Do bullyng ao etarismo: relato de experiências nas escolas de primeiro grau menor, maior e ensino superior faculdade, sonho ou pesadelo?

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Resumo

O presente artigo abordará o tema do bullying ao etarismo. Um assunto de grande relevância para os dias atuais . Ele apresentará um relato apurado das experiências vividas em salas de aula da Infância a fase adulta experenciadas pela autora, enquanto estudante da Escola pública na cidade de Acari,Santa Cruz e Caicó. Esse artigo tem como principal objetivo além de compartilhar as experiências com os leitores ainda orientar outros estudantes a não se calar e lutar por seus direitos, enquanto estudante no tocante a ter livre acesso à Educação, de forma que não seja impedida de crescer intelectualmente. Trata- se de um relato de um caso verídico e segue a metodologia desenvolvendo-se através de leituras diversificadas de outros artigos publicados na Scielo e em outras bases de dados. Possuirá uma linguagem simples e objetiva, de forma a melhorar o convívio nas salas de aulas, explorará ideias individuais, conceitos teóricos sobre o bullying, análises reflexivas sobre o etarismo buscando fomentar sua relevância para os alunos e alunas que queiram ingressar tardiamente nos bancos escolares, estimulando-os a saírem dos marasmos das suas residências que muitas vezes nada acrescentam à sua vida intelectual.

Palavras-chave: Bullying, adoecimento, etarismo.

I-INTRODUÇÂO

Quando somos pequenos nossos pais é quem nos encaminha na escola e acha que ali é um lugar 100% seguro para os filhos. Porém à medida que vamos crescendo percebemos que naquele lugar que pareceria seguro para nós começa a se tornar um ambiente tóxico, muitas vezes colocando a prova a nossa vontade de crescer intelectualmente.

Sempre gostei de estudar, desde criança, mas é na escola onde sempre encontrei os maiores vilões para mexer e acabar com as emoções.

Esse tema me leva a vivenciar tudo o que passei nas Escolas desde a minha infância até os dias atuais. Porém foi a partir da Língua Inglesa enquanto fui professora e na pós graduação e Língua Inglesa realizada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que descobri que era bullying que eu sofria.

Foi então que tive um start e percebi o quanto era nocivo o Bullying. Era beliscada, chacoteada sofrendo violência psicológica e ainda física sem puder falar nada para não apanhar quando chegasse em casa.

Muitas vezes essa discriminação foi presenciada por mim na infância e até hoje na graduação, onde quase não tenho com quem conversar e fazer os trabalhos em grupo, coisa essa também vivida na infância.

Nos anos seguintes vieram a adolescência no colegial, onde sofri Bullying novamente por um professor de Matemática, no Ensino Médio também ninguém queria fazer os trabalhos coletivos comigo, levando-me a me fechar dentro do meu mundo por medo se ser humilhada como outrora.

Depois disso passei em dois concursos no ano de 1990 e fui lecionar Língua Portuguesa e Língua Inglesa. Fui muito bem sucedida e simultaneamente fiz Enfermagem Na UFRN, onde comecei a sofrer etarismo por parte dos colegas e agora cursando Direito no sexto período, vejo que não mudou muita coisa,pois continua a discriminação com a minha idade.

Segundo a Monografia de William de Oliveira, ao contrário de outras formas de discriminação, tal como o racismo, o machismo e o sexismo, todas as pessoas podem ser alvo de etarismo (SEIDL e HANASHIRO, 2021, p. 55), visto que o envelhecimento é um processo natural e inerente a vida de todas as pessoas.

Fiz vários Enems e fui aprovada em todos, o que me dar direito de cursar o que eu quiser. Não gosto de colas e nem de diminuir os outros, mas parece que o mundo acadêmico não está preparado para quem quer expandir seus conhecimentos.

Acumulei diante da carreira de professora muitas experiências escolares, mas não me conformo, porque sofro discriminações até hoje! Será que é porque minha descendência é Negra? Ou será que é porque pobre tem que se contentar apenas com uma graduação? E o mundo acadêmico não é para nós de classe pobre?

Verifica-se que o principal objetivo desse artigo é o de compartilhar várias experiências com estudantes pobres, que apesar dos bullyings que sofreram e do etarismo que sofrem cotidianamente assim como eu, amam aprender coisas novas para um dia ser protagonista da própria história.

