Empresa fez um acordo parcelado com o devedor, quando ela precisa retirá-lo do SERASA?

05/12/2022 às 11:05
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Esta questão gera muitas dúvidas no meio empresarial, e, por vezes, em razão do desconhecimento do empresário, dá ensejo a prejuízos que seriam facilmente evitados (indenizações judiciais). Afinal, se a dívida com o devedor for parcelada, quando a empresa deve retirar o nome daquele dos cadastros de inadimplentes (Serasa; SPC e afins)?

 

A resposta para esta pergunta não é tão simples. Se o empresário for procurar na legislação brasileira, não há uma norma específica tratando sobre o tema. A solução é encontrada no Poder Judiciário, especificamente na jurisprudência dos Tribunais.

 

Diante dos inúmeros casos apresentados ao Judiciário sobre a questão, há um entendimento preponderante de que quando o credor faz um acordo com o devedor, seja extra ou judicialmente, ao ser realizado o pagamento da 1ª parcela, o seu nome deve ser retirado pelo credor dos cadastros de inadimplentes, no prazo máximo de 5 dias úteis.

 

Do contrário, os Tribunais entendem que ocorrerá a chamada manutenção indevida, passível de indenização por danos morais, seja o devedor pessoa física ou jurídica. Isto se dá, pois na prática uma nova dívida é criada para extinguir a velha (instituto no Direito denominado como novação), logo, estando o devedor adimplente, ainda que de forma parcial, seu nome deve ser excluído da lista.

 

Mas empresário, fique tranquilo, nada impede que se o devedor vir a inadimplir o novo acordo, que o nome deste seja incluso novamente no Serasa.

 

Obs: A mesma cautela vale para protesto em Cartório, só que a entrega da Carta de Anuência cabe ao devedor, que terá de pagar as custas cartorárias ao momento de apresentar tal documento, sendo de responsabilidade do credor apenas a emissão da Carta. 

 

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Sobre o autor
Gustavo Sabião

Advogado Empresarial atuante na Região Metropolitana de Londrina/PR

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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