Capa da publicação China e Japão: parecidos e antagônicos
Capa: DepositPhotos

China e Japão: parecidos e antagônicos

Exibindo página 2 de 2
14/02/2023 às 19:37
Leia nesta página:

Referências

EKMAN, Alice; PAJON, Céline. Nationalism in China and Japan and Implications for Bilateral Relations. Asie. Visions -Institut Français des Relations Internationales (Ifri). Paris, March 2015.

HANE, Mikiso. Premodern Japan: a hitorical survey. United States of America, Westview Press, 1991 (p.55).

HUANG, Yanzhong. China, Japan, and the 21 Demands. The Diplomat Magazine. January 24, 2015. Disponível em: <http://thediplomat.com/2015/01/china-japan-and-the-21-demands/>. Acessado em 02.02.2023.

KENNEDY. Paul M. The rise and fall of the great powers: economic change and military conflict from 1500 to 2000. New York, Random House, 1987.

KISSINGER, Henry. Sobre a China. Rio de Janeiro: Objetiva, 2011.

LA TIMES. Thousands in Chinese provinces stage anti-Japan protest. Los Angeles Times,18 out. 2010. Disponível em: <http://articles.latimes.com/2010/oct/18/world/la-fg-china-japan-protests-20101018>. Acessado em: 06/05/2016.

PAN, Zhongqi. Sino-Japanese Dispute over the Diaoyu/Senkaku Islands: The Pending Controversy from the Chinese Perspective. Journal of Chinese Political Science, Vol. 12, Issue 1, April 2007, p. 71–92.

POMAR, Wladimir. A Revolução Chinesa. São Paulo: Unesp, 2004.

PUMIN, Yin. The Defeat that changed China's History. Beijing Review. Beijing. Volume 57, 34 Aug. 2014, p. 14-19.

SARAIVA, José Flávio Sombra (Org.) História das relações internacionais contemporâneas: da sociedade interacional do século XIX a era da globalização. São Paulo: Editora Saraiva, 2008.

SOUZA, Hércules Paulino de. O sentimento anti-Japão na China: origens, estímulos e consequências. Disponível em: https://cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/download/633/355/2449. Acesso em 02.02.2023. Revista Carta Inter. Belo Horizonte. V.12. n.2., 2017, p.126-149.

SUZUKI, Shogo. CIvilization and empire: China and Japan's encounter with European International society. New York: Routedge, 2009.


Notas

  1. A Restauração Meiji, que aconteceu em 1868, foi o processo de derrubada do xogunato e restabelecimento do poder para a família imperial japonesa. Esse processo resultou no desenvolvimento e modernização econômica do Japão a partir do final do século XIX, transformando a nação em uma potência regional.

  2. A dinastia Ming foi a dinastia que governou a China no período de 1368 a 1644. Ela foi marcada por reconciliar toda a tradição chinesa, más também tem como característica a intolerância para com influências externas. O Estado sustentado pelos Ming construiu uma vasta Marinha e um grande Exército, que dizem que poderia ter chegado a um milhão de soldados. Também, nesse período, havia um grande número de projetos de construções como a restauração do Grande Canal da China (o rio artificial mais antigo do mundo), e da Muralha da China. Estima-se que nesse momento, de 1368 a 1644, a população da China estava entre 160 a 200 milhões de pessoas, e atualmente passa os 1,3 bilhão, o que faz da China uma grande potência populacional há muito tempo.

  3. Mao Tsé-Tung, Mao Tsé-Tung pela transliteração Wade-Giles, ou Máo Zédōng, pela pinyin; (Shaoshan, 26 de dezembro de 1893 – Pequim, 9 de setembro de 1976) foi um político, teórico, líder comunista e revolucionário chinês. Liderou a Revolução Chinesa e foi o arquiteto e fundador da República Popular da China, governando o país desde a sua criação em 1949 até sua morte em 1976 Sua contribuição teórica para o marxismo-leninismo, estratégias militares, e suas políticas comunistas são conhecidas coletivamente como maoísmo. Mao chegou ao poder comandando a Longa Marcha, formando uma frente unida com Kuomintang (KMT) durante a Guerra Sino-Japonesa para repelir uma invasão japonesa, e posteriormente conduzindo o Partido Comunista Chinês até à vitória contra o generalíssimo Chiang Kai-shek do KMT na Guerra Civil Chinesa. Mao restabeleceu o controle central sobre os territórios fraturados da China, com exceção de Taiwan, e com sucesso suprimiu os opositores da nova ordem. Ele promulgou uma reforma agrária, derrubou latifundiários antes de tomar suas grandes propriedades e dividir as terras em comunas populares. O triunfo definitivo do Partido Comunista aconteceu depois de décadas de turbulência na China, que incluiu uma invasão brutal pelo Japão (Segunda Guerra Sino-Japonesa) e uma prolongada guerra civil. O Partido Comunista de Mao finalmente atingiu um grau de estabilidade na China, apesar do seu período no governo ser marcado pela crise de eventos como o Grande Salto em Frente e a Revolução Cultural, com seus esforços para fechar a China ao comércio de mercado e erradicar a cultura tradicional chinesa, o que tem sido amplamente rejeitado pelos seus sucessores.

