Dilma Rousseff em Belém e a situação das Universidades Federais Paraenses

26/04/2014 às 14:17
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Este artigo objetiva estabelecer um contraponto entre a presença da Presidente da República Dilma Rousseff e a situação da educação pública federal no Estado do Pará. Defende-se que a União deve alçar a questão educacional como de interesse nacional.

Davi Fernando Gama da Costa*

Na próxima sexta-feira - dia 25 de Abril - foi confirmado pelo Palácio do Planalto a Presidenta da República Dilma Rousseff estará em Belém do Pará cumprindo agenda oficial. É dia da Presidenta poder ter a oportunidade de ouvir os estudantes das Universidades Federais paraenses (UFPA, UFOPA, UFRA, UNIFESSPA) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA, além da Escola de Aplicação da UFPA que reclamam uma educação pública federal de qualidade.

Infelizmente, a situação que paira sobre essas instituições tão respeitadas no cenário estadual e federal e que são - por excelência - os centros irradiadores de conhecimento não são das mais animadoras. 

Na Universidade Federal do Pará - UFPA, por exemplo, está ocorrendo uma greve dos servidores públicos que se arrasta desde o dia 17 de março cujo o exercício de um direito legítimo - o direito de greve - mostra-se um verdadeiro abuso de direito ao prejudicar milhares de estudantes a serviços públicos essenciais, a saber: bibliotecas, acesso dos professores a sala dos Professores, o fechamento arbitrário dos portões e o impedimento ao livre acesso de veículos automotores, dentre outros transtornos que são extremamente prejudiciais ao funcionamento da maior e mais importante Universidade da Amazônia.

Por sua vez, no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA, a situação também caminha para uma situação crítica: a aproximação de uma greve no Instituto. Ora, já não bastam os efeitos lesivos da greve de 2012 cuja instituição ainda não absorveu, há uma mobilização real dos servidores para que haja a consumação do movimento.

Todos esses transtornos poderiam ser evitados mediante a ação do Executivo Federal: a disposição para negociar com as entidades sindicais representativas destes servidores públicos. 

É necessário que a União compreenda que a educação em nosso país é assunto de interesse nacional e possa tomar partido em busca de uma educação pública de qualidade. Em reunião no último dia 09 de Abril, a Comissão Especial de Financiamento da Educação do Senado Federal admitiu que o sistema atual não oferece qualidade de ensino suficiente para que o país dê um salto de desenvolvimento.

Cabe lembrar que atualmente somos a 7ª maior economia do mundo com uma estabilização louvável em relação a muitos países. Não tenho dúvidas de que crescemos economicamente. No entanto, ainda caminhamos em marcha lenta ao desenvolvimento econômico - ou seja: a melhoria do bem estar da população em assuntos centrais, a saber, educação, saúde, renda, dentre outros.

Olhe para a nossa educação pública federal, presidenta Dilma Rousseff! Apenas um país que investe na educação de seus brasileirinhos e de seus jovens universitários - ou seja, do seu presente e do seu futuro - é que poderemos caminhar a passos largos rumo ao tão sonhado e almejado desenvolvimento econômico!

Por fim, agradeço a atenção de todos os leitores desta rede social sem deixar de renovar meus votos de consideração e apreço a primeira presidente mulher do Brasil. 

Este foi mais um artigo de opinião de um aluno de uma Universidade Federal que - apesar das dificuldades - não mede esforços para ajudar a construir uma educação pública de qualidade, e por consequência, um país melhor; e que todos os dias antes de dormir tem o maior orgulho de fechar os olhos e bater no peito: EU TENHO ORGULHO DE SER FEDERAL!

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* Discente do 3º semestre da Faculdade de Direito da UFPA e Estagiário da SEPOF - Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças.

Sobre o autor
Fernando Aires Costa

8* semestre, Direito/UFPA.

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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