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O Velho e o Mar: o existencialismo e o virtualismo

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Agenda 19/07/2021 às 18:20

Resumo: O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea) é uma das maiores obras de Ernest Miller Hemingway (1899-1961). Ernest M. Hemingway, natural de Oak Park, Illinois, nos EUA, foi um Escritor norte-americano, que trabalhou como correspondente de guerra em Madri, Espanha, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), e com esta experiência, inspirou-se para escrever uma de suas maiores obras, Por quem os Sinos Dobram (For Whom the Bell Tolls). Ao final da II Guerra Mundial (1939-1945), foi residir em Cuba. Em 1953, ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção e, em 1954, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, com a obra O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea), escrita em Cuba, em 1951, e publicada em 1952. Suicidou-se em Ketchum, no Estado de Idaho, EUA, em no dia 02/07/1961, ou seja, completa-se 60 (sessenta) anos da sua morte. Diga-se que, já à partir de 1951, a vida de excessos do escritor, com aventuras, mulheres e álcool, sua saúde física e psicológica, começou a degradar-se, e abalado, comprometia inclusive, a escrever, e, seguindo a frase impressa em O Velho e o Mar, "Um homem pode ser destruído, mas, não derrotado", acabou se suicidando em 02/07/1961, com um tiro na cabeça. A obra O Velho e o Mar , relata a história de um velho pescador, Santiago, que, há dias, não pesca um peixe, e, quando finalmente consegue fisgar um grande peixe, inicia-se um conflito interno e externo, entre a sorte e a necessidade de pescar, vale dizer, o homem e natureza, revelando, uma perspectiva existencialista, que representa os conceitos existencialistas de angústia, desamparo e desespero. Por outro lado, tem-se a notícia “Primeiro navio do mundo, pronto para zarpar ”, o primeiro navio autônomo do mundo, denominado Mayflower, que está pronto para começar uma viagem de estreia, cruzando o Oceano Atlântico, partindo da cidade Plymouth (15/05/2021), na Inglaterra, até a cidade de mesmo nome, em Massachusetts, nos EUA, sem tripulação de bordo, com os mapeamentos de navegação, em GPS. Trata-se de um projeto desenvolvido pela organização de pesquisas marinhas ProMare e conta com a tecnologia da empresa IBM, revelando o Virtualismo, um mundo (virtual) que é conduzido pela inteligência artificial, sem a presença do homem (mundo real). E sobre esta perspectiva do Existencialismo e do Virtualismo, é que se propõe a elaboração do presente Artigo.

Palavras-chave: Artificial, Escritor, Existencialismo, Inteligência, Mundo, Navio, Tecnologia, Virtualismo.

Sumário: Introdução; 1. A Escola de Sagres; 2. A Era dos Descobrimentos e os Navegadores; 3. Os Canais e os Estreitos; 4. A Convenção do Mar de 1982; 5. A Convenção para Salva Guarda da Vida Humana (SOGLAS); 6. O Virtualismo e o Mundo Real; 7. O Existencialismo; 8. Conclusão; 9. Referências Bibliográficas.


Introdução

A Tese da Criação ou Criacionismo, consolidada na Escritura Sagrada, no Livro de Gênesis e a Tese da Evolução das Espécies, ou o Evolucionismo, defendida pelo pesquisador inglês, Charles Darwin (1809-1882)1, nos seus livros “A Origem das Espécies ” e a “Descendência do Homem ”, tem relevância, na perspectiva da relação entre o homem e a natureza.

O fato é que, hoje, o homem é sujeito de direito e integra uma sociedade que é o povo. Portanto, diga-se que, o homem e a natureza, estão em constante dialogo, que pode revelar a harmonia com o mundo, ou, ao mesmo tempo, o homem e a natureza, encontra-se em conflito, e pode revelar a desarmonia do mundo.

Marcelo Gleiser2, afirma que a harmonia do mundo, é a síntese do conhecimento humano, com que, Johannes Kepler (1571-1630), astrônomo, astrólogo e matemático alemão, célebre por ter formulado as três Leis Fundamentais da Mecânica Celeste, denominadas Leis de Kepler 3 , pretendeu demonstrar a perfeição da obra divina, da geometria à música, da astrologia à astronomia, vale dizer, as Leis da Natureza em sintonia com homem.

O Existencialismo, ou melhor, a realidade da existência do homem e a natureza, dependem de uma convivência harmônica, porém, o desafio é encontrar os limites fronteiriços aceitáveis, entre a natureza e a humanidade, para estabelecer a harmonia do mundo.

Assim, vive-se, também, uma realidade que é a existência do homem, e uma realidade virtual, ou o Virtualismo, que é concebido no ciberespaço , das máquinas, computadores, tablets e smatfones, que não depende, mas, interage com o mundo real do homem e da natureza, como sinônimo de prosperidade da humanidade.

