Apesar da estabilidade instaurada pelo Real, foram necessárias diversas alterações fiscais para o devido equilíbrio econômico do País. O governo federal precisou aumentar sua receita de modo que evitasse déficits em suas contas públicas, introduzindo medidas que diminuíssem os gastos e aumentassem a arrecadação.
Diante da impossibilidade da criação de novos impostos, foi necessária a instituição de diversas contribuições e taxas para que tal objetivo fosse alcançado. Além disso, junto à troca de moeda, houve ampla abertura de mercado interno para empresas do exterior, sendo necessários investimentos públicos de infraestrutura para receber as indústrias multinacionais e consequentemente seu capital.
Por esse motivo, não dá pra concluir que o aumento da tributação de quase 10% em vinte anos foi apenas danoso em termos absolutos. É visível que o Brasil cresceu muito desde a implementação do Plano Real; tanto economicamente, quanto socialmente. Claro que não seremos cínicos em dizer que foi o suficiente, pois é fato que é necessário mais infraestrutura, educação, saúde etc.
Esse percentual de aumento deve receber uma análise meramente fria de acompanhamento junto com outros dados, evitando assim o uso leviano de relatórios e estatísticas com intuito danoso de mais desinformar do que o contrário.
Veja abaixo a evolução da carga tributária desde a instituição do Plano Real.