Contribuições de jogos e dinâmicas pedagógicas para aprendizagem dos alunos em língua portuguesa

11/01/2016 às 08:23
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O presente trabalho tem como objetivo apresentar como a educação pouco inovou em se tratando de novas técnicas de ensino. Por este motivo, este artigo se propõe a tratar de metodologias alternativas que visam melhorar a aprendizagem dos educandos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

  

RESUMO

 

O presente trabalho tem como objetivo apresentar como a educação pouco inovou em se tratando de novas técnicas de ensino. Por este motivo, este artigo se propõe a tratar de metodologias alternativas que visam melhorar a aprendizagem dos educandos que se dispersam durante as aulas consideradas como tradicionais. Os autores que subsidiaram a pesquisa foram Gomes (2006), Rangel (1990) dentre outros. Os jogos e dinâmicas, se bem trabalhados em sala de aula, podem trazer bons resultados, pois é imprescindível para uma boa aprendizagem meios que possam atrair a atenção dos educandos, já que eles esperam novidades cada vez que adentram a escola para estudar. Muitas vezes, as aulas tornam-se monótonas quando não há maneiras diferentes de ensinar conteúdo que, não muito raro aluno não tem nenhuma afinidade por uma determinada disciplina. Nesta situação, é que é muito importante o papel do educador inovar com maneiras diferentes de ensinar envolvendo o lúdico que pode contagiar toda a turma e, assim, ser possível ministrar uma aula sobre qualquer tema da Língua Portuguesa com muito proveito em se tratando de aprendizagem.    

Palavras-chave: jogos, dinâmicas, Língua Portuguesa, aprendizagem.

 

INTRODUÇÃO 

O presente trabalho aborda as contribuições de jogos e dinâmicas pedagógicas na aprendizagem em Língua Portuguesa, pois é possível, desta forma, haver melhoria na qualidade do ensino-aprendizagem do educando.

O objetivo deste trabalho é apresentar jogos e dinâmicas pedagógicas para aprendizagem dos alunos em Língua Portuguesa, embora não muito utilizados ainda em nossas escolas por parte de alguns educadores.

A justificativa pela opção do tema já mencionado é que a educação precisa ser dinâmica, sempre buscando novidades que possam ser introduzidas em sala de aula.

Os autores consultados, como Gomes (2006), Rangel (1990) dentro vários, são favoráveis as dinâmicas e jogos que motivem verdadeiramente o aluno a aprender um determinado conteúdo.

Em sala de aula, os jogos e dinâmicas têm uma função muito importante nas aulas de Língua Portuguesa, porque quebra a rotina da aula expositiva que, muitas vezes, torna-se monótona e cansativa.

A utilização de jogos e dinâmicas, quando bem preparados, favorece, em muito, à aprendizagem não só em Língua Portuguesa, mas nas demais disciplinas, pois, às vezes, a matéria pode não ser agradável para o aluno, mas havendo um atrativo, ele passa a ter mais interesse.

A cada dia, os professores têm percebido que metodologias novas só vêm melhorar o ambiente escolar entre alunos e mestres, além de facilitar a compreensão de determinado conteúdo.

Existem muitos relatos feitos por educadores, em sala de aula, bem sucedidos, portanto não é preciso temer quando for preciso fazer mudanças.

Entende-se que jogos e dinâmicas precisam fazer parte do contexto escolar com a máxima urgência para que o conhecimento seja estendido a todos.

Os jogos e dinâmicas na aula de Língua Portuguesa

Para o ensino fundamental, as dinâmicas e jogos educativos exercem um papel preponderante na aprendizagem dos educandos, mas ainda é pouca aplicada esta alternativa de transmitir conhecimento.

Os alunos gostam de brincadeiras, por este motivo o professor deve implantar conhecimentos de Língua Portuguesa de forma lúdica, pois seriam uma maneira de aprender sem usar livro didático.

A rotina torna a sala de aula cansativa e consequentemente o rendimento deixa de ser satisfatório, pois a criança e o adolescente esperam encontrar novidades.

Quando isso não ocorre, surgem desinteresses por parte do educando para assistir às aulas e ter uma participação afetiva nas atividades escolares.

Por não está empolgado com o tema da aula e como é ministrada, surge a dispersão.

Alguns alunos começam a atrapalhar o professor com conversas paralelas entre si, ou às vezes, pedem para sair, ou mesmo ir embora.