Nesta dimensão, diga-se, do homem e da natureza, vislumbra-se o Livro, O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea) que é, uma das maiores obras de Ernest Miller Hemingway (1899-1961)4.

Ernest M. Hemingway, natural de Oak Park, Illinois, nos EUA, foi um Escritor, norte-americano, que trabalhou como correspondente de guerra em Madri, Espanha, durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), e, com esta experiência, inspirou-se para escrever uma de suas maiores obras, Por quem os Sinos Dobram (For Whom the Bell Tolls) 5 .

Todavia, ao final da II Guerra Mundial (1939-1945), Ernest M. Hemingway, foi residir em Cuba. Em 1953, ganhou o Prêmio Pulitzer de Ficção, e, em 1954, ganhou o Prêmio Nobel de Literatura, com a obra O Velho e o Mar (The Old Man and the Sea), escrita em Cuba, em 1951, e publicada em 1952. Tragicamente, Ernest M. Hemingway, suicidou-se em Ketchum, no Estado de Idaho, EUA, no dia 02/07/1961, ou seja, completa-se 60 (sessenta) anos da sua morte.

Diga-se que, já à partir de 1951, a vida de excessos do escritor, com aventuras, mulheres e álcool, sua saúde física e psicológica, começou a degradar-se, e abalado, comprometia inclusive, a escrever, e, seguindo a frase impressa em O Velho e o Mar, "Um homem pode ser destruído, mas, não derrotado", acabou se suicidando em 02/07/1961, com um tiro na cabeça.

A obra O Velho e o Mar, relata a história de um velho pescador, que, há dias, não pesca um peixe, e quando, finalmente, consegue fisgar um grande peixe, inicia-se um conflito interno e externo, entre a sorte e a necessidade de pescar, vale dizer, um conflito entre o homem e natureza, revelando, uma perspectiva existencialista, que representa os conceitos existencialistas de angústia, medo, desamparo e desespero.

Por outro lado, tem-se a notícia “Primeiro navio do mundo, pronto para zarpar ”, o primeiro navio autônomo do mundo, denominado Mayflower , que está pronto para começar uma viagem de estreia, cruzando o Oceano Atlântico, partindo da cidade Plymouth (15/05/2021), na Inglaterra, até a cidade de mesmo nome, em Massachusetts, nos EUA, sem a tripulação de bordo, com os mapeamentos de navegação, em GPS (Global Positioning System) ou Sistema de Posicionamento Global. Trata-se de um projeto desenvolvido pela organização de pesquisas marinhas ProMare e conta com a tecnologia da empresa IBM (International Business Machines Corporation), revelando o Virtualismo, um mundo (virtual) que é conduzido pela inteligência artificial, sem a presença do homem (mundo real).

E sobre esta perspectiva do Existencialismo e do Virtualismo, é que propõe a elaboração do presente Artigo.


1. A Escola de Sagres

Diga-se que, na história6, "a Universidade de Bolonha, Itália, foi criada em 1.150, no final do Século XI, e é considerada por muitos, como a "mãe das universidades". Naquela época, o conhecimento era privilégio de poucos, e apenas quem podia pagar, se associava a outros interessados para contratar um professor sobre algum dos temas, das chamadas “essências universais”. Daí o nome de “universidade”. Mas, a comunidade acadêmica aponta como a mais importante para a cultura ocidental, a Universidade de Paris, nascida da Escola da Catedral de “Notre Dame”, no Século XIII, e que modelou as demais universidades europeias".

O Instituto de Pesquisa ou Instituto de Investigação é um estabelecimento dotado para fazer pesquisas cientificas. Os Institutos de Pesquisas podem se especializar em pesquisa básica ou podem ser orientados para a investigação aplicada. O termo instituto, implica, muitas vezes, a pesquisa das Ciências Naturais (investigação sobre a física, química, biologia, biomedicina, matemática, computação, etc.), mas, há também, muitos institutos de investigação em Ciências Sociais (investigações sobre a sociologia, ciências políticas, direito, filosofia, etc..), e que pode estar vinculado ou não, a Universidade. Exemplo: Instituto Tecnológico da Aeronáutica - ITA; Instituto Militar de Engenharia - IME; Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE; Instituto Butantã; Massachusetts Institute of Technology - MIT (Instituto Tecnológico de Masaschusetts) -

Assim, talvez, de forma semelhante a um Instituto de Pesquisas, e, como um centro do conhecimento náutico, existiu a Escola de Sagres, em Portugal. Nos anais da história, consta que o Infante D. Henrique (1394-1460) nasceu na cidade do Porto, Portugal e era o quinto filho de João I (1357-1433), então, rei de Portugal, no período de 1385 a 1433, que foi o fundador da Dinastia de Avis, e, a mãe do Infante, era a Dona Filipa de Lencastre. O Infante D. Henrique, teria selecionado um grupo de pessoas, com os melhores pilotos, astrônomos, construtores de navios, cartógrafos e matemáticos da época, e, provavelmente, em 1417, fundou a Escola de Sagres, na cidade Sagres, no Algarve, Portugal.

