O ano de 2021 registrou um recorde histórico de empresas abertas no Brasil, mas você sabe quais os riscos de abrir uma empresa?
Segundo o Mapa de Empresas do Ministério da Economia, o país alcançou o marco de 4.026.776 novas empresas, um aumento de 19,7% em relação a 2020.
Mas o percentual de empresas fechadas cresceu 34,6% de 2020 para 2021. No período de um ano, 1.410.870 empresas encerraram suas atividades.
Para evitar que sua empresa feche as portas, elencamos quais os riscos de abrir uma empresa enfrentados pelos empreendedores e quais cuidados devem ser tomados para garantir a sobrevivência do seu negócio.
Baixa atratividade do negócio
Não basta ter uma ideia de produto/serviço. Sua ideia precisa atender e satisfazer as necessidades e os desejos dos clientes-alvo melhor do que os concorrentes.
E como identificar uma oportunidade de negócio?
Estudando o mercado a fundo.
O sucesso de uma empresa depende de um bom planejamento. Antes de abrir uma empresa é necessário fazer uma análise de mercado e conhecer seu cliente em potencial para entender as necessidades que motivam a compra.
Dessa forma, o empreendedor deve coletar dados, como idade, gênero, classe social e preferências de seu público-alvo, de modo a assegurar que os produtos/serviços certos sejam comercializados para os clientes certos e da maneira certa, diminuindo assim os riscos de abrir uma empresa.
Falta de segmentação
A máxima não é possível agradar a todos é verdadeira até mesmo no mundo dos negócios.
O mercado é muito diversificado: os consumidores apresentam diferentes necessidades e desejos.
Por isso, as empresas precisam identificar os segmentos de mercado em que poderão atender com eficácia.
Ou seja: para quem especificamente poderá vender.
E essa decisão requer um profundo entendimento do comportamento do consumidor.
É necessário examinar as diferenças demográficas, perfis de consumo (estudo do estilo de vida, atividades, interesses etc.) e comportamentais entre os consumidores.
Oferecer "mais do mesmo"
A diferenciação de um produto ou serviço é fundamental para que a empresa se destaque em meio à concorrência.
Uma extensa variedade de parâmetros incluindo forma, características, customização, desempenho, conformidade, durabilidade, confiabilidade, facilidade de reparo, estilo, facilidade de pedido, entrega, instalação, treinamento ao cliente, orientação ao cliente e manutenção e reparo pode afetar a preferência de um produto/serviço sobre outro.
De acordo com Philip Kotler e Kevin Lane Keller, referências na área do Marketing, em uma economia em rápida mutação, a inovação contínua é questão de necessidade.
Concorrência forte
Todo empresário deve monitorar a concorrência e se manter atualizado sobre as tendências e novidades do mercado.
Frequente capacitação e visão empreendedora são requisitos para quem quer abrir uma empresa.
Lançar mão do benchmarking também é importante.
Trata-se de uma ferramenta de gestão que permite medir como a sua empresa está se saindo em relação à concorrência.
Consiste em analisar as melhores práticas usadas por empresas do mesmo setor.
Má gestão do capital de giro
O capital de giro é a diferença entre os recursos disponíveis em caixa e a soma das despesas.
Ele é utilizado para pagar as contas enquanto o empresário não recebe o dinheiro das vendas.
Portanto, sem o capital de giro, a empresa entra no vermelho.
Para manter um capital de giro satisfatório é recomendável identificar e cortar gastos, saber negociar com fornecedores e clientes, além de antecipar pagamentos a receber.
O capital de giro não deve ser usado para cobrir despesas, a menos que seja absolutamente inevitável, e a empresa só deve recorrer a empréstimos se possuir garantias futuras para quitá-los.
Sobrecarga
Outra ameaça enfrentada é a sobrecarga de trabalho. Isso porque, ao abrir uma empresa, o empresário costuma ser responsável por tudo desde o planejamento até a operacionalização do negócio , pelo menos inicialmente.
Conforme a pesquisa O céu e o inferno do empreendedorismo, elaborada pelo Sebrae-SP em 2014, 55% dos empreendedores disseram se sentir pressionados por tudo depender deles.
Fatores adversos
Por fim, fatores adversos, como crises na economia, política e saúde, podem impactar diretamente as empresas.
A pandemia de Covid-19, por exemplo, ocasionou a suspensão de atividades, o afastamento de funcionários, a adaptação às novas regras de funcionamento, a falta de matérias-primas e insumos, entre outros desafios.
Por isso, é sempre importante ter um advogado para te auxiliar na melhor estratégia jurídica possível!