1. INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas a preocupação com a segurança no cuidado prestado às pessoas de uma maneira ampla, tem se tornado um dos assuntos prioritários na área da saúde.
Os cuidados com a saúde em relação a boa alimentação, prática de atividades físicas, controle de estresse são temas permanentes. Também os avanços da medicina e controle de doenças cada vez mais eficientes elevaram as expectativas de vida das pessoas no mundo.
Os espaços públicos ou privados devem oferecer condições mínimas de acessibilidade, segurança e conforto, atender sua função social e não podem se omitir diante dessa realidade do país. Todos os cidadãos tem direitos garantidos e devem estar integrados na sociedade na busca do seu completo bem estar.
O objetivo é apresentar uma discussão acesso de ocupações destinadas a promoção da saúde, destacar a presença de alguns grupos de pessoas que possuem patologias clínicas que não se enquadram como deficiência física, mas que impõe limitações de mobilidade, limitação de esforço, portanto requerem atenção e cuidados médicos preventivos permanentes, isto é, acompanhamento e controle.
Algumas patologias do sistema musculoesquelético e doenças associadas são lembradas: artrite, condromalácia patelar, problemas diversos na coluna vertebral, etc. Ainda patologias do sistema circulatório: doenças do coração, hipertensão arterial, aterosclerose, aneurisma, acidente vascular cerebral, cardiopatia reumática, varizes, etc. Também pode-se citar problemas físicos causados por traumas, patologias psiquiátricas, tratamentos de atenção fisioterápica. Outros grupo de pessoas que apresentam condições físicas temporárias como gravidez também serão atendidos.
A proposta é estabelecer um sistema com padrões que reconheçam as particularidades de cada paciente, e com foco na inclusão social, discuta cuidados preventivos para esse grande e heterogêneo grupo, que necessita de controle. Por exemplo, um adulto que apresente dificuldade de locomoção, por causa de desgaste da articulação fêmur-quadril deverá ter acessos facilitados, com ambientes adaptados e seguros para sua frequência. Prevendo-se redução de deslocamento interno, acesso para entradas facilitados, estacionamentos com vagas reservadas, rampas, elevadores, barras de apoio e corrimão, etc.
O problema pode ser caracterizado com o seguinte caso ilustrativo hipotético: um casal de idosos frequenta aulas de pilates por recomendação do médico geriatra, que os acompanha periodicamente. Possuem patologias do sistema musculoesquelético que estão controladas; a senhora, 73 anos, possui um problema na articulação do fêmur que a impede de caminhar e permanecer em pé por curto espaço de tempo, o que já causa desconforto e dores. Exercícios de pilates são terapêuticos e a mantém ativa. Entretanto, o estúdio próximo de sua residência fica em uma sobreloja, que para acesso, eles têm que transpor uma escadaria, que é contraindicada no caso de sua lesão.
A hipótese apresentada é a de que esse significativo grupo não possui atenção e um sistema que o proteja e possa incluí-lo e contribuir para sua saúde de forma segura, acessível e confortável.
Este artigo trata desse problema e sugere um processo com padrões a serem observados no intuito de privilegiar cuidados técnicos estruturais e humanos e com esses grupos, que também servirão às demais pessoas, sobretudo em relação à capacitação e treinamento de associados e profissionais.
Acredita-se que a partir desse estudo será possível posicionar a atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho em relação a melhorias e adaptações estruturais dos ambientes em direção e sentido de condições favoráveis de adaptação, associadas a comportamentos e procedimentos efetivos de segurança e ocupação inteligente de espaços.
A metodologia utilizada foi a aplicação de questionário com perguntas abertas, visando captar percepções subjetivas sobre segurança, conforto e acessibilidade.
Pretende-se trazer a discussão tal problema e viabilizar a frequência dessas pessoas, motivando sua presença e permitindo seu livre e facilitado acesso e, consequentemente melhora na qualidade de vida.
2. APLICAÇÃO E DISCUSSÃO
A partir dos resultados e discussões, para que haja uma interpretação mais clara sobre o que se propõe como conceito a ser apresentado, respeitando o direcionamento ao grupo em questão, fora criada uma tabela com padrões gerais de segurança de modo que exista um método em forma de lista, para que seja checado.