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O objetivo da Escola de Sagres, teria sido, a formação dos navegadores, que estavam à serviço do Infante, tanto nacionais como estrangeiros, com conhecimentos de cartografia, geografia e astronomia.

Não obstante, na história, e ao longo dos tempos, professores, autores e historiadores, se revezaram em afirmar sobre a existência ou a inexistência da Escola de Sagres, que, de forma breve, pode-se observar a seguir.

Ayres de Sá (1873-1951)7, historiador português, no livro Frei Gonçalo Velho , é categórico: “Não consta a fundação de um observatório e a Escola em Sagres, ou em qualquer outra parte. Não existe o mínimo sinal de antigo edifício desse gênero. Finalmente, seria para espantar, que uma tão importante inovação, passasse despercebida aos próprios biógrafos do Infante, seus contemporâneos, e que os sábios estrangeiros fossem, por tal forma, desprezados, que nem se lhes sabe os nomes".

O Professor Thomaz Oscar Marcondes de Souza (1883-1968) 8, sócio emérito do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, escreveu um Artigo, para a Revista de História, em 1953, sob o título, "Ainda a suposta Escola Naval de Sagres e a Náutica Portuguesa dos Descobrimentos ", que, em síntese, afirmou "existir uma Escola, mas, não era tão badalada assim, e nem ficava em Sagres. “Ensinou-se sim, mas, em Lagos, sul de Portugal. De lá, partiam para a Costa Ocidental da África, os navios da empresa dos descobrimentos. À medida que as embarcações avançavam para o sul, ao longo do litoral africano, surgiam problemas náuticos, que, pouco a pouco, eram resolvidos, do que resultava a aquisição de conhecimentos práticos da arte de navegar". Afirmava o Prof. Marcondes, que "nenhum segredo era privativo dos náuticos portugueses. A caravela não era invenção e nem de uso exclusivo deles".

Assim, debates históricos à parte, convencemo-nos da existência da Escola de Sagres9, pois, afinal, fosse apenas uma utopia, sequer existira o debate deste Centro de Conhecimento Nautico, que se destinou à formação dos navegadores, que estavam ao serviço do Infante D. Henrique, tanto nacionais como estrangeiros, com conhecimentos de cartografia, geografia e astronomia. Assim, deixemos aos historiadores, a conservação do mito ou a confirmasção real da existência da Escola de Sagres, em Portugal.


2. A Era dos Descobrimentos e os Navegadores.

Antes mesmo da Era dos Descobrimentos e dos Navegadores, sobre o homem e o mar, ou o navegante, sua embarcação e o mar, e, em que pese os debates da sua existência ou não, a Arca de Noé (em hebraico Tevat Noaḥ) é o navio na narrativa do Dilúvio, que teria ocorrido em 2.349 a.C, do Livro de Gênesis, Capítulos 6 a 9, da Bíblia Sagrada10, pelo qual, Deus poupou Noé, sua família e todos os animais do Dilúvio. Conforme o Livro de Gênesis, Deus, deu a Noé instruções para construir a Arca, antes do Dilúvio. Deus disse para Noé entrar na Arca com sua família e os animais. A história passa a descrever a Arca, navegando durante o Dilúvio, por cerca de 150 (cento e cinquenta) dias, e o posterior recuo das águas, até seu encalhe no Monte Ararat, que é a mais alta montanha da Turquia moderna, com aproximadamente, 5.000 mil metros de altitude. Respeitados o tempo e as dimensões bíblicas apresentadas no Livro de Gênesis, a Arca teria cerca de 150m de comprimento, 25m de largura e 15m de altura, semelhante a um navio médio de carga atual, com cerca de 50 mil toneladas11.

Não obstante, diga-se que, a Era dos Descobrimentos ou as Grandes Navegações da Idade Moderna (1453-1789), foi um período da história da Península Ibérica, em que novos territórios e rotas marítimas são apresentados à Europa, e ocorreram no final do Século XIV e início do Século XVII. Eram viagens rumo aos mares desconhecidos, que colocavam em risco os navegadores e suas naus, mas, que, compensava pelas novas conquistas.

