mulheres).

Por fim, fora indagado dos entrevistados se no último ano os mesmos agrediram alguém tentando matar, onde 14 participantes (17,5% do total) confirmaram que tiveram esse comportamento, sendo que 8 desses eram do sexo masculino (21% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

TABELA 2 AGRESSÃO.

Total

Homem

Mulher

1.Atacar alguém(um inimigo de uma gangue rival) em um lugar público sem uso de armas.

 18 N - 22,5%

  1. N – 28,9%

7 N – 16,6%

2.Brigar com alguém com golpes mútuos.

30 N – 37,5%

21 N – 55,2%

9 N – 21,4%

3.Dar uma surra em alguém em uma briga.

27 N – 33,75%

16 N – 42,1%

11 N – 26,1%

4.Agir violentamente contra o professor (ameaças, insultos).

16 N – 20%

9 N – 23,6%

7 N – 16,6%

5.Ameaças ou assustar alguém com uma arma.

12 N – 15%

7 N – 18,4%

5 N – 11,9%

6.Dar um soco ou um chute em alguém.

41 N – 51,25%

25 N – 65,7%

16 N – 38%

7.Usar qualquer tipo de  arma em uma briga.

12 N – 15%

7 N – 18,4%

5 N – 11,9%

8.Agredir um policial.

12 N – 15%

7 N – 18,4%

5 N – 11,9%

9.Incitar distúrbio na rua.

10 N – 12,5%

7 N – 18,4%

3 N – 7,1%

10.Agredir alguém tentando matar.

14 N – 17,5%

8 N – 21%

6 N – 14,2%

Agora vamos tratar dos comportamentos que configuram crimes contra o patrimônio (tabela 3), sendo que primeiramente fora indagado aos entrevistados se estes no último ano roubaram (furtaram) objetos do interior de um carro, onde 13 entrevistados afirmaram que sim (16,25% do total de entrevistados), sendo que desse total 7 eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

Indagado se no último ano os entrevistados entraram em um domicílio alheio e roubaram (furtaram) algo sem ter planejado antecipadamente, 17 participantes (21,25% do total de entrevistados) responderam que sim, onde 10 desses eram do sexo masculino (26,3% do total de homens) e 7 desses eram do sexo feminino (16,6% do total das mulheres).

Perguntado aos entrevistados se os mesmos participaram de um roubo que implicou o uso de força física, 12 entrevistados (15% do total) responderam que sim, sendo que destes 7 eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

Fora indagado aos entrevistados se no último ano os mesmos entraram em uma casa alheia com a intenção de roubar (ou furtar), sendo que 13 participantes (16,25% do total) confirmaram que se comportaram assim, onde 7 desses participantes eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

Perguntado se os entrevistados no último ano pegaram algo de um colega de colégio sem permissão, 28 entrevistados (35% do total) afirmaram que sim, onde 15 desses eram do sexo masculino (39,4% do total de homens) e 13 eram do sexo feminino (30,9% do total de mulheres).

Indagado se no último ano os entrevistados roubaram (ou furtaram) coisas de grandes estabelecimentos, supermercados, etc., enquanto abertos, 14 entrevistados afirmaram que sim (17,5% do total de entrevistados), sendo que desses 7 eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 7 eram do sexo feminino (16,6% do total de mulheres).

Quanto a roubar uma bicicleta no último ano, 13 entrevistados afirmaram que cometeram essa ação (16,25% do total de entrevistados), onde 7 desses eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

Referente à pergunta de, no último ano, ter pegado coisas dos bolsos de roupas que são deixadas em mancebos, 15 entrevistados afirmaram que cometeram essa ação no último ano (18,75% do total), onde 9 destes eram do sexo masculino (23,6% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total das mulheres).

Perguntado se os entrevistados no último ano pegaram coisas de lojas pequenas, enquanto abertas, 14 entrevistados responderam que sim (17,5% do total), onde 7 desses eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 7 eram do sexo feminino (16,6% do total de mulheres).

Indagado se os entrevistados no último ano participaram de um roubo onde se implicou o uso de arma, 12 entrevistados afirmaram que praticaram essa ação (15% do total), onde 7 desses eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

Quanto ao comportamento de dar um puxão na bolsa de alguém no último ano, 11 entrevistados confirmaram que cometeram essa ação (13,75% do total), onde 7 destes eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 4 eram do sexo feminino (9,5% do total de mulheres).

Por fim, quanto à indagação se os entrevistados no último ano prenderam alguém (restringiram a liberdade de ir e vir de alguém), 9 entrevistados afirmaram que cometeram esse ato (11,25% do total de entrevistados) , sendo 6 desses do sexo masculino (15,7% do total de homens) e 3 eram do sexo feminino (7,1% do total de mulheres).

TABELA 3 ROUBO.