Quando o educador inova, consegue prender a atenção do aluno, por isso ser de fundamental importância a criatividade do professor ao ministrar  suas aulas.

Por serem ainda pouco utilizadas em sala de aula, as dinâmicas e os jogos, é que propõe-se fazer um estudo que consiga mostrar o valor que eles têm quando bem empregados na escola.

Espera-se que sejam implantadas, nas escolas, metodologias alternativas que facilitam a absorção de conhecimentos a todos os educandos e que haja uma mudança, a curto e médio prazo, na forma de ensinar.

Os professores, com certeza, terão uma ótima aceitação a algumas técnicas que só vem a contribuir com a aprendizagem dos alunos.

Há muitos autores que defendem as dinâmicas em diversas modalidades de ensino.

De acordo com Gomes (2006, p.28):

Durante o tempo em que participei das oficinas do coral UM CANTO EM CADA CANTO sediado em Fortaleza, aprendi muito com o pessoal que até hoje dinamiza os encontros ricos em talento, competência, arte e criatividade voltados para criança, jovens e adultos.

Percebe-se que as diversas faixas etárias de idade ficam motivadas para participar de atividades lúdicas.

Para trabalhar gramática, é possível o professor apresentar um texto com erros e corrigir com os alunos.

De acordo com Falcetto, et al ( 2008, p.147-148):

Trabalhar as classes gramaticais pode ser um tanto árido se não houver certa diversidade, certa prática, certo divertimento. No jogo sete erros ao contextualizar a classe em questão, busca-se, na integralidade lógica do texto, o recurso do estabelecimento de relações de sentido... o que se pretende que culmine na compreensão dos processos, no estudo analítico e na aprendizagem.

 Os jogos educativos auxiliam a compreensão da leitura, escrita e gramática do nosso educando.

Para Santomauro (2001, p.41):

Para ser um professor eficiente, não basta ter boa vontade. É preciso estudar muito e sempre, planejar e pensar em diferentes estratégias e materiais para utilizar nas aulas. Para levar todos — sim, todos! — o aprender, é essencial ainda considerar as necessidades de cada um e avaliar constantemente os resultados alcançados.

Para cada turma ou aluno, a realidade peculiaridade e necessidades são diferentes. Cabe ao professor buscar estratégias que possam atrair aos alunos para o conteúdo que esteja ministrando.

É bom não esquecer de mostrar o que vai ensinar, explicando os objetivos que pretende atingir.

Ao formar grupo, é fundamental reunir aqueles que dominam conhecimento diferentes, pois, assim, pode haver uma integração e uma troca de informações, compartilhando o saber com todos da equipe.

De acordo com Rangel (1990, p.15):

As Dinâmicas de leitura, reafirmamos, são utilizadas para auxiliar e para fixar a aprendizagem, para introduzir elementos que estimule o trabalho de ler e aprender, para incentivar habilidades necessárias ao estado (observação, organização e expressão de idéias etc.) para diversificar atividades em todos os graus de ensino em qualquer disciplina.

Na verdade, impossível desprezar atividades pedagógicas diferentes. Favorecendo a aprendizagem com jogos e dinâmicas.

Antes da aula, é interessante que o professor prepare uma dinâmica que possa envolver toda a classe.

O professor, ao chegar em sala, onde irá ministrar a aula, poderá comunicar que fará uma dinâmica com os alunos solicitando que eles leiam as instruções até o fim com a devida atenção.

Todos são comunicados que se trata de uma competição, portanto o tempo será cronometrado, pois será considerado vencedor quem executar as tarefas de forma correta e no menor espaço de tempo.

Depois que houver esta preparação, o professor passa na carteira de cada aluno, entregando uma folha virada para baixo e que só pode ser desvirada quando for dada a instrução.

Neste momento, é possível que muitos apressados já tenham feito algo sem que houvesse determinação.

A folha com as tarefas segue abaixo.

O número de itens pode ser aumentado de acordo com a quantidade de alunos da sala ou se o professor julgar conveniente.  Mas com onze atividades, é possível desempenhar uma ótima dinâmica com a turma.

