No epicentro da polarização política brasileira, o Secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, enfrenta uma onda de questionamentos midiáticos sobre a construção de uma casa em Porto Feliz, SP.
Reportagens de veículos como Metrópoles e Giro sugerem que o imóvel, estimado em R$ 3 milhões, seria incompatível com seu patrimônio declarado de R$ 812 mil em 2022.
Contudo, uma análise cuidadosa revela que essas críticas, muitas vezes amplificadas por narrativas sensacionalistas, carecem de solidez e desviam o foco dos resultados transformadores de Derrite na segurança pública.
Este artigo, ancorado nas teorias de Max Weber, Pierre Bourdieu e Jürgen Habermas – além da minudência da análise crítica, despida de ideologias e revanchismos –, desmonta as alegações com fatos, defende a legitimidade de Derrite e convida o público a refletir sobre os interesses por trás da desinformação.
A verdade sobre a casa: um projeto transparente
As reportagens alegam que o custo projetado de R$ 3 milhões da casa de Derrite levanta suspeitas de enriquecimento ilícito. No entanto, essa narrativa ignora detalhes fundamentais.
A casa está em construção, e o valor citado é uma estimativa que inclui etapas futuras, como acabamentos de alto padrão (por exemplo, R$ 140 mil em madeira nobre), ainda não integralmente pagos.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) esclareceu que os recursos provêm de 20 anos de carreira de Derrite como oficial da Polícia Militar, da venda de um apartamento por R$ 650 mil (declarada em 2022) e de economias familiares acumuladas com sua esposa, também oficial da PM com trajetória semelhante.
O regime de bens no casamento permite que o patrimônio seja dividido entre cônjuges, de modo que os R$ 812 mil declarados por Derrite não refletem o total das reservas do casal, que inclui salários, adicionais por atividades de ensino (comuns entre oficiais) e investimentos ao longo de quase duas décadas.
Max Weber, em sua teoria da burocracia, enfatiza a racionalidade formal como pilar da legitimidade pública, exigindo transparência e accountability.
Derrite cumpre esse princípio ao se comprometer a apresentar ao Ministério Público todos os documentos relacionados à obra – contratos, comprovantes de pagamento e registros fiscais. A menção de que um empresário amigo, Guilherme Moron, teria intermediado pagamentos, conforme relatado pelo empreiteiro, não é acompanhada de evidências de irregularidade.
Em um mercado imobiliário no qual financiamentos e parcerias são rotina, transformar isso em suspeita sem provas é uma manipulação retórica. Dados do mercado imobiliário paulista mostram que terrenos em condomínios de alto padrão, como o de Porto Feliz, têm valores médios entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão (o do Secretário custo abaixo disso), com construções escalonadas financiadas ao longo de anos – um cenário compatível com a trajetória financeira do casal Derrite.
Resultados que incomodam: a revolução na Segurança Pública
Por que Derrite é alvo agora?
A resposta está em sua gestão.
Como Secretário, ele implementou o programa Muralha Paulista, que utiliza tecnologia de reconhecimento de placas e inteligência policial para desmantelar redes criminosas. Em 2024, São Paulo registrou o menor índice de homicídios desde 2001 (queda de 6,5% em relação a 2023) e uma redução de 12% nos roubos de veículos, segundo dados oficiais da SSP. Esses números traduzem-se em comunidades mais seguras e um recado claro ao crime organizado: o Estado não mais tolerará sua influência.
Pierre Bourdieu, em sua teoria do capital simbólico, dá a entender que líderes que acumulam legitimidade por ações eficazes tornam-se alvos em disputas de poder. Derrite, ao romper com décadas de políticas lenientes, conquistou capital simbólico como símbolo de ordem e eficiência.
As reportagens sobre sua casa não são apenas sobre um imóvel, mas uma tentativa de erodir essa legitimidade, desviando o foco de resultados concretos para especulações pessoais. O governador Tarcísio de Freitas, ao elogiar Derrite publicamente, reforçou sua relevância: “Ele é essencial para a segurança de São Paulo.”
A mídia na esfera pública: fiscalização ou manipulação?
Jürgen Habermas, em A Transformação Estrutural da Esfera Pública, argumenta que a mídia deve promover o debate racional-crítico, mas pode ser cooptada por interesses que distorcem a comunicação.
Veículos como Metrópoles, embora respeitáveis, priorizam manchetes sensacionalistas ao destacar o custo estimado de uma obra inacabada, sem contextualizar a carreira de Derrite ou os resultados de sua gestão. Essa abordagem reflete o que Habermas chama de “publicidade manipulativa”, em que o impacto emocional supera a análise factual, fragmentando a esfera pública.
Reconhecemos que o jornalismo investigativo é essencial para fiscalizar agentes públicos, e questionamentos sobre patrimônio são legítimos. No entanto, a ausência de provas concretas de irregularidade – como enriquecimento ilícito ou favorecimento – e a ênfase em estimativas especulativas sugerem uma narrativa enviesada.
O caso do Conselho Estadual de Direitos Humanos (Condepe), em 2016, quando membros foram condenados por colaborar com facções criminosas, ilustra muito bem como as críticas a agentes de segurança podem, em alguns casos, servir a interesses escusos.
Embora não haja evidências de que as reportagens atuais tenham motivações semelhantes, a coincidência de timing – em meio a sucessos contra o crime organizado – levanta questionamentos sobre quem se beneficia com o desgaste de Derrite.
Respondendo às críticas com equilíbrio
Alguns críticos apontam que a gestão de Derrite, embora eficaz na redução de crimes, enfrenta controvérsias, como denúncias de operações policiais letais. Essas questões merecem debate, mas não invalidam os resultados na segurança nem justificam especulações sobre seu patrimônio.
A transparência prometida por Derrite ao MP, aliada à plausibilidade financeira de sua trajetória – 20 anos de carreira, esposa com renda semelhante, adicionais por ensino e divisão patrimonial – desmonta a narrativa de incompatibilidade. Um casal de oficiais da PM, com salários médios de R$ 15 mil a R$ 20 mil mensais (sem contar adicionais), pode acumular reservas significativas em duas décadas, especialmente com investimentos imobiliários e planejamento financeiro.
Um convite à reflexão crítica
A controvérsia sobre a casa de Derrite é um reflexo das tensões na esfera pública brasileira, onde a mídia, segundo Habermas, pode tanto esclarecer quanto distorcer.
Derrite representa uma escolha clara: a coragem de enfrentar o crime organizado com resultados mensuráveis. Como Bourdieu nos ensina, quem acumula capital simbólico enfrenta resistências.
Cabe ao público decidir: priorizamos a segurança e a transparência ou cedemos a narrativas que desviam o foco do que realmente importa? Derrite está do lado da ordem. E nós, onde estamos?