Também é um alerta para a Escola que só tratam e cuidam daqueles alunos notas 10, esquecendo que existem outros estudantes, gritando precisando de ajuda sem ter a quem recorrer.

Dessa forma esse artigo ficará exposto para que os futuros estudantes e estudantes reflitam, se o ambiente escolar está fazendo bem ou mal para as suas emoções e suas vidas. Outrossim lutem como estou lutando pelos meus direitos, estimulando a abordar esse tema com sua comunidade escolar. E outros lugares por onde passar.

2- DESENVOLVIMENTO.

2.1. Efêmero histórico do Bullying :

De acordo com o artigo MITOS SOBRE BULLYING: O QUE DIZ A CIÊNCIA? O bullying pode se manifestar em diferentes contextos e em diferentes períodos da vida (SMITH, 2014), mas pesquisadores de todo mundo vêm analisando-o especificamente na escola, na relação entre os alunos, devido à alta incidência (OLWEUS, 1993; SCHULTZ et al., 2012).

Segundo ele. A dinâmica envolvida no bullying é composta por estudantes (envolvidos direta ou indiretamente) que podem desempenhar os seguintes papéis: alvo (ou vítima), que pode ser passivo ou agressor; autor (ou agressor);

Como podemos perceber de acordo com as pesquisas do artigo acima: o Bullying não vem de hoje e sim(...) de uma prática tão antiga quanto a própria instituição escolar (ALMEIDA; FERNÁNDEZ, 2014).

Em 1857, esse tema adquiriu força na Inglaterra, com a publicação do livro de Thomas Hughes, denominado Thomas Brown’s School Day, uma novela que se passa em uma escola pública inglesa, na qual o autor descreve a vida escolar de Tom Brown, que sofre bullying por parte de seu colega Flashman (HUGHES, 1857).

Ainda para esse estudo, possivelmente, o primeiro artigo utilizando o termo bullying publicado em uma revista científica é o de Frederic L. Burk, por ocasião do Seminário Pedagógico em 1897. Nele, aborda-se o bullying e a provocação, mas foi negligenciado por muitas décadas (SMITH, 2014)

E em consonância com o estudo foi em 1972, que Heinemann deu a primeira denominação a esse fenômeno, utilizando o termo sueco mobbning no livro Mobbing - Agressão em Grupo contra Meninos e Meninas.

Contudo “nesse caso, acreditava-se que esse tipo específico de agressão deveria ser caracterizado como: violência de um grupo contra um indivíduo (SMITH, COWIE, OLAFSSON, 2002; LIEFOOGHE, 2002).”

Para ele o primeiro trabalho científico sobre o tema foi o livro de Olweus (1973) traduzido para o inglês em 1978, que definiu o bullying físico e verbal. Dan Olweus passou a estudar o tema, mas concluiu que o termo ideal para esse fenômeno seria melhor explicado com a palavra bullying, pois muitas pessoas declaravam que sofriam as agressões de uma única pessoa, e não de um grupo, como definem os termos mobbning ou mobbing (SMITH, 2014).

Para esse artigo O primeiro registro de um programa antibullying é da década de 1980, no norte da Noruega, quando três adolescentes entre 10 e 14 anos cometeram suicídio, possivelmente provocado por situações de bullying.

Segundo ainda esse artigo (...) o Ministro da Educação do país iniciou uma campanha nacional antibullying, com o programa Olweus Bullying Prevention Programa, desenvolvido por Dan Olweus (OLWEUS; LIMBER, 2010), cujo sucesso (redução de cerca de 50% nos casos de bullying), motivou outros países a adotarem programas de intervenção baseados nesse modelo (SMITH, 2013; 2014).

Outrossim em 1992, houve outro avanço em relação aos estudos de bullying, quando o finlandês Björkqvist e seus colaboradores passaram a estudar formas indiretas, como exclusão social, comportamento de disseminar rumores e fofocas (OLWEUS, 1993; SMITH et al., 2002; SMITH, 2014), tão prejudiciais quanto as formas diretas.

Para a autora Graziele Fernandes Analisando-se especificamente o cenário brasileiro, foi a partir do final da década de 1990 que iniciaram os primeiros estudos e pesquisas sobre bullying, a partir de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria.

Como ela relata :inicialmente, esse grupo observou a agressividade em 715 crianças e adolescentes de quatro escolas públicas, aplicando o instrumento de Dan Olweus. Entretanto, nesse estudo, Jaeger et al. (1997) ainda não utilizavam o termo bullying, e sim agressividade escolar.