Exemplo:

{C}1.            Ler todas as questões;

{C}2.            Compor um poema;

{C}3.            Fazer dez embaixadinhas;

{C}4.            Dançar um tango com a pessoa que mais gosta;

{C}5.             Imitar um humorista da televisão brasileira;

{C}6.            Desenhar o próprio rosto;

{C}7.            Fazer uma redação sobre as férias;

{C}8.            Trazer até a escola um mágico; abraçar um colega que esteja ao lado;

{C}9.            Resolver a equação 5x+8=10;

{C}10.         Conjugar o verbo amar no caderno;

{C}11.         Faça somente o item 9.

                  

Ao fim, é possível que alguns alunos não tenham atentado para fazer a leitura de todos os itens e até hajam iniciado a cumprir algumas tarefas.

Se isso ocorrer, é uma demonstração que aluno não presta a atenção o que lê, pois ele deveria seguir até a questão 11, o que não ocorrera.

Esta dinâmica tem por objetivo trabalhar a interpretação de texto, pois bastava um pouco de atenção para extrair o quesito solicitado.

Para trabalhar gramática, é interessante montar uma loteria, seguindo o modelo da esportiva. Só que a ortografia oferece ótima possibilidade de ser ensinada desta maneira.

Procede-se da seguinte maneira: coluna 1, se a primeira palavra for certa; coluna 2, se segunda estiver correta; coluna do meio se ambas forem corretas.

Exemplo:

01

X

serrote

Cerrote

02

seção

X

Sessão

03

X

casa

Caza

04

Próssimo

Próximo

x

05

X

Luz

Lus

06

X

Imagem

Imajem

07

X

Rosa

Roza

08

Cede

x

Sede

09

X

Hoje

Oje

10

X

Geléia

Jeleia

11

X

Sino

cino

12

x

táxi

taksi

13

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É através de uma atividade lúdica que surge a possibilidade de se ministrar uma aula sobre determinado tema sem causar desinteresse ao educando, pois o professor entrega o cartão de loteria e solicita que o aluno o preencha. Depois é que será explicada a grafia de cada palavra.

O uso de jogo sempre vai nos remeter ao lúdico, que implica jogos, brinquedos divertimentos.

O jogo traz em si o lúdico porque envolve uma atividade física ou mesmo mental determinadas por regras que estabelecem normas para que haja um vencedor da competição.

É importante ressaltar a importância dos jogos no processo pedagógico, pois eles são mais atraentes que uma simples aula expositiva.

O jogo deve servir como uma ponte entre a fase da vida de criança até a adulta, visando desenvolver competências e habilidades.

Há diversos tipos de jogos sendo que cada um tem a sua finalidade. Exemplos:

{C}1.    O jogo simbólico que marca a infância, possibilitando uma assimilação da realidade;

{C}2.    Jogo de construção é uma transição entre o jogo simbólico e o de regras. Consiste em um desafio da curiosidade infantil em reconstruir o real.

{C}3.    Jogo de regras acontece com o avanço de nível intelectual.

Segundo Zagury (2006, p. 190-191):

A pedagogia do século XX encorpou e modificou radicalmente a forma de ensinar (método). Foram mudanças enormes, que afetaram inclusive a organização física da sala de aula. As carteiras dos alunos, até então fixadas ao assoalho foram substituídas por mesas e cadeiras soltas, mais leves e móveis, para favorecer adaptação em função das variadas atividades que deveriam passar a fazer parte do dia-a-dia das salas de aula, como a pesquisa e o trabalho em grupo, e outras visando a favorecer a interação e a participação dos alunos.

   

Já não era possível continuar a ensinar sem que não houvesse nenhuma modificação em sala, seja uma metodologia nova ou mesma uma metodologia nova ou mesma uma organização diferente das carteiras dispostas de outra forma.

Existem várias técnicas de ensino, entre elas:

{C}·        Técnica de ensino individualizado (é a situação em que cada aluno trabalha só);

{C}·        Técnicas de ensino socializado (alunos trabalham em grupo);

{C}·        Técnicas de ensino socioindividualizas (os alunos trabalham em grupo, e depois individualmente).

De acordo com Zagury (2006, p.194-195):

Para que atinja seus propósitos, é preciso que o professor tenha conhecimentos que lhe permita escolher as mais adequadas para cada conteúdo ou objetivo que vá desenvolver. Não se escolhe a técnica de ensino como quem escolhe uma camisa ou um sapato. Há indicações adequadas. Lembro que ouvi, certa vez, um colega dizendo que passará um trabalho de grupo para seus alunos... a partícula “se” e suas variadas possibilidades sintáticas! Nada mais inadequado! Em decorrência da formação didática deficiente, na prática esses propósitos não vêm sendo atingidos.

