O deslocamento em busca do conhecimento: desafios enfrentados por universitários não residentes em Sobral

30/01/2024 às 10:30
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1 – INTRODUÇÃO 

Com a independência política em 1822, não houve mudança no formato do sistema de ensino, nem na sua ampliação ou diversificação. A elite detentora do poder não visava vantagens na criação de universidades. A partir de 1850, nota- se uma discreta expansão no número de instituições educacionais, aplicação de ensino superior limitada às profissões liberais com poucas instituições públicas, a quantidade de dinheiro investida era bem insuficiente e basicamente era utilizada com dinheiro de políticos, pois era bastante estruturado o ensino, com isso grava as dificuldades dos alunos terem que se deslocarem de suas cidades, e aumentava os gastos dos estudantes.

Nem todos os alunos possuem tranquilidade financeira durante o ciclo de estudos no ensino superior, sendo muita das vezes obrigadas, exercermos alguma atividade durante o período da graduação a fim de aprimorar o rendimento financeiro.

A adaptação acadêmica depende de uma serie de fatores, dentre eles, a inseri-la na sua rotina diária, pois se torna cansativo, estressante e que muita das vezes os resultados não são como esperados e acaba abandonando o curso, pois seus esforços para atender as séries de rotinas e atividades, não são o suficiente.

Com base nessas informações, iremos fazer uma pesquisa na faculdade, com alunos do curso de Psicologia, pois grande parte dos alunos não reside em Sobral e mostraremos a porcentagem e as grandes dificuldades enfrentadas por eles. Afim, de mostrar que a adaptação acadêmica depende de uma série de fatores e que os resultados nem sempre são favoráveis.

Podemos suscitar a questão dos universitários não residentes em Sobral e os desafios enfrentados pelo mesmo em sua rotina até a instituição de ensino, onde podemos citar como um exemplo a ser posteriormente estudado no presente trabalho a questão da segurança do estudante.

Investigaremos suas motivações, quais seus principais obstáculos, se realmente vale a pena estar abrindo mão de tudo pra está ali buscando conhecimentos que podem favorecer futuramente no âmbito profissional.

Foi abordada, na introdução do presente trabalho acadêmico, a evolução das faculdades em nosso país, onde foi mostrado que o acesso ao ensino superior era realizado por poucas pessoas detentoras de prestígio e poder.

À medida que o tempo foi passando, mais instituições de nível superior foram criadas, muitas delas de iniciativa particular, graças a possibilidade dada pelo ordenamento jurídico a partir da proclamação da República.

Ocorre que nem todos os centros urbanos possuem uma instituição de nível superior disponível, então os alunos se deslocam para as cidades que possuem tais faculdades para concluírem seus estudos e se profissionalizarem.

O acesso aos estudos não ocorre de maneira simples, onde o aluno tem que se dispor de recursos financeiros para realizar tal deslocamento, onde são realizados mediante transporte escolar, como também dispor de recursos para a compra dos materiais disponibilizados pelos professores e alimentação, o que gera um dispêndio para as famílias, que em muitos casos não possuem uma renda tranqüila para tal finalidade, sem contar a segurança que está em risco no caminho até a instituição de ensino.

Mesmo com tais problemas no acesso dos estudantes ao ensino, os mesmos encontram-se felizes, pois estão investindo na realização de seus sonhos e se transformando em profissionais que contribuirão com o melhor para a nossa sociedade.

Em análise ao processo de estudo realizado para este trabalho, podemos verificar que os estudantes possuem muitos problemas que os levariam a desistirem, como a questão do transporte, segurança, alimentação e materiais de estudo.

Por mais que tais contratempos ocorram, o que notamos neste projeto é que esses problemas não são superiores a vontade de estudar que os alunos possuem.

A vontade de realizar um sonho é muito maior e os mesmos estão dispostos a superar tais adversidades para alcançarem a uma estabilidade financeira e contribuir para uma melhoria em nossa sociedade.

2-JUSTIFICATIVA 

Tentar compreender a rotina dos universitários já é um trabalho bem difícil, principalmente quando se trata de universitários que não residem na mesma cidade onde cursa, este projeto irá tratar de como esses estudantes consegue sobreviver a essa rotina bastante cansativa. Ao conhecermos bem a realidade do nosso publico alvo, poderemos esclarecer melhor quais os seus desafios e benefícios.