Portanto foi nos anos seguintes, que segundo ela os outros pesquisadores passaram a se interessar pelo tema, e hoje há grupos de pesquisas consolidados sobre a temática em diferentes estados brasileiros.

Segundo os estudos de Grazielli Fernandes “. Apesar de os estudos científicos mundiais datarem da década de 1970, já no século XIX o tema estava presente e era discutido na literatura não científica. É possível que o mito “No meu tempo não tinha bullying” tenha surgido pelo fato de esse termo ter sido popularizado no Brasil apenas ao final da década de 1990.

Entretanto para Grazielli , ainda que o bullying sempre tenha existido, o termo não era usado de forma tão frequente como é hoje. Mesmo com a popularização do termo nos últimos anos, ainda há falta de conhecimento e conscientização sobre seus problemas e consequências.

Para a autora supracitada. Implementar legislações específicas também é um passo para dar visibilidade e conscientizar a população dos riscos causados por esse problema.

Segundo a autora do artigo supracitado.No Brasil, por exemplo, a primeira legislação relativa ao bullying é de 2008 (Lei 8.538/2008, do estado da Paraíba), e apenas em 2015 houve a promulgação da Lei 13.185, ainda pouco conhecida de grande parte da sociedade.

Conforme os estudos de Grazielli Fernandes. O bullying diferencia-se de uma agressão a partir de três critérios: intencionalidade, repetição e desigualdade de poder. (...)

Para a autora citada em parágrafos anteriores”, o autor de bullying tem o propósito de prejudicar ou maltratar alguém, por isso, diz que as agressões são intencionais. Smith (2014) ainda questiona: O que é intencional - o próprio ato ou o resultado de ferir outra pessoa?

Conforme ardi Grazielli Fernandes” o bullying deve ser considerado intencional ao se pensar que não é acidental. Mas a pessoa que faz bullying pretende realmente ferir alguém? De fato, às vezes, a pessoa que pratica bullying pretende realmente agredir, quando, por exemplo, ri de sua angústia e escolhe maneiras de machucá-la de maneira mais eficaz”.

Na opinião contida no artigo de Vinícius Pereira e Silveira (pag.3) A palavra Bullying de modo geral é o abuso de poder físico ou psicológico entre pares, envolvendo dominação, prepotência,

De acordo com o estudioso Vinicius por um lado, e submissão, humilhação, conformismo e sentimento de impotência, raiva e medo, por outro. As ações abrangem formas diversas, como colocar apelidos, humilhar, discriminar, bater, roubar, aterrorizar, excluir, divulgar comentários maldosos, excluir socialmente, dentre outras (RISTUM, 2010, p. 96).

No decorrer das minhas pesquisas li sobre vários artigos sobre o bullying, porém percebi que apesar de ser um tema muito relevante para o ambiente escolar ainda em pleno século XXI é um pouco deixado de lado pela comunidade escolar.

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Apesar de todas as transformações nas Escolas brasileiras, é um assunto que precisa ser mais explorado. Visarei nesse artigo apresentar um breve retrospecto de outros artigos sobre a aceitação desse tema vindo da Inglaterra é usado no Brasil..

De acordo com o artigo: professores sabem o que é Bullying? da Universidade Federal de Pernambuco. Esse termo vem da palavra inglesa bully, que significa valentão, e é utilizada de modo geral para dar nome "ao desejo consciente e deliberado de maltratar outra pessoa e colocá-la sob tensão" (Tatum e Herbert, citados por Pedra & Fante, 2008).

Segundo o artigo supracitado. O bullying se caracteriza pela ocorrência de ações agressivas, intencionais, repetitivas e sem motivação aparente que causam dor, angústia ou intimidação.

De acordo com o artigo e ainda e Segundo Fante (2005), o que propicia a ocorrência do bullying é a existência de um desequilíbrio de poder entre o agressor e a vítima, e se deve ao fato de o agredido não conseguir se defender, por não ser tão forte quanto o agressor ou por possuir características psicológicas ou físicas que o tornam alvo de discriminação.

Para ele como características do bullying podem-se citar :as agressões físicas, insultos, difamação, exclusão, isolamento, roubo de pertences, apelidos, humilhações, intimidações, discriminações, insinuações e ofensas.