Propõe-se dessa forma, um relatório de checagem que descreva os itens de segurança para estes locais. Como padrão, dentro deste relatório, se sugere que o ambiente deva apresentar uma aprovação de 80% entre itens não-aplicados.
Foram estudadas legislações relacionadas ao tema, municipais, estaduais e normas nacionais e internacionais. Também foram abordados fatores considerados importantes, que estão correlacionados diretamente a aspectos construtivos, como ocupação, idade da edificação, possíveis falhas no uso e manutenção, além de elementos de materiais de acabamento e revestimento. (IBAPE/SP).
A tabela organizada pelo autor sugere um padrão e suas correspondentes ações. Envolvem obrigações, atitudes e comportamentos inseridos ou não por meio de força de legislação ou atendimento de normas de consenso.
O Engenheiro de Segurança do Trabalho na promoção e prevenção da segurança no trabalho deve atuar como mais um elemento dessa equipe multidisciplinar que se sugere, como principal coordenador do processo e seus padrões, pois tem a função de transformar toda a legislação a ser cumprida, de forma harmônica e com aplicabilidade, sobretudo que seja efetivo na mitigação de riscos de acidentes nesses cenários e contribua com a inclusão social desejada.
Tabela 1 – Padrões: lista de verificação das instalações
Check list de Padrões de Segurança |
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Padrão |
Lista de Tarefas |
PADRÃO 1 SUPERVISÃO MÉDICA |
Ter um médico responsável pelo estabelecimento. |
Ter uma equipe de conselho médico composta por médicos de diversas áreas, fisioterapeutas, nutricionista e psicólogo. |
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Fazer reuniões periódicas com conselho médico para melhores práticas e atendimento ao usuário. |
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A equipe médica deve fornecer os procedimentos e supervisão para: |
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a. emergências/código de conduta/ procedimentos. |
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b. programa DEA – desfibrilador externo automático do estabelecimento. |
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c. treinamento da equipe em emergências. |
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d. revisão periódica de emergência/códigos de conduta/resultados e identificação de oportunidades de melhorias. |
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e. revisão periódica das políticas da clínica. |
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f. revisão periódica de início e programas de triagem existentes. |
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g. conteúdo do programa e grupos especiais. |
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PADRÃO 2 RELACIONAMENTO |
Elaborar e definir a Missão, Visão e Valores do estabelecimento. |
Planejar palestras para usuários, colaboradores e sociedade. Capacitação, mudança de comportamento, conhecimento e cultura. |
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PADRÃO 3 TRIAGEM |
Solicitar atestado médico ou autorização do uso do estabelecimento referente a atividades físicas. |
Ter um processo de triagem sistemático para doenças crônicas, e o potencial de uma lesão relacionada à atividade. |
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Em caso de recusa de consultar o médico, o estabelecimento deve solicitar uma carta de autorização e responsabilidade e informar os riscos inerentes. |
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PADRÃO 4 TRIAGEM PRÉ ATIVIDADE |
Elaborar processo desde a entrada do cliente até o início das suas atividades (por departamentos relacionados). |
Aplicar anamnese e identificação. |
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Termo de Responsabilidade para Visitantes (praticar atividades sem vínculo com o estabelecimento) |
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Mapeamento dos clientes com necessidades especiais. Estabelecer grupos de controle. |
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PADRÃO 5 POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO E SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA |
Elaborar PLANO DE EMERGÊNCIA PARA ATENDIMENTO DE EMERGENCIAS MÉDICAS. |
Elaborar PLANO DE ABANDONO EM CASO DE INCÊNDIO. |
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Elaborar PLANO PARA CRIANÇAS DESAPARECIDAS. |
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Treinamento de todos os planos. A todos os colaboradores e terceiros. |
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Manter o planos em local de fácil acesso de todos. |
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Contato/telefones dos serviços de emergência. |
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Definir local onde se encontra os equipamentos de emergência: kits primeiros socorros, DEA (de acordo com a legislação estadual). |