Esse projeto tem como mira alunos universitários, a fim de esclarecer quais suas dificuldades. Sabemos que a vida de estudante não é barata, imagine para um estudante que não vive na cidade de sua universidade, todos os dias gastando com transporte, alimentação, a famosa Xerox, algo indispensável numa universidade, sabemos que algumas prefeituras disponibilizam transporte para seus estudantes, outras a alimentação, mas infelizmente não são todas, todo período vemos alunos trancando os estudos por conta da falta de disponibilidade, por falta de recursos, ou ate mesmo, poucos, por falta de interesse.

Observamos que, muitas das vezes, alunos que estudam em outra cidade conseguem alcançar uma nota melhor do que um aluno que reside na mesma cidade da faculdade, mas como eles conseguem? Bom, às vezes precisamos entender que a maioria desses alunos é de famílias carentes e que para dar valor ao suor de seus pais, se esforçam, sempre tentando tirar boas notas, procurando sempre ter um bom rendimento, para que no futuro possa recompensar, eles também valorizam essa oportunidade de estudo, pois talvez não foi fácil conseguir ou para que vale a pena todo esse esforço de sair de sua cidade e dos gastos gerados.

É preciso que seu tempo seja muito bem aproveitado, para que não ocorra atrasos de conteúdos e nem atrasos da saída do transporte, que normalmente a maioria chegam quando a aula já tem começado e saem bem antes do termino da mesma, isso é mais uma dificuldade na vida desses alunos, pois podem ser prejudicados na disciplina.

Sabemos que desafios são enfrentados a todo  momento, não importa se o aluno seja de outra cidade ou não, mas este projeto busca tratar de universitários não residentes da cidade onde estudam, saber de sua história como aluno, sua rotina, seus custos e seu rendimento.

Enfim, as pessoas não devem temer ao querer estudar em outra cidade, basta ter consciência, obter sempre uma renda extra para algum imprevisto, pois nos estudantes sabemos muito bem que qualquer hora o professor poderá disponibilizar material de estudo na xerox, não podemos arriscar. Apesar das dificuldades no decorrer do curso, não deixe que isso atrapalhe, no final vem às recompensas, isso é só questão de tempo e de atitude.

3–OBJETIVO 

A finalidade desse projeto é tentar conhecer como é a vida, a rotina de estudantes universitários que necessita sair da sua cidade para estudar, buscar conhecer quais as suas vantagens e desvantagens de sair de sua zona de conforto para conquistar um futuro de sucesso.

O projeto irá traçar cada momento do trajeto feito pelos estudantes, do instante em que sai de sua casa até sua chegada, normalmente tarde da noite, destacar os perigos que eles se submetem no caminho, a questão dos horários, os custos, que normalmente sairão bem elevados.

O foco disso é frisar a vida dos estudantes não residentes da cidade onde estudam, tentando deixar tudo bem especificado, fazer questionários buscando compreender quais são suas opiniões sobre essa rotina, que na qual irão ter que exercer durante todo o curso. 

3.1- OBJETIVO GERAL 

Todos nos sabemos que a vida de um universitário não é fácil, são provas, trabalhos, projetos, artigos, tudo com pouco tempo de prazo. E o proposito dessa pesquisa será entender como esses estudantes, que precisam mobilizar-se de uma cidade a outra consegueseparar as dificuldades passadas, do seu foco principal que é um bom rendimento na vida acadêmica. 

3.2- OBJETIVO ESPECÍFICO

Foi aplicado um questionário para universitários não residentes de Sobral, para que possamos ser mais específicos nos resultados da pesquisa, comparar os níveis das repostas e chegar a uma conclusão, na qual com base nesse fecho iremos chegar ao principal objetivo dessa pesquisa.

4 - METODOLOGIA

Todos os questionários aplicados têm, por fundamento, uma pesquisa de cunho quantitativo para averiguação de uma determinada questão, a qual foi discutida em sala, juntamente com a professora Samara, a qual possibilitou a cada aluno escolher um tema especifica e de acordo com o mesmo citar o que foi dito para a realização da pesquisa.

Antes de chegar à conclusão do que seria averiguado, vimos que a maioria dos alunos/universitários, não mora na cidade em que estuda, a maioria tem que sair de sua cidade e enfrentar diariamente viagens que variam entre 20 minutos a 2horas de viagem isso varia muito de lugar para lugar, e que está em uma rotina bem cansativa, a qual muitos de nós fazemos diariamente, há algumas pessoas que além de pagar a faculdade também pagam ônibus para se locomoverem de sua cidade, ou seja, é uma variante financeira que no final pesa bastante no bolso, sem contar no estresse que o acadêmico sofre, e quando chega a semana de provas esse nível de estresse aumenta significativamente.

