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A paternidade segundo a pesquisa "Helping Dads Care Brasil"

Por Fernando Valentin do Observatório da Guarda Compartilhada

A paternidade no Brasil

Dove Men + Care e Promundo se associaram para realizar a pesquisa HELPING DADS CARE com o objetivo de investigar os motivos pelos quais os homens não tiram a licença paternidade, e de que modo poderiam se envolver mais na criação de seus filhos e filhas.

O estudo foi realizado online entre setembro de novembro de 2018. Ao todo respodenram ao questionário um total de 1141 homens (sendo 790 pais) e 540 mulheres (sendo 380 mães). Cerca de 55% dos entrevistados tinham entre 35 e 45 anos e idade e se diziam brancos. Metade da amostra residia na região Sudeste e 51% da amostra total afirmou estar empregada no momento em que a pesquisa foi realizada. Cerca de 41% dos entrevistados disseram ter renda familiar anual de 3 mil reais ou menos.

Principais resultados da pesquisa:

OS DESEJOS

a) 82% dos homens manifestaram desejo de se envolver mais com os filhos e filhas durante as primeiras semanas ou meses de vida;

A LICENÇA PATERNIDADE

b) menos de 1/3 dos homens (pais) que tinham direito a licença paternidade gozaram desse benefício dos 05 dias previstos em lei;

c) 87% dos homens e 93% estão satisfeitos com a política de licença paternidade no Brasil;

AS CRENÇAS

d) 78% das mães afirmaram que os homens deveriam tirar toda e qualquer licença disponível para que possam se relacionar mais com os filhos;

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e) 64% dos pais entrevistados disseram que estariam dispostos a fazer um curso de pai para aumentar a licença paternidade de 5 para 20 dias;

NO MUNDO DO TRABALHO

f) Apenas 44% das mães e 48% dos pais acreditam que seus superiores hierárquicos os apoiariam em ter um bom equilíbrio entre vida pessoal e profissional;

g) 33% dos pais e 27% das mães relataram perder eventos importantes na vida de suas/eus filhas/os por conta do trabalho;

h) 52% dos pais e 47% das mães afirmaram que terão que trabalhar um pouco durante a licença paternidade e maternidade;

O CUIDADO PARENTAL

i) 37% dos pais e 34% das mães dizem que não têm tempo suficiente para fazer tudo o que deveriam com seus/uas filhos/as;

j) 59% dos homens se dizem satisfeitos com seu envolvimento com seus filhos e filhas, e 69% das mulheres afirmaram o mesmo;

k) 76% dos pais se dizem competentes para o exercício dos cuidados parentais, 75% das mães corroboram essa afirmação;

A INSEGURANÇA ECONÔMICA

l) 28% dos pais e 18% das mães apontaram que essa era a principal causa, seguida pelo medo de perder o emprego (22% para pais e para mães). Da mesma forma, 28% dos pais e 33% das mães sentiram que as finanças da família seriam muito afetadas negativamente se tirassem suas licenças.

Acesse a pesquisa na integra em:  https://promundo.org.br/recursos/spb2019/

Sobre o autor
Observatório da Guarda Compartilhada - @OBGCBRASIL

Criada em 2014 pelo sociólogo Fernando Farias Valentin, é hoje a maior plataforma de formação parental em língua portuguesa em questões de divórcio, alienação parental e guarda de filhos.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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