Porém de acordo com Oliveira, através de estudos no Brasil nos anos de1990 e início do ano 2000, demonstrou a incipiência da produção científica brasileira. Bem como na realidade brasileira alguns casos com consequências mais graves, (homicídio e suicídio) têm ancorado notícias na mídia e foram amplamente divulgados(...)

2.2.O Bullying no ambiente escolar de crianças, adolescentes e jovens.

De acordo com o artigo BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR: UM RELATO DE ADOLESCENTES “o agente do bullying tem como objetivo destruir a vontade da vítima a fim de se destacar no seu grupo social, buscando de forma desesperada uma forma de reconhecimento para sanar suas angústias narcísicas, ocasionadas pelo não pertencimento a esses grupos.

Para Vinicius Girardi, isso também provoca o desejo de se sobressair a pessoas que não conseguem ter alguma reação ou que representa fragilidade, o que contrapõe os sentimentos que eles não podem sentir(...).

De acordo com Vinícius esses acontecimentos acabam comprometendo o processo de aprendizagem, pelo fato da constante exposição das crianças e adolescentes ao sentimento de medo e angústia, o que condena o desejo de aprender e de se socializar com os demais, impedindo-as de apreciar os momentos que a instituição escolar pode oferecer para facilitar o seu desenvolvimento (HUMPEL; BENTO; MADABA, 2019).

Conforme os inscritos de Vinicius. Stoffi et al. (2011) apontam que a taxa de riscos de suicídio na adolescência é quatro vezes maior, quando visto o fenômeno do bullying no cotidiano da vítima desde o Ensino Fundamental, podendo ser interpretada como efeitos consequentes do estado depressivo que tende a se estender e se agravar na fase adulta posteriormente.

Para Vinicius, tal fenômeno é considerado um impacto adverso no desenvolvimento biopsicossocial de todos os envolvidos, gerando grande apreensão quanto a violência presente nas escolas por parte de todos os frequentadores.

Segundo ele os detrimentos se expandem até o meio fisiológico, causando desordens alimentares, transtorno de sono, autoestima baixa, problemas de conduta, transtornos de ansiedade e humor e o desarranjo de referências pessoais das pessoas comprometidas (STEPHAN et al., 2013).

Para os estudiosos Vinicius além das vítimas e dos agressores, pessoas que permeiam esse fenômeno diariamente podem apresentar traumas e transtornos psíquicos.

Segundo seus inscritos estudos relatam que cerca de 80% das agressões nas escolas ocorrem diante de várias testemunhas, que se posicionam passivamente, o que faz com que a vítima se sinta responsável e culpada pela agressão que está sofrendo, aumentando o sentimento de impenitência do agressor (STTOFFI et al., 2011)

Para esse autor et all Humpel, Bento e Madaba (2019) dizem que na maior parte das vezes as vítimas acabam não denunciando a prática do bullying para autoridades ou para os pais, o que dificulta o processo de investigação e identificação desses casos nas escolas.

Dessa forma, conforme Vinicius é importante remover obstáculos que tornam a escola um ambiente exclusivo e reconhecer as dificuldades dos alunos.

Ainda evidencia que visto as consequências danosas decorrentes do bullying na vida das vítimas, podendo ser prolongada até a vida adulta, é de suma importância a abordagem deste tema para que cada vez mais sejam implantadas políticas de combate a essa prática em qualquer área, mas

principalmente nas escolas, onde a criança ou adolescente ainda passa por um processo de desenvolvimento e aprendizagem (PEREIRA, 2008).

De acordo com Vinicius é possível perceber uma grande afluência de estudos que buscam investigar a definição do bullying e sua ocorrência nas escolas no Brasil, pois apesar de ser algo antigo, ainda é muito recente no cotidiano escolar.

Para o autor do artigo Vinicius os Estudos empíricos indicam dificuldades por parte da família, escola e sociedade para intervir no combate a essa prática e reconhecer a complexibilidade e as suas consequências danosas entre os envolvidos, sendo ainda objeto de estudo e discussões (...)

De acordo com Vinicius É importante evidenciar como o impacto do bullying na escola pode ultrapassar esse trauma propriamente dito, reforçando traumas mais antigos, afetando o equilíbrio psíquico do sujeito e a sua relação com o mundo ao seu redor(..). Grifo nosso: Causando adoecimento.

Para o artigo BULLYING NO ENSINO SUPERIOR EXISTE? (...)os papéis dos indivíduos envolvidos neste cenário, (..)faz-nos refletir: será possível afirmar que a realidade vivenciada nas escolas (ou na universidade, ou em qualquer outro contexto) reflete de fato essa imagem?

