É comum em livros de direito societário, fazerem uma tradução literal da palavra inglesa holding para identificar que isso significa uma empresa que tem controle de outras (onde a palavra controle vem da tradução, segurar). Mas não é isso!
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, as pessoas que possuem uma ação de uma empresa são chamadas de shareholders1, ou seja, o sentido é de ser "portador" de um título de acionista (sócio) daquela companhia.
No entanto, apenas ser sócio ou acionista de uma empresa não é uma atividade econômica. Até porque é a empresa que realiza a atividade econômica e não os seus sócios pessoalmente.
Se eu tenho uma ação da LATAM, por exemplo, isso não me torna um profissional da aviação civil, pois é a Companhia Aérea quem exerce essa atividade2 e não os seus sócios/acionistas.
Por isso, há 3 séculos atrás, quando se autorizou uma empresa ter ações de outras na Inglaterra e depois nos EUA (ou seja, ser um shareholder de outra empresa), criou-se uma atividade econômica fictícia, chamada holding.
No Brasil, essa autorização só chegou há pouco mais de 40 anos. E, apesar desse sistema ser tão mais novo no Brasil que nesses outros países, ora ora... já são mais de 40 anos. Por que, então, praticamente não se ouvia falar de Holding até agora? Até agora!
Essa autorização legislativa para existir uma empresa que não precisa realizar nenhuma atividade econômica propriamente dita, que possa existir apenas com a intenção de participar de outros negócios, consta da Lei de Sociedades Anônimas, a Lei de Sociedades Anônimas3. E esse é o problema.
Quantas pessoas você conhece que são "donas" de uma empresa S/A?
As chances são que a maioria das pessoas que lêem este artigo digam que nunca conheceram alguém que fosse "dono" de uma companhia S/A. Isso porque as S/A's no Brasil são empresas para poucos na verdade, para bem poucos, apenas para as grandes fortunas não é para os mais ricos estamos falando apenas dos bilionários!
Com isso, o sistema de Holding permaneceu escondido da família brasileira durante muitas décadas. Mas isso acabou
Desde 2008, meu escritório vinha atuando com Holdings Familiares, no entanto de forma ainda muito restrita, até mesmo elitista, atendendo apenas famílias muito abastadas.
Até que, em 2014, tivemos um cliente que mudou os rumos da nossa advocacia.
Era para ser apenas um Inventário. No entanto, mesmo após termos entregue a solução jurídica buscada pelo cliente, sentimos muito pesar, pois ele terminou o caso pior do que começou. O cliente precisou vender o imóvel que viveu com os pais apenas para pagar as despesas do inventário.
Entenda um pouco as contas envolvidas neste inventário:
Patrimônio: apenas 1 imóvel, adquirido há 20 anos
Valor de Aquisição: R$ 250.000,00
Valor atual: R$ 1.150.000,00
Despesas do inventário:
Imposto (7%): R$ 80.500,00
Cartório de Notas: R$ 5.000,00
Certidões: R$ 3.000,00
Registro de Imóveis: R$ 7.000,00
Honorários (7%): R$ 80.500,00
Total: R$ 176.000,00
Perda Patrimonial: 15%
Problema4: o cliente não tem R$ 176 Mil.
Única solução: vender o imóvel.
Novo Problema5: deságio
Valor da Venda: R$ 920.000,00
Novo Problema6: Lucro Imobiliário
Imposto de Renda: R$ 100.500,00
Retomando as contas:
Inventário: R$ 176.000,00
Imposto de Renda: R$ 100.500,00
Deságio na venda: R$ 230.000,00
Saldo do herdeiro: R$ 643.500,00
Perda patrimonial: R$ 506.500,00
44% do patrimônio perdido no Inventário!
Eu percebi ali que o sistema de Inventário foi responsável por uma redução de mais de 40% do patrimônio daquela família.
