E o sacrifício humano em prol da valorização da denominada “Educação”

22/10/2013 às 00:31
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A mobilização em prol da educação e da valorização deste trabalho fundamental ao desenvolvimento de uma nação que se pretende democrática tem atravessado fronteiras...

No Paraguai Os professores fazem grEve de fome após o governo negar reformas na educação[1]. Foi anunciado pela Confederação dos Educadores do ParaguaI com o intuito de pressionar o governo a adotar uma série de medidas como revisão de número de aulas, aumento salarial e concessão de benefícios trabalhistas. A carta constitucional paraguaia[2] prevê que o direito à educação tem como objetivo o pleno desenvolvimento da personalidade humana e da promoção da liberdade e da paz, a justiça social, a solidariedade, a cooperação e a integração dos povos, o respeito pelos direitos humanos e os princípios democráticos, a afirmação de compromisso com a pátria, dentre outros. Neste sentido a responsabilidade pela promoção é da sociedade, onde o Estado promoverá programas para sua implementação e desenvolvimento. Esta é uma obrigação e se não for constituída torna morta as letras da constituição.

E as reivindicações em terras brasileiras tem demonstrado uma luta constante dos profissionais que buscam tornar efetivo um direito constituído e a valorização do trabalho que significa em absoluto,  o crescimento da nação...

Recordando o pronunciamento  dos conselhos dados pelo Primeiro Ministro chines Wen Jiabao a Presidente da República,  em sua visita no início desse ano “(...) um país que quer crescer precisa produzir os melhores profissionais do mundo e isso só é possível quando o país investe no mínimo 5 vezes mais do que o Brasil tem investido hoje em educação, caso contrário, o país fica emperrado, aqueles que poderiam ser grandes profissionais, acabam perdidos no mercado de trabalho por falta da base que deveria prepara-los, com o tempo, é normal a mão de obra especializada passar a ser importada, o que vem ocorrendo a cada vez mais no Brasil, principalmente nos últimos 5 anos quando o país passou a crescer em passos mais largos.”

O que estamos a reinvindicar? Nada mais nada menos, que a efetivação da educação, como direito de todos e dever do Estado. O que se pretende? Garantir o desenvolvimento nacional, reduzir as desigualdades, promover o bem de todos, construir uma sociedade livre, justa e solidária…e isto não pode ser utopia!


Notas

[1] Opera Mundi. Notícias. Educação. Professores no Paraguai fazem greve de fome após governo negar reformas na educação. Disponível em < http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/30740/professores+no+paraguai+fazem+greve+de+fome+apos+governo+negar+reformas+na+educacao.shtml>. Acesso em 23 de ago de 2013.

[2] Constituição da República do Paraguay, art. 73.

Sobre a autora
Carina Barbosa Gouvêa

Doutora em Direito pela UNESA; Mestre em Direito pela UNESA; Advogada especialista em Direito Militar/ConstitucionalPesquisadora Acadêmica do Grupo "Novas Perspectivas em Jurisdição Constitucional"; Pós Graduada em Direito do Estado e em Direito Militar, com MBA Executivo Empresarial em Gestão Pública e Responsabilidade Fiscal; E-mail: <[email protected]>. <br>Blog: Dimensão Constitucional < http://dimensaoconstitucional.blogspot.com.br/>.

Informações sobre o texto

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