Cada turma tem suas peculiaridades, portanto o mesmo método ou técnica pode não ser adequada para todas.

Só muita dedicação por parte dos educadores para detectar as necessidades de cada educando e consequentemente fazer uma intervenção, visando um melhor rendimento daquele aluno.

A tarefa é árdua, mas nunca intransponível para um mestre que se deleita com sucesso de um aluno.

Não só as dinâmicas e jogos podem contribuir para uma boa aula, mas os recursos tecnológicos são capazes de levar o aluno a ficar atento a este recurso.

Para Zagury (2006, p.23):

O uso de recursos audiovisuais como instrumento auxiliar do ensino, além de possibilitar maior aprendizagem quando se trabalham temas abstratos, comprovadamente aumenta o interesse e a motivação do aluno.

Na sociedade do século XXI, a tecnologia invadiu e cativou crianças e jovens em suas próprias casas, mesmo nas classes menos favorecidas economicamente, em que TV e joguinhos eletrônicos já são uma realidade. Seria de se esperar que a escola a utilizasse em larga escala, nem que fosse para o aluno sentir que a escola é uma instituição sincronizada com o seu tempo.

Sem a menor sombra de dúvida, o computador e a internet são os maiores aliados da educação, já que é possível criar blogs onde cada aluno pode postar lá pesquisas solicitadas pelos professores, ou invés de receber em folhas escritas.

Além disso, estaria dando uma valiosa colaboração ao meio ambiente, sem polui e nem desmatar para a fabricação do papel.

De acordo com Enricone, et al (2006, p.63):

As tecnologias de comunicação estão provocando profundas mudanças em nossas vidas, mas os professores não precisam ter “medo” de serem substituídos pela tecnologia como também não precisam concorrer com os aparelhos tecnológicos ou com a mídia. Eles têm que unir esforços e utilizar aquilo que melhor se apresenta com recurso nas escolas e universidades. O educador precisa se apropriar desta aparelhagem tecnológica para se lançar a novos desafios e reflexões sobre sua prática docente e o processo de construção do conhecimento por parte do aluno.

Os jovens têm muita facilidade em dominar tecnologia, como: computador, celular, câmera digital, etc.

É oportuno que o professor use o computador, data show e acesse um site que contenha jogos de português que deva ser respondido online.

Faz-se uma competição em sala sobre o conteúdo que esteja sendo estudado, pois assim ninguém vai querer ficar fora deste jogo, pois junta algo que o jovem gosta muito: o lúdico e tecnologia.

A curto prazo, necessita-se que o Poder Público invista mais em tecnologia em educação.

Para Enricone, et al (2006, p.67):

As mudanças por que passa a sociedade exigem em sistema educacional renovado. O mercado de trabalho precisa de pessoas mais qualificadas, com mais conhecimento (e não só informação), mas também muito mais criativas, que pensem, tenham iniciativa, autonomia, domínio de novas tecnologias e competência para resolver as questões que se presentam no cotidiano da vida.

Para o profissional sobreviver em uma determinada atividade, é imprescindível que, além de ser detentor de um conhecimento invejável, seja criativo e aberto a aceitar as mudanças que surgem tão rapidamente.

O professor e os jogos e dinâmicas pedagógicas em sala de aula.

 

A grande maioria dos educadores tem plena consciência de que precisar mudar, inovando as metodologias de ensino até então adotadas ao longo dos anos.

Nenhum professor resiste a idéia de introduzir em suas aulas o lúdico que proporcione a facilidade de assimilar conhecimento.

Segundo Enricone et al, (2006, p.80):

Faz parte do senso comum pedagógico a idéia de que a Didática auxilia o professor a dar as melhores direções para as suas atividades, fornecendo-lhe um instrumental teórico aparentemente neutro, com possibilidades de facilitar o ensino e favorecer a aprendizagem.

O planejamento é fator determinante para a eficácia de uma aula, pois a partir dela, é que o professor decide que o jogo ou dinâmica vai inserir para oferecer melhores condições de aprendizagem.