Observa-se, padaxolmente, se em relação à Escola de Sagres, possa ainda remanescer dúvidas da sua existência, contudo, quanto aos navegadores, ao contrário, não há dúvidas da sua existência, e a realização das grandes viagens marítimas e as conquistas de novas terras e novos mundos, foram notabilizadas, na Era dos Descobrimentos, no final do Século XIV até início do Século XVII, por Portugal e Espanha, e mais tarde, por outros países europeus. Na Era dos Descobrimentos, entre os mais destacados navegadores deste período, pode-se destacar:

João Gonçalves Zarco (1360-1471), navegador e explorador português que, em 1418, descobriu a Ilha de Porto Santo, e, em 1419, a Ilha da Madeira. Em 1450, foi escolhido pelo Infante D. Henrique, para administrar a Ilha Madeira.

Bartolomeu Dias (1450-1500), navegador português, que ficou célebre, por ter sido o primeiro europeu, a navegar para além do extremo sul da África, contornando, em 1488, o Cabo da Boa Esperança, e chegando ao Oceano indico, a partir do Oceano Atlântico, abrindo o caminho marítimo para a Índia.

Vasco da Gama (1469-1524) navegador e explorador português, que comandou a primeira frota a contornar África e chegar a Calcutá, na Índia, sendo ainda, mais admirável do que lá chegar, foi conseguir regressar à salvo, e em boas condições à Portugal, em face das limitações das embarcações, e dos elevados riscos de navegabilidade em mares revoltos. Esta viagem deu-se entre 1497 e 1499.

Vicente Yáñez Pinzón (1462-1514)12, navegador e explorador espanhol e co-descobridor da América, em 12/10/1492, como capitão da Caravela La Niña , uma das três embarcações da Expedição de Cristóvão Colombo, sendo as outras duas naus, denominadas Santa Maria e La Pinta . Pinzón, é considerado também, o descobridor do Brasil, por diversos estudiosos da história, quando em viagem ao sul do mar do Caribe, aportou no Cabo de Santo Agostinho, Recife, no litoral do Estado de Pernambuco, Brasil, em 20/01/1500, 3 (três) meses antes da chegada do navegador explorador português, Pedro Álvares Cabral, que aportou em Porto Seguro, Estado da Bahia, no dia 22/04/1500. Todavia, na época, encontrava-se vigente o Tratado de Tordesilhas 13, que foi assinado na cidade Tordesilhas, Espanha, em 07/06/1494, entre o Reino de Portugal e o recém-formado, Reino de Espanha, para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas, fora da Europa. O Tratado definia como linha de demarcação, o meridiano correspondente à 370 léguas a Oeste da Ilha de Santo Antão, no Arquipélago de Cabo Verde, localizado na Costa Noroeste do Continente Africano. Os territórios a Leste deste meridiano pertenceriam a Portugal e os territórios à Oeste, à Espanha. Logo, a descoberta do Brasil, por Pinzón, em 20/01/1500, a Leste deste meridiano, não foi reconhecida, pois, contrariariava o Tratado de Tordesilhas, o qual, foi ratificado por Espanha e Portugal, em 02/07/1494, ficando assim, o descobrimento do Brasil, de fato e de direito, como conquista por navegador portugues, Pedro Álvares Cabral, em 22/04/1500.

Pedro Álvares Cabral (1467-1520) navegador e explorador português, creditado como o descobridor do Brasil, quando aportou em Porto Seguro, Bahia, em 22/04/1500, quando tentava chegar à Índia, tendo realizado significativa exploração da Costa Nordeste da América do Sul, reivindicando-a para Portugal. Este feito é denominado como o Descobrimento do Brasil. É considerado uma das figuras centrais da Era dos Descobrimentos. Registre-se também, a travessia do Oceano Atlântico, pela vinda da Família Real, de Portugal para o Brasil, no final de 1807 e chegada em 1808.

Fernão de Magalhães (1480-1521) navegador português que se notabilizou por ter liderado a primeira viagem de circum-navegação ao globo, de 1519 até 1522, à serviço da Coroa de Castela, Espanha, denominada a Expedição Espanhola Magalhães-Elcano. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo, no extremo sul do Continente Americano, ao atravessar o estreito* que hoje leva o seu nome, e cruzar o Oceano Pacífico (*Estreito de Magalhães).

Cristóvão Colombo (1451-1506) navegador e explorador genovês (italiano), que tinha um projeto de navegação marítimia, no sentido à Oeste, para se chegar às Indias. Sob as ordens dos Reis Católicos de Espanha, Colombo zarpou de Palos de La Fronteira, Espanha, em 03/08/1492, liderando a frota naval, até se aportar na Ilha Guanahani, que ele denominou de San Salvador, no Arquipélago das Bahamas, na América Central, alcançando assim, o Continente Americano, em 12/10/1492, feito este denominado o Descobrimento da América.