  4. Reformas econômicas. Dentre essas reformas, destacam-se as quatro modernizações, nos setores da agricultura, indústria, comércio, ciência, tecnologia e na área militar. Durante seu governo, a China passou por uma grande abertura diplomática. Em 1979, Xiaoping foi o primeiro líder chinês a visitar os Estados Unidos.

  5. Contudo, quando se sabe que o ensinamento de Confúcio exerceu forte influência na cultura nipônica e que a observância do “WA”, como equilíbrio e harmonia no comportamento das pessoas, é essencial para o desenvolvimento de uma sociedade, com uma elevada densidade demográfica, em área de proporções limitadas necessárias para a habitabilidade e para a produção agriculturável, assolada por frequentes cataclismos e adversidades da natureza, são balizas que possibilitam compreender ser necessário e essencial o comedimento, a precaução, a prudência no desenvolvimento das relações humanas em sociedade. O Confucionismo enfatiza a harmonia entre céu e natureza, e a sociedade humana se completa desde que cada pessoa aceite seu papel social, contribuindo para a ordem social com o seu comportamento apropriado e adequado, ou seja, observando-se a sua posição no estamento social. O aforisma contido no ensinamento “DA XUE” (“O Grande Saber”) de Confúcio expressa: “Pessoas preparadas, Famílias equilibradas. Famílias equilibradas, Estados corretamente governados. Estados bem governados, o Império torna-se tranquilo e feliz”.

  6. A derrota militar e a rendição incondicional do Japão, com a ocupação do Japão pelos Estados Unidos, em 1945, deram lugar a profundas reformas na sociedade japonesa e o espírito de democratização que as caracterizou decorreram de inspiração mais americana que japonesa, propriamente. Estas reformas foram influenciadas pelo Direito Anglo-Americano (“Common Law”), algumas vezes em competição com a influência Romanística, mas, conquanto a mudança tenha ocorrido formalmente, nem por isso, extirparam os usos e costumes tradicionalmente aceitos, os “MORES” do povo japonês.

  7. O regime feudal vigente no Japão findou-se com o advento da Era Meiji em 1868, quando o Imperador Mutsuhito, então com 16 anos de idade, ascendeu ao Trono Imperial do Japão e deu início ao Período Meiji (1868 a 1912). Neste Período, também conhecido como a “Era das Luzes” o Japão passou por profundas mudanças, com a visível substituição de todas as antigas estruturas as quais deram origem a uma sociedade inteiramente remodelada. Um Estado Democrático nos moldes ocidentais substituiu o antigo Estado Feudal e um extraordinário desenvolvimento colocou o Japão na vanguarda do cenário internacional.


China and Japan: similar and antagonistic.

Abstract: China and Japan are geographically close countries only separated by a relatively narrow stretch of sea. It is recognized that China had a strong influence on Japan whether in its writing system, architecture, culture, religion, philosophy and law.

Keywords: Asian countries. Japan. China. Differences. Controversies. History. Philosophy.

Assuntos relacionados
Sobre a autora
Gisele Leite

Professora universitária há três décadas. Mestre em Direito. Mestre em Filosofia. Doutora em Direito. Pesquisadora - Chefe do Instituto Nacional de Pesquisas Jurídicas. Presidente da Seccional Rio de Janeiro, ABRADE Associação Brasileira de Direito Educacional. Vinte e nove obras jurídicas publicadas. Articulistas dos sites JURID, Lex Magister. Portal Investidura, Letras Jurídicas. Membro do ABDPC Associação Brasileira do Direito Processual Civil. Pedagoga. Conselheira das Revistas de Direito Civil e Processual Civil, Trabalhista e Previdenciária, da Paixão Editores POA -RS.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Publique seus artigos Compartilhe conhecimento e ganhe reconhecimento. É fácil e rápido!
Publique seus artigos