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Fazer lista de material do kit de Primeiros Socorros e data da revisão (realizar check list semanal para reposição e conferência). |
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Planejar simulações de emergência trimestralmente – 4 X/ano. Fotografar, filmar e arquivar lista de presença. |
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Modelo do BO - Boletim de Ocorrências - passar para a equipe (relatório onde são inseridos os acidentes ocorridos no estabelecimento com ação tomada e resultado para arquivo e histórico). |
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Lista de Provedores de Serviços Médicos de emergência local: clube - hospital - bombeiros militares - SAMU. |
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PADRÃO 6 APTIDÃO E CONTROLE DE PRIMEIROS SOCORROS |
Elaborar planilha com o tempo de resposta/dinâmica em uma caminhada de até 1 minuto e 30 segundos do ponto onde se encontra o kit de Primeiros Socorros até os diversos locais. |
Inserir os Planos de Emergência no Kit de Primeiros Socorros |
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Lista de Presença Curso de Primeiros Socorros + Certificados + Fotos + Filmagem. |
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Planilha de verificação do DEA – Desfibrilador Externo Automático elaborada de acordo com o fabricante e manutenção e monitoramento constante. |
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PADRÃO 7 APTIDÃO E TREINAMENTO NAS ÁREAS AQUATICAS |
Políticas, procedimentos escritos e treinamentos desenvolvidos para especificar as responsabilidades da equipe em lidar com emergências nas áreas aquáticas, incluindo a atuação de terceiros. |
Treinamento regular para emergências relacionadas à água, com documentação associada que demonstra que as competências das equipes em responder a uma situação de emergência. |
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Revisão do sistema de emergência responsável pelas emergências nas áreas aquáticas do estabelecimento periodicamente, para assegurar de que as políticas e procedimentos são apropriados e totalmente compreendidos pela equipe. |
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Informar os usuários de ações que possam ter risco potencial para sua saúde e segurança, inclusive mergulhos de cabeça, segurar respiração embaixo da água e nadar embaixo da água entre outros. |
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Desenvolver e programar políticas especificas que garantam a segurança de crianças de 7 anos de idade, ou menores, enquanto na área aquática. |
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Ter um plano detalhado para minimizar o risco de ficar preso nas áreas aquáticas. (sucção da piscina, ter botão de emergência para desligamento manual). |
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O estabelecimento tem por escrito políticas e procedimentos que incluem, mas não limitados, regras básicas/ regulamentações para o uso da piscina, procedimentos de emergência e orientação supervisionada da piscina e programas. |
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PADRÃO 8 OBRIGATORIEDADE DE CERTIFICADOS E CURSOS |
Sistema de treinamento em Primeiros Socorros a todos os colaboradores a cada 2 anos com ênfase na aplicação eficiente de RCP (ressuscitação cardiorrespiratória) e uso do DEA. Exercer treinamento continuado de empresa credenciada. |
Todos os colaboradores de área de saúde devem ter diplomas e especializações. |
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Manter Apólice de Seguro válida para cobertura de acidentes ocorridos com os clientes. |
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Seguir procedimentos orientados pela ANVISA. |
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PADRÃO 9 CERTIFICADOS E LICENÇAS |
Manter procedimentos de precauções Básicas de Biossegurança - manter junto ao kit de primeiros socorros. |
PADRÃO 10 LEIS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E NORMATIZAÇÃO PARA FUNCIONAMENTO DO ESTABELECIMENTO |
Ter um nível de iluminação adequado para que o ambiente esteja seguro. |
Ter um número suficiente de banheiros. Consultar legislação municipal. |
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Ter superfície do chão e paredes que minimizam o risco de lesões por parte dos participantes. |
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Ter acesso a deficientes. |
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Ter equipe treinada para assessorar e entender as necessidades de um deficiente e vários grupos de idades, tal como idosos até crianças. |
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Conduzir anualmente um questionário de acessibilidade de deficientes e documentos para melhorar o acesso ao estabelecimento. |
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Conduzir manutenção preventiva em todos os equipamentos de acordo com as orientações providas pelos fabricantes. Fazer inspeção de manutenção por escrito e arquivar após análise por 1 ano. Ter todas as precauções de segurança em relação aos equipamentos do estabelecimento apropriadamente relatados. |