Não foi só perda de dinheiro. O cliente teve que se mudar da casa em que foi criado pelos pais. Ele teve que se mudar até mesmo do bairro em que viveu, pois o que sobrou só lhe permitiu comprar um apartamento em um bairro mais simples.
Se, por um lado, doeu materialmente no cliente, em mim doeu no senso de responsabilidade social.
Eu conhecia um caminho para que as famílias pudessem evitar que seus filhos passassem pelo Inventário. Até então, esse sistema só estava à disposição dos bilionários e nós o estávamos colocando a serviço apenas das famílias muito abastadas
Mas era um equívoco esse sistema poderia ser empregado por famílias de qualquer tamanho de patrimônio, qualquer um!
Esse sistema é a Holding Familiar. E eu sentia que precisava popularizar o tema o máximo que pudesse. Justamente para que nunca mais vivesse o dissabor que eu vi aquele cliente passar.
Nessa trajetória, comecei realizando muitas palestras presencialmente, mostrando às pessoas os males que o Inventário causa às famílias e como a Holding Familiar funciona como um antídoto a esse mal.
Foram centenas de palestras, durante muitos meses, em média duas vezes por semana, em que eu me limitava a levar informação às pessoas nos mais diversos ambientes onde pudessem estar meu público algo, qualquer pessoa que tivesse patrimônio e herdeiros: condomínios, feiras, eventos, empresas, grupos de amigos, etc.
Mas nada tinha mais impacto do que quando eu palestrava para outros advogados em auditórios da OAB ao ensinar outros advogados a atuarem com Holding Familiar, eles se tornavam multiplicadores deste grande antídoto social e isso contribuía fortemente para difundir o tema.
A partir de 2017, então, começamos a adotar uma mecânica diferente, utilizando ferramentas de marketing digital para ampliar nosso alcance.
Não demorou muito até que desenvolvemos um poderoso método, construído pela modelagem de um complexo daquelas ferramentas de marketing digital para formarmos uma estratégia de captação de clientes jamais vista no Brasil e no mundo. Nascia ali o método AURUM.
Em síntese, o AURUM parte da entrega honesta de muita informação. Não se vende nada, não se insinua nada, nem mesmo se disponibiliza contato, nada é totalmente contra intuitivo mesmo o objetivo é (e tem que ser) estritamente honesto de elevar o grau de consciência das pessoas sobre o problema para o qual o nosso serviço entrega a solução.
E o mais difícil de se intuir é porque se trata de um "jogo de rejeição que é muito bem-vindo. Mas sempre foi um jogo de rejeição. A diferença é que num volume pequeno, a rejeição representa a inexistência de resultado.
Vejamos hoje em dia, realizamos palestras e seminários online que são assistidos por 5.000 pessoas, dos quais 60 tornam-se clientes. Isso representa uma conversão de 1 cliente para cada 83 espectadores.
Agora, imagine uma jornada de 50 palestras em condomínios da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Era o que eu fazia até 2017. Em média 2 por semana (25 semanas = mais de 6 meses). E o pior é que raras eram as vezes em que tínhamos 83 presentes. Para falar a verdade, em menos de 10% delas.
Recapturando: 6 meses de trabalho, 50 palestras, um esforço físico descomunal e 5 clientes de Holding Familiar, menos de um por mês. Em verdade, eu nem tinha do que reclamar, pois se trata de um serviço que não era barato, o que me gerava um excelente resultado.
Mas, como você vê, nada se compara à força das estratégias online, ainda que seja um jogo de rejeição... daquelas 60 milhões de pessoas alcançadas em nossos perfis de Facebook e Instagram em 3 anos, tivemos menos de 42 mil pessoas assistindo nossas palestras ou seminários. São quase 1.430 pessoas alcançadas para cada 1 expectador que temos. Mas isso nos trouxe mais de 500 clientes em três anos.
