A violência doméstica e o movimento feminista

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13/06/2023 às 10:25
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  1. A pesquisadora Luiza Cezar Frade Nogueira cita a definição de Paulo Guerra, Lucília Gago e outros em que violência é definida como: “Uso consciente e intencional de força, coação ou intimidação contra terceiro, ou qualquer outra ação que lese os direitos fundamentais de outra pessoa.”

  2. A autora em questão também cita a definição da Organização das Nações Unidas em que violência praticada contra as mulheres é: “Todo ato de violência na pertença ao sexo feminino que tenha ou possa ter como resultado o dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico da mulher; inclui-se aqui também a ameaça de tais atos, a coação ou a privação arbitrária de liberdade, na vida pública ou privada.”

  3. Cleonice Bezerra, Crislândia Carmelita de Souza, Rosilene Rosa Oliveira Barbosa e Evertânea de Carvalho Romão Ribeiro falam da visão de violência contra a mulher de Ana Lúcia Sabadell :“Logo, entende-se que a violência contra a mulher é um aspecto central da cultura patriarcal, por ser uma violência praticada por homens contra mulheres no âmbito privado, nas relações de intimidade como manifestação de um exercício de poder fundamentado em moldes patriarcais.”

  4. Segundo o artigo “Feminicídio: o gênero de quem morrre e de quem mata”, o termo feminicídio foi utilizado pela primeira vez em 1976 pela cientista social Diana Russel com o objetivo de dar visibilidade à discriminação, opressão e violência contra mulher que, em sua forma mais extrema, resulta em morte.

  5. Segundo o mesmo artigo “Feminicídio: o gênero de quem morre e de quem mata”, a antropóloga e feminista mexicana Marcela Lagarde cunhou o conceito de feminicídio em 2004.

  6. O texto de Claricia Otto sobre o livro de Céli Pinto também fala isso.

  7. Para autoras como Constância Lima Duarte, o feminismo começou antes disso com figuras como Nísia Floresta Augusta, depois teve um segundo momento com figuras como Frascisca Senhorinha da Mota Diniz, Elisa Diniz Machado Coelho, Amélia Carolina da Silva Couto e Josefina Álvares de Azevedo, assim sendo o terceiro momento o de Bertha Lutz e Maria Lacerda de Moura.

  8. A autora Constância Lima Duarte cita outras mulheres como Leolinda Daltro, Ercília Nogueira Cobra, Diva Nolf, Jerônima Mesquita, Maria Eugênia Celso, Clotilde de Mello Vianna e tantas outras.

  9. A pesquisadora Constância Lima Duarte fala que Gilka Machado e Leolinda Daltro criaram o “utópico” Partido Republicano Feminino.

  10. Constância Lima Duarte fala que Bertha Lutz foi uma das fundadoras da Fundação Brasileira pelo Progresso Feminino.

  11. Para Constância Lima Duarte, o chamado jornalismo feminista surgiu antes disso com destaque para mulheres como Josefina Álvares de Azevedo

  12. O texto em questão está no livro “Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto”.

  13. A pesquisadora Constância Lima Duarte fala do Centro da Mulher Brasileira.

  14. O Centro da Mulher Brasileira foi criado por Rose Marie Muraro e outras feministas.

  15. O artigo “O feminino brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória” cita também as publicações feministas “Brasil Mulher” e a “Nós Mulheres”.

  16. A autora Constância Lima Duarte também fala da fundação da revista “Brasil Mulher” .

  17. A autora Nélida Piñon participou do manifesto dos “1000 contra a ditadura e a favor da democracia no Brasil”.

  18. Segundo Constância Lima Duarte, os grupos feministas uniram forças para apoiar as 26 deputadas federais constituintes e promover o chamado “lobby do batom”, a fim de alcançar a igualdade entre todos os brasileiros no Congresso Nacional.

  19. O artigo “O feminismo no Brasil: suas múltiplas faces”, o livro “Uma história do feminismo no Brasil” e o texto “O feminismo brasileiro desde os anos 1970: revisitando uma trajetória” também comentam tal fato.

  20. A autora Constância Lima Duarte diz que há autores que defendem a ideia que os tempos atuais são “pós-feministas”, mas enfatiza a visão que há “nichos patriarcais de resistência” como é o caso da desigualdade salarial entre homens e mulheres, da pequena presença de mulheres em assembleias e cargos de comando e da violência de gênero.

Sobre a autora
Helena Figueiredo

Advogada (UCAM). Mestranda em Política Social (UFF). Especialização em Direito Previdenciário (CBPJUR/OAB). Sempre em busca do melhor benefício previdenciário. Contato: (021) 99794-2067

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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