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A similaridade sintética das pessoas no Brasil

Agenda 01/02/2022 às 13:33

Alex de Souza Terra¹

Wagner de Souza Muniz²

A Operação Lava Jato", conhecida por ser uma ação de combate à corrupção, desencadeou histórias passadas por detrás da política brasileira. Nesse sentido, milhares de brasileiros acabaram desacreditando num futuro sem corrupção por não ver fazer valer a sua própria Constituição. Diante disso, podemos inferir a existência da cultura da corrupção no nosso país, bem como da inexistência de confiabilidade das pessoas no governo que as regem.

É importante ressaltar a existência de uma cultura enraizada em nosso país, visto que todos os povos são cativos de costumes adquiridos ao longo do tempo. Na obra contemporânea Sapiens Uma Breve História da Humanidade do escritor israelense Yuval Harari onde é retratada a evolução dos seres humanos sob a perspectiva de adequação de suas culturas a partir das oportunidades e necessidades que apareciam. Similar à obra, é possível observar como a corrupção tornou-se uma via para aqueles que têm a conveniência de se desviar através dela e como ao longo dos anos essa problemática virou um hábito. Nesse olhar, assim como os nossos primatas, vivemos debaixo de uma relação criada pelo suborno dentro da política brasileira.

Os índices nos últimos dez anos, pós-inúmeros escândalos, nos mostram claramente a relação das pessoas com o governo em suas intenções de votos e a sua confiança em algum lado. O documentário Democracia em Vertigem dirigido por Petra Costa, relata de maneira delicada, como o país sofreu durante o período do regime militar que veio com a proposta de combater as ideologias comunistas no Brasil. Equivalente ao documentário é possível observar como a história se repete em nossos dias, singularizando a ideia de repetição pelo costume adquirido ao longo das décadas. Diante desse aspecto, é notório que não é apenas as formas de governo que se repetem ou as formas de suborno, mas também a forma que reivindicamos por ela.

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É indubitável, portanto, saber como as nossas ações e manifestações são uma programação de uma oportunidade que algum dia nos antecedeu e que as nossas reações são exatamente semelhante a que alguém já teve. Resta saber se, poderia tornar impossível essa afirmação diante da história que segrega o nosso país bem como mudar o pensamento sintético que precisa sempre ser dessa maneira e assim evitar que haja vista outras operações de combate à corrupção como a Lava a Jato.

Artigo de Alex de Souza Terra e Wagner de Souza Muniz publicado na Revista Digital Aldeia Magazine e também disponível no Jornal Notícias de São Pedro da Aldeia, através do link: <https://noticiasdesaopedrodaaldeia.com.br/aldeia-magazine-edicao-26-janeiro-2022-no-01/>

Sobre o autor
Wagner Muniz

Mestrando em Direito Público e Evolução Social (PPGD/UNESA/RJ), Intercambista na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos (USA). Espec. em Ciências Criminais e Direito Internacional (UniAmérica/PR), Graduando em Gestão Pública (FGV), Bacharel em Direito (Estácio, campus Cabo Frio/RJ), Voluntário no UNICEF BRASIL, atuou como Estagiário da Justiça Federal (TRF-2, SJRJ), Palestrante, Ativista Social pela Educação, Informação e Participação Sociopolítica Juvenil, Influenciador Digital e Mobilizador Social. Wagner é morador de São Pedro da Aldeia - RJ e atua em prol da Defesa dos Direitos Humanos de Crianças, Adolescentes e Jovens. Possui experiência ampla na área de Direito Público, com ênfase em Direito Penal, Processo Penal, Execução Penal, Direitos Humanos, Constitucional e Internacional. Também possui experiência com atuações em Direito Eleitoral, Jornalismo, Comunicação, Marketing, Planejamento de Campanha, Criação de Imagem e Discurso Político, Gestão Pública e Ciência Política. Esteve como Monitor em Direito Penal e Processo Penal e Direito Público, também, como Padrinho Veterano do Curso de Direito (2020-2022) da Universidade Estácio de Sá, campus Cabo Frio-RJ.

Informações sobre o texto

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