Para a autora do artigo, Ana Carolina Barros Silva é provável que não. Se pensarmos que em situações da vida cotidiana os papéis sociais interpretados por cada sujeito na sociedade nunca são tão fixos como essas categorias fazem crer, se tornaria possível considerar que um único indivíduo pode ser por vezes vítima e por outras vezes agressor, ou que um espectador ao mesmo tempo que “apenas” assiste está também, ao mesmo tempo.

3- O Etarismo e seu rastro de preconceito no Ensino Superior.

De acordo com o artigo ETARISMO NOS CURSOS DE CIENCIAS DA NATUREZA, envelhecer é algo imutável e natural que ocorre ao longo da existência do ser humano, desde o primeiro momento de vida no nascimento até a morte estamos constantemente envelhecendo, sendo esse um processo biológico, psicológico, social e cultural, em que cada faixa etária vivida traz consigo experiências e descobertas única de cada fase (PLONER et al., 2008).

Em consonância com a autora Marilene Machado Quintana ao longo de toda a vida frequentamos grupos sociais, ambientes e organizações que eventualmente segregam e selecionam seus indivíduos baseado na idade, sendo comum a restrição ou limitação dos acessos de indivíduos considerados não pertencentes ao meio, na universidade, como ambiente social, isso também ocorre (PEREIRA, 2014).

(...)

Com base nos estudos da autora (...) Etarismo, ou Idadismo,É definida pela discriminação com alguém devido à idade que tenha. Essa intolerância impõe pensamentos acerca de pessoas com mais idade ou menos, possuir problemas de memória, ser imaturo/a ou ultrapassado/a demais e ainda visões que interditam e restringem a capacidade de pessoas pertencerem a grupos e praticar atividades que seja de seu desejo (OLIVEIRA, 2016).

Segundo Marilene et all dória (2021), foram designados diversos nomes para referenciar o mesmo ato, comportamento usado para discriminar ou produzir estereótipos baseados na idade cronológica de um indivíduo ou grupos de pessoas: Etarismo, Idadismo e no inglês: Ageism.

Conforme a pesquisadora. No Brasil, o termo foi adotado como Etarismo ou Idadismo, mesmo esses termos ainda não sendo reconhecidos pela semântica da Língua Portuguesa, muitos pesquisadores se debruçam para definir o termo adequado. Conforme Dória (2021),

Para ela o Idadismo pode ser expressado como implícito ou explícito, em níveis macro, micro ou meso, expandindo o termo original que enfatiza os estereótipos negativos e também os positivos. Além de abranger outros aspectos sociais e psicológicos, também demonstra a importância individual, institucional e social.

Com base em suas pesquisas e o autor Winandy (2020), divulgado por Romão (2022, p. 196), expressa que o termo Ageism “foi cunhado pelo gerontologista Robert Butler (1969) para definir uma forma de intolerância relacionada com a idade, com conotações semelhantes ao "racismo"e "sexismo", direcionada a pessoas idosas.

3.1-Dados do censo 2022 a respeito da idade madura.

O gráfico abaixo mostrará dados verídicos com fontes baseadas no Censo de 2022 reforçando saber que a população entre 55 e 59 anos de vida aumentou sua longevidade. Sendo assim uma jovem adulta que hoje tem essa faixa etária hoje, poderá viver até noventa anos se cuidar da sua saúde física e principalmente psicológica.

E aí perguntamos? O que vão fazer com os adultos jovens? Porque eles estão cada vez mais ganhando o mercado de trabalho, pois são pontuais, responsáveis e cumprem as ordens dos seus gestores. Fazendo muitas vezes o que os jovens não são capazes de realizar, pois experiências tem demais.

Segundo esse mesmo senso “Ao longo do tempo a base da pirâmide etária foi se estreitando devido à redução da fecundidade e dos nascimentos que ocorrem no Brasil. Essa mudança no formato da pirâmide etária passa a ser visível a partir dos anos 1990 e a pirâmide etária do Brasil perde, claramente, seu formato piramidal a partir de 2000.

Portanto o que se observa ao longo dos anos, é redução da população jovem, com aumento da população em idade adulta e também do topo da pirâmide até 2022”, analisa a gerente.

Segundo o censo de 2022, em 1980, o Brasil tinha 4,0% da população com 65 anos ou mais de idade. Os 10,9% alcançados em 2022 por essa parcela da população representa o maior percentual encontrado nos Censos Demográficos.