Em janeiro de 2019, quando me mudei para os Estados Unidos e continuei atuando de forma virtual em meu escritório na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, percebi que a melhor forma de popularizar o tema seria utilizar aquelas mesmas ferramentas digitais para levar o tema a outros profissionais, para que estes fossem a ponte de difusão da solução que a Holding Familiar entrega à vida das pessoas.
Aliás, mais do que apenas ensinar aos advogados a técnica de Holding Familiar como ferramenta de Planejamento Patrimonial da Família, era preciso ensinar a eles o AURUM.
E ali, inaugurei uma ostensiva campanha de popularização da Holding Familiar nas redes sociais, agora ensinando outros advogados a realizar o mesmo que eu vinha fazendo em meu escritório, através do AURUM.
Em outubro de 2019, nasceu então o Treinamento Holding Master, que hoje conta com mais de 5.000 alunos.
Mas sejamos justos a pandemia contribuiu para acelerarmos em 10 vezes a proliferação do tema na sociedade brasileira.
Entre 2020 e 2021, com o novo normal de larga utilização de ferramentas de comunicação online, bem como de maior aceitação pela contratação de serviços online por pessoas das mais diversas faixas etárias, inauguramos o primeiro serviço de advocacia 100% online do Brasil.
Desde a captação do cliente, passando pelo atendimento, contratação, execução do serviço, pagamento e a entrega final, Holding Familiar passou a ser realizada totalmente online pelo nosso escritório e pelos profissionais que mentoramos.
Essa conjunção foi explosiva para hoje chegarmos à popularização do tema Holding Familiar que você mesmo já tem constatado.
Para entender a grandiosidade dos números envolvidos nessa "explosão", hoje temos:
mais de 60 Milhões de brasileiros que já se depararam com nossas postagens nas redes sociais algum dia;
mais de 20 Milhões já assistiram pelo menos um dos vídeos em que falamos de Holding Familiar;
mais de 150 Mil profissionais já fizeram nossos cursos gratuitos;
mais de 5.000 alunos em nosso treinamento avançado;
mais de 450 integram nossa mentoria de alto desempenho, batizada com o nome do método, AURUM;
uma comunidade com mais de 3.600 profissionais atuantes em Holding Familiar em todo o país, chamado Time Holding Brasil.
Esses números, apesar de expressivos, são apenas a ponta do iceberg
No ano de 2021, premiamos mais de 300 membros do Time Holding Brasil com a "Placa de Nível Ouro" por terem ultrapassado uma marca de ganhos mensais superiores ao salário de um ministro do STF e quase 10 vezes acima da média de remuneração do advogado no Brasil.
Esses números, por sua vez, são resultados da atuação desses profissionais que, somados, ajudaram mais de 8.000 famílias a organizarem e protegerem cerca de R$ 60 Bilhões em patrimônio.
Nessa militância, esses profissionais ainda geraram mais de 1.000 postos de trabalho diretos. Para si, somados, eles ultrapassaram a marca de R$ 126 Milhões.
E é por isso que, hoje, não por acaso, o tema Holding Familiar tem se tornado cada vez mais popular no país.
Aliado a tudo isso, vale atentar ao fato que, via de regra, nossos clientes buscam esse serviço em benefício de seus filhos e não para si. Por isso, defendemos a máxima de que a Holding Familiar representa um ato de amor dos pais para que seus filhos jamais passem pelo momento de horror que é o inventário.
BIBLIOGRAFIA
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro, Volume 7: Direito das Sucessões. 11 ed, São Paulo: Saraiva, 2017.
FARIAS, Cristiano Chaves de & ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil Volume 7: Sucessões. São Paulo: Atlas, 2015.
COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de Direito Comercial: Direito de Empresa. 23 ed, São Paulo: Saraiva, 2011.
BORBA, José Edwaldo Tavares. Temas de direito comercial. Rio de Janeiro: Renovar. 2007.
LAMY FILHO, Alfredo & BULHÕES PEDREIRA, José Luiz. A Lei das S.A - Volume 1. 3 ed, Rio de Janeiro: Renovar, 1997.