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PADRÃO 11 LEIS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E NORMATIZAÇÃO EM RELAÇÃO A QUÍMICA, DEPÓSITO, SUPERVISÃO, UTILIZAÇÃO E SINALIZAÇÃO |
Ter uma pessoa certificada como operador de piscina. |
Checar regularmente a química da piscina, como requisitado por regulamentações locais/estaduais, e documentação registrada. |
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Ter a sinalização colocada em áreas visíveis, regras e regulamentações da piscina, avisos, e procedimentos de emergência. |
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Manter e seguir políticas por escrito, de acidentes fecais e informativos aos usuários em relação à importância das regras de higiene da piscina. |
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Guardar produtos químicos em locais apropriados e seguros e de uma maneira consistente respeitar regulamentações. |
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PADRÃO 12 APTIDÃO CUMPRINDO LEIS, EM RELAÇÃO A MATERIAIS POTENCIALMENTE PERIGOSOS, INCLUINDO FLUÍDOS HUMANOS |
Saber manusear de Produtos Químicos. |
O estabelecimento deve fornece e documentar o treinamento da equipe em relação ao manuseio de fluídos humanos e a limpeza da área contaminada. |
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O estabelecimento deve conduzir e documentar uma auditoria de segurança num intervalo regular e revisão dos resultados com diretores médicos ou comitê conselheiro médico. |
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Ter Precaução Padrão ANVISA . |
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PADRÃO 13 SINALIZAÇÃO |
Ter sinalização que alertem usuários que atividades especificam podem expô-los a maiores riscos em todas as atividades (sauna, vapor, redemoinhos, aquáticas, quadras, área de fitness, etc.) onde tal sinalização é necessária. |
Ter sinalização nas áreas de fitness que alerta usuários em relação à exaustação e batimentos cardíacos, para monitoramento durante exercícios. |
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Ter sinalização sobre condições perigosas ou quando equipamento não está em ordem. |
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As sinalizações devem ter, palavra, cor, e aparência, como especificadas pela NBR. |
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Ter identificação para áreas molhadas. |
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Placas de acesso para deficientes. |
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PADRÃO 14 SINALIZAÇAO QUE ENVOLVE FOGO, SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA RELACIONADAS E REQUERIDAS POR REGULAMENTAÇÕES FEDERAIS, ESTADUAIS E CÓDIGOS |
Placas de saída de emergência. |
Placas e identificação de extintores de incêndio. |
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Trabalhar em conjunto com o corpo de bombeiros militar para assegurar que está em acordo com os requisitos para prevenção de incêndios e sinalização de situações emergência. |
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Placas de sinalização do DEA e equipamentos de primeiros socorros. |
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PADRÃO 15 PROCESSO SISTÊMICO DE MELHORIA |
Aplicar pesquisa de satisfação. |
Relatórios de ações preventivas e corretivas. |
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Manter processo para documentar todos os acidentes que ocorrem no estabelecimento. |
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Manter processo para documentar todas as manifestações dos clientes. |
Fonte: elaborado pelo autor.
Em primeiro momento pode-se constatar que inúmeras normas foram inseridas como padrões, sugerindo quinze ao todo. O Engenheiro de Segurança do Trabalho possui a formação que permite organizar e apresentar tais procedimentos sistêmicos, que são em sua origem preventivos e têm como objetivo garantir a segurança, saúde, bem estar e inclusão das pessoas.
A proposta é de que todos os colaboradores que participarem dos processos, apresentem aptidões e recebam os devidos treinamentos, que observam a necessidade de educação continuada, por meio de exercícios simulados, que submetem toda a equipe de trabalho a uma situação hipotética de atendimento de uma emergência.
Os padrões têm fundamento em leis e normas em vigor. Estão principalmente relacionadas a estrutura do ambiente, segurança e acessibilidade.
Os fatores principais, expressados pela lista de tarefas, em princípio, determinam o grupo de pessoas que se quer atingir. Também demonstram o grau de segurança que se deve atender a este público, além do relacionamento e conscientização da própria sociedade, que pode ser feito aplicado através de ações como palestras com diversos temas afins.
Apresentado o estudo, as medidas de correção devem ser adotadas imediatamente, criando-se metas de controle de acidente e prevenção contínua.