Qualquer atividade lúdica deve ter um objetivo bem claro a ser atingido, pois, caso contrário, pode não surtir o efeito desejado no quesito aprendizagem.

Desde o momento que a dinâmica foi divulgada em 1902 por Carl Rogers e, no Brasil, em 1970 com mais intensidade, a Educação passa a ter novas perspectivas.

Segundo Rangel (1990, p.17):

As Dinâmicas de leitura consistem em mobilizar os alunos para a leitura de textos de estudo, em qualquer disciplina e grau de ensino, indicando tarefas que serão realizadas após a leitura. Embora as Dinâmicas se realizem após a leitura, devem ser explicadas antes, para que funcionem como estímulo à que a leitura seja feita com mais atenção e interesse.

 

Na verdade, as dinâmicas sempre vão exigir muita atenção e concentração por parte dos educandos, pois ao mestre compete comunicar que a participação de cada um terá um papel preponderante para o êxito do que foi proposto.

Se o professor conseguir prender a atenção dos alunos para o primeiro jogo ou dinâmica, com certeza, não hão de surgir dificuldades para as demais.

O uso de caça-palavras com termos relacionados a assunto do momento produz bons resultados. Exemplo: agora em junho por ocasião da Copa do Mundo, séria uma ocasião adequada para trabalhar com os alunos palavras usadas neste evento esportivo.

Mas, em toda cidade por menor que seja, há festas tradicionais que movimentam crianças e adultos naquela época do ano. Esta é uma ótima oportunidade para que o professor use a sua criatividade e monte palavras cruzadas, típicas daquele evento, pois, desta forma, os alunos terão interesse, já que estão vivenciando um vocabulário conhecido deles.

O professor monta o caça-palavra e distribui uma cópia para o aluno, estipulando um tempo para que os alunos possam encontrar as palavras. Em seguida, o educador explica a classe das palavras, ortografia, semântica, etc.

De acordo com Salermo (2010, p.4):

 Ler em classe. Muitos professores fazem isso, e é interessante mesmo que façam. Escolhem um livro e lêem um pouco por dia ou por semana durante a aula. Depois da leitura, acho interessante abrir uma roda de debate e também pedir para os alunos escreverem sobre o tema da leitura — criando uma história a partir do tema do livro, comentando a obra, fazendo paralelos, enfim, escrevendo à vontade ou de acordo com o que o educador achar mais adequado.

Quando se tem um bom conhecimento com a família de nossos alunos, com certeza, passamos a compreendê-los melhor, pois assim é possível buscar suas preferências e trabalhá-las em sala de aula.

Os exemplos têm um valor imensurável na vida de uma pessoa que está em formação, pois a partir daí que os filhos procuram imitar os pais.

Se em lar o pai ou mãe são bons leitores, a tendência é que toda a prole adquiram este hábito.

É desaconselhável que seja feita aquisição de brinquedos que estimulem a criança a ter contato com violência. O ideal é que os brinquedos contenham algum teor educativo para que a sociedade conte sempre com cidadãos letrados e conscientes de seus deveres e obrigações.

Por serem os primeiros educadores, os pais têm a responsabilidade da construção de bases sólidas de ações, atitudes e comportamento.

Exatamente por não existir uma escola perfeita, é necessário que haja uma sintonia entre a informação recebida dos professores e a transmitida pelos pais.

Em não havendo esta parceria, com o intuito de promover a aprendizagem satisfatória, não adianta que o professor sozinho pouco conseguirá por mais jogos e dinâmicas que sejam realizadas em sala.

As escolas públicas existem para que as crianças aprendam e assim exerçam o papel verdadeiro que lhes é conferido, mas o índice de reprovação ainda é muito alto, o que preocupa educadores e autoridades.

Urge que se busque mecanismos que demonstre melhorar os indicadores de avaliações internas e externas.

Segundo Severo (2007, p.11):

Torna-se, pois válido acentuar que a presença e o acompanhamento dos pais, dos orientadores, dos educadores é algo de extrema importância na vida da criança, do adolescente, do filho, do educando, daquele que se encontra em formação. Mas é importante lembrar, também, que comunicar o afeto de forma clara e intelectual faz-se tão necessário quanto o próprio amor. Por isso, já dizia Dom Bosco: que as crianças e jovens (o que é valido também para qualquer ser humano), que eles “não somente sejam amados, mas mais do que isso: que eles sintam que são amados”.

