Caro leitor, inicio o texto com uma pergunta: você tem idéia da quantidade de lixo reciclável que é colocado no lixo orgânico (comum) pela sua família?
Certo dia, comecei a separar o lixo comum do reciclável e para minha surpresa notei que a quantidade do segundo superava o primeiro.
Passei a notar com mais atenção a proporcionalidade entre um e outro.
Infelizmente no bairro onde moro, não citarei o nome por uma questão de ética e questões políticas, não há reciclagem de lixo feita de forma agressiva.
Todo o material possível de ser reciclado deixo em hipermercados que possuem trabalho com fundações dos mais variados tipos, em parques com lixeira para tal material, sendo trabalho interessante destas empresas já que há muitas pessoas que dependem do material para sobreviver.
O intuito do texto é informar àquele que teve paciência de lê-lo até este trecho, que em média uma família (tenho por base a minha) com duas pessoas adultas e duas crianças produzem, em média semanal, 03 kg de lixo reciclável, em um mês serão 12 kg e no ano a média absurda de 144 kg.
Imaginemos as famílias que não tem essa informação, jogando todo o tipo de substância, plástico, papel, vidro, etc., as mesmas causam enorme desequilíbrio ambiental.
Todos sabem que uma garrafa de plástico (chamada de “pet”) com refrigerante, por mais gostoso que seja, leva por volta de um século para se decompor.
O problema só vem ao nosso convívio quando ocorrem as enchentes, com as garrafas à deriva entupindo as galerias de esgoto, causando enorme prejuízo a todas as pessoas, inclusive ao leitor.
É necessária a conscientização das pessoas em todos os níveis e isso pode ser facilmente feito com noções de proteção ambiental passadas às crianças já nas escolas, pois sabemos que o futuro pertence a elas, sendo a maneira mais fácil de chegar aos adultos.
Referida lição está mencionada na Constituição Federal que traz um capítulo em seu artigo 225, sendo, inclusive, chamada de “Constituição verde”.
Sabemos, também, que as crianças de hoje tem acesso a uma gama de informações grandiosas e isso poderia ser explorado pelos ambientalistas e escolas, pois imaginemos um pequeno cidadão dizendo ao pai para não jogar a lata de bebida no lixo comum e sim no outro recipiente destinado aos materiais recicláveis, seria incrível.
Estaríamos preparando esse pequeno cidadão para se tornar uma pessoa ativa, de opinião e infinita percepção, e o mais importante, consciente do mal que a devastação da natureza pode lhe causar.
Quem sabe seja o passo inicial para incutir na cabeça das pessoas que tudo o que fazemos, seja bom ou ruim, terá reflexo no futuro, quando não imediato.
Temos de ter coragem e defender o meio ambiente em que vivemos, não esperando que as autoridades públicas tomem todas as providências, tendo em vista que há muitos interesses por trás de certas atitudes. O que dirá a crise hídrica no Estado de São Paulo!
Comece por você, tome uma atitude e separe o lixo reciclável e não venha com a desculpa que no local onde reside falta a coleta seletiva de lixo, pois outros lugares possibilitam que leve o material e descarte-o de forma adequada.