Total

Homem

Mulher

1.Roubar objetos do interior de um carro.

  13 N – 16,25%

7 N – 18,4%

6 N – 14,2%

2.entrar em domicílio alheio e roubar coisas sem ter planejado antecipadamente.

17 N – 21,25%

10 N – 26,3%

7 N – 16,6%

3.Participar de um roubo que implica o uso de força física.

12 N – 15%

7 N – 18,4%

5 N – 11,9%

4.Entrar na casa alheia com intenção de roubar.

13 N – 16,25%

7 N – 18,4%

6 N – 14,2%

5.Pegar algo de um colega de colégio sem sua permissão.

28 N – 35%

15 N – 39,4%

13 N – 30,9%

6.Roubar coisas de grandes estabelecimentos, supermercados, etc., enquanto abertos.

14 N – 17,5%

7 N – 18,4%

7 N – 16,6%

7.Roubar uma bicicleta.

13 N – 16,25%

7 N – 18,4%

6 N – 14,2%

8.Pegar coisas dos bolsos das roupas que são deixadas em mancebos.

15 N – 18,75%

9 N – 23,6%

6 N – 14,2%

9.Pegar coisas de lojas pequenas, enquanto abertas.

14 N – 17,5%

7 N – 18,4%

7 N – 16,6%

10.Participar de um roubo que implicou uso de arma.

12 N – 15%

7 N – 18,4%

5 N – 11,9%

11.Dar um puxão na bolsa de alguém.

11 N – 13,75%

7 N – 18,4%

4 N – 9,5%

12.Prender uma pessoa.

9 N – 11,25%

6 N – 15,7%

3 N – 7,1%

Agora tratemos do resultado da parte da pesquisa que indaga acerca da prática de comportamentos contra as normas (a maioria comportamentos que não constituem ilícitos penais no Brasil). Em primeiro lugar fora perguntado aos entrevistados se estes no último ano viajaram em transporte público sem bilhete ou tendo pagado uma tarifa inferior, onde 23 participantes (28,7% do total de participantes) afirmaram que cometeram essa ação, sendo que 15 destes eram do sexo masculino (39,9% do total de homens) e 8 eram do sexo feminino (19% do total das mulheres).

Após isso fora indagado se os entrevistados já beberam álcool em bares antes da idade legal (que no Brasil seria 18 anos de idade), sendo que 35 entrevistados responderam que sim (43,75% do total), onde 20 destes eram do sexo masculino (52,6% do total de homens) e 10 eram do sexo feminino (35,7% do total de mulheres).

Perguntado se algum dos entrevistados já dirigiu embriagado, 20 destes responderam que sim (25% do total), onde 15 eram do sexo masculino (39,4% dos homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

Quanto à pergunta que indaga aos entrevistados se no último ano estes se embriagaram frequentemente, 23 entrevistados responderam que sim (28,7% do total), sendo 13 destes do sexo masculino (34,2%) e 10 do sexo feminino (23,8% do total de mulheres).

   Indagados se os entrevistados no último ano fugiram de casa, 20 destes (25% do total) responderam que sim, sendo que 9 destes eram do sexo masculino (23,6% do total de homens) e 11 eram do sexo feminino (26,1% do total de mulheres).

Perguntado se no último ano os entrevistados passaram a noite fora de casa sem permissão, 26 destes responderam que sim (32,5% do total), onde 16 eram do sexo masculino (42,1% do total de homens) e 10 eram do sexo feminino (23,8% do total de mulheres).

Quanto à pergunta se os entrevistados já cobraram para fazer um trabalho ilegal, 14 participantes responderam afirmativamente (17,5% do total), sendo que destes 7 eram do sexo masculino (18,4% do total de homens), 7 eram do sexo feminino (16,6% do total de mulheres).

Perguntado se os entrevistados foram expulsos do colégio no último ano, 13 destes responderam que sim (16,25% do total), onde 8 desses eram do sexo masculino (21% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

Encerrando essa parte da pesquisa fora indagado se os participantes já mataram aula (deixaram de ir a escola sem qualquer motivo justificado) no último ano, onde 55 participantes afirmaram que sim (68,75% do total), onde 30 destes eram do sexo masculino (78,9% do total de homens) e 25 eram do sexo feminino (59,5% do total de mulheres).

TABELA 4 COMPORTAMENTO CONTRA AS NORMAS.

Total

Homem

Mulher

1.Viajar em transporte público sem bilhete ou tendo pago uma tarifa inferior.

  1. N - 28,5%

15 N – 39,4%

8 N – 19%

2.Beber álcool nos bares antes da idade legal.

35 N – 43,75%

20 N – 52,6%

15 N – 35,7%

3.Dirigir embriagado.

20 N – 25%

15 N – 39,4%

5 N – 11,9%

4.Embriagar-se com frequência.