O educador, além de lançar atividades lúdicas em suas aulas, é importante demonstrar o apreço e admiração que sente por todos os alunos da sala.

Não é interessante não só pronunciar que gosta de tal série ou ano, mas que as atitudes e gestos possam comprovar isso.

Num clima de amizade e respeito, é fácil ser introduzida uma metodologia e dar certo.

De acordo com Paganotti (2010, p.71):

A idéia é desmontar a noção de que a docência exige um dom e um sacrifício próximos do sacerdócio – trata-se de uma impressão disseminada entre os jovens, como mostra a sondagem da FUC/FCC. Não bastam atenção, paciência e boa vontade. É preciso reforçar o saber específico que o profissional possui: o conhecimento didático e o controle das ferramentas pedagógicas, algo que se constrói não apenas na graduação, mas ao longo de toda a trajetória profissional.

O bom professor está sempre estudando em busca de novidades para seus educandos, pois esta é uma maneira de evitar que a prática pedagógica esteja desarticulada com a vida social do aluno.

Relato de Experiência: o contexto da sala de aula

 

Serão apresentadas algumas experiências em sala de aula com jogos e dinâmicas que facilitam a aprendizagem do aluno, visando a integração da turma no primeiro dia de aula e a receptividade por parte de todos da sala.

Foi trabalhada história com gestos que consistia em fazer um relato em que cada palavra indicava como cada aluno devia agir. Exemplo: quando aparecessem, no texto, as palavras: AMOR – abraçar; GARRA – dar um pulinho e SEJAM BEM-VINDOS – salva de palmas.

Os jovens demonstraram gostar da atividade lúdica porque aproximou os alunos da sala que eram novatos e veteranos e assim iriam se sentir mais a vontade com os outros colegas, até então um pouco distante deles.

Um texto escrito por Clarice Lispector é capaz de estimular a criatividade dos alunos porque ele propõe a composição de um novo poema por quem fizer a leitura dele.

De acordo com Gomes (2006, p.32):

A partir do poema de Clarice Lispector, cada participante fará, de início, uma leitura e interpretação do texto para que depois cada palavra do poema seja cortada e finalmente elaborada uma nova poesia coesa e coerente, quando você organizará as palavras de forma diferente, partindo de uma mesma proposta.

A leitura do poema exige que seja lido de cima para baixo, e de baixo para cima verificando, depois, a compreensão e interpretação do texto.

Trabalhei esta atividade com alunos do 6º ano, o que os deixou surpresos com a genialidade da autora e com tamanha criatividade ao produzir o texto.

Eis o poema:

“Não te amo mais,

estarei mentindo dizendo que

ainda te quero como sempre quis,

tenho certeza que

nada foi em vão.

Sinto dentro de mim que

Você não significa nada.

Não poderia dizer jamais que

Alimento um grande amor

Sinto cada vez mais que

Já te esqueci!

E jamais usarei a frase

EU TE AMO!

Sinto, mas tenho que dizer a verdade

É tarde demais...

Nesta atividade, além de ser trabalhada a produção textual em que cada aluno é autor de um poema, traz também a possibilidade de que o professor trabalhe compreensão do texto.

Junto com uma equipe de professores, expomos para um grupo de alunos um bingo de palavras.

Seria declarado vencedor quem conseguisse preencher toda a cartela primeiro. Ao invés de ser colocado números, põem-se palavras e o professor chama as pedras, de fato, são vocábulos.

Nesta tarefa, o mestre escolhe o conteúdo gramatical que deseja lecionar, como ortografia, acentuação, morfologia, etc.

É importante que, no decorrer do jogo, a cada momento, quando uma pedra for anunciada, o professor explique o que julgar conveniente sobre a palavra.

Segundo Paulina (2010, p.64):

Já está mais do que comprovado que os alunos são levados desnecessariamente a copiar muita coisa por muitas horas. Ao pesquisar o motivo que fazia os estudantes cubanos terem desempenho melhor do que os de outros países latino-americanos, o economista americano Martín Carnoy comparou 36 escolas de Cuba, Chile e Brasil. Entre várias descobertas, ele verificou que o tempo usado para copiar em território brasileiro é três vezes maior do que o registrado nas salas de aulas cubanas.