Américo Vespúcio (1454-1512) mercador, navegador, geógrafo, cosmógrafo italiano e explorador de oceanos, a serviço dos Reinos de Espanha e Portugal, que viajou pelo, então Novo Mundo, escrevendo sobre estas terras a ocidente da Europa, tendo participado de incursões pelo Atlântico, desde 1497. Em meados de 1499, passou ao largo da Costa Norte da América do Sul, acima do rio Orinoco, como integrante da expedição espanhola de Alonso de Ojeda, a caminho das Índias Ocidentais.

Diga-se que, a Era dos Descobrimentos ou as Grandes Navegações da Idade Moderna (1453-1789), foi um período da história da Península Ibérica, em que novos territórios e rotas marítimas são apresentados à Europa, e ocorreram no final do Século XIV e início do Século XVII. As motivações para o encontro com o desconhecido estavam ligadas à Igreja Católica, aos Reis e aos comerciantes. Essas navegações, capitaneadas por Portugal e Espanha, estabeleceram relações com a África, América e Ásia, em busca de uma rota alternativa para as "Índias", movidos pelo comércio de ouro, prata e especiarias e a expansão do Cristianismo. As explorações no Oceanos Atlântico e Índico, foram seguidas mais tarde, por outros países da Europa, como a França, Inglaterra e Países Baixos, que exploraram as rotas comerciais portuguesas e espanholas até ao Oceano Pacífico, chegando à Austrália em 1606, e à Nova Zelândia, em 1642.

Assim, nada obstante, Portugal e Espanha se fortaleceram como potencias marítimas no Século XV, na “Era dos Descobrimentos” e, a nosso ver, teve início do Mercantilismo Mundial, que pode ser traduzido como um conjunto de práticas econômicas, desenvolvido na Europa, na Idade Moderna, entre o Século XV e o final do Século XVIII.

Todavia, para melhor conhecer os confins da Terra, ao longo dos tempos, existiram incontáveis Expedições Marítimas, com notáveis navegadores e exploradores, conforme acima anotado, tais como João Gonçalves Zarco (1360-1471), Bartolomeu Dias (1450-1500), Vasco da Gama (1469-1524) Pedro Álvares Cabral (1.467-1520), Fernão de Magalhães (1480-1521), Cristóvão Colombo (1451-1506), Américo Vespúcio (1454-1512). Além destes, destacaríamos ainda:

Marco Polo (1254-1324)14 , explorador, mercador e embaixador veneziano (italiano), ou, um viajante em busca de descobertas da Idade Média (Século V até Século XV). Nasceu na cidade italiana de Veneza. Demonstrou grande interesse pelas viagens quando era adolescente. Junto com seu pai e seu tio, fez uma viagem da Itália para a China, vale dizer, rumo a Leste, entre os anos de 1271 a 1292, por terra e mar, na conhecida Rota da Seda, entre o Mediterrâneo, Oriente Médio, Sul da Ásia, Índia e China. Foram bem recebidos pelo imperador Kublain Khan e ficaram vivendo na China por um determinado tempo. A viagem de Marco Polo, pode ser traduzida como o efetivo surgimento da Globalização, que teve relevância jurídica e econômica nas relações internacionais.

Charles Darwin (1809-1882) pesquisador, naturalista, geólogo e biólogo britânico, célebre por seus avanços sobre a evolução nas ciências biológicas e autor da Tese da Evolução das Espécies ou do Evolucionismo, defendida nos seus livros “A Origem das Espécies15” e a “Descendência do Homem”. Realizou uma viagem que durou quase 5 (cinco) anos, com o objetivo de mapear a Costa da América do Sul. O navio utilizado nessa viagem, tinha o nome de HMS Beagle e, como Comandante, o Capitão Robert Fitzroy 16 . A rota marítima do HMS Beagle, começou na Inglaterra, em 1831, quando se dirigiu para o Brasil, com escalas em Salvador e Rio de Janeiro, seguindo viagem para o Uruguai, Argentina, passando prelo Estreito de Beagle , que é um estreito, separando as Ilhas do Arquipélago da Terra do Fogo, no extremo sul da América do Sul, além de ligar o Oceano Atlântico ao Oceano Pacífico, subindo a Costa da Patagônia, no Chile, até a Ilha Galápagos, pertencente ao Equador. Em seguida, foi para a Nova Zelândia, Austrália e África, retornando depois para a Inglaterra. Darwin constata que há muita diversidade do meio ambiente e que cada local, tem suas características, tanto na vegetação, quanto na fauna e flora. O Canal ou Estreito de Beagle , deve seu nome ao navio britânico HMS Beagle, que fez parte das missões hidrográficas, de Charles Darwin.

