Nos dias atuais, vivemos em uma sociedade onde muitos valores estão sendo invertidos, e isso não é diferente quando o assunto é a vida conjugal. Antigamente, a palavra casamento soava aos ouvidos como algo muito mais sério, a celebração da união entre duas pessoas com o propósito de formar uma família era sinônimo de realização.
Porém, algo que parecia ser o sonho de uma vida, muitas vezes se torna um arrependimento, e como resultado decidem se divorciar.
Por fim a uma união é uma decisão muito séria em um relacionamento, por isso, antes de tomar qualquer atitude precipitada é importante analisar e pensar se realmente é a melhor escolha.
Sabemos que todos os casais passam por momentos de dificuldades, pois a convivência nos leva a enxergar de fato quem nós somos no dia a dia, e com isso, surgem os desentendimentos sejam eles mais graves ou mais leves, independente do grau de instrução de ambos ou suas posições sociais. Tudo isso faz parte do processo, é natural que venha acontecer até mesmo para que o casal amadureça e possam juntos crescer e melhorar um para com o outro.
Por isso caro leitor, se seu casamento chegou em um ponto crítico, peço-lhe que antes que venha procurar um advogado, procure responder com sinceridade às quatro perguntas abaixo. Elas podem te ajudar a repensar sua decisão.
1) Eu fiz tudo o que estava ao meu alcance?
É comum do ser humano buscar aquilo que é melhor para cada um, principalmente cobrando atitudes dos outros que venham lhe agradar. Talvez, somente julgam ou apontar os erros e falhas que nos incomodam, não trazem a solução que esperamos. É necessário se esforçar e ser a mudança que queremos vem no outro também.
Parece muito mais fácil optar pela separação quando os problemas parecem não ter solução, mas é nesse momento que temos que trazer a memória os motivos que fizeram vocês se unirem ao seu companheiro (a), motivos esses que tornaram ambos uma só carne como nos ensina os ensinamentos bíblicos. As vezes a melhor saída é se despir do orgulho, conversar de forma sincera sobre a relação com o intuito de reacender a chama que está para se apagar.
2) Como essa decisão afetaria meus filhos?
Quando o casal opta por se divorciar, essa decisão afeta a todos que estão a sua volta, principalmente aqueles que tem filhos. São muitos os casos em que filhos presenciam as discussões e brigas que envolvem o casal, algo que consequentemente pode gerar algum trauma e refletir no comportamento deles.
Caso a decisão do casal para o momento seja o divórcio, busque conversar e explicar para seus filhos junto com seu cônjuge, para garantir que eles possam entender a situação e o motivos reais que levaram o casal decidirem assim. Acredite, quanto mais sério o diálogo, menores são as chances de eles saírem traumatizados do processo de separação.
3) O divórcio vai melhorar minha vida?
Devido ao desgaste emocional, geralmente o casal acaba se cansando e enxergando apenas os defeitos e os motivos que levaram a chegar a esse ponto do relacionamento. Sinceridade é a chave para resolver a maior parte desses conflitos. Sinceros para com os outros e principalmente para consigo mesmo.
Faça uma lista de tudo aquilo que te motivou a escolher seu par, dos melhores momentos que viveram e de tudo que superaram juntos até aqui, bem como listar motivos que fizeram acreditar que a separação é a saída. Existem situações que temos que trazer a memória os momentos de bonança para se lembrar que nem tudo é tempestade. Confronte os resultados: os pontos negativos superam os positivos em número ou gravidade? Se não, talvez valha a pena tentar superar os problemas do relacionamento.
As vezes, a mente nos dá a falsa ilusão de que se separando isso os fará mais felizes mas, com o passar do tempo, acabam percebendo que o divórcio não solucionou todos os seus problemas, como imaginavam, apenas criou problemas novos.
4) Estou pronta para enfrentar as consequências?
Uma separação traz muitas consequências negativas. Ainda que tenha sido você a pedir o divórcio, tenha a certeza de que não será fácil. Você sentirá falta de algumas coisas, sentirá saudades e vontade de voltar atrás, e terá de conviver com as dificuldades decorrentes de viver sozinho, dali por diante.
Além disso, há a questão financeira. Sozinho é mais difícil organizar suas contas e manter o padrão de vida. Naturalmente que ninguém precisa se manter em um relacionamento ruim apenas por esse motivo, mas se você hesitou diante de algum dos itens citados, talvez seja o caso de proporcionar, a si mesmo, a oportunidade de ter mais tempo para pensar se deseja, de fato, se divorciar.
Lute pela sua família, esse é o bem mais precioso que temos que cuidar.