 

Só transcrever textos, ou copiar enunciados de questões não contribui para uma verdadeira aprendizagem. É necessário uma participação ativa de educandos e educadores com o intuito de que os jogos e dinâmicas possam obter o sucesso desejado, portanto dispensar a quantidade de cópias para a absorção de um determinado tema.

Para produção textual, trabalhei uma dinâmica a qual motivava o aluno a escrever para um colega dele um bilhete.

Ao chegar em sala, o professor entrega uma folha em branco a cada aluno e solicita que escreva o próprio nome no alto da página. Em seguida, é recolhida a folha e entregue a um colega que escreverá uma mensagem para quem tem o nome da folha.

Aproveitando o ensejo, o mestre trabalha gêneros textuais, como carta, bilhete, etc.

De acordo com Oliveira (2007, p.5):

Quando crianças ou jovens brincam, demonstram prazer e alegria em aprender. Eles têm oportunidade de lidar com suas energias em busca da satisfação de seus desejos. E a curiosidade que os move para participar da brincadeira é, em certo sentido, a mesma que move os cientistas em suas pesquisas. Dessa forma é desejável buscar conciliar a alegria da brincadeira com a aprendizagem escolar.

É através das brincadeiras que a criança pode aprender qualquer disciplina que a escola tenta ensinar.

Mas é sempre bom lembrar que só um conjunto de educadores pode tentar fazer algo que contribua efetivamente para uma escola de qualidade, e consequentemente o aluno eleja o ambiente da sala de aula como um lugar atraente.

Hoje, outros profissionais prestam relevantes serviços à educação, como psicopedagogos e fonoaudiólogos quando a criança apresenta grandes dificuldades de aprendizagem.

 

CONCLUSÃO

Percebe-se, que no momento, ocorre um engajamento maior por parte dos educadores em fazer lançamentos em suas aulas de jogos e dinâmicas que, sem a menor sombra de dúvida, só vem a contribuir com o processo de ensino aprendizagem.

A educação é operacionalizada como sendo uma máquina muito complexa, portanto faz-se necessário que todos os profissionais estejam verdadeiramente com o compromisso de inovar.

Os professores têm suas atribuições específicas, mas o dever de melhorar, buscar novidades para a aula e a escola é obrigação de todos que fazem educação.

Este artigo buscou auxiliar aos educadores na árdua tarefa de inovar com técnicas pedagógicas que auxiliem na aprendizagem dos alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ENRICONE, et  al. Ser Professor. 5ª edição. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006.

FALCETTA, Antonio, et al. Cem aulas sem tédio. 2ª Ed. Santa Cruz do Sul: IPR, 2008.

GOMES, Ana Cristina. Dinâmicas em grupo. Fortaleza: Prêmius, 2006.

Revista Nova Escola. É hora de conhecer o que eles sabem. In: PAGANOTTI, Ivan. Buscar os melhores. Ano XXV. nº 229, jan/fev, 2010.

Revista Nova Escola. É hora de conhecer o que eles sabem. In: PAULINA, Iracy. Tempo perdido. Ano XXV. Nº 229, jan/fev, 2010.

 

RANGEL, Mary. Dinâmicas de leitura para sala de aula. Petrópolis: vozes, 1990

Revista Guia Prático. Desastres naturais In: SALERMO, Silvana. Leitura para crianças.  Ano VII. Nº 75, Junho, 2010. 

Revista Nova Escola. Idéias para 2010 In: SANTOMAURO, Beatriz. Ideias para 2010. Ano XXIV. Nº 228. Dezembro, 2010

Revista Mundo Jovem. Prisão ou Prevenção. Int: SEVERO, Jocelaine. O afeto na família: sentir-se amado(a). Ano: XLV. nº 377, junho, 2007

ZAGURY, Tânia. O Professor Refém. Rio de Janeiro: Editora Record, 2006.


{C}[1] Especialista em Língua Portuguesa e Literatura, pela FATENE- Faculdade Tecnológica do Nordeste.

Sobre o autor
Informações sobre o texto

Este texto foi publicado diretamente pelos autores. Sua divulgação não depende de prévia aprovação pelo conselho editorial do site. Quando selecionados, os textos são divulgados na Revista Jus Navigandi

Mais informações

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado à FATENE – Faculdade Tecnológica do Nordeste, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Língua Portuguesa e Literatura. Orientador: Prof. Ms Francisco Lisboa Magalhães.

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