O controle de convencionalidade e a jurisdição internacional:

Avanços na proteção dos direitos humanos

16/06/2023 às 11:23
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Resumo: O presente artigo aborda o tema do controle de convencionalidade no âmbito da jurisdição internacional e seu papel na proteção dos direitos humanos. Examina-se a importância desse mecanismo na verificação da compatibilidade das normas internas dos Estados com os tratados internacionais de direitos humanos, bem como seu impacto na conformidade das leis nacionais com as obrigações assumidas no âmbito internacional. Além disso, são destacados os principais órgãos de jurisdição internacional responsáveis pelo controle de convencionalidade e sua contribuição para a promoção e garantia dos direitos fundamentais em nível global.

Palavras-chave: controle de convencionalidade, jurisdição internacional, tratados internacionais, direitos humanos, órgãos jurisdicionais.

Introdução

O controle de convencionalidade é um mecanismo jurídico de fundamental importância na proteção e promoção dos direitos humanos. No contexto da jurisdição internacional, esse controle desempenha um papel crucial na verificação da compatibilidade das normas internas dos Estados com os tratados internacionais de direitos humanos. Sua atuação contribui para a consolidação de um sistema jurídico global que garanta a universalidade e a efetividade desses direitos.

1. O Controle de Convencionalidade e seus Fundamentos

O controle de convencionalidade baseia-se na premissa de que os Estados, ao ratificar tratados internacionais de direitos humanos, assumem obrigações de adequar suas leis e práticas internas aos padrões estabelecidos por tais tratados. Esse controle visa assegurar a conformidade das leis nacionais com tais obrigações e garantir a proteção efetiva dos direitos humanos no plano doméstico.

2. Órgãos de Jurisdição Internacional e seu Papel no Controle de Convencionalidade

Diversos órgãos de jurisdição internacional são responsáveis pelo controle de convencionalidade. Destacam-se a Corte Internacional de Justiça (CIJ), a Corte Internacional de Direitos Humanos (CIDH), o Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH) e o Tribunal Penal Internacional (TPI). Cada um desses órgãos possui competências específicas para analisar casos de violações de direitos humanos e verificar a conformidade das leis nacionais com os tratados internacionais.

3. Impactos do Controle de Convencionalidade na Proteção dos Direitos Humanos

O controle de convencionalidade desempenha um papel fundamental na proteção dos direitos humanos. Ao verificar a compatibilidade das normas internas com os tratados internacionais, esse mecanismo contribui para a efetivação dos direitos fundamentais em nível nacional. Além disso, suas decisões têm força vinculante e obrigam os Estados a adotarem medidas corretivas e reparadoras.

4. Desafios e Perspectivas do Controle de Convencionalidade

Apesar dos avanços alcançados, o controle de convencionalidade enfrenta desafios, como a resistência de alguns Estados em acatar as decisões dos órgãos de jurisdição internacional. Ademais, a necessidade de harmonização entre o direito internacional e o direito interno ainda é um tema em constante debate.

Conclusão

O controle de convencionalidade desempenha um papel relevante na proteção e promoção dos direitos humanos. Por meio desse mecanismo, a jurisdição internacional tem contribuído para a conformidade das leis nacionais com as obrigações assumidas pelos Estados no âmbito dos tratados internacionais de direitos humanos. A atuação dos órgãos jurisdicionais fortalece a efetividade desses direitos e reforça a importância do respeito aos padrões internacionais de proteção aos direitos fundamentais.

Referências Bibliográficas:

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  4. González-Bertomeu, J. A. (2016). El control de convencionalidad: estudio de derecho comparado. Editorial Comares.

  5. Gonçalves, M. P. (2019). Controle de Convencionalidade e Jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Revista de Direito Internacional, 16(2), 197-216.

  6. Sarlet, I. W. (2013). Dignidade da Pessoa Humana e Controle de Convencionalidade: Algumas Notas. In Revista da AJURIS, 40(132), 43-60.

Sobre o autor
Allan Montana Júnior

Jurista, Escritor e Cientista Político. Pós graduado em Direito Público e Ciência Política.

Informações sobre o texto

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