Da responsabilidade civil internacional dos países imperialistas pela escassez material dos países africanos

29/11/2022 às 08:39
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É notório que o continente africano é exuberante e cheio de riquezas, porém a maneira com que alguns países exploraram este mesmo continente é algo estarrecedor. Relembre comigo que há pouco menos de duzentos anos havia escravos vindos de lá. Algo desumano.

Verifico que as condições de vida hoje do africano são de muita pobreza, escassez e muitíssimos problemas de vida. Carências que são o resultado de uma política internacional que nunca considerou as vicissitudes da África, nunca mesmo. Portanto, temos aí um quadro generalizado de países carentes no sentido material e que precisam de algum tipo de compensação por tantos danos que as próprias relações rudes e cruéis dos seres humanos uns com os outros produziram.

Alguns países obtiveram proveito da mão de obra do homem negro, escravizado. É claro que é uma dívida que jamais será paga porque não há valor algum que faça reparar tamanha barbaridade contra um povo determinado, mas, historicamente é possível e até desejado que haja algum tipo de reparação.

Isso pode ser feito agora. Agora mesmo. Existem muitos problemas de escassez material, desde alimentos, remédios, pois não foram devidamente industrializados para produzir. É algo que necessita de uma espécie de esforço comum. Não digo uma causa comum, mas algo incontestável. Que projete a dignidade humana a níveis jamais vistos. E onde este princípio seja incrivelmente um vetor do desenvolvimento humano, uma fórmula que dispomos para elevar a nossa civilidade e convivência harmônica e pacífica.

Há, decididamente, uma dívida a ser paga. E temos também uma questão que somente a Justiça pode solucionar. Pois muito injusto sujeitar os países africanos à pobreza e escassez. Acredito numa solução mundial por meio da diplomacia. Onde fique evidente o compromisso de todos com as condições de vida dos africanos. Não é possível que deixemos que sobrevivam da maneira que vivem, em condições precárias e até desumanas.

Não vejo outra coisa a não ser esta como sendo a grande fronteira do humanismo: um pacto global tendo como compromisso a erradicação da pobreza e prestações positivas daqueles países, que historicamente foram beneficiados ou tiveram algum proveito.

Acredito que não se trate de uma causa, mas de uma questão de justiça.

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