Regras básicas da ABNT para trabalhos acadêmicos

Trabalhos acadêmicos

27/10/2022 às 09:48
Leia nesta página:

As regras básicas da ABNT para trabalhos acadêmicos.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas ou ABNT é uma entidade privada que foi fundada no ano de 1940 sem fins lucrativos que cuida de diferentes normatizações no país. Ou seja, ela estuda e propõe formas de sistematizar processos, sejam eles de cunho acadêmico, tecnológico, industrial, produção de serviços, entre outros.

Um trabalho ABNT deve constar o nome da instituição, curso, autor(a), título do trabalho, cidade e ano. Apresenta nome do(a) autor(a), título, cidade e ano e uma breve nota descritiva com o objetivo do trabalho e o nome do(a) orientador(a). No caso de TCCs, dissertações de mestrado e teses de doutorado, esta folha é imprescindível.

Esta pesquisa é bibliográfica, documental e explicativa, justifica-se pela extrema importância das regras da ABNT nos trabalhos acadêmicos.

 

1    DA ESTRUTURA BÁSICA PARA TRABALHOS ACADÊMICOS

a)  Elementos pré-textuais:

 

·     Capa (obrigatório)

·     Folha de rosto (obrigatório)

·     Folha de Aprovação (obrigatório)

·     Dedicatória (opcional)

·     Agradecimentos (opcional)

·     Epígrafe (opcional) - trata-se de um pensamento, frase, poesia ou música que tenha alguma relação com o tema da monografia. Se o texto não tiver alguma relação com o tema, não pode ser utilizado como epígrafe.

·     Resumo na língua vernácula (obrigatório)

·     Resumo em língua estrangeira (obrigatório)

·     Sumário (obrigatório)

 

b)   Elementos textuais: (todos obrigatórios)

 

·     Introdução

·     Desenvolvimento (será dividido em capítulos)

·     Conclusão

 

c)   Elementos pós-textuais:

 

·     Referências (obrigatório)

·     Glossário (opcional)

·     Apêndices (opcional) Trata-se de material utilizado como fontes de informação e coleta de dados, mas é um material produzido pelo próprio pesquisador, como, por exemplo, questionários, entrevistas, relatórios, gráficos etc.

·     Anexos (opcional) Trata-se de material utilizado como fontes de informação e coleta de dados, mas é não é um material produzido pelo próprio pesquisador e, sim, por terceiros. Exemplo: projetos de lei, documentos etc.

 

2    DA FORMATAÇÃO

 

·     Espacejamento: 1, 5 para os elementos textuais; simples para os elementos pré e pós-textuais

·     Margem: Superior: 3cm; Esquerda: 3cm; Direita: 2cm; Inferior: 2cm

·     Fonte: Times New Roman

·     Tamanho da fonte: 12 para o corpo do texto e 11 para o recuo nas citações diretas com mais de três linhas

·     Paginação: fica na margem superior direita. Capa e folha de rosto contam como uma única página, os outros elementos pré-textuais contam normalmente, só que não são enumerados, o número fica omitido. Soment e a partir da Introdução, que colocamos o número.

·     Recuo do parágrafo: 1, 25 cm

·     Distância entre os parágrafos: 6pt

·     Distância entre o texto e o subcapítulo, e entre este e o texto seguinte: 2 espaços 1,5

 

3    DAS REFERÊNCIAS

 

·     Livro com 1 autor:

FAULCSTICH, Enilde L. de J. Como ler, entender e redigir um t exto. 6. ed. Petrópolis: Vozes, 1996.

·     Livro com até 3 autores:

BARUFFI, Helder; CIMADON, Aristides. A metodologia científica e a ciência do Direito. 2. ed. Dourados: Evangraf, 1997.

·   Livros com mais de 3 autores:

LUCKESI, E. (Org.) et alii. Fazer universidade: uma proposta metodológica. São Paulo: Cortez, 1991.

·     Quando é o mesmo autor, substitui-se o seu nome por um travessão equivalente a seis espaços.

·     Livros com volumes

SILVEIRA, August o. História da humanidade. 2. ed. São Paulo: Atividade, 1999, v.3.

 

·     Revistas e periódicos

TOURINHO NETO, F. C. Dano ambiental. Consulex, Brasília, DF, ano 1, n. 1, p. 18- 23, fev. 1997.

·     Jornais

LANDIM, P. M. B. Situação dramática. Folha de São Paul o, São Paulo, 9 de j an. 1991. Cidades, p. 8.

·     Legislação

BRASIL. Código civil (2002). 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

·     Livros escritos por vários autores, mas utilizamos como fonte de pesquisa somente 1 capítulo cuja autoria é de uma só pessoa

PIZARRO, Ana. Palabra, literatura y cultura en las formaciones discursivas coloniales. In: PIZARRO, Ana (Org.) América Lat ina, Pal abra, Literatura e Cultura. Campinas: UNICAMP, 1993.

