~~Pesquisa realizada por Leme & Marturano (2014) concluiu que a relação do (s) filho (s) com o pai biológico parece interferir no bem-estar psicológico da criança.
Através de uma pesquisa qualitativa com amostras por conveniência com 160 mães (33 de famílias nucleares, 33 separadas há menos de três anos, 33 separadas há mais de três anos, 31 recasadas a menos de três anos e 30 recasadas há mais de três anos, em cinco escolas municipais do interior do Estado de São Paulo, conclui-se que as pesquisas e intervenções educacionais precisam disseminar as práticas de mediação familiar e da guarda compartilhada com vistas a impedir a alienação parental.
Os achados do estudo identificaram que muitas variáveis presentes no ambiente familiar se correlacionaram positivamente com os indicadores de ajustamento infantil presentes no contexto escolar.
Nas análises de regressão sem a família nuclear, a variável qualidade da relação da criança com o pai biológico passou a ser o principal preditor de competência acadêmica, com um aumento no poder de predição de 2% para 7% da variância.
As mães participantes do estudo residiam com as crianças, e foram elas que avaliaram as práticas parentais nas interações cotidianas da criança com os pais biológicos.
Fonte: LEME, Vanessa Barbosa Romera e MARTURANO, Edna Maria. Preditores de comportamentos e competência acadêmica de crianças de famílias nucleares, monoparentais e recasadas. Psicol. Reflex. Crit. [online]. 2014, vol.27, n.1 [citado 2017-01-16], pp.153-162.
Sociólogo (USP). Especializado em metodologia de pesquisa (CEBRAP) e Gestão Pública (UFT). Mestre em Ciências Humanas e Sociais (UFABC). Fundador e coordenador executivo do Observatório da Guarda Compartilhada.
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