A advocacia moderna

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Para a consolidação do sucesso é necessário estudo contínuo, a gestão do conhecimento, de nada adianta planejar, controlar, propagar, se o advogado ao vender seu produto, que é serviço, o faz de forma amadora sem demonstrar conhecimento de causa.

Convivo diariamente com a advocacia há 3 décadas e a mudança que vejo nela é impressionante. A evolução do direito reflete o avanço da sociedade e hoje, para que o advogado tenha chance de alcançar o sucesso, é preciso gerir seu negócio com profissionalismo.

É necessário conhecimento, gestão estratégica e a prática do marketing jurídico.

Planejar somente não é o bastante, é necessário estabelecer foco, medir desempenho, avaliar pontos fracos, e enaltecer pontos fortes.

Através de um plano de negócios simples, é possível avançar e crescer.

A gestão tem que ser valorosa, elaborar fluxo de caixa, provisionamento, fundo de investimentos, ter capital de giro e jamais cometer o erro banal de misturar as despesas pessoais com as despesas do escritório.

Hoje com o mercado cada vez mais competitivo, o cidadão cada vez mais exigente, é necessário que seja implantado processo de pós-venda, o que não é garantia de sucesso, mas pelo menos pode trazer maior satisfação para o cliente.

A justiça brasileira, tardia, reflete diretamente na nossa reputação. Não deixe com que o cliente impute a você a lentidão da justiça. Através de um procedimento ordenado de pós-venda, o cliente pode se sentir prestigiado e lembrado.

Se pousarmos os olhos no passado, vemos que atualmente o perfil de nosso concorrente mudou. Com a emancipação da mulher, que hoje está em maior número nos bancos das universidades e com sua entrada triunfante no mercado de trabalho, atuando na maioria das novas profissões, incluindo a advocacia, fez com que o mercado se rendesse ao nosso senso de organização, disciplina e facilidade em desenvolver múltiplas tarefas ao mesmo tempo.

É preciso estudar o concorrente, perceber o que ele está fazendo e como está lidando com os elementos básicos de gestão.

Por falar em gestão, é impossível a prática da advocacia sem suporte tecnológico. Eu que nos primeiros anos, desenvolvi minhas atividades em uma máquina de escrever manual, tive mais dificuldade em entender o poder das novas tecnologias e os reflexos delas em nossa vida.

Mas evoluir é preciso, através de um programa jurídico eficiente é possível gerenciar pessoas, processos, pastas e arquivos. Estamos na era digital, as pastas podem sair definitivamente dos arquivos e tomarem seus postos em arquivos tecnológicos.

Mas a tecnologia também sem gestão é um mecanismo solitário, sendo importante a pessoa do Controller, para dar eficiência aos procedimentos e fazer com que os riscos sejam menores. O Controller é o gerente dos processos, sejam eles jurídicos ou de gestão.

E para permanecer neste mercado, onde os homens eram maioria e vimos a mulher integrá-lo com elegância, é necessária a prática do marketing jurídico.

É possível em consonância com o código de ética, propagar nosso trabalho, um bom trabalho é garantia de uma boa indicação, através de sites e redes de relacionamento podemos nos fazer presentes.

Ao colocar nossa marca na rede mundial da internet, o conhecimento pode ser disseminado em artigos, em palestras; mas uma vez mais é preciso ser profissional. A apresentação pode abrir portas, ou pode fechá-las para sempre.

Para a consolidação do sucesso é necessário estudo contínuo, a gestão do conhecimento, de nada adianta planejar, controlar, propagar, se o advogado ao vender seu produto, que é serviço, o faz de forma amadora sem demonstrar conhecimento de causa.

Por espelhamento empresarial o advogado pode se consolidar em qualquer mercado, sendo possível fazer a diferença longe dos grandes centros.

Mesmo estando em uma cidade do interior o advogado pode alcançar seu mercado, ele pode ser do tamanho do mundo, se este for o seu sonho.

Sobre a autora
Mirian Gontijo Moreira da Costa

Fundadora do Escritório Mírian Gontijo Associados. Advogada inscrita na OAB sob o nº 45.028. Graduada pelas Faculdades Integradas de Uberaba (MG) e Pós-Graduada em Gestão, Legislação e Regulamentação Ambiental na Ecobusiness School, em convênio com a State University of New York. Participante do Curso de Desenvolvimento Empresarial no período de novembro/2007 a maio/2008 pelo IDE - Instituto de Desenvolvimento Empresarial e Treinamentos. Coordenadora dos Cursos de Direito Público do Instituto Brasileiro de Direito Minerário. Foi presidente da 45ª Subseção da OAB de Patos de Minas.<br>

Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

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