3. FINALIDADE
O objetivo principal desse trabalho foi realizar uma análise geral, sobre normas e ocupações destinadas ao benefício da saúde e bem estar, com base nos requisitos segurança e acessibilidade.
Propor padrões de segurança, em forma de lista de procedimentos, para que protejam grupos específicos de pessoas em atividades específicas ligadas a promoção da saúde. A partir de uma organização de dados sistematizar, por importância, itens de segurança e comportamentos correspondentes. Destacar e priorizar os procedimentos com base na pesquisa que captou a percepção e importância desses sistemas de atendimento a emergências interno, entre diversos sistemas, como por exemplo o de combate a incêndios, perante os usuários em geral.
4. METODOLOGIA
O estudo ocorreu em lugares privados como hospital, centro de fisioterapia, estúdio de pilates, estúdio de exercícios funcionais, clube e academia, onde foram levantados dados estruturais de acessibilidade, segurança e bem estar, além de alvarás válidos.
Todos os dados foram tabulados, listados e foi criada uma tabela de referência de necessidades estruturais e requisitos mínimos de segurança em relação às pessoas em geral. Todos, independentemente de grupos de pessoas.
Foram visitados cinco estabelecimentos afins, sendo eles: clube de grande porte na cidade de São Paulo com mais de 38 mil associados, duas academias de grande porte com média de 2 mil associados cada uma e um hospital regional privado, também na Capital.
Aplicou-se um questionário com perguntas abertas, com colaboradores e usuários.
Foram aplicados 206 questionários sendo: 58 com colaboradores e 148 com usuários. Levou-se em consideração, em primeira análise, como as instalações eram percebidas, em relação a acessos, segurança, e conforto. As condições das instalações em geral e utilização dos diversos espaços. Posteriormente foram consideradas condições de manutenção e cuidados gerais de da edificação e sistemas de proteção existentes, como por exemplo o sistema de proteção e combate a incêndios, existência de planos de emergência, etc.
5. CONCLUSÃO
Por mais que os estabelecimentos indicados nesse trabalho busquem a observância e preocupação permanente em atender as leis e normas estaduais e municipais, o cumprimento efetivo de todos os requisitos se torna desafiador. Nem sempre ocorre de forma plena e também não garante eficácia e eficiência em soluções de segurança, principalmente em caso de atendimento a emergências por parte de leigos treinados.
Em nossa realidade, sistematizar procedimentos e conscientizar as pessoas se trata de uma busca permanente, por estar intrinsicamente ligado a fatores culturais de segurança ao usuário.
Relacionou-se a criação de padrões de segurança e inclusão social, a grupos de pessoas que possuem condições de saúde que necessitam cuidados médicos, mas não se enquadram como pessoas com deficiência.
Conclui-se que estabelecimentos que promovem a saúde de maneira ampla, ao adotar padrões de segurança, contribuem ao acesso por grande parte das pessoas, indistintamente.
Os padrões sugeridos podem gerar ações e comportamentos que se somam a outros sistemas e garantias da lei. Locais podem oferecer serviços mais completos pela percepção de todos os indivíduos, pertencentes a qualquer grupo de pessoas.
O Engenheiro de Segurança do Trabalho é um facilitador e profissional imprescindível, para que esses estudos possam harmonizar a intenção do legislador e o efetivo bem que se quer proteger.
Reunir ações com base em normas e propor padrões de segurança, podem possibilitar inúmeras formas de inclusão na vida da sociedade a ambientes com proteções reais e sistemas que agem de forma inteligente atendendo ao seu propósito, uma vez que além de oferecer saúde e bem-estar aos seus frequentadores, também podem representar um ambiente, seguro, afetivo e social.
6. REFERÊNCIAS
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- ACADBRASIL. Associação Brasileira de Academia. Disponível em: http://www.acadbrasil.com.br/a_acad.html. Acesso em: 08/09/2014.
- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR-02: Inspeção Prévia. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm. Acesso em: 08/09/2014.
- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR-8: Edificações. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm. Acesso em: 08/09/2014.
- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NR-17: Ergonomia. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/legislacao/normas-regulamentadoras-1.htm. Acesso em: 08/09/2014.
- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5674 2012. Manutenção de edificações – requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Disponível em: http://www.abnt.org.br. Acesso em: 08/09/2014.
- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13752: Perícias na construção civil. Disponível em: http://www.abnt.org.br. Acesso em: 08/09/2014.
- ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15575: Edifícios habitacionais de até 5 pavimentos – Desempenho. Disponível em: http://www.abnt.org.br. Acesso em: 08/09/2014.
- Ministério do Trabalho e Emprego - MTE. Cartilha: Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho - PLANSAT. Brasília/DF. 2012. Disponível em: http://portal.mte.gov.br/seg_sau/dia-mundial-de-seguranca-e-saude-no-trabalho-28-de-abril.htm. Acesso em: 08/09/2014.
- Conselho Federal de Engenharia e Agronomia - CONFEA. Resolução nº 359. Dispõe sobre o exercício profissional, o registro e as atividades do Engenheiro de Segurança do Trabalho e dá outras providencias, Brasília, 31 de julho de 1991.
- PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. Código de Obras e Edificações do Município de São Paulo. Decreto nº 32.329, 23 de setembro de 1992. Regulamenta a Lei 11.228, 25 de junho de 1992. Disponível em: http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/chamadas/anexo_17_do_decreto__32_1371660699.329_1992. Acesso em: 08/09/2014.
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- IBAPE/SP – Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo. Norma de Inspeção Predial – 2012.
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- CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Decreto nº 56.819/11, estabelece as Medidas de Segurança Contra Incêndio no Estado de São Paulo. Disponível em: http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br. Acesso em 15/12/2014 às 22h30min.
- CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DE SÃO PAULO. Instruções Técnicas. Disponível em: http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br. Acesso em 15/12/2014 às 22h30min.
- NATIONAL FIRE PROTECTION ASSOCIATION. NFPA 1620 – estabelece critérios para desenvolvimento de planos pré-incidente. Disponível em: http://www.nfpa.org/codes-and-standards/document-information-pages?mode=code&code=1620. Acesso em 16/12/2014 às 00h30min.
- ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária: segurançaa do paciente. Disponível em: http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao. Acessado em 01/05/2015
- HOSPITAL ALBERT EINSTEIN. Einstein Saúde. Tudo sobre o estresse. Disponível em: http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/tudo-sobre-o-estresse.aspx. Acesso em 01/05/2015.
- BRASIL. Lei no. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Portal da Planalto. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm. Acesso em 01/05/2015.
- TERMBASES. Sistema Musculoesquelético e Doenças Associadas. Disponível em: http://www.termbases.eu/termbase/view/8687491/pt/pt/?start=0&subject_id=0&sub_subjects=on&c%5Bt%5D%5Bterm%5D%5Bt%5D=like__p&c%5Bt%5D%5Bterm%5D%5Bv%5D=&c%5Bn%5D%5Bsubject_id%5D%5Bt%5D=like__p&c%5Bn%5D%5Bsubject_id%5D%5Bv%5D=&c%5Bt%5D%5Bsource_id%5D%5Bt%5D=equals&c%5Bt%5D%5Bsource_id%5D%5Bv%5D=&sub_sources=on&c%5Bc%5D%5Bunique_id%5D%5Bt%5D=like__p&c%5Bc%5D%5Bunique_id%5D%5Bv%5D=&c%5Bt%5D%5Bterm_status%5D%5Bt%5D=equals&c%5Bt%5D%5Bterm_status%5D%5Bv%5D=&c%5Bc%5D%5Bunique_key%5D%5Bt%5D=like__p&c%5Bc%5D%5Bunique_key%5D%5Bv%5D=&c%5Bt%5D%5Bplural%5D%5Bt%5D=like__p&c%5Bt%5D%5Bplural%5D%5Bv%5D=&c%5Bt%5D%5Bgenitiv%5D%5Bt%5D=like__p&c%5Bt%5D%5Bgenitiv%5D%5Bv%5D=&c%5Bt%5D%5Bgender%5D%5Bt%5D=equals&c%5Bt%5D%5Bgender%5D%5Bv%5D=&c%5Bt%5D%5Bpronunciation%5D%5Bt%5D=like__p&c%5Bt%5D%5Bpronunciation%5D%5Bv%5D=. Acesso em: 01/05/2015.