23 N – 28,7%

13 N – 34,2%

10 N – 23,8%

5.Fugir de casa.

20 N – 25%

9 N – 23,6%

11 N – 26,1%

6.Passar a noite fora de casa sem permissão.

26 N – 32,5%

16 N – 42,1%

10 N – 23,8%

7.Cobrar para fazer um trabalho ilegal.

14 N – 17,5%

7 N – 18,4%

7 N – 16,6%

8.Ser expulso do Colégio.

13 N – 16,25%

8 N – 21%

5 N – 11,9%

9.Matar aula.

55 N – 68,75%

30 N – 78,9%

25 N – 59,5%

Para encerrarmos a pesquisa (tabela 5), tratamos dos comportamentos referentes ao uso de drogas (ilegais), onde, primeiramente, fora indagado aos entrevistados se os mesmos eram capazes de localizar facilmente um vendedor de drogas, onde 13 entrevistados responderam que sim (16,25% do total de entrevistados), sendo que destes 6 eram do sexo masculino (15,7% do total de homens) e 7 eram do sexo feminino (16,6% do total de mulheres.

Após isso fora indagado se os jovens, no último ano, fizeram uso de drogas com um grupo de amigos, vindo 13 dos entrevistados a confirmar tal situação (16,25% do total), onde 7 destes eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

Indagado aos entrevistados se os mesmos no último ano foram hospitalizados por abusar do uso de drogas 13 destes responderam que sim (16,25% do total), onde 6 destes eram do sexo masculino (15,7% do total de homens) e 7 eram do sexo feminino (16,6% do total das mulheres).

Perguntado se no último ano algum dos entrevistados tiveram síndrome de abstinência de uma droga, 8 afirmaram que sim (10% do total), sendo que destes 4 eram do sexo masculino (10,5% do total de homens) e 4 eram do sexo feminino (9,5% do total de mulheres).

Quanto à indagação se os entrevistados no último ano tiveram problemas médicos em decorrência do uso de drogas, 11 destes responderam que sim (13,75% do total), sendo que destes 5 eram do sexo masculino (13,1% do total de homens) e 6 do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

Perguntado aos entrevistados se os mesmos já perderam amigos por consumir drogas, 12 destes responderam afirmativamente (15% do total), onde 6 eram do sexo masculino (15,7% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

Depois fora indagado se no último ano os entrevistados perderam algum emprego ou foram expulsos do colégio por causa das drogas, sendo que 10 destes responderam que sim (12,5% do total), onde 5 destes eram do sexo masculino (13,1% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

Indagado se os entrevistados no último ano pediram ajuda a alguém por causa das drogas, 13 entrevistados responderam afirmativamente (16,25% do total), onde 7 destes eram do sexo masculino (18,4% do total de homens) e 6 eram do sexo feminino (14,2% do total de mulheres).

Acerca da indagação se no último ano os entrevistados participaram de algum ato ilegal para conseguir drogas 8 entrevistados responderam que sim (10% do total), onde 4 eram do sexo masculino (10,5% do total de homens) e 4 eram do sexo feminino (9,5% do total das mulheres).

E para encerrar fora indagado se no último ano os entrevistados foram detidos por portar drogas, onde 10 destes (12,25%) do total afirmaram que sim, sendo que destes 5 eram do sexo masculino (13,1% do total de homens) e 5 eram do sexo feminino (11,9% do total de mulheres).

TABELA 5 DROGAS.

Total

Homem

Mulher

1.Poder ser capaz de localizar o vendedor de drogas facilmente.

 13 N – 16,25%

6 N – 15,7%

7 N – 16,6%

2.Usar drogas em grupo com os amigos.

13 N – 16,25%

7 N – 18,4%

6 N – 14,2%

3.Ser hospitalizado por abusar de drogas.

13 N – 16,25%

6 N – 15,7%

7 N – 16,6%

4.Ter síndrome de abstinência de uma droga.

8 N – 10%

4 N – 10,5%

4 N – 9,5%

5.Ter problemas médicos pelo uso de drogas.

11 N – 13,75%

5 N – 13,1%

6 N – 14,2%

6.Perder amigos por consumir drogas.

12 N – 15%

6 N – 15,7%

6 N – 14,2%

7.Perder o emprego  ou ser expulso do colégio por causa de drogas.

10 N – 12,5%

5 N – 13,1%

5 N – 11,9%

8.Pedir ajuda a alguém por causa das drogas.

13 N – 16,25%

7 N – 18,4%

6 N – 14,2%

9.Participar em atos ilegais para conseguir drogas.

8 N – 10%

4 N – 10,5%

4 N – 9,5%

10.Ser detido por portar droga.