·     Artigos publicados na internet

PLASSAT,    Xavier. Trabalho escravo no Brasil, até quando? Disponível em: <www.dhnet.org.br> Acesso em 19 de mar de 2004.

 

3.1   DO ESPACEJAMENTO NAS REFERÊNCIAS

 

·     As Referências devem ser organizadas em ordem alfabética.

·     O espaço deve ser 1, 5 entre uma referência e outra, e simples dentro de uma mesma referência.

 

 

Ex:

 

ARIOSI, Mariângela. Manual de redação jurídica. Rio de Janeiro: Edit ora Forense,  2003.

 

DAMIÃO, R. T. ; HENRIQUES, Antônio. Curso de Português Jurídico. São Paulo: Atlas, 1988.

 

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1986.

 

GNERRE, Maurizzio. Linguagem, poder e escrita. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

 

HERKENHOFF, João Bat ist a. 1000 perguntas: int rodução ao Direit o. Rio de Janeiro: Thex, 1996.

 

KOCK, Ingedore Villaça. Argumentação e linguagem. São Paulo: Cortez, 2000.

 

 

4      DAS CITAÇÕES

 

 

4.1 Cit ação direta até t rês linhas: permanece no corpo do texto, entre aspas; colocam-se ano e página entre parênteses.

 

a)   Quando mencionamos o autor:

 

          Segundo Gnerre (1985, p.4), uma variedade linguística vale o que valem na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais.

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b)   Quando não mencionamos o autor:

 

Podemos afirmar que uma variedade linguística vale o que valem na sociedade os seus falantes, isto é, vale como reflexo do poder e da autoridade que eles têm nas relações econômicas e sociais. (GNERRE, 1985, p.4).

 

4.2   Citação direta com mais de 3 linhas: fica em recuo de 4cm (espaço simples, fonte 11, sem aspas, sem itálico); colocam-se ano e páginas entre parênteses.

 

Ex:

 

 

Entre esses aparelhos, podemos citar os seguintes: a escola, a família, as igrejas, as leis, os meios de comunicação, os partidos políticos dominados pelo capital e outros. Vejamos:

 

a sociedade civil se realiza através de um conjunto de instituições sociais encarregadas de permitir a reprodução ou a reposição das relações sociais- família, escola, igrejas, polícia, partidos políticos [...] etc. Ela é também o lugar onde essas instituições e o conjunto das instituições sociais interpretadas por meio das ideias. (CHAUI, 1988, p. 75).

 

 

4.3 Citação indireta: permanece no corpo do texto, sem aspas; coloca-se somente o ano entre parênteses.

 

 

De acordo com Gnerre (1985), linguagem é espaço para interação social através do qual podemos atuar sobre o outro.

 

As normas são leis utilizadas para padronizar, e indicam um padrão de qualidade. Seguir as normas de publicação da ABNT é importante para não existirem conflitos e a padronização ajuda ainda na comparação de pesquisas relacionadas a um mesmo assunto.

As normas ABNT para trabalhos acadêmicos servem para que o conhecimento científico seja compreensível e seguro. Assim, é importante estarmos familiarizados com esse formato de trabalho, para que possamos enquadrar as nossas produções e oferecermos boas contribuições para o conhecimento.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ABNT. REGRAS GERAIS DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA NORMAS TÉCNICAS ABNT. Disponível em: <https://domainpublic.files.wordpress.com/2022/02/normas-da-abnt-2022.pdf>. Acesso em 27 de out de 2022.

 

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.

 

MEDEIROS, João Bosco; ANDRADE, Maria Margarida. Manual de elaboração de referências bibliográficas: a nova NBR 6023:2000 da ABNT: exemplos e comentários. São Paulo: Atlas, 2001.

 

NUNES, Luiz Antonio Rizzatto. Manual da monografia jurídica. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2001.

 

RODRIGUES, André Figueiredo. Como elaborar referência bibliográfica. 7. ed. São Paulo: Humanitas, 2008.

 

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 22ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.

 

Sobre o autor
Benigno Núñez Novo

Pós-doutor em direitos humanos, sociais e difusos pela Universidad de Salamanca, Espanha, doutor em direito internacional pela Universidad Autónoma de Asunción, com o título de doutorado reconhecido pela Universidade de Marília (SP), mestre em ciências da educação pela Universidad Autónoma de Asunción, especialista em educação: área de concentração: ensino pela Faculdade Piauiense, especialista em direitos humanos pelo EDUCAMUNDO, especialista em tutoria em educação à distância pelo EDUCAMUNDO, especialista em auditoria governamental pelo EDUCAMUNDO, especialista em controle da administração pública pelo EDUCAMUNDO, especialista em gestão e auditoria em saúde pelo Instituto de Pesquisa e Determinação Social da Saúde e bacharel em direito pela Universidade Estadual da Paraíba. Assessor de gabinete de conselheiro no Tribunal de Contas do Estado do Piauí.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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