Roald Engelbregt Gravning Amundsen (1872-1928)17, foi um explorador norueguês das Zonas Polares. Atravessou a passagem Noroeste, que liga os Oceanos Atlântico ao Pacífico, na região norte do Canadá, em 1905. Liderou também, a primeira expedição a atingir o Polo Sul, em 14/12/1911, utilizando trenós puxados por cães. Foi o primeiro explorador a sobrevoar o Polo Norte, no dirigível Norge , em 1926. Ele foi a primeira pessoa a chegar a ambos os Polos, Norte e Sul.

Robert Falcon Scott 18 , foi um oficial da Marinha Real Britânica e um explorador britânico, que liderou expedição para a Antártida, a Expedição Terra Nova . Partiu de Cardiff, Wales ou País de Gales, no Reino Unido, para o Sul, em direção a Terra Nova, juntamente com Bowers, Wilson, Evans e Oates, em busca do Polo Sul, aportando em 17/01/1912, apenas 34 dias depois da expedição de Roald Amundsen (1872-1928), mas, infelizmente, perderam-se na volta e morreram, provavelmente, em 29 de março de 1912. Em novembro seus corpos foram encontrados por uma equipe de buscas. Anos depois (1920), foi fundado o Scott Polar Research Institute, na University of Cambridge.

Amyr Klink (1955)19 navegador, empreendedor e escritor brasileiro, orgulho do Brasil. Nascido na cidade de São Paulo, é filho de pai libanês e mãe sueca. Amyr Klink, é formado em Economia, pela Universidade de São Paulo - USP e Pós-graduado em Administração de Empresa, pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Foi o primeiro navegante, a fazer a travessia do Atlântico Sul, a remo, em 1984, a bordo do barco IAT .

É conhecido por suas expedições marítimas e teve o primeiro feito, amplamente divulgado, que ocorreu entre 12 de junho a 19 de setembro de 1984, quando, em 100 (cem) dias, realizou a travessia solitária, a bordo do Barco IAT, a remo, no Oceano Atlântico Sul, em um percurso de 7.000 (sete mil) quilômetros, entre a cidade de Luderitz, na Namíbia, no Continente da África e a cidade de Salvador, Bahia, Brasil, no Continente da América do Sul. A dimensões do Barco IAT , era de 5,94 metros de comprimento e, no máximo, 1,52 metro de largura. A presença de Amir Klink, em alto-mar, munido da certeza de que, seria bem-sucedido no seu projeto de atravessar o Oceano Atlântico, revela a história de um navegante, de um homem, que conviveu com a solidão, com seus sonhos e pensamentos, na sua luta pela sobrevivência e a inabalável confiança na vida, na perspectiva da existência humana, ou do existencialismo.

Barco a remo IAT e o seu Comandante, Amir Klink. Crédito de Imagem: Obvius Lounge. 20

Em 1986, Amyr Klink participou de uma expedição nacional à Antártica. Na volta, começou a projetar o “Veleiro Paraty ”. No dia 31/12/ 1989, Amyr Klink partiu de Paraty-RJ, Brasil, a bordo do veleiro para sua segunda grande Expedição, rumo aos extremos do mundo, que durou 13 (treze) meses no Continente Antártico, onde ficou isolado, no gelo, durante 7(sete) meses.

No dia 02/02/1991, partiu em direção ao Ártico. Após 5 (cinco) meses de navegação, no dia 04/10/1991, depois de 642 dias e 50 mil Km, retorna para a baía de Jurumirim, em Paraty-RJ, Brasil, completando a viagem;

Em 1994, Amyr Klink iniciou a preparação do “Veleiro Paraty 2 ”. No dia 31/10/1998, partiu da baía de Jurumirim, em Paraty-RJ, Brasil, e começou a viagem de circunavegação em torno da Antártica. O objetivo era partir de um ponto da Ilha Geórgia do Sul, e atravessar os Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico até retornar ao ponto de partida.

Em dezembro de 2003, depois de uma grande preparação do Veleiro “Paratii 2”, Amyr Klink deu início a mais uma expedição e desta vez com cinco tripulantes. O Paratii 2, tem 30 metros de comprimento (96 pés), 8,5 metros de largura (boca) e peso que varia de 75 toneladas a 110 toneladas (cheio). A viagem de circunavegação à Antártica durou 76 dias e percorreu 13,3 mil milhas náuticas, concluída em fevereiro de 2004. Nessa viagem tudo foi documentado permitindo a produção de uma série de 4 episódios, que teve vinculação internacional através do National Geographic Channel :O Continente Gelado os Oceanos Atlântico, Índico e Pacífico, até retornar ao ponto de partida.