Para essa pesquisa demográfica no outro extremo da pirâmide etária, o percentual de crianças de até 14 anos de idade, que era de 38,2% em 1980, passou a 19,8% em 2022. “Quando falamos de envelhecimento populacional, é exatamente a redução da proporção da população mais jovem em detrimento do aumento da população mais velha”, destaca.

Notamos assim que a população idosa é quem vai consideravelmente dominar os bancos escolares, porque ainda tem jovens que não querem estudar. Percebe-se no Enem desse ano que fizeram o mínimo de adolescentes na minha cidade. Dessa forma quer dizer que entraram menos jovens nas universidades restando mais vagas para os adultos.

De acordo com a autora com intuito de desenvolver suas capacidades e também por satisfação pessoal esses indivíduos estão ocupando espaço nas salas de aula em diferentes momentos da vida, quando consideramos apenas os/as idosos/as agregamos seus conhecimentos multidisciplinares adquiridos ao longo da vida;

Para ela essas pessoas buscam um envelhecer de qualidade, construindo saberes, mostrando um ponto de vista novo sobre o processo de envelhecimento, diferentes formas de aprender e relacionar conhecimento, estigmas culturais, preconceitos e toda a complexidade de cada ser,afastando totalmente a ideia da incapacidade do/a aluno/a com mais idade(OLIVEIRA, 2016).

3.2.O etarismo na Universidade, Preconceito e os dados verídicos do IBGE

Há década atrás só ía para a escola estudantes que estivesse dentro da faixa etária, nisso as escolas permitiam que somente pessoas mais jovens ingressassem nas Universidades.Com o vestibular os mais “velhos” não tinham chance de estudar, porém com a EJA (Educação de Jovens e Adultos e o Enem isso tornou-se possível.

De acordo com a autora do artigo supracitado(..)o ser humano possui capacidade de desenvolvimento a partir do seu nascimento até ao longo da vida e mesmo que haja muitas limitações por consequência da idade avançada, a terceira idade pode ser vista como a melhor fase da vida (CACHIONI, 2008).

Conforme reza o Art. Art. 205. Da Constituição brasileira “ A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Entretanto não diz que os mais experientes não possam estudar, mas sim incentiva toda pessoa a desenvolver-se tanto para seu desenvolvimento enquanto pessoa, quanto para que esteja bem preparado para o mercado de trabalho.

Como relata a autora, no Brasil, atualmente, existem mais de 200 programas voltados à educação, tanto pública, como privada, que adotam alguns conceitos na educação para a pessoa idosa,

Para ela e conforme Stanghilin (2017). Nestes conceitos estão apontados, aprendizagemcontínua, aumento dos saberes e dos conhecimentos, relação e participação social, que o reconhecimento da heterogeneidade e educação para o/a idoso/a seja baseada no segmento etário. (..)

Conforme seus inscritos, nestas universidades, os/as idosos/as encontram uma variedade de oportunidades socialmente voltadas para elas que querem iniciar ou reiniciar os estudos, mesmo que seja para ter um desenvolvimento melhor no seu dia a dia perante a sociedade (AREOSA, 2016).

2.2 Discriminação na Universidade

De acordo com o Mec(Ministério da Educação) e Segundo dados da última edição do Mapa do ensino superior, lançada em 2021, existem quase 198 mil idosos matriculados em cursos superiores, o equivalente a 2,3% dos 37,7 milhões de idosos registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (Ensino superior na terceira idade ajuda a economia e colabora para melhorara vida dos idosos,2022, s/p).

Assim Marilene constata que a terceira idade, além de motivada, se sente capacitada para receber a mesma forma de aprendizagem junto aos/às jovens que também almejam realizar seus sonhos. Com isso, nas instituições de ensino, percebemos a variabilidade geracional que se destaca no ambiente acadêmico das instituições brasileiras.

Com a avanço da Ciência, da tecnologia e da Medicina preventiva, é possível ver idosos nas salas de aulas saudáveis mentalmente focados em seus objetivos, sempre presentes nos bancos escolares, dando conta das várias tarefas propostas a eles. Tendo um rendimento melhor de que alguns jovens.

(...)o fator evolucionista das ciências é possível uma vida longeva aos seres

humanos, no que diz respeito à saúde física e mental e a medicina concede a

diminuição de várias doenças que acometem as pessoas com idade avançada (STANGHILIN, 2017).