10 N – 12,25%

5 N – 13,1%

5 N – 11,9%

Diante dos resultados que obtivemos consideramos surpreendente que uma cidade pequena como a de Passira (com aproximadamente 30 mil habitantes) e considerada uma cidade relativamente pacata tenha tantos comportamentos antissociais praticados por jovens com menos de 18 anos.

No que concerne aos atos de vandalismo podemos notar que o percentual de jovens que praticam tais atos antissociais são consideráveis, variando, a depender da conduta pesquisada, entre 8,7% a 30% da amostra estudada, sendo tais condutas praticadas em maior grau pelos jovens de sexo masculino, embora algumas condutas tenham ficado numericamente quase igualadas entre os sexos.

Já os níveis de atos de agressão foram maiores que os de vandalismo, variando, a depender do tipo de conduta agressiva, entre 12,5% a 51,25%, demonstrando que a juventude tem recorrido muito a práticas agressivas (e por que não dizer violentas) em suas relações cotidianas, valendo destacar a superioridade masculino em todos os indicadores ora analisados, apesar de termos índices também alarmantes entre as jovens do sexo feminino (por exemplo 38% das jovens afirmaram que desferiram um soco ou um chute contra alguém no último ano).

Quanto aos comportamentos que ofendem o patrimônio alheio este se mostrou um pouco acima dos números de vandalismo, variando, a depender do comportamento, entre 11,25% e 35% do total da amostra pesquisada, mostrando uma ligeira superioridade dos jovens do sexo masculino frente às jovens do sexo feminino embora em várias das condutas descritas exista uma igualdade numérica ou diferença mínima entre os jovens de ambos os sexos, demonstrando uma participação considerável das jovens em comportamentos contra o patrimônio alheio.

Quanto aos comportamentos contra as normas onde já deixamos claro que várias condutas constantes da presente pesquisa não constituem ilícitos penais, a incidência destas condutas foram as mais altas na presente pesquisa variando entre 16,25% a 68,75% do total de participantes (a depender da conduta), sendo que, embora tais condutas sejam de menor importância é evidente que a existência desses comportamentos pode indicar desvios no adolescente que poderão evoluir para uma conduta criminal mais grave. Nessa parte da pesquisa mais uma vez se mostrou uma superioridade numérica dos homens na prática das condutas tratadas nessa parte, embora no item 5 (fugir de casa) as mulheres tenham tido uma superioridade numérica neste sentido, e no item 7 (cobrar para fazer um trabalho ilegal) tenha havido uma igualdade numérica entre os sexos.

Por fim, quanto aos comportamentos antissociais referentes ao uso de drogas ilegais, consideramos que o índice de prática de comportamentos antissociais nessa parte da pesquisa fora baixo, variando, a depender do comportamento pesquisado, entre 10% e 16,25%, havendo nessa parte da pesquisa uma grande similaridade numérica entre os comportamentos dos jovens do sexo masculino e feminino.

Com vistas a enfrentar tais problemas acreditamos ser de bom alvitre a realização de programas sociais com intuito de melhorar os vínculos familiares, sociais e comunitários desses jovens, programas estes que poderiam ser implementados pela Secretária de Assistência Social de Passira e outros órgãos que fazem parte dessa estrutura assistencial como o Conselho Tutelar e o CREAS. Acreditamos que a realização de palestras acerca da prática de violência e do uso de drogas (legais e ilegais) também seriam importantes no sentido de conscientizar os nossos jovens acerca das consequências de se enveredar por qualquer um desses caminhos, sempre com o intuito de afasta nossos jovens desses caminhos perigosos e muitas vezes sem volta.

BIBLIOGRAFIA:

MORAES, Alexandre Rocha de Almeida; NETO, Ricardo Ferracini. Criminologia. 1ª ed. Salvador: Juspodivm, 2019.

MILHOMENS, Lia Patrona. Delinquência Juvenil: infraestrutura da Criminalidade Adulta. Rio de Janeiro: In-fólio, 2011.

RIGON, Roziméri Aparecida. Delinquência Infanto-juvenil: Uma Abordagem Desenvolvimentista em Criminologia. Cutiriba: Juruá, 2012.

Sobre o autor
Jonathan Dantas Pessoa

Policial civil do Estado de Pernambuco, formado em direito pela Universidade Osman da Costa Lins - UNIFACOL/ Vitória de Santo Antão. Pós - graduado em direito civil e processo civil pela Escola Superior de Advocacia Professor Ruy Antunes - ESA/OAB/PE - Recife/PE. Mestre em Psicologia Criminal com Especialização em Psicologia Forense pela Universidad Europea del Atlántico - Santander/ES. Pós graduado em Criminologia pela Faculdade Unyleya. Pós graduado em Psicologia Criminal Forense pelo Instituto Facuminas. Membro do Centre for Criminology Research - University of South Walles. Membro do Laboratório de estudos de Cognição e Justiça - Cogjus.

Informações sobre o texto

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