Veleiro Parati 2. Navegou entre o Polo Norte e Polo Sul. Credito de Imagem: HF Urbanismo 21

Em face dessas Expedições, surgiram, entre outras, as seguintes obras, agora do escritor, Amyr Klink:Cem Dias Entre o Céu e o Mar” (1985, Editora J. Olympio); “Paraty Entre Dois Polos” (1992, Companhia das Letras); “As Janelas do Paraty” (1993, Companhia das Letras); “Mar Sem Fim” (2000, Companhia das Letras). “Linha D’Água - Entre Estaleiros e Homens do Mar” (2006, Companhia das Letras); e, "Não há Tempo a Perder" (2016, Editora Tordesilhas).

Registre-se por oportuno que o Brasil, há quase quatro décadas (desde 1982) criou o Programa Antártico Brasileiro - PROANTAR 22 , e tem se destacado num grupo de 27 países que possuem Bases científicas no Continente Antártico. Como atividade da Marinha, o Brasil possui a Base Científica denominada Comandante Ferraz, localizada nas proximidades da Península Antarctica, mais precisamente, na Ilha Rei George, nas Ilhas Shetland do Sul, numa Latitude estimada de 65º, Sul.

Esta Base23 proporciona aos cientistas e pesquisadores brasileiros, como oceanógrafos, geógrafos, geólogos, geofísicos, biólogos, ambientalistas, nas suas missões à Antártica realizadas normalmente no verão, a oportunidade de promoverem estudos e pesquisas em diversos campos do conhecimento, num continente de 9,5 milhões de Km2 e que pode chegar no período do inverno, à 13,5 milhões de Km2 e temperaturas negativas de até -90º Celsius.

Esta Base da Marinha possibilita ao Brasil estar inserido num grupo de países que estão obstinados a encontrar respostas aos diversos campos do conhecimento, notadamente, quanto às ações do homem no planeta e suas consequências, decorrentes das atividades urbanas e agroindustrial, que inexoravelmente, propiciam a excessiva produção de elementos químicos contaminantes e gases poluentes que interferem no meio ambiente e em todos os ecossistemas do globo. Com isso o país tem a possibilidade de ter voz nos Fóruns Internacionais para a discussão de matérias relativas ao clima e ao meio ambiente. Na realidade, o Brasil com um pé na Antártica, se projeta nos campos estratégicos e científicos, de modo a elevar a sua importância política, nas relações Sul-Sul e Norte Sul.

Diga-se, também, que a relação entre o homem e o mar, envolveu os imigrantes italianos que vieram para o Brasil. No final do Século XIX, diante de dificuldades e da crise, italianos, sem perspectivas, outros até desprovidos de qualquer instrução ou profissão, ouviam com atenção, que na AMÉRICA, haveria possibilidade de se encontrar trabalho e fazer riquezas. O fato é, que para uma parcela de um povo, despertou nestes italianos, a disposição de migrarem para a AMÉRICA, o que de fato aconteceu. O movimento migratório ocorreu nos mais variados Países, motivo pelo qual, os imigrantes italianos partiram para a Argentina, Uruguai, Brasil, Venezuela, México, Estados Unidos e Canadá. No final do Século XIX, cerca de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) italianos imigraram para o Brasil.

Assim, entre tantos imigrantes italianos, que fizeram a travessia do Oceano Atlântico, talvez, o mais notável, foi o Conde Francesco Matarazzo, que teve a sua história contada na obra "Matarazzo: A Travessia ", do historiador, Ronaldo Costa Couto24. Todavia, destaque-se também, o avô do autor deste Artigo, Paolo Dell’Agnese, imigrante italiano e sua Família, que partiu do Porto de Gênova, na Itália, em 27/10/1895, procedendo a travessia do Atlântico, e desembarcou no Porto de Santos - SP, no Brasil, em 18/11/1895, a bordo do Navio (Vapor) Fortunata Raggio 25 ,

Diga-se, o Fortunata Raggio foi construído em 1883, pelo armador britânico, Mr. D.P. Garbutt, no estaleiro da cidade de Hull, na Inglaterra, e foi lançado ao mar, com o nome de Bell Rock. Com dimensões de 103,8m x 12,8m x 8,5m e 3.348 toneladas, era equipado com motor de 266/Nhp de expansão tripla. Tinha capacidade para transportar 1.815 passageiros. Cite-se como referência, o navio RMS Titanic, comissionado em 1912, com as seguintes dimensões: 269m comprimento x 53m altura x 28m de largura, e 46.000 toneladas e 2.435 passageiros

O Bell Rock foi vendido em 1887, para a Societá Italiana di Transporti Marittimi Raggio & Co., e renomeado como Fortunata Raggio , em homenagem à matriarca da família. Posteriormente, após outras missões, o Fortunata Raggio, foi torpedeado em 30/04/1917, durante a I Guerra Mundial, pelo submarino alemão U-62, comandado pelo capitão Ernest Hashagen, e afundou há cerca de 130 milhas, a Oeste das Blaskets Islands, próximo a Fastnet Rock, na Costa da Irlanda.