Para Marilene quando uma pessoa acima dos 40 anos começa a se ver rotulada pela idade,é inevitável que ela sofra com os olhares que a juventude costuma lançar sobre o seu jeito de agir e de falar. O tempo muda o tempo todo e acompanhar essa mudança se torna um grande desafio para muitos que não deixam de lado seus costumes culturais, passando a ser vítima da discriminação social marcada por estereótipos negativos.

Daí nota-se com esses olhares a desaprovação sofrido por eles, onde tem dias que não dar nem vontade de estudar, porque são discriminados desde a entrada no ônibus que leva os estudantes para a faculdade desde o convívio com a turma a qual foi matriculada.

São tantas coisas que ouvimos como: Você está muito velha para estudar, porque não se aposenta logo e fica em casa, não vamos fazer trabalho com ela para ela desistir, o ônibus de estudantes é apenas para pessoas de faixa, quero saber aonde ela vai parar, entre outras. Enfatizando esses discursos a citação abaixo enfatizará melhor esse preconceito.

Butler (apud EHMKE, 2020), ao se basear no que diz respeito a todas as faixas etárias, estipulou os termos como, “Idadismo”, “velhismo” ou "ancianismo" para a classe mais velha, mesmo que essas palavras tragam o mesmo significado, não deixam de separar o/a jovem do/a velho/a. O sufixo “ismo” das palavras que carregam preconceitos, como "ageism", idadismo, etarismo e velhismo assumem o mesmo conceito do racismo e sexismo; desse modo, todos os “ismos” merecem atenção para a discriminação (EHMKE, 2020). O preconceito etário deve ser tratado com ênfase, uma vez que esse tema já se tornou obrigatório nas políticas públicas do Brasil(KOCH-FILHO, 2012).

Sabemos que somos iguais, sem distinção de raça, credo, idade, etc Para tanto o livro sobre o racismo trás essas três vertentes sobre à concepção da igualdade que são: a) a igualdade formal,(...)“todos são iguais perante a lei” (...); b) a igualdade material, correspondente ao ideal de justiça social e distributiva (...); e c) a igualdade material, correspondente ao ideal de justiça enquanto reconhecimento de identidades (igualdade orientada pelos critérios de gênero, orientação sexual, idade, raça, etnia e demais critérios)." (Piovesan, 2021, p.14)

Por fim "Boaventura acrescenta: “temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades”7." (Piovesan, 2021, p.16)

4- Conclusões

O presente artigo representa uma experiência pessoal que buscou compartilhar com o leitor ideias próprias, reflexões e análises sobre o Bullying e o etarismo presente ainda hoje nas Instituições escolares.

De início foi mostrada uma efêmera retrospectiva histórica do Bullying desde seu aparecimento na Inglaterra até os dias de hoje mascarado pelo etarismo.

Foram identificados alguns alguns autores que também sofreram na Universidade como Marilene. Conforme fomos adentrando a pesquisa percebemos que ele está inserido em todas as escolas brasileiras seja, elas públicas ou privadas e até internacionais

Também percebemos que ele levou muitos adolescentes ao suicídio e por isso tem comissões dentro do MEC (Ministério da Educação) para estudar esse tema tão presente nos dias atuais.

Quanto mais íamos aprofundando na s pesquisas mais descobríamos que o Bullying vem muitas vezes disfarçados de pessoas nacizistas e preconceituosas que não aceitam o diferente e nem tem empatia por pessoas.

Depois vimos que já existem muitos projetos que visam detectar e amenizar o Bullying no contexto escolar, isso porque segundo os artigos estudados estão causando adoecimento nos estudantes .

Pensamos que nem tudo está perdido e que há soluções cabíveis para essa problemática, pois já existem políticas públicas voltadas para o combate a esse “câncer que se instalou na sociedade”

Outra solução seria a escola ouvir mais seus estudantes e tivesse um olhar Mais humanizado durante as aulas e a qualquer sinal de discriminação resolvesse de forma apassivadora a situação, orientando vítima e agressor a serem bons seres humanos respeitando sempre as diferenças.

Outrossim outra solução seria capacitar gestores, professores e a comunidade escolar para estudar sobre o Bullying e o etarismo para que os mesmos identifiquem e o combatam de forma inteligente e sutil infiltrando em seus planos gestores e diárias palestras e rodas de conversas motivacionais para amenizar os casos que possivelmente surgirão.