A indagação foi feita com alunos do curso depsicologia da Faculdade Luciano Feijão, do primeiro, segundo, quinto e oitavo período, com o intuito de reavermos quais as principais dificuldades dos universitários não residentes em Sobral, fizemos então um esquema de questões e distribuímos para os mesmos, para podermos saber suas principais dificuldades, se o rendimento escolar está satisfatório, se é mais cansativo a rotina acadêmica pra quem mora fora sem contar que alguns ônibus tem uma superlotação causando assim mais desconforto, dentre outras perguntas citadas no questionário.

​   Foram distribuídos 34 questionários, apenas para aqueles que não residem em Sobral. Demos um tempo limitado para a entrega, na qual foi recebido apenas 24, com base nas respostas do questionário iremos concluir e chegar no objetivo do projeto.

Este trabalho tem por finalidade para que possamos entender como é feita uma pesquisa quantitativa, estes resultados serão apresentados em sala de aula para um levantamento junto com os integrantes da esquipe e a professora, para enaltecer os pontos citados se estão de acordo, se foi difícil construir essa pequena amostra, citaremos os principais problemas para a construção da pesquisa.

A cerca da metodologia utilizada tiramos como base o que foi dito em sala, e nos juntamos em grupo para efetivarmos os questionários que seriam feitos, e como as perguntas sobre o tema seriam montadas de forma pertinente e coesa para melhor executarmos dentro do âmbito acadêmico, quanto maior for nossos números de questionários entregues maior será a nossa amostra, a respeito do tema teremos de ver esse assunto com amplitude pois foi um assunto bastante interessante a ser tratado, e muito satisfatório ao final quando entregamos o trabalho completo. 

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5 – REFERENCIAL TEÓRICO 

Ao começarmos fazer o trabalho citamos o autor: Antônio Carlos Pereira Martins professor Titular de Urologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP utilizamos sua pesquisa como embasamento para nosso trabalho, ele vai citar primeiramente a parte histórica do assunto que está dentro de nosso contexto, que vai citar desde o começo quando as universidades foram implantadas, o autor fala que as universidades eram destinadas a elite daquele tempo logo depois foram implantadas as públicas e com o passar dos anos a quantidade de alunos foi aumentando consideravelmente, e com isso veio então os desafios, um dos principais era de que a maioria dos estudantes morava fora da cidade onde estudavam e tinham que se locomoverem até as universidades, custando assim várias horas de viagem diariamente sem contar na exaustão ao final do dia, então como antes era bem mais difícil a locomoção muitos se mudavam para a cidade onde estudavam, a fim de diminuir os custos da viagem, mas entretanto iam gastar com moradia, sem contar que além de gastar com residências iriam posteriormente gastar com refeições.

Hoje já é um pouco diferente a questão de transporte é mais fácil, porem ainda se tem muitos custos, e ainda hoje tem alunos que passam a semana na casa de parentes e ao final de semana vão para casa na tentativa de amenizar o cansaço, o estresse, a fadiga, e logico que tem também a questão financeira, em alunos da rede pública não vemos a questão financeira, mas em contraponto vemos que os mesmos passam por estresse, que aumenta bastante na semana de prova, este é um assunto antigo, mas que é tratado ainda na atualidade, visto que a maioria dos alunos é de 18 a 21 anos, sem contar também que existem os universitários que além de trabalhar estudam, e que ao final do dia precisam se locomover de suas cidades para a faculdade, causando assim ainda mais exaustão por partes dos mesmos.

Faremos também um levantamento com questões, para averiguarmos como anda o processo em torno dos estudantes que tem que ir e vir todo dia, então é basicamente isso que vamos apresentar durante todo o trabalho, usamos o então citado autor a fim deapresentarmos nossas ideias a partir da visão do mesmo para melhor compreensão do assunto, e o que realmente fizemos, não foi tarefa fácil realizar essa pesquisa, pesquisamos alguns autores, mas é bem escarço os autores que escrevem sobre essa temática, chegamos a conclusão de apresentar o então autor citado no começo.

O autor Fosca P. P. Leite, professor do departamento de biologia animal da universidade estadual de Campinas, cita que problemas familiares, de saúde, o não adaptação causa problemas psicológicos, que na qual interfere no bom rendimento acadêmico do universitário.