Registre-se que no Século I a.C.26, os romanos viviam ativamente o seu processo de expansão econômica e territorial. Na medida em que Roma se transformava em um Império de dimensões gigantescas, a necessidade de desbravar os mares, se colocava como elemento fundamental para o fortalecimento de uma das mais importantes potências de toda a Antiguidade. Foi nesse contexto que o General Pompeu, por volta de 70 a.C., foi incumbido da missão de transportar o trigo das províncias, para a cidade de Roma. Neste sentido, aos marinheiros, que tinham medo de sair do porto durante uma tempestade, com o objetivo de trazer de volta grãos para os romanos famintos, o General Pompeu, encorajava os marinheiros receosos, citando a frase “Navigare necesse, vivere non est necesse ”. (Navegar é preciso; viver não é preciso). Seguiu o Século XIV, e o poeta italiano, Francesco Petrarca (1304-1374) reafirmava a expressão, “Navegar é preciso, viver não é preciso''.

Assim, talvez, o maior tributo aos grandes navegadores, pode ser evidenciado no texto de Fernando Pessoa (1888-1935)27, poeta, filósofo, dramaturgo, ensaísta, tradutor, publicitário, astrólogo, inventor, empresário, crítico literário e comentarista político português, no Poema, "Navegar é preciso; viver não é preciso", a saber:

Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:

" Navegar é preciso; viver não é preciso".

Quero para mim o espírito desta frase,

transformada a forma para a casar como eu sou:

Viver não é necessário; o que é necessário é criar.

Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.

Só quero torná-la grande,

ainda que para isso tenha de ser o meu corpo

e a (minha alma) a lenha desse fogo.

Só quero torná-la de toda a humanidade;

ainda que para isso tenha de a perder como minha.

Cada vez mais assim penso.

Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue

o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir

para a evolução da humanidade.

É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça."

Assim, seja pelas magníficas conquistas de novas terras pelos grandes navegadores, seja pela obra O Velho e o Mar , que relata a história de um obstinado marinheiro, um velho pescador, Santiago, que, há dias, não pescava um peixe, e, quando finalmente consegue fisgar um grande peixe, inicia-se um conflito interno e externo, entre a sorte e a necessidade de pescar, vale dizer, revela a complexa relação entre o homem e a natureza, entre o homem e a conquista do mar.

Embora a maior bacia hidrográfica do Brasil e do mundo, seja a Bacia Amazônica, que é constituída por todos os rios, córregos, ribeirões e demais cursos de água do Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil, que desaguam no Rio Amazonas, neste artigo, focalizamos o mar.

Mar este, que pode esconder ou apontar os mistérios, na calmaria de suas águas, na imponência de suas ondas revoltas ou no abismo de suas profundezas, estabelecendo a harmonia entre o iminente perigo e a liberdade de navegar, evidenciando, em cada viagem ou expedição, um horizonte sem fim, na busca de novos mundos, para serem explorados pelos sonhos dos navegantes ou dos pescadores, sempre a bordo e no comando de suas naus, que aceitam, incondicionalmente, os infinitos desafios do mar, pois, navegar é preciso, viver não é preciso, como já enfatizou o poeta.

Sobre o autor
René Dellagnezze

Doutorando em Direito Constitucional pela UNIVERSIDADE DE BUENOS AIRES - UBA, Argentina (www.uba.ar). Possui Graduação em Direito pela UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES - UMC (1980) (www.umc.br) e Mestrado em Direito pelo CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL (2006)(www.unisal.com.br). Professor de Graduação e Pós Graduação em Direito Público e Direito Internacional Publico, no Curso de Direito, da UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ, Campus da ESTACIO, Brasília, Distrito Federal (www.estacio.br/brasilia). Ex-Professor de Direito Internacional da UNIVERSIDADE METODISTA DE SÃO PAULO - UMESP (www.metodista.br).Colaborador da Revista Âmbito Jurídico (www.ambito-juridico.com.br) e e da Revista Jus Navigandi (jus.com. br); Pesquisador   do   CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL;Pesquisador do CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO - UNISAL. É o Advogado Geral da ADVOCACIA GERAL DA IMBEL - AGI, da INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL (www.imbel.gov.br), Empresa Pública Federal, vinculada ao Ministério da Defesa. Tem experiência como Advogado Empresarial há 45 anos, e, como Professor, com ênfase em Direito Público, atuando principalmente nos seguintes ramos do Direito: Direito Constitucional, Internacional, Administrativo e Empresarial, Trabalhista, Tributário, Comercial. Publicou diversos Artigos e Livros, entre outros, 200 Anos da Indústria de Defesa no Brasil e "Soberania - O Quarto Poder do Estado", ambos pela Cabral Editora (www.editoracabral.com.br).

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