Vale salientar que é um assunto urgente que merece zelo. A escola também deveria pedir ao Gestor Municipal ,Estadual e/ou Federal uma equipe transdisciplinar para as Escolas no intuito de ouvir os alunos que estão sofrendo com esses preconceitos.

Dessa forma não se admitirá mais que pessoas inocentes como crianças, jovens e adultos passem por constrangimentos onde só querem ir para a escola, com o objetivo de aprender e não sair muitas vezes depressivo tirando sua vida se deparando com psicopatas e narcisistas que só querem sugar tanto o físico quanto a alma das” vítimas”.

Tudo é questão de bom senso e empatia, tem que se ensinar aos estudantes que a escola é um lugar de troca de saberes e de experencias múltiplas, onde ninguém vive sozinho. A Escola depois da família é segundo grupo social no qual o ser humano se desenvolverá positivamente. Com experiências de outras pessoas também aprendemos,

Sabemos esse assunto tem sido pauta de muitas reuniões escolares, mas ainda se tem muito a estudar e a fazer por esses estudantes. São tantos ismos que parece que não vamos terminar nunca de ouvir falar é o etarismo, sexismo, velhíssimo, racismo, homossexualismo, feminismo, etc.

Porém com pessoas comprometidas em estudar e abordar esse tema tão instigante e importante para a Educação e para à vida. Vamos esperar que haja mais gestores capazes de combatê-los veementemente para que não gere doenças psicossomáticas para seus alunos e alunas.

É preciso investir desde a Educação Infantil em projetos que visem amor ao próximo, empatia e respeito as diferenças, apoiando e tratando vítima e agressor para que mais tarde não se desenvolvam de forma doente, sem aprender o básico que o ser humano precisará para sua sobrevivência

Sugerimos que haja centros de apoio para as vítimas espalhados pelas escolas para que as vítimas sejam bem acolhidas e possam alavancar em seus estudos melhorando sua estima.

Também sugerimos que seja estudado o autor Paulo Freire e suas pedagogias como a Pedagogia do Oprimido nas sérias iniciais de ensino para que as próprias crianças identifiquem que estão sofrendo abusos por parte dos colegas e das colegas de classe, de professores ou de quem quer que seja

Outrossim que seja colocada nas grades curriculares das escolas os direitos e deveres dos alunos logo nas séries inicias, através´ de livros infantis e cartilhas pedagógicas sobre os Temas desse artigo, para que quando chegar na fase adulta não sair por ai desmerecendo seus colegas de classe adoecendo-os e causando óbito em alguns.

Esse “Relato de Experiência representa o modelo tradicional de formação, definido como a aquisição de novas competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) somadas a experiência acumulada”. ( Marcos de Oliveira,pag.148)

Entretanto o desenvolvimento do trabalho apresentou tudo que os leitores precisam entender sobre o Bullying,o etarismo e suas várias abordagens no contexto escolar.

É preciso combater o etarismo porque muitas vezes essas pessoas que estão procurando as universidades queriam apenas ter mis uma chance de retornar aos estudos, porque durante sua vida, houveram situações como: Casamentos, filhos de colo, comorbidades e falta de oportunidades que não permitiram seguir seus sonhos.

Assim elas veem nas escolas um norte para voltar a ter um propósito na vida que por ienes motivos a impediram de realizar.

Portanto vamos dedicar mais tempo para estudar mais, vamos adiante. Vamos fazer como aquela história que diz que muitos subiram a montanha, mas só um conseguiu, porque era surdo e não ouvia as pessoas gritando que desistisse.

Por fim é interessante orientar aos adultos que estudem, sigam seus sonhos, independente do que os outros falam. E não deem ouvidos a quem não viveu muita coisa, e deixem de escutar críticas de quem nunca construiu nada. Porque se eu tivesse parado quando fui retida na segunda série primária não estava aqui quase terminando minha terceira graduação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Sobre os autores
Rilawilson José de Azevedo

Dr. Honoris Causa em Ciências Jurídicas pela Federação Brasileira de Ciências e Artes. Mestrando em Direito Público pela UNEATLANTICO. Licenciado e Bacharel em História pela UFRN e Bacharel em Direito pela UFRN. Pós graduando em Direito Administrativo. Policial Militar do Rio Grande do Norte e detentor de 19 curso de aperfeiçoamento em Segurança Pública oferecido pela Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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