E algo bastante necessário, quando tratamos desse assunto, pois é um assunto que retrata bastante o cotidiano dos alunos, pelas universidades do Brasil, e mesmo assim não e um tema bastante abordado, deveria porem não é.

Encerramos aqui com o principal referencial teórico do tema em questão e a forma como é tratado foi feita a partir do nosso conteúdo a pesquisa que foi apresentada durante o decorrer do trabalho. 

6 – ANÁLISE DE DADOS 

Os resultados obtidos e que serão analisados dentro do presente trabalho são frutos de um questionário respondido pelos estudantes, onde se identificavam e relatavam sobre os principais problemas que dificultavam a vida do acadêmico não-residente em Sobral. 

6.1 – DADOS PESSOAIS DOS ENTREVISTADOS 

Analisando os dados sobre o gênero, podemos inferir que 88% dos alunos entrevistados são do sexo feminino, o que podemos inferir que as mulheres hoje buscam maior participação dentro do mercado de trabalho, através do investimento em sua capacitação profissional, conforme gráfico 1 abaixo.

No que se refere a idade dos participantes, notamos uma maior participação da faixa etária dos 15 aos 20 anos, com 96% dos entrevistados, em relação a faixa etária de 26 a 30 anos, com 4% apenas. Essa variável reflete a necessidade dos jovens da primeira faixa etária de procurarem se inserir no mercado de trabalho. Vide gráfico 2.

Já em relação ao Estado Civil, observamos uma quantidade superior de entrevistados com o estado civil Solteiro, com 84% dos participantes, e o restante de 16% para os demais estados civis. Tal situação pode ser exemplificada por conta da idade dos participantes envolvidos.

 

Gráfico 1                                          Gráfico 2

 

Gráfico 3

 

6.2- TRANSPORTE E PERÍODO DOS ENTREVISTADOS 

​Constatamos que a maioria dos transportes no qual os entrevistados utilizam para mobilizar-se à faculdade é privado, com 84%, acreditamos que isso é um ponto positivo, e apenas 8% deles utilizam transporte público, de acordo com o gráfico 1.

​Em relação aos semestres, no oitavo apenas 12% dos entrevistados não residem na cidade onde estudam, como percebemos já no final do curso. O primeiro e o quinto ambos com 32%, e o segundo com 24%. Vide gráfico 2.

​O transporte mais utilizado pelos entrevistados é o ônibus com 88%, já moto, van e carro são os menos utilizados, ambos com apenas 4%. Por motivos de distancia acredito que o ônibus é o meio de transporte mais viável para eles. Vide gráfico 3.     ​

Gráfico 1​​​​​​ Gráfico 2

     Gráfico 3

6.3- RENDIMENTO ACADÊMICO

Concluímos que 48% dos respondentes levam uma hora de viagem da faculdade para sua cidade, 36% levam de duas horas e apenas 16% levam mais de duas horas para chegar. Gráfico 1. Quando foi perguntado se a saída da faculdade atrapalhada o rendimento vemos que 52% das pessoas afirmam que sim, já 48% dizem que não. Gráfico 2. Ao analisarmos como é o rendimento acadêmico de quem mora fora vemos que apenas 12% das pessoas responderam que o rendimento é ótimo, 72% que é bom, e 16% responderam que é regular. Gráfico 3. 

 

Gráfico 1                                                                Gráfico 2

 

Gráfico 3

 

 

 

 

 

 

6.4- CANSAÇO COM O PERCURSO 

         Analisando os dados sobre a volta pra casa estudando, podemos ver que 68% dos alunos entrevistados não aproveita a volta pra casa para estudar, e é compreensível, pois muitos deles têm uma rotina diária corrida, viaja por horas e, contudo torna cansativo. Vide gráficos 1e 2 abaixo.

         Já em relação a NAF, 52%  não ficaram e isso mostra que mesmo com todas as dificuldades, eles conseguem ter um bom rendimento, apesar dos 48% que já ficaram. Vide gráfico 3.

         

Gráfico 1                                                             Gráfico 2

 

 

           

 

                                         Gráfico 3

 

7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 

ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: DA DESCOBERTA AOS DIAS ATUAIS- SÃO PAULO , 2002

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-86502002000900001DATA DE ACESSO: MAIO 2018 

O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL: UMA DIGRESSÃO HISTÓRICA – REVISTA CIENTIFICA - 2017

https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/ensino-superior-no-brasil

DATA DE ACESSO: MAIO 2018

Sobre a autora
Ana Beatriz Souza Lira

Acadêmico de Psicologia. FLF.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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